No passado dia 26 celebrou-se o «Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares estabelecido pela Assembleia-geral das Nações Unidas».
A celebração foi cuidadosamente expurgada, eliminada, censurada em todos os caneiros televisivos. Nem uma menção, uma nota de rodapé, nada! Nada! Não aconteceu. Até pareceu a conferência conjunta do PCP e do Grupo da Esquerda Europeia Esquerda Verde Nórdica sobre o ambiente: "O Capitalismo não é verde".
E sim, o planeta está já a atravessar uma catástrofe ambiental de dimensões hecatômbicas e por isso não deixo de saudar o espaço que a greve climática teve em todos os telejornais de dia 27 nem de saudar todos os mais jovens e menos jovens, sindicatos e movimentos que a ela aderiram e a fizeram engrossar.
Importa no entanto não deixar esquecer que a catástrofe nuclear está aí ao virar da esquina e não se vai fazer anunciar com trinta ano de antecedência como aconteceu com a crise Climática de que já Fidel Castro falava nos idos anos 90 do século passado. [1]
Porque é que os media corporativos teimam em esconder uma realidade que todos nós ganharíamos em conhecer? Quais são as Agências de Informação Centralizada que coordenam as relevâncias editoriais dos caneiros televisivos? @Refer&ncia
A emergência da Paz!
(Pedro Guerreiro, Avante!, 2019/09/26)
Hoje, dia 26 de Setembro, assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, estabelecido pela Assembleia-geral das Nações Unidas.
A guerra nuclear constitui a mais destruidora ameaça que a Humanidade enfrenta. Apenas um por cento do total das armas nucleares, que estão presentemente preparadas para ser usadas no mundo, corresponde a vários milhares de vezes o potencial destruidor da bomba atómica lançada pelos EUA sobre Hiroxima, em 1945.
2019/09/26
A Refer&ncia Vota CDU
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2019/09/24
A 2ª Guerra Mundial à Revelia das Falsificações Mainstream
Verdade histórica - Apontamentos sobre a II Guerra Mundial*
(Jorge Cadima, O Militante set/out 2019)
A História da II Guerra Mundial (II GM) é alvo de falsificação permanente. A revista do Expresso (7.6.19) fala do desembarque na Normandia (6 Junho, 1944) como «a maior operação aeronaval de todos os tempos e o prelúdio da derrota nazi». Mas como escreve Adam Tooze, Professor de História Económica nas Universidades de Cambridge e Yale: «o ataque lançado pela Wehrmacht [contra a URSS] em 22 de Junho de 1941 foi a maior operação militar única de que há registo histórico. Uma força não inferior a 3 050 000 homens participou na assalto […]. Nunca, nem antes nem depois, se travou batalha com tanta ferocidade, por tantos homens, numa frente de batalha tão extensa» [1]. Apresentar o Dia D como ‘prelúdio da derrota nazi’ significa apagar da História três anos (!) de batalhas decisivas. É fake History. A propaganda anticomunista dá nisto.
(Jorge Cadima, O Militante set/out 2019)
A História da II Guerra Mundial (II GM) é alvo de falsificação permanente. A revista do Expresso (7.6.19) fala do desembarque na Normandia (6 Junho, 1944) como «a maior operação aeronaval de todos os tempos e o prelúdio da derrota nazi». Mas como escreve Adam Tooze, Professor de História Económica nas Universidades de Cambridge e Yale: «o ataque lançado pela Wehrmacht [contra a URSS] em 22 de Junho de 1941 foi a maior operação militar única de que há registo histórico. Uma força não inferior a 3 050 000 homens participou na assalto […]. Nunca, nem antes nem depois, se travou batalha com tanta ferocidade, por tantos homens, numa frente de batalha tão extensa» [1]. Apresentar o Dia D como ‘prelúdio da derrota nazi’ significa apagar da História três anos (!) de batalhas decisivas. É fake History. A propaganda anticomunista dá nisto.
2019/09/23
Uberização Social é Precariedade Laboral
UBER tem actividade de milhões «sem» trabalhadores
(AbrilAbril, 2019/09/22)
A empresa, que beneficia com milhões de transportes e entregas diárias, não reconhece qualquer vínculo laboral a quase quatro milhões de trabalhadores em todo o mundo.
Criada em 2009, a plataforma digital promove o contacto de clientes com motoristas para o transporte de pessoas e para serviços de entregas.
