Viagem ao mundo da verdade única
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/08/15)
Para aos dirigentes europeus só existem a verdade de Bruxelas e a mentira do Kremlin. É preto ou branco, quem discorda de Bruxelas concorda com o Kremlin e com os terroristas islâmicos.
Uma viagem ao mundo da «estratégia de comunicação» da União Europeia e respectivas emanações é uma experiência indispensável para confirmar os indícios de que os dirigentes europeus convivem cada vez mais desconfortavelmente com a liberdade de opinião. Na verdade, como ilustra essa incursão, já encaram a informação como propaganda, o contraditório como um abuso e a liberdade como um delito. Está aberto o caminho para a imposição da opinião única, em que se baseiam todas as formas de censura, desde a dos coronéis à dos «fact-checkers» contratados a peso de ouro por Bruxelas.
2019/08/16
2019/08/10
EUA Intensificam Ingerência na Venezuela
Os eua vivem declaradamente à margem do direito internacional. A ONU tarda em impor as sanções devidas a um estado pária que insiste e persiste na agressão como forma de extorquir e rapinar estados soberanos. Os media corporativos encobrem as agressões estado-unidenses e quando de todo já não o conseguem fazer optam pelo seu branqueamento.
Até quando?
Entretanto, a Venezuela reage recusando-se a participar na terceira ronda de negociações com a oposição, a decorrer em Barbados, e alargando as relações internacionais, através de acordos comerciais, com empresas chinesas no campo da extracção de petróleo e fabrico de produtos petrolíferos. Resta saber se ainda vão a tempo de substituir a pirataria norte-americana por relações entre estados soberanos, com outros países que, por esse mundo fora, se opõem ao agressivo imperialismo de um estado totalitário.
Trump impõe "Embargo Económico Total" à Venezuela
(Luís O. Nunes, Caracas; com Missión Verdad/O Lado Oculto, 2019/08/06)
A administração Trump atingiu um novo topo nos seus actos lesivos contra a economia e a sociedade venezuelanas ao ampliar à categoria de embargo as medidas coercivas e unilaterais contra a República Bolivariana. Uma medida que, segundo o jornal norte-americano Washington Post, consiste “num embargo económico total”.
Através de uma Ordem Executiva assinada pelo presidente norte-americano, irão reforçar-se todas as acções de proibição de qualquer relação com o Estado venezuelano por parte de qualquer empresa em solo dos Estados Unidos ou ligada a este país. A medida impõe o embargo dos bens venezuelanos em solo norte-americano, entre eles a filial CITGO da empresa estatal venezuelana de petróleos PDVSA.
Contra a ONU e o direito internacional
Trata-se de um embargo integral minucioso sobre a economia da Venezuela.
Até quando?
Entretanto, a Venezuela reage recusando-se a participar na terceira ronda de negociações com a oposição, a decorrer em Barbados, e alargando as relações internacionais, através de acordos comerciais, com empresas chinesas no campo da extracção de petróleo e fabrico de produtos petrolíferos. Resta saber se ainda vão a tempo de substituir a pirataria norte-americana por relações entre estados soberanos, com outros países que, por esse mundo fora, se opõem ao agressivo imperialismo de um estado totalitário.
Trump impõe "Embargo Económico Total" à Venezuela
(Luís O. Nunes, Caracas; com Missión Verdad/O Lado Oculto, 2019/08/06)
A administração Trump atingiu um novo topo nos seus actos lesivos contra a economia e a sociedade venezuelanas ao ampliar à categoria de embargo as medidas coercivas e unilaterais contra a República Bolivariana. Uma medida que, segundo o jornal norte-americano Washington Post, consiste “num embargo económico total”.
Através de uma Ordem Executiva assinada pelo presidente norte-americano, irão reforçar-se todas as acções de proibição de qualquer relação com o Estado venezuelano por parte de qualquer empresa em solo dos Estados Unidos ou ligada a este país. A medida impõe o embargo dos bens venezuelanos em solo norte-americano, entre eles a filial CITGO da empresa estatal venezuelana de petróleos PDVSA.
Contra a ONU e o direito internacional
Trata-se de um embargo integral minucioso sobre a economia da Venezuela.
2019/08/06
Contrato ou Convenção?
Achei estranho o "ativista laboral" dizer que «se andava a falar muito dos mil euros mas que, em cima da mesa, estava toda uma convenção que ultrapassava em muito a questão dos mil euros» ele eram os mil euros e mais isto e mais aquilo. Achei estranho o senhor usar o termo convenção enquanto a FECTRANS anda a negociar com o patronato um Contrato Colectivo de Trabalho, mas a coisa entrou por um, saiu pelo outro, e foi arrumada na gaveta das imbecilidades dos recém chegados ao mundo do trabalho.
