As democratações dos democratadores

Uma cronologia das intervenções dos EUA pelo mundo fora
(Original de Bao Mecanoblog, Maio 2010. Traduzido e complementado por Manuel Pinho, Junho 2017.⁽⁴⁾)

Lista-se uma cronologia não exaustiva (1846-2017) de diferentes intervenções imperialistas dos EUA no mundo fundamentadas na Doutrina do Destino Manifesto de 1845. A Doutrina do Destino Manifesto é uma ideologia de colonização surgida sob a presidência de James Polk (2) de acordo com a qual os EUA teriam por missão divina levar a democracia e a civilização ao Oeste através das terras dos amerindios.

No inicio do século XX o Presidente Théodore Roosevelt recuperou o conceito a fim de justificar o expansionismo e o intervencionismo dos EUA para lá das suas fronteiras quando os interesses dos EUA estivessem ameaçados. Roosevelt declarou nomeadamente: «Creio que deus presidiu ao nascimento desta nação e que nós fomos escolhidos para mostrar o caminho às nações do mundo na sua marcha pelos trilhos da liberdade.»

1846-48 : México. No seguimento de uma guerra que programaram e provocaram, os EUA apropriaram-se de metade do território Mexicano. O território conquistado reparte-se hoje pelos estados da Califórnia, Nevada, Utah, Arizona, Novo-México e parte do Colorado.

1852-53 : Argentina. Os marines desembarcam e instalam-se em Bueno-Aires para proteger os interesses americanos ameaçados por uma revolução.

1853 : Nicarágua. Protecção de cidadãos e interesses dos EUA durante incidentes políticos.

1853-54 : Japão. « Plano de Abertura do Japão » e expedição Perry⁽³⁾ que forçaram, com os navios de guerra dos EUA, o Japão a abrir os seus portos aos EUA. Enquanto esperava uma resposta do Japão que o autorizasse a permancer no país, o Contra-Almirante norte-americano Perry leva a cabo uma demonstração de força naval e desembarca por duas vezes. Obtém das autoridades de Naha, na ilha de Okinawa, a gestão de uma concessão mineira. Perry repete a demonstração nas ilhas Bonin a fim de obter facilidades comerciais.

1854 : Nicaragua. Destruição da cidade de Greytown (San Juan del Norte) para vingar uma ofensa ao ministro-presidente dos EUA em serviço na Nicarágua.

1855 : China. Para proteger interesses dos EUA perto de Shangai. ⁽⁴⁾

1855 : Ilhas Fiji. Para exigir reparações por danos causados em propriedade de cidadãos dos EUA.⁽⁴⁾

1855 : Uruguay. Uma armada americana e uma europeia (?) desembarcam para proteger os interesses dos EUA durante uma tentativa de revolução em Montevideo.

1856 : Panamá, República da Nova Granada. Para proteger interesses dos EUA durante uma insurreição.⁽⁴⁾

1856 : China. Para proteger interesses dos EUA em Cantão durante as hostilidades entre ingleses e chineses e para vingar um assalto não provocado contra um basco desarmado que ostentava a bandeira dos EUA.⁽⁴⁾

1857 : Nicarágua. Para impedir a tentativa de William Walker de tomar o controlo do país.⁽⁴⁾

1858 : Uruguai. Forças de dois navios de guerra dos EUA desembarcaram para proteger propriedade de cidadão dos EUA durante uma revolução em Montevideo.⁽⁴⁾

1858 : Ilhas Fiji. Para castigar os nativos pelo assassinio de dois cidadãos dos EUA.⁽⁴⁾

1958-59 : Turquia. Demonstração de poderio naval ao longo do levante, por exigência do Secretário de Estado, após o massacre de cidadãos dos EUA em Jaffa e maus tratos noutros locais para "lembrar ás autoridades (da Turquia) o poderio dos EUA."⁽⁴⁾

1859 : Paraguai. O congresso autorizou uma esquadra naval a procurar reparações pelo ataque a uma navio no rio Panamá em 1855. As desculpas foram apresentadas após uma vasta demonstração de força.

1859 : México. Dois mil soldados dos EUA atravessaram o rio Grande em perseguição do bandido mexicano Cortina.⁽⁴⁾

1859 : China. Intervenção destinada a proteger os interesses dos EUA em Xangai.

1860 : Angola. Intervenção na África Ocidental portuguesa para garantir a segurança de cidadão e bens dos EUA durante uma revolta indigena em Kissembo.

