O dia em que o povo tomou o poder: 70 anos do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande
(Gustavo Carneiro in Avante!, 2004/01/18)
Estava-se no início de 1934. Com o mudar do ano, entra em vigor o Estatuto Nacional do Trabalho, fascista, e os sindicatos livres eram oficialmente proibidos, dando origem a outros, subjugados ao poder corporativo. Por todo o País, os trabalhadores combatem a fascização dos sindicatos e convocam para 18 de Janeiro uma greve geral revolucionária, com o objectivo de derrubar o governo de Salazar. A insurreição falha, mas na Marinha Grande os operários vidreiros tomam o poder. Apenas por algumas horas, é certo, pois a repressão esmagaria a revolta. No resto do País, esperavam-se acções iguais, mas em nenhum outro lado se repetiu o gesto dos operários marinhenses. Apesar de fracassada, a revolta dos trabalhadores vidreiros fica na história como um momento alto da resistência ao fascismo. E deixou sementes, que germinaram numa manhã de Abril, precisamente quatro décadas depois.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
2018/04/30
História - Passado Com Vista Para o Futuro
Da Federação Maximalista à fundação do Partido Comunista Português
(Domingos Abrantes in DORL.pcp.pt)
A Federação Maximalista Portuguesa foi fundada há 90 anos por iniciativa de um grupo de destacados dirigentes sindicais profundamente ligados à luta dos trabalhadores e que, embora perfilhassem todos eles os ideais anarquistas, foram influenciados pelo impacto internacional da Revolução de Outubro na Rússia.
A FMP propunha-se como objectivo «difundir os princípios tendentes ao estabelecimento do socialismo comunista», assumindo como tarefa prática imediata defender a revolução russa e propagar os seus princípios.
Dois momentos relevantes assinalam e balizam a constituição da FMP: a apresentação da Declaração de Princípios/Estatuto orgânico e da sua direcção (Maio de 1919)1 e o começo da publicação do seu órgão «A Bandeira Vermelha»2 (5/X/1919).
(Domingos Abrantes in DORL.pcp.pt)
A Federação Maximalista Portuguesa foi fundada há 90 anos por iniciativa de um grupo de destacados dirigentes sindicais profundamente ligados à luta dos trabalhadores e que, embora perfilhassem todos eles os ideais anarquistas, foram influenciados pelo impacto internacional da Revolução de Outubro na Rússia.
A FMP propunha-se como objectivo «difundir os princípios tendentes ao estabelecimento do socialismo comunista», assumindo como tarefa prática imediata defender a revolução russa e propagar os seus princípios.
Dois momentos relevantes assinalam e balizam a constituição da FMP: a apresentação da Declaração de Princípios/Estatuto orgânico e da sua direcção (Maio de 1919)1 e o começo da publicação do seu órgão «A Bandeira Vermelha»2 (5/X/1919).
2018/04/29
Os Assassinados Pelo Botas Salazarento
1931 - O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto; 1932 - Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; - Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; - Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa; 1934 - Américo Gomes, operário e militante comunista, morre em Peniche com 22 anos após dois meses de tortura; - Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve de 18 de Janeiro; - Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada na sequência do 18 de Janeiro; |
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1935
- Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
- Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
1936
- António Bandeira Cabrita, Antifascista de extraordinária coragem e humanismo, perseguido e preso pela polícia política, membro do PCP deportado aos 21 anos para Timor, foi dos primeiros portugueses a alistar-se nas milícias populares, para lutar pela Liberdade ao lado do povo espanhol. Destacando-se pela sua bravura, morreu aos 26 anos na frente de Talavera, morto pelas balas dos franquistas - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934;
- Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
- António Bandeira Cabrita, Antifascista de extraordinária coragem e humanismo, perseguido e preso pela polícia política, membro do PCP deportado aos 21 anos para Timor, foi dos primeiros portugueses a alistar-se nas milícias populares, para lutar pela Liberdade ao lado do povo espanhol. Destacando-se pela sua bravura, morreu aos 26 anos na frente de Talavera, morto pelas balas dos franquistas - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934;
- Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
2018/04/27
As "Boas" Armas Químicas Israelitas Assassinam os "Maus" Palestinianos
Israel usa armas químicas com bênção global
(José Goulão in AbrilAbril, 2018/04/27)
«O senhor abrirá diante de vós todos esses povos e submetereis povos maiores e mais fortes do que vós. Toda a região que a planta dos vossos pés pisar será vossa. Desde o deserto até ao Líbano e desde o rio Eufrates até ao mar ocidental serão essas as vossas fronteiras. Ninguém vos poderá resistir; o Senhor vosso Deus espalhará o medo e o terror sobre todos os lugares onde puserdes o pé, como vos afirmou.» (Antigo Testamento, Deuteronómio, cap. 11 – 23, 24 e 25)
Até prova em contrário, esta é a lei ainda em vigor num mundo sem lei. Palavras atribuídas ao profeta Moisés, que não terão pertencido a Moisés, inscritas afinal não se sabe por quem num dos cinco livros do Antigo Testamento, parte da Bíblia que garante a supremacia do «povo escolhido», o «povo de Israel», sobre os demais povos da Terra.