Depois vi a capa do público de hoje e percebi que não é uma imbecilidade. É mais um vigaro-neologismo(*) que a ideologia dominante se deve estar a preparar para introduzir no vocabulário dos incautos. Matam dois coelhos com uma cajadada (perdoe-me o PAN): substituem a incómoda sacrossanta obrigatoriedade contratual pela voluntária convencionalização entre amigos e removem o ideologicamente estafado "trabalho", uma chatice que nem se justifica em tempo de férias. Marotos os gajos hem?
Só para refrescar ideias aqui ficam outros exemplos de vígaro-neologismos(*) inventados nestes últimos anos:
«A CIA já não mata ninguém, neutraliza pessoas ou desocupa zonas. O governo já não mente, envolve-se em desinformação. O pentágono mede radiação numa coisa a que chama unidades de brilho solar. Os assassinos israelitas chamam-se comandos e os árabes terroristas».
Não sou eu que o digo, é um tal de George Carlin, comediante e ativista com um humor alegadamente bastante negro. Tomando-o como mote aproveito para listar alguns dos meus favoritos:
[Os] Activistas Laborais - Prova acabada do horror que o BE tem ao trabalho e aos sindicatos de classe é o novo conceito de activismo laboral, mais abrangente, menos proletário, mais intelectual [sei láá!] que serviu de chapéu para reunir as parcas centenas de adeptos do bloco que se ocupam dessas trivialidades. Antes chamávamos-lhes sindicalistas, sei láá!
Bairros Precários - Nada disso! Não, não são bairros com contratos a prazo. São os antigos e démodès bairros da lata, agora feitos de plástico, nylon e cartão, rebaptizados na capa do público de 2018/04/06.
Campos de Triagem - ... a criar em países do norte de áfrica ou do médio oriente. Errado! Não, não são campos de tendas brancas rodeados por cercas de madeira, com médicos e enfermeiros, destinados a conter epidemias de ébola ou de cólera. Campos de triagem é o eufemismo inventado pelos governos da UE para campos de tendas amarelas e telheiros, rodeados por arame farpado, destinados a "alojar temporariamente", leia-se, prender enquanto não morrerem, os migrantes resgatados das águas mediterrânicas, até se concluir se são legais por estarem a fugir das guerras que os governos da UE fomentaram nas terras deles, ou se são ilegais, por estarem a fugir da fome que os governos ocidentais fomentam em áfrica.
Campos de Retenção - ... a criar nos países da UE que para tal se voluntarizem. É verdade, a ideia é que sejam campos, não verdejantes campos de golfe rodeados de elevadas sebes, mas campos daqueles com barracos de madeira, ou tendas de campanha, ou uns telheiros de zinco rodeados de arame farpado. Chamávamos-lhes campos de concentração, lembram-se? E serviam para "concentrar" os diferentes a caminho do matadouro. Hoje os governos europeus decidiram abrir campos de concentração, perdão, de retenção, para prender, perdão, reter, migrantes que entrem ilegalmente no espaço da UE. Lembram-se? Nós chamávamos-lhes c a m p o s d e c o n c e n t r a ç ã o.
[Os] Colaboradores - Os trouxas que aceitam ver pago em "Espírito de Equipa" o trabalho que executam para o patrão. Antes chamávamos-lhes trabalhadores.
Convenção Colectiva - está aí para substituir o conhecido Contrato Colectivo de Trabalho. Vejam lá como o que se convencionou chamar modernização vocabular, dá um jeitaço para, de uma penada, remover duas incomodidades vocabulares. Substitui-se a sacrossanta obrigatoriedade de um Contrato por uma feminina modernidade, comum e voluntariamente "convencionada", e remove-se o incómodo e tão ideológico, cruzes canhoto, termo trabalho. O que resta? A bela voluntariedade colectiva, patronato e trabalho juntos na mesma luta até à escravização final de quem produz.
Ditadura Constitucionalizada - é o eufemismo que a lixívia da ideologia dominante encontrou para chamar ao salazarento fascismo, constitucionalizado num plebiscito onde os votos brancos, nulos e abstenções contaram como votos a favor, juntamente com os votos dos mortos, paralíticos e dos ausentes no estrangeiro que votaram pela mão do legionário chefe de quadra.
[As] Famílias - Anteriormente cidadãos contribuintes e trabalhadores, passaram a agora a ser tratados pelo termo a quem se "retira" ou "aumenta" os rendimentos ao sabor do dictat neo-liberal.
Movimento Social - no Aeroporto Paris-Charles De Gaule desapareceram as greves, agora só há movimentos sociais a atrasar voos da AirFrance. Acho que esta ainda não chegou cá.
[As] Reformas Estruturais - As «reformas estruturais» continuam sempre presentes no discurso do PSD e CDS-PP, ainda que os últimos anos tenham revelado o seu real significado: cortes nos salários, nas pensões, nos direitos e nos serviços públicos. Sinónimo desideologizado de recuo civilizacional, liberalização de mercados, desregulamentação legislativa e privatização de direitos.
