O Maduro é comunista?
Depois a minha opinião:
Nem por sombras, nem nada que se pareça!
"A candidata"(*) da oposição levada ao colo pelo Ocidente Global com os EUA à frente e a UE a fazer de carro vassoura ganhou alguma coisa?
Nem por sombras, nem nada que se pareça!
... fundamentada em anos e anos de análise critica da desinformação: se a multinacional Biden-Blinken & Borrel diz que é verdade eu facilmente concluo, baseado no historial das revoluções coloridas, que é mentira. Se o milei diz uma coisa, eu digo o contrário, acerto sempre. Se o Grupo da Lima quer empossar uma Guaidá II, eu corto-lhe o paço. Se a OEA, que a Venezuela já abandonou e que o Obrador diz ser uma degenerescência em estado comatoso, vomita, eu tapo o buraco para esconder o cheiro.
O Partido Comunista da Venezuela acha que não e que pode ficar do lado de atores como estes em defesa da "democracia" que ninguém respeita? Não aprendeu com a democracia chilena a que estes mesmo atores puseram fim em 1973? Ou com o respeito da vontade eleitoral pelas elites peruanas que encarceraram o presidente legitimamente eleito? Eles lá sabem, até porque eles é que conhecem a realidade do terreno deles, mas saberemos nós quem são eles? Ainda me lembro dos sindicatos venezuelanos que apoiaram o golpe que prendeu o Chaves ... afinal eram os mais corruptos da américa latina. Mudaram alguma coisa? Ou continuam na mesma senda?
Finalmente, deixo aqui três peças essenciais, e um linkezinho em forma de epílogo, para que cada um possa fazer os seus juízos de valor honestamente informados.
Nicolás Maduro é comunista?
(Pedro Tadeu, DN, 2024/07/31)
O Partido Comunista da Venezuela, o primeiro partido a declarar, em 1998, o apoio à candidatura à Presidência de Hugo Chávez, cuja eleição mudaria radicalmente a vida do país, comunicou segunda-feira que, “assim como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos” e exigiu “que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.”
O Partido Comunista da Venezuela, que apoiou em 2013 a primeira candidatura de Nicolás Maduro, duvida dos resultados eleitorais oficiais apresentados domingo passado, que supostamente o reelegeram, e declarou apoiar “o grito de respeito pela vontade popular” lançado em diversas manifestações.
O Partido Comunista da Venezuela, apesar do apoio dado a Chávez e a Maduro durante 22 anos, cedidos para evitar o ascenso da direita reacionária e para ajudar a resistir ao intervencionismo imperialista norte-americano e europeu, sempre criticou as políticas económicas rentistas desses Governos, dependentes da faturação do petróleo e de outros recursos naturais, defendendo políticas de investimento na atividade produtiva que trouxessem uma riqueza real, independente e estável aos venezuelanos. Nunca foi ouvido.
O Partido Comunista da Venezuela rompeu definitivamente com Maduro em 2020, rejeitou a degradação da democracia, a corrupção institucionalizada em diversos patamares do Estado, a diminuição das liberdades políticas e sindicais, condenou a frequente repressão sobre trabalhadores, a entrega ao grande capital internacional de partes cruciais da atividade económica (por exemplo, a norte-americana Chevron tem 34% da companhia venezuelana de petróleos e participa no capital de outras empresas mistas do setor da energia), o fim de inúmeros benefícios sociais e a degradação dos salários reais (o salário mínimo é de, apenas, 3,24 euros mensais!).
O Partido Comunista da Venezuela, depois do Congresso de novembro de 2022, onde o PCP esteve representado, agudizou as críticas a Maduro e em agosto de 2023 foi sujeito a uma intervenção do Governo, feita através do Supremo Tribunal de Justiça, que demitiu o secretário-geral do partido, Óscar Figuera, que o liderava desde 1996. A seguir, o tribunal nomeou para esse cargo e para presidente do partido duas pessoas da confiança do Governo.