O jornal Expresso revela, este sábado, que a empresa conta com 110 milhões de utilizadores e «realiza cerca de 14 milhões viagens por dia, nos 65 países e 700 cidades onde opera». No entanto, os quadros da mesma só contam com 22 mil trabalhadores. Em território nacional, a plataforma tem 400 trabalhadores, mas são mais de oito mil os motoristas registados.
(AbrilAbril, 2019/09/22)
A empresa, que beneficia com milhões de transportes e entregas diárias, não reconhece qualquer vínculo laboral a quase quatro milhões de trabalhadores em todo o mundo.
Criada em 2009, a plataforma digital promove o contacto de clientes com motoristas para o transporte de pessoas e para serviços de entregas.
O jornal Expresso revela, este sábado, que a empresa conta com 110 milhões de utilizadores e «realiza cerca de 14 milhões viagens por dia, nos 65 países e 700 cidades onde opera». No entanto, os quadros da mesma só contam com 22 mil trabalhadores. Em território nacional, a plataforma tem 400 trabalhadores, mas são mais de oito mil os motoristas registados.
Uberexploração - A Exploração «Invisível» de Trabalhadores
Uberexploração - A Exploração «Invisível» de Trabalhadores
(Vasco Almeida, O Militante, set/out/2019)
Para falarmos sobre a precariedade que a juventude enfrenta e os novos métodos que o capital inventa todos os dias para explorar os trabalhadores, necessitamos de uma abordagem a uma das ferramentas que torna ainda mais selvagem a exploração a que os trabalhadores estão sujeitos e que aprofunda ainda mais os contratos precários (ou a sua inexistência) – referimo-nos às chamadas plataformas digitais.
As plataformas digitais, que se enraizaram em Portugal de forma ilegal, sempre combatidas pelos trabalhadores e pelo PCP pela sua forma de actuar de não cumprimento das regras definidas em cada sector, mas que, pela mão de PS, PSD, CDS e PAN, foram agora trazidas para a legalidade para alastrarem no mercado de trabalho no nosso país, são só uma cara (invisível) que os patrões querem diferente para aplicarem e agravarem os métodos da velha exploração, bem como para aumentar a precariedade dos contratos de trabalho (quando existem!), intensificando o trabalho ilegal que querem legitimar no nosso país.
(Vasco Almeida, O Militante, set/out/2019)
Para falarmos sobre a precariedade que a juventude enfrenta e os novos métodos que o capital inventa todos os dias para explorar os trabalhadores, necessitamos de uma abordagem a uma das ferramentas que torna ainda mais selvagem a exploração a que os trabalhadores estão sujeitos e que aprofunda ainda mais os contratos precários (ou a sua inexistência) – referimo-nos às chamadas plataformas digitais.
As plataformas digitais, que se enraizaram em Portugal de forma ilegal, sempre combatidas pelos trabalhadores e pelo PCP pela sua forma de actuar de não cumprimento das regras definidas em cada sector, mas que, pela mão de PS, PSD, CDS e PAN, foram agora trazidas para a legalidade para alastrarem no mercado de trabalho no nosso país, são só uma cara (invisível) que os patrões querem diferente para aplicarem e agravarem os métodos da velha exploração, bem como para aumentar a precariedade dos contratos de trabalho (quando existem!), intensificando o trabalho ilegal que querem legitimar no nosso país.
2019/09/21
A Refer&ncia Apoia a CDU
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2019/09/19
Os Comunistas e o Ambiente - O Capitalismo Não É Verde
O Capitalismo não é verde. Uma visão alternativa sobre as alterações climáticas
(Jerónimo de Sousa, 2019/09/13, Palmela)
Permitam-me no encerramento deste nosso Seminário «O capitalismo não é verde. Uma visão alternativa sobre as alterações climáticas», co-organizado pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu e pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu que saude todos os presentes e antecipadamente agradeça a todos os oradores os seus contributos para o nosso enriquecimento mútuo e da nossa luta.
(Jerónimo de Sousa, 2019/09/13, Palmela)
Permitam-me no encerramento deste nosso Seminário «O capitalismo não é verde. Uma visão alternativa sobre as alterações climáticas», co-organizado pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu e pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu que saude todos os presentes e antecipadamente agradeça a todos os oradores os seus contributos para o nosso enriquecimento mútuo e da nossa luta.