(José Goulão in AbrilAbril, 2018/04/27)
«O senhor abrirá diante de vós todos esses povos e submetereis povos maiores e mais fortes do que vós. Toda a região que a planta dos vossos pés pisar será vossa. Desde o deserto até ao Líbano e desde o rio Eufrates até ao mar ocidental serão essas as vossas fronteiras. Ninguém vos poderá resistir; o Senhor vosso Deus espalhará o medo e o terror sobre todos os lugares onde puserdes o pé, como vos afirmou.» (Antigo Testamento, Deuteronómio, cap. 11 – 23, 24 e 25)
Até prova em contrário, esta é a lei ainda em vigor num mundo sem lei. Palavras atribuídas ao profeta Moisés, que não terão pertencido a Moisés, inscritas afinal não se sabe por quem num dos cinco livros do Antigo Testamento, parte da Bíblia que garante a supremacia do «povo escolhido», o «povo de Israel», sobre os demais povos da Terra.
2018/04/25
Os Saneamentos Políticos do 25 de Novembro
Nada melhor para comemorar os 44 anos de Abril, do que uma viagenzinha à verdade histórica daquele fim de PREC, parteiro desta conspurcada democratadura em que vivemos há 43 anos.
O livro chama-se "O 25 de Novembro e os Media Estatizados" e é uma crua, cruel e objetiva história das malfeitorias que os vencedores de Novembro fizeram aos vencedores de Abril. Uma história narrada pelos testemunhos de quem ficou desempregado, a ganhar os processos judiciais todos, desde a 1ª instância até ao supremo, o calvário todo, completo, imposto pelos novembristas, recurso a recurso, só para fazer passar o tempo, só para atrasar a inelutavel readmissão. Mesmo para lá da amnistia. Tudo para, quando se acabaram os recursos, lhes dizer na cara: "olhe que foi readmitido, mas o 25 de Novembro ainda não acabou". Vale a pena ler. É um lindo retrato da ditadura da classe dominante, família toda, a corpo inteiro. Vêem-se bem os caninos espetados.
Ribeiro Cardoso, jornalista, entrevista os saneados e os algozes, os abrilistas e os novembristas. Os "suspensos" trabalhadores da rádio, da tv, dos jornais, e os caciques que, à revelia de qualquer lei, como verdadeiros pistoleiros da fronteira, mandaram afixar com fita cola, nas portas, a ordem de serviço tal e tal de 26 de Novembro, a suspender e a proibir a entrada nas instalações aos trabalhadores abaixo nomeados. Zás-Trás-Pás, de uma pazada, num só dia, centena e meia de profissionais, suspensos, arrumados, despedidos, sem quês nem porquês. Quarenta aqui, vinte ali, trinta acolá, uma centena e meia de homens e mulheres arrumados na prateleira, sem justificação, sem processo disciplinar, sem serem ouvidos e sem saberem porquê. Porque sim, disse o major de serviço, o cabo, o sargento lateiro do 24 alcandorado a mandante pelos novembristas vencedores.
Porque essa perigosa centena de profissionais, locutores, redatores, sonoplastas, administrativos, jornalistas, radialistas, homens e mulheres poderiam contestar a verdade única que, a partir dessa noite de 25 de Novembro, passou a reinar no país. Digo-vos eu.
Esses mesmos novembristas, sempre cinzentos, bem instalados nesta democratadura corporativa, assumem hoje que "aquilo não teve nada a ver com a lei, aquilo foi pura política" dos novembros em que o Almeida Santos mandava no ministério da comunicação social e o Mário Soares dava ordens ao primeiro ministro Pinheiro de Azevedo.
Vivemos hoje a herança de Abril? Sim, sem dúvida. Na cor, nos sorrisos, na liberdade de aqui escrevinhar uns ditos sobre o livro que lemos, o banqueiro ladrão, o xuxalista corrupto e mandar às malvas a direitalha canalha e os donos disto tudo. Nesses risos, sorrisos, cravos e liberdades vivemos a herança de Abril. Mas vivemo-la em tempos de novembro. Nestes tempos de desigualdades, misérias, bancos roubados, país queimado, imprensa calada, mansa, domesticada, expurgada dos que a poderiam ter feito importante, relevante, verdadeira.
