Mais de 300 palestinianos mortos desde o início da Grande Marcha do Retorno
(AbrilAbril, 2019/10/19)
Mais de 300 palestinianos foram mortos e cerca de 17 mil foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, desde 30 de Março de 2018.
Esta sexta-feira foram 73 os palestinianos feridos durante os protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) revela num comunicado que os soldados israelitas usaram balas reais e de borracha, bem como bombas de gás lacrimogéneo, contra os milhares de palestinianos desarmados que participavam na 79.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.
«Segundo informou o Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, 31 pessoas foram feridas por balas reais e 42 com balas de aço revestidas de borracha. Outras dezenas foram tiveram de receber tratamento devido à inalação de gás lacrimogéneo», lê-se no texto.
O movimento afirma que, desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018, já morreram mais de 310 palestinianos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas.
Os manifestantes reclamam o levantamento por Israel do cerco imposto ao pequeno território costeiro palestiniano, onde dois milhões de pessoas vivem em condições humanitárias dramáticas.
Exigem também o direito dos mais de cinco milhões de refugiados palestinianos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.
O MPPM recorda que, em Março deste ano, uma missão de investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que, durante a repressão dos manifestantes da Grande Marcha do Retorno, «as forças israelitas cometeram violações de direitos que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade».
2019/10/29
2019/10/28
O Maravilhoso Mundo da Diversidade
Não conheço o senhor mas achei especialmente interessante a fotografia de aceitável e cosmopolita diversidade revelada por algo tão prosaico como a forma de traduzir conteúdos televisionáveis. Viva o mundo, viva a diversidade, viva a humanidade em toda a sua variabilidade. Todos diferentes todos iguais.
Um português legenda, um espanhol dobra e um polaco faz o quê?
(Marco Neves, Sapo24, 2019/10/17)
Há muitos anos, ao tentar viajar pelo mundo sem sair do sofá, fiz uma descoberta surpreendente sobre a Polónia.
Um português legenda, um espanhol dobra e um polaco faz o quê?
(Marco Neves, Sapo24, 2019/10/17)
Há muitos anos, ao tentar viajar pelo mundo sem sair do sofá, fiz uma descoberta surpreendente sobre a Polónia.
2019/10/27
Não é religião, é a luta pelo poder do mercado
O neoliberalismo, também na sua versão de fascismo político, ataca tudo quanto mexe. Nem o Papa escapa, aliás desde o início do seu pontificado. Figuras como o ex-Papa Ratzinger, que fez carreira na instituição sucessora do Santo Ofício, o patrono fascista e chefe de campanha de Trump, Steve Bannon, o cardeal norte-americano Burke, a embaixadora dos Estados Unidos no Vaticano e o núncio do Vaticano nos Estados Unidos formam uma grande coligação cimentada por mecanismos fundamentalistas da seita Opus Dei. Chamam-lhe "guerra civil" na Igreja Católica, mas é muito mais do que isso. É a acção global contra os discursos que fogem à opinião única e que o Papa Francisco também profere muitas vezes. Não é religião, é a busca do poder total e absoluto do "mercado". (José Goulão - FaceBoook)
A Conspiração Para Minar o Papado de Francisco
(Wayne Madsen, MintPress News/O Lado Oculto, 2019/10/26)
A Conspiração Para Minar o Papado de Francisco
(Wayne Madsen, MintPress News/O Lado Oculto, 2019/10/26)
2019/10/26
Noticias Do Mundo Real - 2019/10/26
Para não naufragar na tempestade das conjunturas temos de nos agarrar à solidez rochosa dos valores humanistas: o direito à autodeterminação de um povo está ao mesmo nível dos direitos, deveres e liberdades de um ser humano. É tudo o que precisamos de saber para aceitar que os catalães têm direito a referendar a sua independência. Deixem-nos votar livremente e que vençam os justos. O direito à revolta contra a pobreza coloca-nos ao lado dos chilenos e dos equatorianos. Esta foi uma semana marcada pela revolta da América do Sul contra o mais desbragado capitalismo ultraliberal. Ao mesmo tempo, o Povo Boliviano elegeu pela quarta vez um presidente que colocou o seu país na rota de uma social-democracia a que as direitas se opõem com tentativas de golpe de estado. A nossa solidariedade é para com os povos boliviano e venezuelano que não aceitam o dictat ianqui do capital financeiro. Mas outras realidades foram completamente silenciadas pelos media corporativos, como o encontro de partidos comunistas que reuniu perto de 170 representantes de 78 partidos comunistas de todo o mundo, a desmontagem do apelo fascizante de reescrita histórica aprovado pelo parlamento europeu onde campeiam partidos claramente fascistas ou o extermínio do povo palestiniano ás mãos do estado terrorista israelita. Aqui ficam uma série de refer&ncias, noticias e opiniões para ler no fim de semana com destaque para a vitória de Evo Morales nas recentes eleições bolivianas.