O capitalismo Não é Verde - Conferência comunista censurada
O capitalismo não é verde
(Albano Nunes, Avante!, 2019/09/19)
A problemática da relação do homem com a natureza está desde a fundação do marxismo no primeiro plano das preocupações do movimento operário e do seu programa de emancipação social. O desenvolvimento do capitalismo com a intensificação da exploração do trabalho humano e a ilimitada predação da natureza tornou a luta em defesa do ambiente uma tarefa particularmente urgente e até dramática em várias regiões do planeta. E a questão das alterações climáticas, tornou-se um tema de actualidade.
(Albano Nunes, Avante!, 2019/09/19)
A problemática da relação do homem com a natureza está desde a fundação do marxismo no primeiro plano das preocupações do movimento operário e do seu programa de emancipação social. O desenvolvimento do capitalismo com a intensificação da exploração do trabalho humano e a ilimitada predação da natureza tornou a luta em defesa do ambiente uma tarefa particularmente urgente e até dramática em várias regiões do planeta. E a questão das alterações climáticas, tornou-se um tema de actualidade.
2019/09/15
1/2 Informação + 1/2 Verdade = 1 Mentira
A censura já é uma realidade e, actualmente, está a ser massivamente exercida na vertente da distribuição da informação, mais do que na sua produção.
A censura é actualmente executada de duas formas, limitando a distribuição de narrativas que possam desmontar a "verdade única" criada pelas "a"gências de "i"informação "c"entralizada e inundando as televisões e o ciberespaço com essa mesma "verdade única", assim diluindo, e por isso censurando, eventuais afloramentos das factuais narrativas que possam contradizer a "verdade única" autorizada com a chancela das ocidentais "a"gências de "i"informação "c"entralizada.
Nas sociedades capitalistas actuais todos somos livres de presenciar factos e de os narrar no circulo mais ou menos restrito da família, dos amigos e dos conhecidos. A barreira coloca-se quando tentamos expor essa informação às ilhas de cidadãos potencialmente interessados mas estranhos ao nosso circulo restrito de contactos directos. É nesse momento, quando tentamos "distribuir" narrativas que ponham em causa a "verdade única", que se erguem as barreiras censórias das redes sociais e dos motores de busca, todos eles submetidos a "contratos" de funcionamento com organismos anti-democráticos construídos à revelia do escrutínio dos cidadãos.
Se estivermos atentos à (des)informação veiculada pelos media corporativos é impossível não notarmos a ausência do contraditório, das imagens do outro lado, das palavras que afinal ficam por dizer. É gritantemente óbvia a forma como os media corporativos se agarram a uma "verdade única" distribuída pelas "a"gências de "i"nformação "c"entralizada, mesmo que para tal tenham de contradizer verbalmente ou por escrito as imagens que mostram uma outra realidade.
Os exemplos são inúmeros e gritantes. O apagão informativo que reduziu o maior evento politico-cultural do país, a Festa do Avante! comunista, a uma "rentrée" com um comício, umas barracas de comes e bebes e uns espectáculos é só o mais recente exemplo, mas a lista poderia continuar com um Nuno Rogeiro a afirmar que "o chavismo está a perder influência", em voz off, enquanto as imagens em directo mostram uma gigantesca manifestação chavista com mais de um milhão de participantes, ou o embuste dos capacetes brancos, especialistas na encenação de "ataques químicos" na Síria a serem promovidos por hollywood como heróicos socorristas. Outro exemplo gritante de como a meia informação sobre meia verdade acaba por constituir uma colossal mentira é o tratamento dado pelos media corporativos à invasão do Iémene pela Arábia Saudita. A invasão do Iémene é exclusivamente apresentada como intervenção a favor de uma das partes, numa guerra civil da qual apenas nos são dadas imagens do lado do invasor saudita. Em três ou quatro anos de guerra ainda não ouvi nenhuma declaração dos alegados "insurrectos" huttis que o exército pago com o petróleo do golfo ainda não conseguiu exterminar.
Nos últimos meses, o José Goulão, um jornalista com um vasto historial de produção informativa fidedigna tem abordado a instauração de organismos censórios tanto na sua newsletter "O Lado Oculto" como no jornal digital Abril Abril. Vamos tentar coligir aqui esses textos. @Refer&ncia
********************************
A NATO como polícia de opinião
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/09/05)
É necessário desarticular a carga de conteúdos verdadeiramente perigosos para a democracia e para a liberdade de expressão que esconde a queixa da NATO de manipulação nas redes sociais.
O Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO queixa-se de manipulação nas redes sociais. E quando o Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO se queixa só há que esperar uma intensificação das acções policiais de censura na internet, com o pretexto de que as redes sociais são incapazes de se regularem a si próprias. O cerco às opiniões divergentes da doutrina oficial atlantista e europeísta aperta-se e a NATO afina mecanismos policiais para que não haja desvios à opinião única.
A censura é actualmente executada de duas formas, limitando a distribuição de narrativas que possam desmontar a "verdade única" criada pelas "a"gências de "i"informação "c"entralizada e inundando as televisões e o ciberespaço com essa mesma "verdade única", assim diluindo, e por isso censurando, eventuais afloramentos das factuais narrativas que possam contradizer a "verdade única" autorizada com a chancela das ocidentais "a"gências de "i"informação "c"entralizada.
Nas sociedades capitalistas actuais todos somos livres de presenciar factos e de os narrar no circulo mais ou menos restrito da família, dos amigos e dos conhecidos. A barreira coloca-se quando tentamos expor essa informação às ilhas de cidadãos potencialmente interessados mas estranhos ao nosso circulo restrito de contactos directos. É nesse momento, quando tentamos "distribuir" narrativas que ponham em causa a "verdade única", que se erguem as barreiras censórias das redes sociais e dos motores de busca, todos eles submetidos a "contratos" de funcionamento com organismos anti-democráticos construídos à revelia do escrutínio dos cidadãos.
Se estivermos atentos à (des)informação veiculada pelos media corporativos é impossível não notarmos a ausência do contraditório, das imagens do outro lado, das palavras que afinal ficam por dizer. É gritantemente óbvia a forma como os media corporativos se agarram a uma "verdade única" distribuída pelas "a"gências de "i"nformação "c"entralizada, mesmo que para tal tenham de contradizer verbalmente ou por escrito as imagens que mostram uma outra realidade.
Os exemplos são inúmeros e gritantes. O apagão informativo que reduziu o maior evento politico-cultural do país, a Festa do Avante! comunista, a uma "rentrée" com um comício, umas barracas de comes e bebes e uns espectáculos é só o mais recente exemplo, mas a lista poderia continuar com um Nuno Rogeiro a afirmar que "o chavismo está a perder influência", em voz off, enquanto as imagens em directo mostram uma gigantesca manifestação chavista com mais de um milhão de participantes, ou o embuste dos capacetes brancos, especialistas na encenação de "ataques químicos" na Síria a serem promovidos por hollywood como heróicos socorristas. Outro exemplo gritante de como a meia informação sobre meia verdade acaba por constituir uma colossal mentira é o tratamento dado pelos media corporativos à invasão do Iémene pela Arábia Saudita. A invasão do Iémene é exclusivamente apresentada como intervenção a favor de uma das partes, numa guerra civil da qual apenas nos são dadas imagens do lado do invasor saudita. Em três ou quatro anos de guerra ainda não ouvi nenhuma declaração dos alegados "insurrectos" huttis que o exército pago com o petróleo do golfo ainda não conseguiu exterminar.
Nos últimos meses, o José Goulão, um jornalista com um vasto historial de produção informativa fidedigna tem abordado a instauração de organismos censórios tanto na sua newsletter "O Lado Oculto" como no jornal digital Abril Abril. Vamos tentar coligir aqui esses textos. @Refer&ncia
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A NATO como polícia de opinião
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/09/05)
É necessário desarticular a carga de conteúdos verdadeiramente perigosos para a democracia e para a liberdade de expressão que esconde a queixa da NATO de manipulação nas redes sociais.
O Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO queixa-se de manipulação nas redes sociais. E quando o Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO se queixa só há que esperar uma intensificação das acções policiais de censura na internet, com o pretexto de que as redes sociais são incapazes de se regularem a si próprias. O cerco às opiniões divergentes da doutrina oficial atlantista e europeísta aperta-se e a NATO afina mecanismos policiais para que não haja desvios à opinião única.