O livro chama-se "O 25 de Novembro e os Media Estatizados" e é uma crua, cruel e objetiva história das malfeitorias que os vencedores de Novembro fizeram aos vencedores de Abril. Uma história narrada pelos testemunhos de quem ficou desempregado, a ganhar os processos judiciais todos, desde a 1ª instância até ao supremo, o calvário todo, completo, imposto pelos novembristas, recurso a recurso, só para fazer passar o tempo, só para atrasar a inelutavel readmissão. Mesmo para lá da amnistia. Tudo para, quando se acabaram os recursos, lhes dizer na cara: "olhe que foi readmitido, mas o 25 de Novembro ainda não acabou". Vale a pena ler. É um lindo retrato da ditadura da classe dominante, família toda, a corpo inteiro. Vêem-se bem os caninos espetados.
Ribeiro Cardoso, jornalista, entrevista os saneados e os algozes, os abrilistas e os novembristas. Os "suspensos" trabalhadores da rádio, da tv, dos jornais, e os caciques que, à revelia de qualquer lei, como verdadeiros pistoleiros da fronteira, mandaram afixar com fita cola, nas portas, a ordem de serviço tal e tal de 26 de Novembro, a suspender e a proibir a entrada nas instalações aos trabalhadores abaixo nomeados. Zás-Trás-Pás, de uma pazada, num só dia, centena e meia de profissionais, suspensos, arrumados, despedidos, sem quês nem porquês. Quarenta aqui, vinte ali, trinta acolá, uma centena e meia de homens e mulheres arrumados na prateleira, sem justificação, sem processo disciplinar, sem serem ouvidos e sem saberem porquê. Porque sim, disse o major de serviço, o cabo, o sargento lateiro do 24 alcandorado a mandante pelos novembristas vencedores.
Porque essa perigosa centena de profissionais, locutores, redatores, sonoplastas, administrativos, jornalistas, radialistas, homens e mulheres poderiam contestar a verdade única que, a partir dessa noite de 25 de Novembro, passou a reinar no país. Digo-vos eu.
Esses mesmos novembristas, sempre cinzentos, bem instalados nesta democratadura corporativa, assumem hoje que "aquilo não teve nada a ver com a lei, aquilo foi pura política" dos novembros em que o Almeida Santos mandava no ministério da comunicação social e o Mário Soares dava ordens ao primeiro ministro Pinheiro de Azevedo.
Vivemos hoje a herança de Abril? Sim, sem dúvida. Na cor, nos sorrisos, na liberdade de aqui escrevinhar uns ditos sobre o livro que lemos, o banqueiro ladrão, o xuxalista corrupto e mandar às malvas a direitalha canalha e os donos disto tudo. Nesses risos, sorrisos, cravos e liberdades vivemos a herança de Abril. Mas vivemo-la em tempos de novembro. Nestes tempos de desigualdades, misérias, bancos roubados, país queimado, imprensa calada, mansa, domesticada, expurgada dos que a poderiam ter feito importante, relevante, verdadeira.
2018/04/24
2018/04/22
De Esquerda? O Ferreira Fernandes? Desde Quando?
Porquê a refer&ncia? Por dois motivos. Porque dá uma boa panorâmica da distribuição da direita pela jornaleirice nacional, e porque menciona "O Zarolho" João Merkel Taberneiro a afirmar que o Ferreira Fernandes é de esquerda, no dia em que o martelo afirma não haver extrema-esquerda, [paralamentar] cá pelo burgo. Mais uma falhada graçola d'O Zarolho? @Refer&ncia
Sem Titulo
(Uma Página Numa Rede Social, 2018/04/22)
David Ribeiro, David Dinis, José António Saraiva, José Manuel Fernandes, António Costa e o grupo do co-fundador do PSD - cuja informação económica e política é dirigida por personagens como José Gomes Ferreira, João Vieira Pereira ou Bernardo Ferrão - ditam a informação nacional. Praticamente todas as redacções dos noticiários de referência do país já tiveram um ou mais destes cavalheiros na direcção - Correio da Manhã, Expresso, Público, SOL, i, Observador, ECO, TSF, Diário Económico, entre outros - e muitos ainda lá estão.
A sobrerrepresentação da direita nas direcções da informação nacional é evidente, e há direita para todos os gostos, desde a direita populista, do Correio da Manhã de Otávio Ribeiro, à extrema-direita, do SOL de José António Saraiva, passando pela direita moderada, pela conservadora, pela libertária e pela neo-liberal, do Expresso ou do Observador. Para quem lê notícias em Portugal, não há como fugir à mensagem dos devotos de São Passos, padroeiro das Tecnoformas.