1860 : Colombia, Baia do Panamá. Para proteger interesses dos EUA durante uma revolução.⁽⁴⁾

1863 : Japão. Para reparar um insulto á bandeira dos EUA - disparo sobre navio dos EUA - em Shimonoseki.⁽⁴⁾

1864 : Japão. Para proteger o embaixador dos EUA na sua visita a Yedo para negociar exigências em relação ao Japão e para facilitar as negociações impressionado os japoneses com o poderio dos EUA.⁽⁴⁾

1864 : Japão. Estreito de Shimoneseki. Para intimidar o Japão e o príncipe Nagato e em particular permitir que o estreito fosse usado por navios estrangeiros de acordo com os tratados anteriormente assinados.⁽⁴⁾

1865 : Panamá. Para proteger as vidas e propriedade de residentes dos EUA durante uma revolução.⁽⁴⁾

1866 : México. Para proteger residentes dos EUA o general Seddgwick e 100 militares obterve a rendição de Matamoras. Passados 3 dias recebu ordens do governo dos EUA para retirar tendo as suas acções sido repudiadas pelo presidente dos EUA.⁽⁴⁾

1866 : China. Para punir um assalto ao consul dos EUA em Newchwang.⁽⁴⁾

1867 : Nicarágua. Marines ocupam Manágua e Leon.⁽⁴⁾

1868 : Japão (Osaka, Hiogo, Nagasali, Yokohama e Negata). Para proteger interesses dos EUA durante a guerra civil que põs fim ao shogunato e instaurou o Mikado.⁽⁴⁾

1868 : Uruguai. Para proteger residentes estrangeiros e a custumhouse durante uma insurreição em Montevideo.⁽⁴⁾

1868 : Colômbia.⁽⁴⁾

1870 : México.⁽⁴⁾

1870 : Hawai.⁽⁴⁾

1871 : Coreia.⁽⁴⁾

1873 : Colombia.⁽⁴⁾

1873 : México.⁽⁴⁾

1874 : Hawai.⁽⁴⁾

1876 : México.⁽⁴⁾

1882 : Egipto.⁽⁴⁾

1885 : Panamá.⁽⁴⁾

1888 : Coreia.⁽⁴⁾

1888 : Haiti.⁽⁴⁾

1888-1889 : Samoa.⁽⁴⁾

1889 : Hawai.⁽⁴⁾

1890 : Argentina.⁽⁴⁾ Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses económicos dos EUA.

1891 : Haiti.⁽⁴⁾ Tropas dos EUA subjugam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA.

1891 : Mar de Bering.⁽⁴⁾

1891 : Chile.⁽⁴⁾ Marines dos EUA esmagam forças rebeldes chilenas.

1893 : Hawai. Com o argumento de proteger as vidas e bens de cidadãos dos EUA esta intervenção visou suprimir o reinado independente, instaurar o governo provisório de Sanford D. Dole e anexar o Hawai aos EUA.

1894 : Brasil.⁽⁴⁾

1894 : Nicaragua. Intervenção militar para proteger os iteresses dos EUA em Bluefields. As tropas dos EUA ocupam Bluefields durante um mês.

1894-95 China.⁽⁴⁾ Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa.

1894-96 Coreia.⁽⁴⁾ Tropas permanecem em Seul durante a guerra.

1895 : Colombia.⁽⁴⁾ Tropas desembarcam no porto de Corinto, então província Colombiana;

1896 : Nicarágua. Para proteger interesses dos EUA em Corinto durante incidentes políticos.⁽⁴⁾

1898 : Nicarágua. Marines invadem o porto de San Juan del Sur.⁽⁶⁾

1898 : Espanha. A Guerra Espano-Americana. Totalmente declarada.⁽⁴⁾

1898-1902 : Cuba. Com o pretexto de libertar a ilha da tutela espanhola, os EUA instalam-se e impõem uma base militar, a possibilidade de investimentos financeiros e um direito de intervenção nos assuntos internos do país.

1898 : Porto-Rico, Hawaii, Wake, Guam. Com o pretexto de desfazer a tutela espanhola, os EUA instalam-se e impõem uma base militar, a possibilidade de investimentos financeiros e um direito de intervenção nos assuntos internos do país.

1898-1910 : Filipinas. O arquipélago é vendido pela Espanha aos EUA em Dezembro de 1898. Os filipinos sublevam-se contra a ocupação dos EUA em 1899 e estes enviam 70 000 militares que irão combater a insurreição ao longo de três anos matando mais de 600 000 filipinos.