2019/09/14
A Guerra à Venezuela segundo o Le Monde Diplomatique
De Buenos Aires a Bogotá, a Ofensiva Conservadora
A geopolítica da crise venezuelana
(Alexandre Main, Le Monde Diplomatique, 2019/07/02)
A ofensiva de Washington contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está apoiada no consentimento dos dirigentes conservadores da região, cada [dia] mais maioritários. Graças a eles, o intervencionismo norte-americano pôde maquilhar-se com uma preocupação humanitária
No início, a Venezuela não figurava na lista de preocupações do presidente norte-americano, Donald Trump. Durante a campanha presidencial, raras vezes ele pronunciou o nome do país e jamais sugeriu a possibilidade de intervenção.
A geopolítica da crise venezuelana
(Alexandre Main, Le Monde Diplomatique, 2019/07/02)
A ofensiva de Washington contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está apoiada no consentimento dos dirigentes conservadores da região, cada [dia] mais maioritários. Graças a eles, o intervencionismo norte-americano pôde maquilhar-se com uma preocupação humanitária
No início, a Venezuela não figurava na lista de preocupações do presidente norte-americano, Donald Trump. Durante a campanha presidencial, raras vezes ele pronunciou o nome do país e jamais sugeriu a possibilidade de intervenção.
2019/09/13
Media Nacionais Ignoram o 5º Fórum Económico Oriental
Todo o Extremo Oriente esteve reunido em Vladivostoque, na Rússia, e os media nacionais nem deram por isso. «Não existem dúvidas de que está em desenvolvimento uma nova era de multilateralismo e de relacionamento multipolar, quer os media ocidentais noticiem ou não. Uma nova era sintetizada pela reunião bem-sucedida das nações do Leste Asiático em Vladivostoque. O que também está bastante claro é que o tempo da hegemonia de um país que trata os outros como vassalos está a chegar ao fim. É um sistema inviável, insustentável e indigno. O mundo não pode arcar com o unilateralismo conflituoso dos Estados Unidos e dos seus satélites europeus»
A quinta edição do Fórum Económico Oriental, que decorreu em Vladivostoque, demonstrou que o multilateralismo e a cooperação mutuamente vantajosa são possíveis mesmo entre nações que têm um passado – e até um presente – de antagonismo. No Extremo Oriente, sob a égide da Rússia, várias nações asiáticas enviaram esta mensagem ao mundo – a de que uma nova ordem internacional é possível - significativamente ignorada pelos meios de comunicação mainstream.
A quinta edição do Fórum Económico Oriental, que decorreu em Vladivostoque, demonstrou que o multilateralismo e a cooperação mutuamente vantajosa são possíveis mesmo entre nações que têm um passado – e até um presente – de antagonismo. No Extremo Oriente, sob a égide da Rússia, várias nações asiáticas enviaram esta mensagem ao mundo – a de que uma nova ordem internacional é possível - significativamente ignorada pelos meios de comunicação mainstream.
2019/09/12
Ainda a Guerra de Baixa Intensidade dos EUA contra a Venezuela
A campanha que «antecedeu a designação pelos Estados Unidos de Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela, em 21 de Janeiro de 2019, seguida pelas tentativas de golpe em Fevereiro e Abril» tem agora, passados quase dois anos, o completo desmentido. Afinal o êxodo massivo limitou-se a 6,5% das previsões da campanha de #fakenews que a dado ponto engoliu a ONU. Em lugar dos 5,3 milhões previstos pela ONU no Verão de 2018, só 340 mil pessoas abandonaram a Venezuela daí para cá, afinal menos do que o meio milhão de portugueses que emigrados no período da troika. E se compararmos os 10 milhões de portugueses com os 30 milhões de venezuelanos, a vigarice percentual é ainda mais gritante: em quatro anos de troika emigraram cerca 5% de portugueses, em dez anos de guerra híbrida fugiram 1,2% de venezuelanos. Estamos a aguardar que a qualquer momento os telejornaleiros dos telecaneiros abram as noticias com os factos agora apurados ... não?