Subitamente, os proprietários do Diário de Notícias escolhem um director que não é de direita e João Miguel Tavares - que chegou a trabalhar no Diário de Notícias - fica imediatamente convencido de que a nomeação faz parte de uma grande conspiração da esquerda para controlar as notícias. Génio.
Parece uma daquelas teorias da conspiração próprias de maluquinhos do calibre da malta do Info Wars? Parece, pois. No entanto, é a teoria defendida pelo opinador do Público, que questiona a capacidade de Ferreira Fernandes, um dos melhores e mais reputados jornalistas portugueses, para dirigir o Diário de Notícias. Ironicamente, João Miguel Tavares nunca chega perguntar-se a si próprio porque é que ele, um opinador medíocre e que preenche artigos com banalidades genéricas, é presenteado com tanto destaque no jornal dirigido pelo ex-assessor de Durão Barroso.
Em casa de ferreiro...
Sem Titulo
(Uma Página Numa Rede Social, 2018/04/22)
David Ribeiro, David Dinis, José António Saraiva, José Manuel Fernandes, António Costa e o grupo do co-fundador do PSD - cuja informação económica e política é dirigida por personagens como José Gomes Ferreira, João Vieira Pereira ou Bernardo Ferrão - ditam a informação nacional. Praticamente todas as redacções dos noticiários de referência do país já tiveram um ou mais destes cavalheiros na direcção - Correio da Manhã, Expresso, Público, SOL, i, Observador, ECO, TSF, Diário Económico, entre outros - e muitos ainda lá estão.
A sobrerrepresentação da direita nas direcções da informação nacional é evidente, e há direita para todos os gostos, desde a direita populista, do Correio da Manhã de Otávio Ribeiro, à extrema-direita, do SOL de José António Saraiva, passando pela direita moderada, pela conservadora, pela libertária e pela neo-liberal, do Expresso ou do Observador. Para quem lê notícias em Portugal, não há como fugir à mensagem dos devotos de São Passos, padroeiro das Tecnoformas.
Subitamente, os proprietários do Diário de Notícias escolhem um director que não é de direita e João Miguel Tavares - que chegou a trabalhar no Diário de Notícias - fica imediatamente convencido de que a nomeação faz parte de uma grande conspiração da esquerda para controlar as notícias. Génio.
Parece uma daquelas teorias da conspiração próprias de maluquinhos do calibre da malta do Info Wars? Parece, pois. No entanto, é a teoria defendida pelo opinador do Público, que questiona a capacidade de Ferreira Fernandes, um dos melhores e mais reputados jornalistas portugueses, para dirigir o Diário de Notícias. Ironicamente, João Miguel Tavares nunca chega perguntar-se a si próprio porque é que ele, um opinador medíocre e que preenche artigos com banalidades genéricas, é presenteado com tanto destaque no jornal dirigido pelo ex-assessor de Durão Barroso.
Em casa de ferreiro...
2018/04/21
A Carnificina: E Matam E Matam E Continuam a Matar
E Matam e continuam a matar e ninguém os prende. A ONU não denuncia o massacre de palestinianos. O Conselho de Segurança da ONU não propõe uma intervenção pacificadora ou a criação de um corpo de interposição. O TPI para Israel não prende o cabecilha do estado ocupante. O quê? Não existe TPI para os crimes de Israel contra a humanidade? Porquê?
Imaginem por instantes que em quatro sextas feira seguidas o exército assassinava 31, trinta e um manifestantes portugueses, a uma média superior a 7 assassínios por sexta feira, por dia. Aceitava e calava-se?
Façamos como já fizemos na África do Sul: #BDS #BoycottDivestmentSanctions
Aqui fica um breve apanhado da luta de um povo que todas as sextas-feiras se reúne na Grande Marcha de Retorno para exigir o regresso à sua terra actualmente debaixo de ocupação israelita.
Sexta Feira 8 de Fevereiro Dois adolescentes palestinos assassinados por fogo israelita em Gaza na 46.ª semana da Grande Marcha do Retorno. Atiradores de elite do exército israelita mataram dois adolescentes palestinos, um de 14 anos e outro de 18. O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que Hassan Iyad Shalaby, de 14 anos, e Hamza Mohammad Ishtiwi, de 18 anos, foram atingidos por balas do exército sionista. Hassan Shalaby foi atingido com uma bala no peito, enquanto Hamza Ishtiwi foi atingido no pescoço, morrendo antes de chegar ao hospital. Outros 17 manifestantes foram feridos pelos atiradores israelitas, incluindo um que foi atingido na cabeça e ficou gravemente ferido.