Remuneração Mínima - a alternativa têvêista ao ideologíssimo Salário Mínimo Nacional, vulgo SMN, o famoso e perigosissimamente marxista salário ... buuuu ... fujam que vêm aí os bolcheviques com os salários deles, as explorações deles e as buuuuu ideológicas mais valias. Vamos acabar com os ultrapassados e passadistas salários do século XIX e substitui-los pelas ultra modernas remunerações high-tech.
(*) vigaro-neologismo - Trata-se de um "substantivo" neologismo inventado pela @Refer&ncia para "adjectivar" os neologismos inventados pelos vigaristas ao serviço do capital com o intuito de aprofundar a vigarização desinformativa :-)
Depois vi a capa do público de hoje e percebi que não é uma imbecilidade. É mais um vigaro-neologismo(*) que a ideologia dominante se deve estar a preparar para introduzir no vocabulário dos incautos. Matam dois coelhos com uma cajadada (perdoe-me o PAN): substituem a incómoda sacrossanta obrigatoriedade contratual pela voluntária convencionalização entre amigos e removem o ideologicamente estafado "trabalho", uma chatice que nem se justifica em tempo de férias. Marotos os gajos hem?
Só para refrescar ideias aqui ficam outros exemplos de vígaro-neologismos(*) inventados nestes últimos anos:
«A CIA já não mata ninguém, neutraliza pessoas ou desocupa zonas. O governo já não mente, envolve-se em desinformação. O pentágono mede radiação numa coisa a que chama unidades de brilho solar. Os assassinos israelitas chamam-se comandos e os árabes terroristas».
Não sou eu que o digo, é um tal de George Carlin, comediante e ativista com um humor alegadamente bastante negro. Tomando-o como mote aproveito para listar alguns dos meus favoritos:
[Os] Activistas Laborais - Prova acabada do horror que o BE tem ao trabalho e aos sindicatos de classe é o novo conceito de activismo laboral, mais abrangente, menos proletário, mais intelectual [sei láá!] que serviu de chapéu para reunir as parcas centenas de adeptos do bloco que se ocupam dessas trivialidades. Antes chamávamos-lhes sindicalistas, sei láá!
Bairros Precários - Nada disso! Não, não são bairros com contratos a prazo. São os antigos e démodès bairros da lata, agora feitos de plástico, nylon e cartão, rebaptizados na capa do público de 2018/04/06.
Campos de Triagem - ... a criar em países do norte de áfrica ou do médio oriente. Errado! Não, não são campos de tendas brancas rodeados por cercas de madeira, com médicos e enfermeiros, destinados a conter epidemias de ébola ou de cólera. Campos de triagem é o eufemismo inventado pelos governos da UE para campos de tendas amarelas e telheiros, rodeados por arame farpado, destinados a "alojar temporariamente", leia-se, prender enquanto não morrerem, os migrantes resgatados das águas mediterrânicas, até se concluir se são legais por estarem a fugir das guerras que os governos da UE fomentaram nas terras deles, ou se são ilegais, por estarem a fugir da fome que os governos ocidentais fomentam em áfrica.
Campos de Retenção - ... a criar nos países da UE que para tal se voluntarizem. É verdade, a ideia é que sejam campos, não verdejantes campos de golfe rodeados de elevadas sebes, mas campos daqueles com barracos de madeira, ou tendas de campanha, ou uns telheiros de zinco rodeados de arame farpado. Chamávamos-lhes campos de concentração, lembram-se? E serviam para "concentrar" os diferentes a caminho do matadouro. Hoje os governos europeus decidiram abrir campos de concentração, perdão, de retenção, para prender, perdão, reter, migrantes que entrem ilegalmente no espaço da UE. Lembram-se? Nós chamávamos-lhes c a m p o s d e c o n c e n t r a ç ã o.
[Os] Colaboradores - Os trouxas que aceitam ver pago em "Espírito de Equipa" o trabalho que executam para o patrão. Antes chamávamos-lhes trabalhadores.
Convenção Colectiva - está aí para substituir o conhecido Contrato Colectivo de Trabalho. Vejam lá como o que se convencionou chamar modernização vocabular, dá um jeitaço para, de uma penada, remover duas incomodidades vocabulares. Substitui-se a sacrossanta obrigatoriedade de um Contrato por uma feminina modernidade, comum e voluntariamente "convencionada", e remove-se o incómodo e tão ideológico, cruzes canhoto, termo trabalho. O que resta? A bela voluntariedade colectiva, patronato e trabalho juntos na mesma luta até à escravização final de quem produz.