1898-1899 : China. Para proteger a legação de Pequim e o consulato de Tientsin durante as confrontações entre a imperadora viúva e o seu filho.⁽⁴⁾

1899 : Nicarágua. Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez)⁽⁵⁾

1899 : Samoa. Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa.⁽⁶⁾

1901 : Colômbia. Tropas americanas ocupam o canal quando teve início sua construção.⁽⁶⁾

1903 : Honduras. Marines desembarcam e intervêm na revolução do povo hondurenho;

1903 : Colombia. Fomentam uma revolução na sequência da qual criam a República do Panamá que lhes assegura o controlo do canal e dos lucros por ele gerados.

1903-04 : República Dominicana. Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução.⁽⁶⁾

1904-05 : Coreia. Marines dos EUA desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa.⁽⁶⁾

1906-09 : Cuba. Tropas dos EUA invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições.⁽⁶⁾

1907 : Nicarágua. Tropas dos EUA invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua.⁽⁶⁾

1907 : Honduras. Marines dos EUA desembarcam e ocupam as Honduras durante a guerra das Honduras com a Nicarágua.⁽⁶⁾

1908 : Panamá. Marines dos EUA invadem o Panamá durante período de eleições.⁽⁶⁾

1910 : Nicarágua. Marines dos EUA desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua.⁽⁶⁾

1911 : Honduras. Tropas dos EUA invadem as Honduras para proteger interesses durante a guerra civil.⁽⁶⁾

1912 : Cuba. Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana.⁽⁶⁾

1912 : Panamá. Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais.⁽⁶⁾

1912 : Honduras. Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano.⁽⁶⁾

1912 : China.⁽⁴⁾

1912 : Turquia.⁽⁴⁾

1912-25 : Nicarágua. Para proteger interesses dos EUA durante uma tentativa de revolução. Uma pequena força de protecção da legação também destinada a promover a paz e a estabilidade do governo permaneceu até 1925.⁽⁴⁾

1912-41 : China. As desordens que começaram com o Kuomintang em 1912, reforçadas pela invasão japonesa e posterior guerra entre o Japãp e os EUA.⁽⁴⁾

1913 : México. Marines invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução; os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;⁽⁶⁾

1914 : Haíti.⁽⁴⁾

1914 : República Dominicana.Marines dos EUA invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo.⁽⁶⁾

1914-18 : México.Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas.⁽⁶⁾

1915-34 : Haíti. Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos.⁽⁶⁾

1916 : China.⁽⁴⁾

1916-24 : República Dominicana. Os EUA invadem e estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos.⁽⁶⁾

1917 : China. ⁽⁴⁾

1917-18 : Primeira Guerra Mundial. Totalmente declarada.⁽⁴⁾

1917-33 : Cuba. Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado económico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos⁽⁶⁾

1918-19 : México.⁽⁴⁾

1918-20 : Panamá.⁽⁴⁾

1918-20 : União Soviética. Marines desembarcaram em Vladivostoque em Junho e Julho para proteger o consulado dos EUA e outros pontos durante a guerra entre as tropas do governo soviético e o exército Checo que atravessou a Sibéria desde a frente ocidental. Em julho foi emitida uma proclamação de governo de emergência e de neutralidade pelos comandantes dos EUA, Japão, Grã-Bretanha, França e Chequia. As tropas dos EUA permaneceram na União Soviética até agosto. Em agosto a intervenção expandiu-se com o desembarque de mais 7000 homens em Vladivostoque que permaneceram até 1920 como parte das forças aliadas de ocupação. Em Setembro de 1918 5000 militares dos EUA juntaram-se á intervenção armada em Archangel, sofreram 500 baixas e permaneceram até Junho de 1919. Uma mão cheia de Marines tomou parte no desembarque britânico em Murmansk (costa norueguesa) mas apenas incidentalmente.⁽⁴⁾

1919 : Dalmácia.Tropas dos EUA invadem o atual território da Jugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia⁽⁶⁾

1919 : Turquia.⁽⁴⁾

1919 : Honduras. Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo ao seu serviço⁽⁶⁾

1920 : China.⁽⁴⁾

1920 : Guatemala. Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala.⁽⁶⁾

1920-22 : União Soviética. Uma guarda de marines para protecção da estação de rádio na baia de Vladivostoque.⁽⁴⁾

1921 : Panamá.⁽⁴⁾

1922 : Turquia. Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna⁽⁶⁾

1922-23 : China. Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista⁽⁶⁾

1924 : Honduras. Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras durante eleição nacional⁽⁶⁾

1924 : China.⁽⁴⁾

1925 : China.⁽⁴⁾

1925 : Honduras. Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras durante eleição nacional⁽⁶⁾

1925 : Panamá. Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos⁽⁶⁾

1926 : China.⁽⁴⁾

1926-33 : Nicarágua. O golpe de estado do general Chamorro levou ao surgimento de actividades revolucionárias que justificaram o desembarque de marines para proteger os interesses dos EUA. As tropas dos EUA permaneceram até 1933 e participaram em 1928 nos combates contra o general revolucionário e actual herói da pátria Augusto Sandino.