Sexta Feira 1 de Fevereiro As forças israelitas atingiram a tiro mais de 50 palestinianos, esta sexta-feira, quando participavam na Grande Marcha do Retorno, em Gaza, e num protesto contra a violência dos colonos, na Cisjordânia. Em al-Mughayyir, no Centro da Cisjordânia, pelo menos 19 palestinianos ficaram feridos na sequência dos disparos efectuados pelas forças militares israelitas contra um grupo de manifestantes que protestavam contra os ataques violentos dos colonos judeus extremistas na Margem Ocidental Ocupada.
Sexta Feira 25 de Janeiro Dois palestinos mortos a tiro por Israel na Cisjordânia e em Gaza. Um adolescente palestino de 16 anos foi morto por fogo israelita durante protestos na Cisjordânia ocupada esta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde palestino. Soldados isreaelitas estacionados numa torre de observação militar dispararam fogo real, matando o jovem Ayman Hamed com um tiro no peito e ferindo um outro jovem, durante um protesto perto da aldeia de Silwad, a norte de Ramala.
Sexta Feira 18 de Janeiro Milhares de palestinianos participaram, esta sexta-feira, nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno. Pelo menos 30 foram feridos pelas forças israelitas, incluindo 3 paramédicos e 2 jornalistas.
Sexta Feira 11 de Janeiro Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.
Sexta Feira 4 de Janeiro Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno. O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.
Sexta Feira 28 de Dezembro Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva. O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Sexta Feira 21 de Dezembro Quatro palestinianos que participaram nas manifestações da Grande Marcha do Retorno em vários pontos da Faixa de Gaza cercada, esta sexta-feira, foram mortos a tiro pelas forças israelitas.
Sexta Feira 14 de Dezembro As forças de ocupação, que mataram quatro palestinianos nas últimas 36 horas, prenderam uma centena de palestinianos na última madrugada. Mahmoud Youssef Nakhleh, de 18 anos, morreu após ser atingido no estômago por tropas israelitas no campo de refugiados de al-Jalazun, perto de Ramala. As forças israelitas dispararam contra o jovem de muito perto, menos de 10 metros de distância.
Sexta Feira 7 de Dezembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
2 de Dezembro de 2018 Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, quase 350 palestinianos foram mortos pelas forças sionistas de ocupação desde que a administração norte-americana reconheceu Jerusalém como capital de Israel.
Sexta Feira 30 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
20 de Novembro Israel deteve 908 palestinianos menores de 18 anos desde o início de 2018, segundo informou esta terça-feira a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP).
Sexta Feira 23 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta Feira 16 de Novembro Pelo menos 40 palestinos ficaram hoje feridos pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os milhares de manifestantes que participavam na 34.ª semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno. As manifestações de 6ª feira ocorrem poucos dias depois da agressão israelita do início da semana, com cerca de uma centena de ataques aéreos e de artilharia. Após dois dias de confronto, foi alcançada uma trégua, mediada pelo Egipto, entre Israel e os movimentos armados de Gaza. Desde o início dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, Israel já matou 247 manifestantes palestinos, enquanto cerca de 25 000 ficaram feridos, 500 dos quais em estado grave.
Sexta Feira 9 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta Feira 2 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta feira 26 de Outubro - 31ª Semana da Grande Marcha de Retorno. Perante a passividade mais ou menos amorfa do direito internacional a potência invasora assassina a tiro mais 5 civis desarmados durante os protestos públicos pelo retorno do povo palestiniano ao seu território de origem.
Sexta feira 19 de Outubro - 30ª Semana da Grande Marcha de Retorno. 130 Palestinianos, incluindo 25 crianças foram feridos pelas tropas ocupantes israelitas que mantém o cerco a gaza onde cerca de 2 milhões de pessoas vivem em condições infra-humanas. Até quando o ocidente dito civilizado vai continuar a silenciar e a pactuar com um regime genocida que continua a assassinar impunemente?
Sexta feira 12 de Outubro - Este é um post a que me custa continuar a voltar e a voltar e a voltar. Custa-me porque cada regresso significa a necessidade de registar mais uma série de assassinios praticados pelo exército de ocupação do estado terrorista sionista. Esta sexta feira o estado sionista assassinou mais 7 palestinianos que se manifestavam contra o cerco de Israel ao campo de concentração de Gaza, onde estão presos, em condições infra-humanas, cerca de 2 000 000 de seres humanos. As tv's e jornais nacionais não deram por nada, não viram nada, não ouviram nada, não falaram de nada.
