2021/09/25
2021/09/02
A Festa do Avante (re)Começa Amanhã!
A Festa do Avante! por quem lá vai todos os anos, desde 1976
(Catarina Pires, Diário de Noticias, 2020/09/05)
A multidão da primeira Festa, na antiga FIL, e a rampa cheia do Jamor, o Chico Buarque e a chuvada no Alto da Ajuda, as moscas de Loures, o porto seguro da Atalaia e a certeza de que este ano é mais importante do que nunca fazer a Festa. O Avante! nas palavras de quatro veteranos.
Era madrugada quando chegou a Alcântara, à antiga FIL, numa camioneta vinda de Castelo Branco, onde participava nas campanhas de alfabetização do Movimento Alfa. Manuel Pires da Rocha, 58 anos, músico e violinista da Brigada Victor Jara, tinha 14 anos e muito sono naquele dia que voltava a ser inicial inteiro e limpo. Depressa acordou.
"Foi brutal porque aquilo era imenso. Estamos a falar de Portugal em 1976, pouco depois do 25 de novembro. O contexto histórico de fim de revolução amplia o que foi a realização da primeira Festa do Avante! Lembro-me de me sentir um gajo grandíssimo, embora só tivesse 14 anos. O primeiro impacto foi logo à entrada - ainda guardo a EP - e depois lá dentro foi o delírio. Nunca tinha visto - nem eu nem ninguém - tantos palcos, tantos concertos, tantas coisas ligadas à revolução, entrávamos e éramos logo levados pela multidão, entre o aperto e a euforia".
(Catarina Pires, Diário de Noticias, 2020/09/05)
A multidão da primeira Festa, na antiga FIL, e a rampa cheia do Jamor, o Chico Buarque e a chuvada no Alto da Ajuda, as moscas de Loures, o porto seguro da Atalaia e a certeza de que este ano é mais importante do que nunca fazer a Festa. O Avante! nas palavras de quatro veteranos.
Era madrugada quando chegou a Alcântara, à antiga FIL, numa camioneta vinda de Castelo Branco, onde participava nas campanhas de alfabetização do Movimento Alfa. Manuel Pires da Rocha, 58 anos, músico e violinista da Brigada Victor Jara, tinha 14 anos e muito sono naquele dia que voltava a ser inicial inteiro e limpo. Depressa acordou.
"Foi brutal porque aquilo era imenso. Estamos a falar de Portugal em 1976, pouco depois do 25 de novembro. O contexto histórico de fim de revolução amplia o que foi a realização da primeira Festa do Avante! Lembro-me de me sentir um gajo grandíssimo, embora só tivesse 14 anos. O primeiro impacto foi logo à entrada - ainda guardo a EP - e depois lá dentro foi o delírio. Nunca tinha visto - nem eu nem ninguém - tantos palcos, tantos concertos, tantas coisas ligadas à revolução, entrávamos e éramos logo levados pela multidão, entre o aperto e a euforia".