Bolivia
É oficial: Evo Morales reeleito na Bolívia - O Tribunal Supremo Eleitoral anunciou a reeleição de Evo Morales para a presidência da Bolívia. A vantagem de Morales sobre o seu mais directo adversário alargou-se com o avanço do escrutínio.
Bolívia no impasse. Observadores destacam transparência - De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, até ao momento o candidato Evo Morales leva 10,02 pontos de vantagem sobre o adversário. Observadores internacionais assinalam a transparência do escrutínio.
Bolivia
É oficial: Evo Morales reeleito na Bolívia - O Tribunal Supremo Eleitoral anunciou a reeleição de Evo Morales para a presidência da Bolívia. A vantagem de Morales sobre o seu mais directo adversário alargou-se com o avanço do escrutínio.
Bolívia no impasse. Observadores destacam transparência - De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, até ao momento o candidato Evo Morales leva 10,02 pontos de vantagem sobre o adversário. Observadores internacionais assinalam a transparência do escrutínio.
2019/10/21
As #NoNews do Jornaleirismo Corporativo
O jornaleirismo corporativo impõe um regime de corporativismo censório a tudo o que não obedeça à agenda da (des)informação imposta pelas Agências de Informação Centralizadas. Cabe-nos a nós, insurrectos e insurreccionais cobrir o mundo com as noticias que eles censuram. Compare-se o que na América Latina está hoje a acontecer com as imagens que os caneiros televisivos usarão hoje mesmo para pintar o mundo com os tons da ideologia dominante.
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
2019/10/20
Não São Liberalistas São Mesmo Fascistas!
Contra os populismos que meteram os pés na porta
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/15)
Os desafios futuros para a esquerda, contra a tralha neoliberal e os populismos em marcha, não são fáceis. Há que lutar, contra todas as evidências, sabendo de ciência certa que a razão está do lado da esquerda mesmo.
Pela primeira vez três partidos, Livre, Iniciativa Liberal (IL) e Chega, meteram o pé na porta da Assembleia da República (AR), colocando um deputado cada e o outro, o PAN, que já tinha metido o pé na porta nas eleições anteriores elegendo um deputado, viu aumentada a sua representação para quatro deputados. A direita viu a sua presença na AR ampliada em número de partidos embora com menos 18 deputados do que tinha em 2015. As esquerdas, embora aumentassem o número de deputados em relação a 2015, mais dezasseis deputados, perderam quase 50 mil votantes, o que deve preocupar. Nestas contas direitas/esquerdas não entra o PAN que afirma não ser de direita nem de esquerda. Uma espécie de partido sem eira nem beira, de um oportunismo sem peias.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/15)
Os desafios futuros para a esquerda, contra a tralha neoliberal e os populismos em marcha, não são fáceis. Há que lutar, contra todas as evidências, sabendo de ciência certa que a razão está do lado da esquerda mesmo.
Pela primeira vez três partidos, Livre, Iniciativa Liberal (IL) e Chega, meteram o pé na porta da Assembleia da República (AR), colocando um deputado cada e o outro, o PAN, que já tinha metido o pé na porta nas eleições anteriores elegendo um deputado, viu aumentada a sua representação para quatro deputados. A direita viu a sua presença na AR ampliada em número de partidos embora com menos 18 deputados do que tinha em 2015. As esquerdas, embora aumentassem o número de deputados em relação a 2015, mais dezasseis deputados, perderam quase 50 mil votantes, o que deve preocupar. Nestas contas direitas/esquerdas não entra o PAN que afirma não ser de direita nem de esquerda. Uma espécie de partido sem eira nem beira, de um oportunismo sem peias.
2019/10/17
Os Marçanos do Século XXI Andam de Mota (Alugada)
Mudar 13 vezes (de app) de trabalho - Fomos UberEaten de cebolada
(Manuel Cardoso, sapo.pt, 2019/10/15)
Maria-Luz Vega, da Organização Internacional do Trabalho, deu uma entrevista esta segunda-feira ao Observador em que nos avisa de que “os jovens de hoje vão mudar 13 vezes de emprego ao longo da vida”. Poderia estar a referir-se a uma utopia onde diversificação de saberes nos permitia ter 13 bons e bem pagos empregos ao longo da vida, porque não conseguiríamos suportar o tédio de décadas a exercer o mesmo mister. Mas não. A realidade é que a minha geração está condenada à incerteza laboral, não porque se enfastia facilmente, mas porque é mais difícil conseguir um emprego que lhe conceda direitos laborais e salários compatíveis com a formação.