1927-34 : China.⁽⁴⁾

1932 : El Salvador. Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional – FMLN – comandadas por Marti;

1933 : Cuba.⁽⁴⁾

1934 : China.⁽⁴⁾

1940 : Bermudas, St. Lucia, Bahamas, Jamaica, Antigua, Trinidad e British Guiana. Foram envidas tropas para proteger as novas bases navais obtidas através de negociações com a Grã-Bretanha.⁽⁴⁾

1941 : Greenland.⁽⁴⁾

1941 : Holanda (Guianas Holandesas). Em Novembro o presidente dos EUA ordenou a ocupação das Guianas Holandesas em acrodo com o governo holandês o exílio.⁽⁴⁾

1941 : Islândia. Ficou debaixo da protecção do governo dos EUA por motivos estratégicos.⁽⁴⁾

1941-45 : Segunda Guerra Mundial. Totalmente declarada.⁽⁴⁾

1945 : Japão. Bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki. Os único efetuados até à data.

1945-46 : China. Bombardeamentos.

1946 : Irão. Marinha americana ameaça usar artefactos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irão.⁽⁶⁾

1946 : Jugoslávia. Presença da marinha dos EUA ameaçando invadir a zona costeira da Jugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos.⁽⁶⁾

1946 : Filipinas. Colónia americana até à ocupação japonesa, as Filipinas acedem á independencia em 1946 concedendo aos EUA um direito ilimitado de expoloração de recursos naturais a titulo de reparações de guerra. Até 1992 os EUA conservam 23 bases militare e paricipam na repressão de opositores comunistas e muçulmanos.

1947 : Venezuela. Em acordo com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder.⁽⁶⁾

1947-49 : Grécia. Os EUA voam em socorro da ditadura dos coronéis instaurada pelos ingleses e ameaçada pelas guerrilhas de esquerda. Os EUA lançam 74 000 toneladas de material militar e armamento e enviam 250 conselheiros militares para o terreno assegurando a vitória das forças ditatoriais em 1949.

1948-49 : China. Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.⁽⁶⁾

1950 : Porto Rico. Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce.⁽⁶⁾

1950-53 : China. Novos bombardeamentos.

1951-53 : Coreia. Início do conflito entre a República Democrática da Coreia (Norte) e República da Coreia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os EUA são um dos principais protagonistas da invasão ao lado dos sul-coreanos usando como pano de fundo as recém criadas Nações Unidas. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje bases militares e aero-navais na Coreia do Sul;

1953 : Irão. Operação Ajax - Golpe de estado orquestrado pela CIA e levado a cabo pelos latifundiários depois de os britânicos terem organizado o boicote das companhias petroliferas iraquianas nacionalisadas em 1951. Nos 25 anos seguintes os EUA suportarão o regime ditatorial do Shá do Irão que virá a fugir em 1978 frente á maré da Revolução Islâmica do Ayatolah Khomeiney, então no exilio.

1954 : Guatemala. Operação PBSUCCESS na qual mercenários americanos, treinados pela CIA nas Honduras e na Nicarágua, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz tinha nacionalisado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária. A CIA entrega o poder a uma ditadura militar.⁽⁶⁾

1956 : Egipto. O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas francesas, israelitas e britânicas sustentados pela Sexta Frota dos EUA, envolvem-se em combates no Canal de Suez. As forças egípcias obrigam a coligação franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal.⁽⁶⁾

1958 : Libano. Milhares de Marines dos EUA são enviados para Beirute com o objetivo de impedir o derrube do governo pró-EUA e proteger os seus interesses na região.

1958 : Indonésia. Bombardeamentos pelos militares e rebeldes islamitas com apoio dos EUA contra o governo democraticamente eleito de Sumatra.

1958 : Panamá Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos.⁽⁶⁾

1960 : Guatemala. Bombardeamentos.

1961 : Cuba. Opération Mongoose, armés et entraînés par la CIA, plus de 1000 exilés cubains débarquent dans la baie des Cochons avec l'espoir de provoquer une rébellion contre le gouvernement castriste en place très populaire. Le soulèvement n'a pas lieu, les mercenaires sont rejetés à la mer, les États-Unis imposent un embargo à Cuba.