Sexta feira 5 de Outubro - As tropas de ocupação na Palestina, ao serviço do estado terrorista de Israel, assassinaram mais três palestinianos, um deles criança, durante as manifestações contra a ocupação. Os media nacionais não sabem de nada. Foi a 28º sexta feira da Grande Marcha do Retorno.
Sexta feira 28 de Setembro - Israel mata sete manifestantes palestinianos, o mais novo com 12 anos. A repressão sangrenta das forças israelitas sobre os protestos em Gaza, na sexta-feira, provocaram 506 feridos, 90 dos quais alvejados com fogo real, e sete mortos, incluindo duas crianças. Foi a 27ª sexta feira da Grande Marcha do Retorno. O Silêncio dos media nacionais é gritantemente ensurdecedor!
Sexta feira 21 de Setembro - Israel mata dois palestinianos a tiro em Gaza nos protestos contra o bloqueio. Ambos os palestinianos, de 21 anos, foram atingidos na cabeça com balas reais, disparadas por forças israelitas, quando participavam em protestos nocturnos integrados na Grande Marcha do Retorno. Foi a 26ª sexta feira da Grande Marcha do Retorno. O Silêncio nos media nacionais é ensurdecedor!
Sexta feira 27 de Julho - Durante a 18ª edição da Grande Marcha do Retorno, em Gaza, os assassinos israelitas do exército de ocupação mataram dois manifestante desarmados e feriram 246, entre os feridos contam-se 19 menores, seis paramédicos e um jornalista. Tanto Ghazi Muhammad Abu Mustafa, de 43 anos, como Majdi Ramzi Kamal al-Satri, de 14 anos, foram atingidos na cabeça com fogo real.
Sexta feira 29 de Junho - O exército ocupante israelita assassinou a tiro dois palestinianos, um deles com 13 anos, e feriu 415 na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação que isola a Faixa de Gaza. Segundo o AbrilAbril desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março deste ano, as tropas israelitas mataram pelo menos 135 palestinianos na Faixa de Gaza. Mais de 14 mil ficaram feridos, em muitos casos ao serem atingidos por balas reais.
28 de Junho - De acordo com o AbrilAbril, uma aldeia beduína no Negev foi esta 4ª feira demolida pela 130.ª vez por Israel. Com o pretexto de que está construída em terra que é «propriedade estatal» israelita, al-Araqib, na região do Negev, o exército ocupante israelita demoliu a aldeia pela 130.ª vez desde Julho de 2010.
Sexta feira 23 de Junho - 13ª - «Sexta-Feira dos Feridos» 206 palestinianos ficaram feridos na sequência da repressão israelita, na sua grande maioria devido à inalação de gás lacrimogéneo. Trinta terão sido atingidos por fogo real junto às vedações que cercam a Faixa de Gaza, num protesto que foi designado como «Sexta-Feira dos Feridos», para prestar tributo a todos aqueles que foram feridos pelas forças israelitas desde o começo da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março, indica o AbrilAbril.
18 de Junho - Israel prolonga detenção de Khalida Jarrar pela terceira vez consecutiva. As autoridades israelitas renovaram pela terceira vez consecutiva a detenção administrativa de Khalida Jarrar, deputada no Conselho Legislativo Palestiniano e dirigente da FPLP. Ainda de acordo com o AbrilAbril, a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos, o grupo de apoio aos presos Addameer, o Comité dos Assuntos dos Presos e o Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos informaram que, em Maio, as forças de ocupação israelitas prenderam 605 palestinianos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém, incluindo 94 menores e nove mulheres. Além disso, emitiram 83 ordens de detenção administrativa, sendo 36 novas e as restantes renovações. De acordo com o relatório emitido por aqueles organismos, há aproximadamente 6000 presos palestinianos nas cadeias de Israel. Destes, 350 são menores e 430 estão detidos sem culpa formada, ao abrigo da detenção administrativa.
14 de Junho - Nações Unidas condenam Israel por «uso excessivo da força» em Gaza. A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou esta quarta-feira, por larga maioria, uma resolução em que se exige «protecção» para os civis palestinianos. Os EUA tentaram aprovar uma emenda, sem êxito.
Sexta feira 8 de Junho - 11ª - O estado invasor e ocupante continua a transformar o muro que cerca a Faixa de Gaza num paredão de fuzilamento com quarenta quilómetros de comprimento. Nesta 11ª sexta-feira da Grande Marcha de Retorno, o exército ocupante feriu mais seiscentos civis palestinianos e assassinou mais três cidadãos palestinianos. É tempo de levar a tribunal a potência israelita invasora.