"Êxodo em Massa" de venezuelanos: Mito Que Cai Por Terra
(Luís O. Nunes, O Lado Oculto, 2019/09/05)
A vaga de informação lançada há um ano sobre o êxodo em massa de venezuelanos, que estariam a fugir “da fome e da ditadura de Nicolás Maduro”, foi uma campanha de desestabilização organizada e inserida no processo de guerra híbrida comandada pelos Estados Unidos, confirmam agora dados divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
"Êxodo em Massa" de venezuelanos: Mito Que Cai Por Terra
(Luís O. Nunes, O Lado Oculto, 2019/09/05)
A vaga de informação lançada há um ano sobre o êxodo em massa de venezuelanos, que estariam a fugir “da fome e da ditadura de Nicolás Maduro”, foi uma campanha de desestabilização organizada e inserida no processo de guerra híbrida comandada pelos Estados Unidos, confirmam agora dados divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
2019/09/08
Colômbia continua a assassinar ex-membros da FARC
Se estes assassinatos fossem no país ao lado abriam todos os telejornais de todos os telecaneiros. Como são na cocainómana Colômbia paga com dólaras amaricanas, são devidamente silenciados pelos media corporativos. É a censórea democratadura em que vivemos.
2019/09/07
Libertem Julian Assange
Uma sociedade apenas é tão livre quanto o for o seu mais problemático dissidente político
(Caitlin Johnston, ODiário.info, 2019/09/06)
As razões da perseguição, do exílio e da prisão de Julian Assange dizem muito sobre a real natureza da sociedade, e sobre o aparelho mediático dominante. Assange é perseguido porque revelou a verdade sobre crimes. Por isso também é atacado por poderosos meios de comunicação cuja especialidade é fazer o contrário.
Você não o saberia agora por nenhuma notícia publicada em qualquer meio de comunicação de massa ocidental, mas o músico Roger Waters vai interpretar a icónica música dos Pink Floyd “Wish You Were Here” em frente ao gabinete da secretária do Interior britânico Priti Patel, para chamar a atenção para a perseguição do fundador de WikiLeaks, Julian Assange.
(Caitlin Johnston, ODiário.info, 2019/09/06)
As razões da perseguição, do exílio e da prisão de Julian Assange dizem muito sobre a real natureza da sociedade, e sobre o aparelho mediático dominante. Assange é perseguido porque revelou a verdade sobre crimes. Por isso também é atacado por poderosos meios de comunicação cuja especialidade é fazer o contrário.
Você não o saberia agora por nenhuma notícia publicada em qualquer meio de comunicação de massa ocidental, mas o músico Roger Waters vai interpretar a icónica música dos Pink Floyd “Wish You Were Here” em frente ao gabinete da secretária do Interior britânico Priti Patel, para chamar a atenção para a perseguição do fundador de WikiLeaks, Julian Assange.
2019/09/02
2ª - 3ª - 4ª - 5ª - Festa Festa Festa
4 dias ->3 dias -> 2 dias -> Só falta 5ª -> Festa Festa Festa!
Mas aparece!
Sobre Falsificações Históricas ...
OK, primeiro a declaração de interesses: sim, sou ideologicamente anti-estalinista. Sim, responsabilizo o estalinismo pelo colapso do movimento comunista soviético e internacional e também sim, não aceito que a ideologia dominante continue a falsificar a história nem que os "comparatistas" queiram equiparar um Estaline herdeiro dos mais utópicos ideais humanistas a um Hitler carniceiro que destruiu uma Europa e foi responsável pela morte de 60 milhões de homens e mulheres em todos o mundo. Para compreender o pacto de não agressão germano-soviético de 1939 é essencial conhecer o cerco ocidental, montado em redor da URSS após a fracassada tentativa de invasão de 1917, e toda a sequência de negociações cruzadas entre os três eixos: alemanha-itália-japão, frança-inglaterra e URSS, nomeadamente o breve resumo que Fadi Kassem nos dá sobre o comportamento das "potências" ocidentais face ao crescente militarismo do eixo alemanha-itália-japão:
- Ausência de reacção face à invasão japonesa da Manchúria na China a partir de Setembro de 1931, com o Japão a ser visto como um baluarte contra o bolchevismo na Ásia;
- Ausência de reacção à reintrodução do serviço militar obrigatório na Alemanha em Março de 1935, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes de 28 de Junho de 1919;
- O veto franco-britânico contra a “aliança inversa” sem trégua proposta pela URSS desde 1933, depois pelo pretenso “pacto franco-soviético” de Maio de 1935 sabotado do lado francês;