1961-72 : Vietnam. Aliados aos sul-vietnamitas, o governo dos EUA invade o Vietname e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente, a participação americana restringe-se a ajuda económica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso dos EUA autoriza o presidente declarar guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietname do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e as suas táticas de guerrilha.⁽⁶⁾

1961-72 : Laos et Camboja. Apesar de não estarem oficialmente em guerra com estes dois países, os EUA efetutam ataques aéreos constantes e inumeráveis massacres das populações.

1962 : Laos. Militares dos EUA invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;

1961 : Congo. Assassinato do Primeiro Ministro Patrice Lumumba pelos serviços secretos belgas com o apoio da CIA.

1962 : Cuba. Crise dos misseís.

1963 : Equador. O presidente progressista Carlos Julio Arosemena Montoy é deposto e deportado para o Panamá após um golpe militar.

1964 : Panama. Os marines que protegem os interesses dos EUA no Canal do Panamá subjugam uma revolta destinada a nacionalizar esse sector estratégico.

1964 : Brasil. Destituição do Presidente Eleito João Goulart através de um golpe militar organizado pela CIA e instauração da ditadura do marechal Castelo Branco.

1964 : Bolívia. Victor Paz Estenssoro é derrubado por um golpe militar liderado pelo vice-presidente René Barrientos e Alfredo Ovando, comandante do exército, com a ajuda de CIA.⁽⁶⁾

1964 : Congo. Bombardeamentos para reprimir a revolta da esquerda nacionalista.

1965 : Indonésia. Prétextant une tentative de putsch des communistes pourtant proche du pouvoir de Sukarno, une opération militaire sanglante dont les dirigeants sont téléguidés par la CIA est menée. Des centaines de milliers d'Indonésiens sont victimes d'une chasse à l'opposant, la longue et meurtrière carrière de l'homme de paille américain Suharto commence pour culminer au Timor Oriental.

1965-66 : República Dominicana. Com a cobertura da OEA trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir os nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924. Na batalha de Santo Domingo morreram perto de 10 000 pessoas.⁽⁶⁾

1965 : Peru. Bombardeamentos.

1966 : Argentina. Arturo Umberto Illia cancelou contratos de extração de petróleo por companhias estrangeiras, reduziu a miséria, o desemprego, iniciou um plano de alfabetização e aprovou a lei do salário mínimo. Foi derrubado por um golpe militar e quem assume à presidência é o general Juan Carlos Ongania.

1967-69 : Guatemala. Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano.⁽⁶⁾

1969-75 : Camboja. Militares americanos invadem e ocupam o Camboja.⁽⁶⁾

1970 : Oman. Soutien logistique de la CIA et formation par des conseillers américains, les troupes iraniennes tentent d'envahir le sultanat pour contrer l'insurrection communiste dite Guerre du Dhofar.

1970 : Moyen-Orient. Implication militaire des États-Unis auprès d'Israël dans les guerres qui ont lieu dans cette région du globe.

1971 : Bolívia. O governo socialista de Juan José Torres González é derrubado por um violento golpe militar.⁽⁶⁾

1971-75 : Laos. Os EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita na sua luta contra a invasão americana.⁽⁶⁾

1972 : Equador. José Maria Velasco Ibarra tentou implantar a reforma agrária, mas foi derrubado por um golpe militar.⁽⁶⁾

1973 : Chili. Suite à la réforme agraire et aux nationalisations, les États-Unis, par l'intermédiaire de la CIA et de la firme ITT, fomentent un coup d'État militaire qui conduit à l'extermination du président élu de gauche Salvador Allende. Des milliers de morts, de femmes et d'enfants enlevés et torturés, et l'installation de la dictature d'extrême-droite du général Pinochet conseillé par la CIA.

1973 : Uruguai. golpe militar.⁽⁶⁾

1975-99 : Timor Oriental. Les États-Unis soutiennent sans faillir l'invasion et l'annexion conduite par l'Indonésie de Suharto. Un tiers de la population est décimée en près de 25 années. Alors qu'en 1999 lors d'un référendum, 80% de la population du Timor Oriental choisit l'indépendance, les États-Unis soutiennent les exactions et la terreur de milices téléguidées par l'armée indonésienne qui s'opposent à l'indépendance. Les États-Unis finissent par accepter, sous la pression internationale, l'idée d'une force de maintien de la Paix de l'ONU.

1976 : Argentina. Junta militar retira Isabel Perón do poder.⁽⁶⁾

1979-89 : Afghanistan. Opération Cyclone, soutien logistique aux Moudjahidins du commandant Massoud pour contrer l'invasion de l'URSS. Soutien à Oussama Ben Laden appuyé par les services secrets pakistanais, l'ISI, dans le recrutement, la formation et l'envoi de combattants islamistes sur le front afghan.