Sexta feira 1 de Junho - 10ª - Em mais uma trágica sexta-feira de protestos contra a potência ocupante e pela devolução dos territórios ocupados, o exército israelita invasor assassinou uma paramédica quando esta tentava evacuar um manifestante ferido.
26 de Maio - Supremo Tribunal israelita «dá luz verde» a snipers e fogo real em Gaza. O Supremo Tribunal de Israel defendeu o uso da «força letal» contra os palestinianos que se manifestaram de forma pacífica na Faixa de Gaza cercada entre 30 de Março e meados de Maio.
Sexta feira 25 de Maio - 9ª.
Sexta feira 18 de Maio - 8ª - Cerca de um milhar de palestinianos responderam à chamada para a oitava sexta feira da grande marcha de retorno. O exército sionista ocupante atacou com balas e gás lacrimogéneo, tendo ferido 56 civis, 25 deles com balas. Esta foi a primeira sexta feira depois do massacre de dia 14 em que o exército invasor israelita assassinou 52 civis e feriu mais de mil palestinianos. Note-se que desde o inicio da grande marcha de protesto, a 30 de Março, o exército invasor israelita já feriu mais de mil crianças palestinianos.
Sexta feira 11 de Maio - 7ª - Durante os protestos desta Grande Marcha do Retorno os assassinos ao serviço do terrorismo israelita assassinaram mais um manifestante palestiniano e feriram quase mil manifestantes. No total, ao longo das últimas sete sextas feiras, já foram assassinados pelo exército ocupante israelita mais de 40 palestinianos residentes no que é já internacionalmente considerado o campo de concentração de Gaza.
Sexta feira 4 de Maio - 6ª - Esta sexta feira voltou a ser um dia negro em Gaza, na Palestina. Apesar de ser a primeira sem mortes registadas em mais de um mês, 83 palestinianos foram baleados pelas forças israelitas.
Sexta Feira 27 de Abril - 5ª - Fontes militares israelitas estimaram à Reuters em 14 mil o número de manifestantes que, nesta quinta semana da «Grande Marcha do Retorno», se concentraram junto à linha de fronteira para tentar romper a mesma, durante mais uma jornada de luta pelo direito ao regresso à sua terra natal. A morte, neste sábado, dia 28 de Abril, de Azzam Aweida, um jovem palestiniano de 15 anos gravemente ferido no dia anterior por soldados isrelitas, elevou para entre 43 a 46 (as fontes divergem) o número de mortos durante os protestos que desde o dia 30 de Março passado ocorrem, semanalmente, todas as sextas feiras, na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel.
Sexta Feira 20 de Abril - 4ª - Quatro palestinianos mortos e mais de 150 feridos em protestos na faixa de Gaza é o balanço da quarta sexta feira de protestos de palestinianos desarmados contra o exército de ocupação sionista armado com balas e granadas.
Sexta feira 13 de Abril - 3ª - A repressão do exército ocupante israelita matou um jovem palestiniano e feriu 968, no passado dia 13 de Abril, a terceira sexta-feira consecutiva de mobilizações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada, um campo de concentração onde sobrevivem cerca de um milhão e meio de palestinianos.
Sexta feira 6 de Abril - 2ª - Na segunda sexta feira de protestos o exército ocupante israelita assassinou dez palestinianos junto à vedação no Leste da Faixa de Gaza, elevando o total de vítimas na última semana para mais de 30. Neste território completamente cercado por um muro, sobrevivem cerca de milhão e meio de palestianos com a incrível densidade populacional de 5000 habitantes por km2.
A 30 de Março, na primeira sexta feira de protestos o exército ocupante assassinou 16 palestinianos e feriu 1400 palestinianos desarmados.
Fontes:
Abril Abril
Aljazeera
Haaretz
PressTV
Sapo24
MPPM
Imaginem por instantes que em quatro sextas feira seguidas o exército assassinava 31, trinta e um manifestantes portugueses, a uma média superior a 7 assassínios por sexta feira, por dia. Aceitava e calava-se?
Façamos como já fizemos na África do Sul: #BDS #BoycottDivestmentSanctions
Aqui fica um breve apanhado da luta de um povo que todas as sextas-feiras se reúne na Grande Marcha de Retorno para exigir o regresso à sua terra actualmente debaixo de ocupação israelita.