- Acordo anglo-alemão de Junho de 1935, permitindo um poderoso rearmamento naval da Alemanha nazi;
- Contactos mantidos e reforçados entre as elites francesas e britânicas em particular, com as elites alemãs na década de 1930, a ponto de o ex-primeiro-ministro britânico Lloyd George, de visita ao chalé do Führer em Berchtesgaden em Setembro de 1936, declarar acerca deste último: “Hitler não sonha com uma Alemanha que ameace a Europa. Os alemães perderam todo desejo de entrar em conflito connosco";
- Acordo secreto entre a França e o Reino Unido com a Itália fascista [12] para anexar uma grande parte da Etiópia em Maio de 1936 - registar que a Itália não é sancionada pela Liga das Nações (SDN) na altura…;
- Remilitarização da Renânia em Março de 1936 (proibida pelo Tratado de Versalhes …);
- Guerra da Espanha no decurso da qual apenas a URSS e as Brigadas Internacionais vêm em socorro do campo republicano contra Franco e seus aliados fascistas e nazis, operando em total cumplicidade com o Reich e a Itália;
- Obviamente, a criação do pacto anti-Komintern;
- Anschluss (anexação da Áustria pela Alemanha) em Março de 1938, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes;
E, momento alto do espectáculo, entrega da Checoslováquia aos apetites hitlerianos pela França - apesar da sua ligação à Checoslováquia por um tratado desde 1924 … - e Reino Unido no seguimento da assinatura dos vergonhosos acordos de Munique na noite de 29 para 30 de Setembro de 1938 (decisão definitivamente tomada em Londres pelos britânicos e franceses em 29 de Novembro de 1937 [13]). Notar que a URSS estava ausente deste acordo (e por boas razões), ao contrário da Itália fascista que, tal como a Alemanha nazi, a França e o Reino Unido, não desejava a presença dos soviéticos (nem aliás dos checoslovacos …).
- Chamberlain (Reino Unido), Daladier (França), Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália) assinam o Acordo de Munique em 30 de Setembro de 1938. Um ano antes de a URSS, por falta de resposta aos seus pedidos de um acordo de defesa com a França e a Inglaterra, se ver reduzida a assinar o pacto germano-soviético.
Em suma, sigamos os factos e argumentação de Fadi Kassem ...
Há oitenta anos, o pacto germano-soviético: um símbolo da história desfigurado pelos reaccionários!
(Fadi Kasem, O Diário.info, 2019/08/30)
As efabulações dogmáticas dos anticomunistas primários
“Porque também se trata do 80º aniversário do «pacto germano-soviético», verdadeiro tratado de aliança com o regime de Hitler (que quase imediatamente levará, para começar, ao desmembramento da Polónia entre os dois predadores) é bom esclarecer esse pacto e as suas implicações “: eis o que se pode ler no blog de Marc Daniel Lévy, no site da Médiapart [1] sobre o pacto germano-soviético assinado em 23 de Agosto de 1939 entre Molotov e Ribbentrop. Para além da argumentação próxima da nulidade - menos de 20 linhas contentando-se com as acusações -, encontramos as efabulações clássicas dignas dos mais ferozes anticomunistas, que o título do artigo (”20 de Agosto de 40: é o grande aliado da Gestapo quem faz matar Trotsky”) ilustra perfeitamente. De facto, desde a assinatura do pacto em 23 de Agosto de 1939, anticomunistas de todos os tipos entoam a plenos pulmões esse refrão de uma suposta “aliança” entre Hitler e Stalin, à imagem de Jean-François Copé: já pouco à vontade para dominar os números – recordemos a sua incapacidade em avaliar o preço de um pão com chocolate [2] ou de seus problemas de contabilidade para a campanha de Sarkozy em 2012 [3] – o homem que obteve 0,3% nas primárias da direita para as presidenciais de 2017 [4] – ou seja menos votos do que Jean-Luc Bennahmias nas primárias do Partido Socialista! - já se tinha ilustrado no decurso da campanha para as eleições europeias ao declarar: “Sim, há 75 anos dia por dia, Stalin e Hitler assinavam um pacto de aliança que levou ao esmagamento da Europa sob a bota nazi: 60 milhões de mortos “[5]. Não poderia ser-se mais inventor do que isto…
- Ausência de reacção face à invasão japonesa da Manchúria na China a partir de Setembro de 1931, com o Japão a ser visto como um baluarte contra o bolchevismo na Ásia;