O Partido Comunista da Venezuela, que não aceitou a mudança da sua direção, apelou ao voto, no domingo, no candidato Enrique Marquez, um político de centro-esquerda, mas que propunha um Governo de unidade nacional que rejeitasse Maduro e Edmundo González, o candidato da direita revanchista, manifestamente apoiado pelos Estados Unidos e por vários países da União Europeia.
Nicolás Maduro é comunista? Pois, claramente, para o Partido Comunista da Venezuela, que o conhece bem, não é: Óscar Figuera diz mesmo que ele é, cito... “neoliberal”!
Espantem-se, ó ufanas máquinas de propaganda política!
O Partido Comunista da Venezuela, o primeiro partido a declarar, em 1998, o apoio à candidatura à Presidência de Hugo Chávez, cuja eleição mudaria radicalmente a vida do país, comunicou segunda-feira que, “assim como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos” e exigiu “que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.”
O Partido Comunista da Venezuela, que apoiou em 2013 a primeira candidatura de Nicolás Maduro, duvida dos resultados eleitorais oficiais apresentados domingo passado, que supostamente o reelegeram, e declarou apoiar “o grito de respeito pela vontade popular” lançado em diversas manifestações.
O Partido Comunista da Venezuela, apesar do apoio dado a Chávez e a Maduro durante 22 anos, cedidos para evitar o ascenso da direita reacionária e para ajudar a resistir ao intervencionismo imperialista norte-americano e europeu, sempre criticou as políticas económicas rentistas desses Governos, dependentes da faturação do petróleo e de outros recursos naturais, defendendo políticas de investimento na atividade produtiva que trouxessem uma riqueza real, independente e estável aos venezuelanos. Nunca foi ouvido.
O Partido Comunista da Venezuela rompeu definitivamente com Maduro em 2020, rejeitou a degradação da democracia, a corrupção institucionalizada em diversos patamares do Estado, a diminuição das liberdades políticas e sindicais, condenou a frequente repressão sobre trabalhadores, a entrega ao grande capital internacional de partes cruciais da atividade económica (por exemplo, a norte-americana Chevron tem 34% da companhia venezuelana de petróleos e participa no capital de outras empresas mistas do setor da energia), o fim de inúmeros benefícios sociais e a degradação dos salários reais (o salário mínimo é de, apenas, 3,24 euros mensais!).
O Partido Comunista da Venezuela, depois do Congresso de novembro de 2022, onde o PCP esteve representado, agudizou as críticas a Maduro e em agosto de 2023 foi sujeito a uma intervenção do Governo, feita através do Supremo Tribunal de Justiça, que demitiu o secretário-geral do partido, Óscar Figuera, que o liderava desde 1996. A seguir, o tribunal nomeou para esse cargo e para presidente do partido duas pessoas da confiança do Governo.
O Partido Comunista da Venezuela, que não aceitou a mudança da sua direção, apelou ao voto, no domingo, no candidato Enrique Marquez, um político de centro-esquerda, mas que propunha um Governo de unidade nacional que rejeitasse Maduro e Edmundo González, o candidato da direita revanchista, manifestamente apoiado pelos Estados Unidos e por vários países da União Europeia.
Nicolás Maduro é comunista? Pois, claramente, para o Partido Comunista da Venezuela, que o conhece bem, não é: Óscar Figuera diz mesmo que ele é, cito... “neoliberal”!
Espantem-se, ó ufanas máquinas de propaganda política!
Sobre as eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela
(Gabinete de Imprensa do PCP, PCP.pt, 2024/07/29)
As eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela constituíram uma importante jornada democrática, em que participaram milhões de venezuelanos e cujos resultados reafirmaram o apoio popular ao processo bolivariano, o que assume um tão maior significado quando este é expresso num contexto de décadas de resistência perante as sucessivas operações de ingerência e desestabilização promovidas pelos EUA e a União Europeia contra a Venezuela.