(Manuel Cardoso, sapo.pt, 2019/10/15)
Maria-Luz Vega, da Organização Internacional do Trabalho, deu uma entrevista esta segunda-feira ao Observador em que nos avisa de que “os jovens de hoje vão mudar 13 vezes de emprego ao longo da vida”. Poderia estar a referir-se a uma utopia onde diversificação de saberes nos permitia ter 13 bons e bem pagos empregos ao longo da vida, porque não conseguiríamos suportar o tédio de décadas a exercer o mesmo mister. Mas não. A realidade é que a minha geração está condenada à incerteza laboral, não porque se enfastia facilmente, mas porque é mais difícil conseguir um emprego que lhe conceda direitos laborais e salários compatíveis com a formação.
2019/10/16
Fascistas Aqui Não!
Os fascistas, racistas e xenófobos deitam as garras ás redes sociais, infiltram-se em grupos regionais e temáticos, usam perfis falsos e bombardeiam o ciberespaço com mentira, raiva e ódio. Vai sendo mais do que tempo de os começar a pôr com dono: fascistas aqui não!
Fascismo à beira-mar plantado
(Ivo Rafael e Lúcia Gomes, Manifesto 74, 2019/10/16)
A eleição de forças de extrema-direita para o parlamento português foi um balão de oxigénio para muito fascista envergonhado e contido. Para além destes, que agora exibem sem pudor a sua vontade de gasear ciganos e expatriar pretos, há também uma cavalgante onda de propaganda fascista a invadir as redes sociais. Não é apenas uma petição, não é só um meme, não é apenas um ou dois comentários, é uma campanha orquestrada que está em toda a parte.
Fascismo à beira-mar plantado
(Ivo Rafael e Lúcia Gomes, Manifesto 74, 2019/10/16)
A eleição de forças de extrema-direita para o parlamento português foi um balão de oxigénio para muito fascista envergonhado e contido. Para além destes, que agora exibem sem pudor a sua vontade de gasear ciganos e expatriar pretos, há também uma cavalgante onda de propaganda fascista a invadir as redes sociais. Não é apenas uma petição, não é só um meme, não é apenas um ou dois comentários, é uma campanha orquestrada que está em toda a parte.
2019/10/09
Democratações Censuradoras
Quinze dias contra a corrente
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/03)
Um tempo em que se exige às esquerdas coerentes a reinvenção da política e a intensificação da luta de classes em que as lutas eleitorais são uma das suas frentes.
Os períodos eleitorais nas democracias representativas são um interregno controlado na desinformação continuada dos meios de comunicação social, mesmo os de serviço público, sobre a actividade política na sua generalidade e, em particular, na dos partidos políticos que se desenquadram do sistema prevalecente, lutando dentro dele contra ele. Interregno que atenua mas não invalida a deformação comunicacional que, entre eleições para o poder central, poder local, europeias e presidenciais, e mesmo durante esse período, é produzida pelos celebrados critérios editoriais que beneficiam descaradamente uns em detrimento de outros. Vários estudos universitários demonstram, sem margem para quaisquer dúvidas, o enviesamento dos media, ainda que partam de princípios discutíveis como o de colocarem todos os comentadores do Partido Socialista do lado da esquerda – o que, ouvindo-os e lendo-os, é altamente questionável e é ainda mais superlativamente contestável com os supostamente independentes. A conclusão, por mais ginásticas que se pratiquem, é que a direita é francamente maioritária, que a representação parlamentar não se repercute nos tempos de antena concedidos.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/03)
Um tempo em que se exige às esquerdas coerentes a reinvenção da política e a intensificação da luta de classes em que as lutas eleitorais são uma das suas frentes.
Os períodos eleitorais nas democracias representativas são um interregno controlado na desinformação continuada dos meios de comunicação social, mesmo os de serviço público, sobre a actividade política na sua generalidade e, em particular, na dos partidos políticos que se desenquadram do sistema prevalecente, lutando dentro dele contra ele. Interregno que atenua mas não invalida a deformação comunicacional que, entre eleições para o poder central, poder local, europeias e presidenciais, e mesmo durante esse período, é produzida pelos celebrados critérios editoriais que beneficiam descaradamente uns em detrimento de outros. Vários estudos universitários demonstram, sem margem para quaisquer dúvidas, o enviesamento dos media, ainda que partam de princípios discutíveis como o de colocarem todos os comentadores do Partido Socialista do lado da esquerda – o que, ouvindo-os e lendo-os, é altamente questionável e é ainda mais superlativamente contestável com os supostamente independentes. A conclusão, por mais ginásticas que se pratiquem, é que a direita é francamente maioritária, que a representação parlamentar não se repercute nos tempos de antena concedidos.