- Ausência de reacção à reintrodução do serviço militar obrigatório na Alemanha em Março de 1935, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes de 28 de Junho de 1919;
- O veto franco-britânico contra a “aliança inversa” sem trégua proposta pela URSS desde 1933, depois pelo pretenso “pacto franco-soviético” de Maio de 1935 sabotado do lado francês;
- Acordo anglo-alemão de Junho de 1935, permitindo um poderoso rearmamento naval da Alemanha nazi;
- Contactos mantidos e reforçados entre as elites francesas e britânicas em particular, com as elites alemãs na década de 1930, a ponto de o ex-primeiro-ministro britânico Lloyd George, de visita ao chalé do Führer em Berchtesgaden em Setembro de 1936, declarar acerca deste último: “Hitler não sonha com uma Alemanha que ameace a Europa. Os alemães perderam todo desejo de entrar em conflito connosco";
- Acordo secreto entre a França e o Reino Unido com a Itália fascista [12] para anexar uma grande parte da Etiópia em Maio de 1936 - registar que a Itália não é sancionada pela Liga das Nações (SDN) na altura…;
- Remilitarização da Renânia em Março de 1936 (proibida pelo Tratado de Versalhes …);
- Guerra da Espanha no decurso da qual apenas a URSS e as Brigadas Internacionais vêm em socorro do campo republicano contra Franco e seus aliados fascistas e nazis, operando em total cumplicidade com o Reich e a Itália;
- Obviamente, a criação do pacto anti-Komintern;
- Anschluss (anexação da Áustria pela Alemanha) em Março de 1938, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes;
E, momento alto do espectáculo, entrega da Checoslováquia aos apetites hitlerianos pela França - apesar da sua ligação à Checoslováquia por um tratado desde 1924 … - e Reino Unido no seguimento da assinatura dos vergonhosos acordos de Munique na noite de 29 para 30 de Setembro de 1938 (decisão definitivamente tomada em Londres pelos britânicos e franceses em 29 de Novembro de 1937 [13]). Notar que a URSS estava ausente deste acordo (e por boas razões), ao contrário da Itália fascista que, tal como a Alemanha nazi, a França e o Reino Unido, não desejava a presença dos soviéticos (nem aliás dos checoslovacos …).
- Chamberlain (Reino Unido), Daladier (França), Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália) assinam o Acordo de Munique em 30 de Setembro de 1938. Um ano antes de a URSS, por falta de resposta aos seus pedidos de um acordo de defesa com a França e a Inglaterra, se ver reduzida a assinar o pacto germano-soviético.
Em suma, sigamos os factos e argumentação de Fadi Kassem ...
Há oitenta anos, o pacto germano-soviético: um símbolo da história desfigurado pelos reaccionários!
(Fadi Kasem, O Diário.info, 2019/08/30)
As efabulações dogmáticas dos anticomunistas primários
“Porque também se trata do 80º aniversário do «pacto germano-soviético», verdadeiro tratado de aliança com o regime de Hitler (que quase imediatamente levará, para começar, ao desmembramento da Polónia entre os dois predadores) é bom esclarecer esse pacto e as suas implicações “: eis o que se pode ler no blog de Marc Daniel Lévy, no site da Médiapart [1] sobre o pacto germano-soviético assinado em 23 de Agosto de 1939 entre Molotov e Ribbentrop. Para além da argumentação próxima da nulidade - menos de 20 linhas contentando-se com as acusações -, encontramos as efabulações clássicas dignas dos mais ferozes anticomunistas, que o título do artigo (”20 de Agosto de 40: é o grande aliado da Gestapo quem faz matar Trotsky”) ilustra perfeitamente. De facto, desde a assinatura do pacto em 23 de Agosto de 1939, anticomunistas de todos os tipos entoam a plenos pulmões esse refrão de uma suposta “aliança” entre Hitler e Stalin, à imagem de Jean-François Copé: já pouco à vontade para dominar os números – recordemos a sua incapacidade em avaliar o preço de um pão com chocolate [2] ou de seus problemas de contabilidade para a campanha de Sarkozy em 2012 [3] – o homem que obteve 0,3% nas primárias da direita para as presidenciais de 2017 [4] – ou seja menos votos do que Jean-Luc Bennahmias nas primárias do Partido Socialista! - já se tinha ilustrado no decurso da campanha para as eleições europeias ao declarar: “Sim, há 75 anos dia por dia, Stalin e Hitler assinavam um pacto de aliança que levou ao esmagamento da Europa sob a bota nazi: 60 milhões de mortos “[5]. Não poderia ser-se mais inventor do que isto…