1980 : Irão Durante a instauração do estado islâmico liderada pelo Aiatola Khomeini, estudantes que tinham participado da Revolução Islâmica ocuparam a embaixada americana em Teerão e fizeram reféns 60 funcionários da embaixada dos EUA. O governo dos EUA preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Durante a frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do sequestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;

1980-90 : Salvador. Les États-Unis s'engagent militairement aux côtés des forces gouvernementales, de l'oligarchie au pouvoir et des escadrons de la mort de l'armée salvadorienne pour contrer la guérilla marxiste du FMLN. En 1980, l'archevêque Romero, très populaire chez les pauvres, est assassiné par des hommes proches de la CIA. En dix ans, la guerre civile a fait plus de 100 000 morts.

1981-88 : Nicaragua. Les États-Unis n'acceptent pas la série de réformes que les Sandinistes du président Daniel Ortega arrivés au pouvoir en 1979 engagent. Les États-Unis apportent leur soutien aux Contras basés au Honduras. En 1986, le scandale de l'Irangate révèle que le produit financier des ventes d'armes américaines à l'Iran a servi a financer les Contras.

1982-84 : Líbano. Os EUA invadiram o Líbano e envolveram-se nos seus conflitos logo após a invasão por Israel. Acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada de Beirute da Organização de Libertação da Palestina. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados de Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas.⁽⁶⁾

1983 : Grenade. Opération Urgent Fury, embourbés au Liban, les États-Unis font une démonstration de force en envahissant la minuscule île de la Grenade prétextant de la sécurité de quelques citoyens américains et pour renverser le dirigeant Maurice Bishop suite à son coup d'Etat pacifique contre le régime autoritaire du Premier Ministre Eric Gairy. Huit ans plus tard, le Wall Street Journal qualifie cette démonstration d'« invasion des banques », l'île est devenue un paradis pour la fraude financière et l'évasion fiscale.

1983-89 : Honduras. Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas da fronteira invadem as Honduras.⁽⁶⁾

1986 : Libye. Suite aux attentats anti-américains en Europe, l'aviation américaine bombarde des villes libyennes, faisant des centaines de victimes parmi les civils et les officiels.

1986 : Bolívia. O exército dos EUA invade o território boliviano com a justificação de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de plantação de cocaína.⁽⁶⁾

1986 : Nicaragua. Les États-Unis sont condamnés pour « usage illégal de la force » contre le Nicaragua par la Cour internationale de justice de La Haye.

1988 : Iran. Opération Praying Mantis de la marine américaine contre les deux plateformes pétrolières iraniennes, Sassan & Sirri, durant la guerre Iran-Irak et suite aux dégâts de la frégate USS Samuel B. Roberts causés par une mine iranienne.

1989 : Ilhas Virgens. Tropas dos EUA desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;

1989 : Philippines. L'aviation américaine prête main-forte aux forces gouvernementales pour contrecarrer un des nombreux coups d'État contre la présidente Corazon Aquino, farouche opposante aux communistes et aux indépendantistes musulmans.

1989 : Panamá. Baptizada de Operação Justa Causa, a intervenção dos EUA no Panamá foi provavelmente a maior rusga policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.

1990 : Libéria. Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil.⁽⁶⁾

1991 : Fin de la Guerre froide entre les États-Unis et l'URSS.

1991 : Irak. Allié précieux des États-Unis dans la région durant de longues années, le dictateur Saddam Hussein envahit le Koweït sans en référer à la superpuissance. Les États-Unis, n'acceptant pas de perdre le contrôle d'une partie des ressources pétrolières du Golfe, déclarent la guerre à l'Irak en janvier 1991 et mettent en place une coalition militaire internationale qui, avec le soutien de l'ONU, libère le Koweït. L'Irak est placé sous embargo.

1992 : Peru. Alberto Fujimori dá um autogolpe, com o apoio dos militares.⁽⁶⁾

1993-94 : Somalie. Fiasco des opérations Restore Hope I et II, en appui à l'ONU, pour mettre fin à la guerre civile du seigneur de guerre Mohamed Aidid.

1994 : Haïti. Ayant occupé Haïti de 1915 à 1934 puis soutenus les deux effroyables dictatures de François et Jean-Claude Duvalier de 1957 à 1986, les États-Unis se montrent favorables au renversement par coup d'État, en 1991, contre le dictateur Raoul Cédras remplacé par le le président en exil Jean-Bertrand Aristide escorté par 22000 soldats américains. Parmi les militaires impliqués dans le coup d'État, le colonel François qui a été formé, comme les dictateurs latino-américains Noriega et d'Aubuisson, dans la même académie militaire américaine. Trois ans plus tard les États-Unis interviennent militairement pour remettre en scelle le président déchu.