Ditadura Constitucionalizada - é o eufemismo que a lixívia da ideologia dominante encontrou para chamar ao salazarento fascismo, constitucionalizado num plebiscito onde os votos brancos, nulos e abstenções contaram como votos a favor, juntamente com os votos dos mortos, paralíticos e dos ausentes no estrangeiro que votaram pela mão do legionário chefe de quadra.
[As] Famílias - Anteriormente cidadãos contribuintes e trabalhadores, passaram a agora a ser tratados pelo termo a quem se "retira" ou "aumenta" os rendimentos ao sabor do dictat neo-liberal.
Movimento Social - no Aeroporto Paris-Charles De Gaule desapareceram as greves, agora só há movimentos sociais a atrasar voos da AirFrance. Acho que esta ainda não chegou cá.
[As] Reformas Estruturais - As «reformas estruturais» continuam sempre presentes no discurso do PSD e CDS-PP, ainda que os últimos anos tenham revelado o seu real significado: cortes nos salários, nas pensões, nos direitos e nos serviços públicos. Sinónimo desideologizado de recuo civilizacional, liberalização de mercados, desregulamentação legislativa e privatização de direitos.
Remuneração Mínima - a alternativa têvêista ao ideologíssimo Salário Mínimo Nacional, vulgo SMN, o famoso e perigosissimamente marxista salário ... buuuu ... fujam que vêm aí os bolcheviques com os salários deles, as explorações deles e as buuuuu ideológicas mais valias. Vamos acabar com os ultrapassados e passadistas salários do século XIX e substitui-los pelas ultra modernas remunerações high-tech.
(*) vigaro-neologismo - Trata-se de um "substantivo" neologismo inventado pela @Refer&ncia para "adjectivar" os neologismos inventados pelos vigaristas ao serviço do capital com o intuito de aprofundar a vigarização desinformativa :-)
2019/08/01
Um Entrevistado Inteligente
Entrevista Miguel Tiago: “Sou um traidor da minha classe”
(Nuno Ribeiro, Público, 2018/08/27)
A cumprir 39 anos, o ex-deputado do PCP sente-se honrado por ter barrado o caminho ao poder de Passos e Portas. Quanto à reedição da fórmula que permitiu ao PS governar, tudo depende do momento político pós-eleições.
É filho da Margem Sul e tem no horizonte trabalhar como geólogo na área de Setúbal após a saída da bancada parlamentar comunista, depois de ter sido um dos jovens deputados do PCP. Motard de alta cilindrada, vai na terceira Super Ténéré 1200, e já participou na concentração de Góis. Pratica aikido, mas diz que durante um ano como porteiro de discoteca recorreu à persuasão para evitar conflitos. Desde o 25 de Abril que a família materna vive no Brasil, onde nasceu por acaso, e confessa: “Sou um traidor da minha classe.”
Sai do Parlamento em Setembro para a comissão de actividades económicas do Comité Central, e para se dedicar à sua actividade profissional, a geologia. Como lida com um trabalho político de retaguarda após ter estado na primeira fila?
Vou lidar bem, estive 13 anos no Parlamento, mas estive desde 1994 na Juventude Comunista Portuguesa e desde 1997 no PCP. A experiência no Parlamento é marcante, tem características próprias, uma exposição que se traduz em responsabilidade. Não sei como a mudança se reflectirá na minha vida, espero que não haja alterações, pois enquanto estive no Parlamento sempre fiz o possível por preservar o meu estilo de vida e as minhas características.
(Nuno Ribeiro, Público, 2018/08/27)
A cumprir 39 anos, o ex-deputado do PCP sente-se honrado por ter barrado o caminho ao poder de Passos e Portas. Quanto à reedição da fórmula que permitiu ao PS governar, tudo depende do momento político pós-eleições.
É filho da Margem Sul e tem no horizonte trabalhar como geólogo na área de Setúbal após a saída da bancada parlamentar comunista, depois de ter sido um dos jovens deputados do PCP. Motard de alta cilindrada, vai na terceira Super Ténéré 1200, e já participou na concentração de Góis. Pratica aikido, mas diz que durante um ano como porteiro de discoteca recorreu à persuasão para evitar conflitos. Desde o 25 de Abril que a família materna vive no Brasil, onde nasceu por acaso, e confessa: “Sou um traidor da minha classe.”
Sai do Parlamento em Setembro para a comissão de actividades económicas do Comité Central, e para se dedicar à sua actividade profissional, a geologia. Como lida com um trabalho político de retaguarda após ter estado na primeira fila?
Vou lidar bem, estive 13 anos no Parlamento, mas estive desde 1994 na Juventude Comunista Portuguesa e desde 1997 no PCP. A experiência no Parlamento é marcante, tem características próprias, uma exposição que se traduz em responsabilidade. Não sei como a mudança se reflectirá na minha vida, espero que não haja alterações, pois enquanto estive no Parlamento sempre fiz o possível por preservar o meu estilo de vida e as minhas características.