O PCP saúda a eleição de Nicolás Maduro como Presidente da República Bolivariana da Venezuela, bem como o conjunto das forças progressistas, democráticas e patriotas venezuelanas que alcançam mais uma importante vitória com esta eleição, derrotando o projecto reaccionário, antidemocrático e de abdicação nacional.
Repudiando as manobras de ingerência nas eleições da Venezuela, que foram amplamente propagandeadas, o PCP denuncia as acções internas e externas que visem pôr em causa a sua legitimidade, colocar em causa o processo eleitoral e os seus resultados, à semelhança do que se verificou em anteriores actos eleitorais por parte das forças de extrema-direita golpista.
O PCP condena a reacção do Governo português, alinhada com a política de ingerência dos EUA e da UE e quantos procuram animar a campanha promovida pela extrema-direita golpista. O que se exige do Governo português é uma postura de respeito pela soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela e da vontade do povo venezuelano livre e democraticamente expressa nas urnas – a postura que verdadeiramente defende os interesses de Portugal e do povo português, nomeadamente da comunidade portuguesa na Venezuela.
O PCP recorda o rol de tentativas de golpe de Estado, de sabotagem económica, de operações de desestabilização e violência, de campanhas de desinformação, de boicote, não reconhecimento e tentativa de deslegitimação de actos eleitorais, de fabricação de “instituições” fantoche, de ingerência e ameaça de intervenção externa – promovidos pelos EUA e a extrema-direita golpista venezuelana, com o suporte da UE e de governos e forças políticas portuguesas.
O PCP insta ao fim das medidas coercivas impostas pelos EUA contra o povo venezuelano, que atingem igualmente a comunidade portuguesa na Venezuela, como o bloqueio económico e financeiro ou o roubo de milhares de milhões de activos da República Bolivariana da Venezuela pelos EUA e noutros países – incluindo em Portugal –, que afrontam os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
O PCP reafirma a solidariedade com a luta do povo venezuelano, com o seu direito a decidir livremente e em paz o seu próprio destino, com a sua aspiração à construção de uma Venezuela de desenvolvimento, de justiça e progresso social, de paz e cooperação com os povos.
Comunicado Sobre as eleições presidenciais
(Partido Comunista da Venezuela, 2024/07/29)
O Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) apela às forças genuinamente democráticas, populares e patrióticas a unirem forças para defender a vontade do povo venezuelano que foi expressa este domingo, 28 de julho, com uma clara intenção de mudança política no país.
Alertamos a opinião pública internacional que, tal como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos.
A denúncia de uma alegada tentativa de violação do sistema eleitoral, feita pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, longe de dar as garantias necessárias ao processo, aprofunda as dúvidas sobre os resultados apresentados ao país. Neste sentido, exigimos que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.
A proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito neste cenário de incerteza em que os resultados apresentados por Amoroso contrastam abertamente com o clima que prevaleceu durante o dia das eleições, não é mais do que uma provocação que abre caminho à configuração de situações de violência.
Neste momento, registam-se mobilizações populares espontâneas em diversos pontos do país. Do PCV não só apoiamos o grito de respeito pela vontade popular, como apelamos às forças militares e policiais para que não reprimam o povo.
Nestas horas decisivas para o presente e o futuro do país, nós, comunistas, ratificamos a nossa convicção de construir espaços de ampla unidade para fortalecer a luta pela recuperação da Constituição e do Estado de Direito na Venezuela.
Governe quem governe, os direitos são para defender!
Para acabar em grande
Bom! Para acabar em grande deixo aqui o link para a opinião geralmente bem informada do Ivo Silva no blogue de uns amigos que, com grande desprimor para mim, já há muito não frequentava.
(*) Digo "A Candidata", que está legalmente impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos em virtude da sua participação nas insurgências golpistas de 2017 de que então resultaram mortos e feridos, porque o sr., que A Candidata interpôs como candidato, nem balbuciar consegue, limitando-se a ler o que A Candidata lhe põe à frente enquanto ela, ao seu lado, gesticula ordens aos apaniguados como se pode ver nos directos das declarações.
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