1995 : Yougoslavie. Bombardements en Bosnie-Herzégovine en soutien aux forces armées de l'ONU/OTAN.

1996 : Somalia. Apoio da CIA ao assassinato de Mohamed Aidid.

1996-97 : Zaire (ex-República do Congo). Marines dos EUA são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;

1997 : Libéria. Tropas dos EUA invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;

1997 : Albânia. Tropas dos EUA invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;

1998 : Irak. Les États-Unis et l'Angleterre reprennent leurs bombardements sur l'Irak et se fixent comme objectif l'élimination physique de Saddam Hussein et la mise en place d'un gouvernement de remplacement.

1998 : Soudan. Opération Infinite Reach, en riposte aux attentats terroristes contre les ambassades américaines de Nairobi au Kenya et de Dar-es-Salaam en Tanzanie, l'armée américaine détruit un complexe pharmaceutique d'Al-Shifa supposé servir de lieux de production d'armement chimique à des fins terroristes.

1998 : Afghanistan. Opération Infinite Reach, bombardements massifs par la marine américaine de quatre camps d'entrainement dont Al Badr, El Farouq et Zawhar Kili, dirigés par Oussama Ben Laden, ex-agent de la CIA, lors d'un sommet de hauts responsables de plusieurs milices islamistes. L'attaque américaine provoqua la mort de cinq agents secrets pakistanais de l'ISI.

1999 : Yougoslavie. Au mois de mars, sous l'impulsion des États-Unis, l'OTAN bombarde le Kosovo et la Serbie ou s'opposent l'Armée de Libération du Kosovo qui depuis 1998 mène des opérations de guérilla et les forces de police serbes qui, de leur côté, prennent en otage les populations civiles. Des centaines de bombes à uranium appauvri sont testées par les États-Unis.

2000 : Colômbia. Marines e “assessores especiais” dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o “gás verde”);

11 septembre 2001 : Début de la Guerre contre le Terrorisme. Lancement de l'opération Enduring Freedom à l'échelle du globe.

2001 à nos jours : Afghanistan. Opération Active Endeavour, suite aux attentats du 11 septembre attribués à l'organisation Al-Qaïda dirigée par Oussama Ben Laden, les États-Unis forment une coalition internationale, implantent des bases au Pakistan et bombardent massivement le pays. Les talibans sont renversés. Les États-Unis ne parviennent pas à imposer leur « protégé » (l'ancien roi), un gouvernement de transition est mis en place. Les prisonniers de guerre se voient déniés par les États-Unis de leurs droits internationaux reconnus par les conventions internationales, certains sont déportés sur la base militaire américaine de Guantanamo à Cuba et subissent un régime d'exception contraire aux principes internationaux et à la législation américaine elle-même. Derrière ces événements, les États-Unis légitiment leur allié dictateur du Pakistan, assurent peu à peu leur mainmise sur le transit des ressources naturelles régionales.

2002 : Venezuela. Hugo Chávez é derrubado por um golpe militar, mas graças a militares aliados a Chavez, ocorre um contra-golpe.⁽⁶⁾

2002 : Irak, Iran et Corée du Nord. Les États-Unis placent ces pays au nombre des composantes de l'Axe du Mal, la nouvelle doctrine militaro-mystique de mise en place de « guerres préventives » contre tous ceux qui ne s'alignent pas sur les États-Unis.

2002 : Phillipines. Opération Enduring Freedom, soutien économique et militaire au gouvernement philippin contre les guérillas.

2002 : Corne de l'Afrique. Opération Enduring Freedom.

2002 : Géorgie. Opération Enduring Freedom, formation de plusieurs bataillons d'infanterie de l'armée géorgienne dans la vallée du Pankissi.

2002 : Irak. Les États-Unis font pression sur la communauté internationale pour lancer un corps expéditionnaire en Irak visant au renversement de Saddam Hussein, à l'instauration d'un gouvernement favorable à leurs intérêts, à l'obtention des principales parts de marchés de la reconstruction du pays après bombardements, à l'octroi de concessions sur les immenses ressources pétrolières du pays. Fin 2002, les USA et leurs alliés anglais ont massé des dizaines de milliers de soldats sur-équipés sur place, prêts à une offensive.

2003-2011 : Irak. Les États-Unis outrepassent les décisions de l'ONU et envahissent l'Irak dans la nuit du 19 au 20 mars, avec le soutien de l'Angleterre. Un déluge de feu s'abat sur le pays et la population dont déjà près de 500 000 personnes sont mortes en 10 ans du fait du blocus économique (800 missiles Tomahawk, 23 000 bombes à uranium, à fragmentation, mini-nucléaire). Un mouvement mondial d'opposition à la guerre et à l'agression militaire des États-Unis se développe en faveur de la paix et pour le respect du droit international. La majorité des pays de la planète condamnent l'agression américaine contre un pays souverain. Par cet acte les USA ouvrent la voie dangereuse et criminelle à la doctrine de la guerre préventive permettant d'attaquer tout pays ne se soumettant pas à la conception impérialiste américaine.

2002 : Iémen.⁽⁵⁾

2002 : Filipinas.⁽⁵⁾

2003 : Sao Tomé-et-Principe. Intervention suite à une tentative de coup d'État militaire contre le président Fradique de Menezes.

2003 : Colômbia.⁽⁵⁾

2003 : Libéria.⁽⁵⁾

2004-2005 : Haïti. Intervention militaire avec l'aide de la France pour chasser le président Jean-Bertrad Aristide.

2004 à nos jours : Pakistan. Début de la guerre du Waziristan contre les nombreux mouvements de taliban. Bombardements réguliers par des drones de l'armée américaine et de la CIA.

2004 : Algérie. Soutien militaire au gouvernement dans sa lutte contre le GSPC devenu AQMI (Al-Qaïda au Maghreb Islamique).

2004 : Kirghizstan. Opération Enduring Freedom.

2005 : Paquistão.⁽⁵⁾

2006-2014 : Somália.⁽⁵⁾

2008 : Siria.⁽⁵⁾

2008-2009 : Palestine. Soutien financier et logistique à l'armée israélienne dont l'envoi de 3000 tonnes de munitions en prélude à l'opération Plomb Durci dans la Bande de Gaza contre le Hamas.

2009 : Honduras. Alberto Zelaya é derrubado por golpe militar.⁽⁶⁾

2009-2010 : Yémen. Bombardements par l'aviation américaine de plusieurs camps de la rébellion zaïdites des Houthis soutenus par l'Iran et en conflit contre le gouvernement yéménite depuis 2004, dite Insurrection de Sa'dah.

2011 : Libia.⁽⁵⁾

2012 : Paraguai. Fernando Lugo é derrubado por um golpe-branco, com apoio de multinacionais americanas.

2014 : Ucrânia. O governo pró-russo foi derrubado e substituido por um pró-nato integrando grupos neonazis na sequência da ocupação da praça Maydan organizada e financiada pela CIA.

2014 : Iraque.⁽⁵⁾

2014 : Siria.⁽⁵⁾

2016 : Brasil. A Presidente Eleita Dilma Roussef é destituída e substituída pelo vice-presidente #ForaTemer através de um golpe-branco, com apoio dos EUA.

2018 : Venezuela. Devido a uma fuga de informação torna-se pública a operação de desestabilização destinada a preparar uma possível invasão da Venezuela pelos EUA.

2020 : Iraque. O presidente Trump assume oficialmente o assassinato do General iraniano Qaseem Suleimani enquanto este se encontra no Iraque a convite do Primeiro Ministro Iraquiano.⁽⁷⁾

2020 : Iémen.Tropas dos Estados Unidos ocuparam a ilha de Socotra, no Iémen, juntaram-se ao contingente militar dos Emirados Árabes Unidos ali presente e começaram a instalar sistemas de defesa anti-aérea. O movimento ocorre à revelia do Congresso norte-americano e do próprio “governo” iemenita que Washington reconhece, tutelado pela Arábia Saudita.⁽⁸⁾

Fonte: Traduzido do original de Bao Mecanoblog publicado em La chronologie des interventions des États-Unis à travers le monde Contenu original © 2002-2017 par Sott.net/Signs of the Times. Voir : Clause d'utilisation équitable

⁽¹⁾ Doutrina do Destino Manifesto
⁽²⁾ James K. Polk
⁽³⁾ Expedição Perry
⁽⁴⁾ Uma outra cronologia, mais detalhada que cobre os anos de 1798-1945 pode ser encontrada em Killing Hope: US Military and CIA interventions since World War II, by William Blum
⁽⁵⁾ Zoltan Grossman
⁽⁶⁾ MidiaCrucis's Blog - Invasões e Golpes pelo EUA no mundo inteiro.
⁽⁷⁾ Urias Rocha citado em Brasil247
⁽⁸⁾O Lado Oculto 2020/03/09.

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