Sexta Feira 8 de Fevereiro Dois adolescentes palestinos assassinados por fogo israelita em Gaza na 46.ª semana da Grande Marcha do Retorno. Atiradores de elite do exército israelita mataram dois adolescentes palestinos, um de 14 anos e outro de 18. O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que Hassan Iyad Shalaby, de 14 anos, e Hamza Mohammad Ishtiwi, de 18 anos, foram atingidos por balas do exército sionista. Hassan Shalaby foi atingido com uma bala no peito, enquanto Hamza Ishtiwi foi atingido no pescoço, morrendo antes de chegar ao hospital. Outros 17 manifestantes foram feridos pelos atiradores israelitas, incluindo um que foi atingido na cabeça e ficou gravemente ferido.
Sexta Feira 1 de Fevereiro As forças israelitas atingiram a tiro mais de 50 palestinianos, esta sexta-feira, quando participavam na Grande Marcha do Retorno, em Gaza, e num protesto contra a violência dos colonos, na Cisjordânia. Em al-Mughayyir, no Centro da Cisjordânia, pelo menos 19 palestinianos ficaram feridos na sequência dos disparos efectuados pelas forças militares israelitas contra um grupo de manifestantes que protestavam contra os ataques violentos dos colonos judeus extremistas na Margem Ocidental Ocupada.
Sexta Feira 25 de Janeiro Dois palestinos mortos a tiro por Israel na Cisjordânia e em Gaza. Um adolescente palestino de 16 anos foi morto por fogo israelita durante protestos na Cisjordânia ocupada esta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde palestino. Soldados isreaelitas estacionados numa torre de observação militar dispararam fogo real, matando o jovem Ayman Hamed com um tiro no peito e ferindo um outro jovem, durante um protesto perto da aldeia de Silwad, a norte de Ramala.
Sexta Feira 18 de Janeiro Milhares de palestinianos participaram, esta sexta-feira, nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno. Pelo menos 30 foram feridos pelas forças israelitas, incluindo 3 paramédicos e 2 jornalistas.
Sexta Feira 11 de Janeiro Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.
Sexta Feira 4 de Janeiro Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno. O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.
Sexta Feira 28 de Dezembro Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva. O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Sexta Feira 21 de Dezembro Quatro palestinianos que participaram nas manifestações da Grande Marcha do Retorno em vários pontos da Faixa de Gaza cercada, esta sexta-feira, foram mortos a tiro pelas forças israelitas.
Sexta Feira 14 de Dezembro As forças de ocupação, que mataram quatro palestinianos nas últimas 36 horas, prenderam uma centena de palestinianos na última madrugada. Mahmoud Youssef Nakhleh, de 18 anos, morreu após ser atingido no estômago por tropas israelitas no campo de refugiados de al-Jalazun, perto de Ramala. As forças israelitas dispararam contra o jovem de muito perto, menos de 10 metros de distância.
Sexta Feira 7 de Dezembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
2 de Dezembro de 2018 Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, quase 350 palestinianos foram mortos pelas forças sionistas de ocupação desde que a administração norte-americana reconheceu Jerusalém como capital de Israel.
Sexta Feira 30 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
20 de Novembro Israel deteve 908 palestinianos menores de 18 anos desde o início de 2018, segundo informou esta terça-feira a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP).
Sexta Feira 23 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta Feira 16 de Novembro Pelo menos 40 palestinos ficaram hoje feridos pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os milhares de manifestantes que participavam na 34.ª semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno. As manifestações de 6ª feira ocorrem poucos dias depois da agressão israelita do início da semana, com cerca de uma centena de ataques aéreos e de artilharia. Após dois dias de confronto, foi alcançada uma trégua, mediada pelo Egipto, entre Israel e os movimentos armados de Gaza. Desde o início dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, Israel já matou 247 manifestantes palestinos, enquanto cerca de 25 000 ficaram feridos, 500 dos quais em estado grave.
Sexta Feira 9 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta Feira 2 de Novembro Os media corporativos calam a revolta, mas a Palestina em Gaza manifesta-se contra a ocupação do seu território.
Sexta feira 26 de Outubro - 31ª Semana da Grande Marcha de Retorno. Perante a passividade mais ou menos amorfa do direito internacional a potência invasora assassina a tiro mais 5 civis desarmados durante os protestos públicos pelo retorno do povo palestiniano ao seu território de origem.
Sexta feira 19 de Outubro - 30ª Semana da Grande Marcha de Retorno. 130 Palestinianos, incluindo 25 crianças foram feridos pelas tropas ocupantes israelitas que mantém o cerco a gaza onde cerca de 2 milhões de pessoas vivem em condições infra-humanas. Até quando o ocidente dito civilizado vai continuar a silenciar e a pactuar com um regime genocida que continua a assassinar impunemente?
Sexta feira 12 de Outubro - Este é um post a que me custa continuar a voltar e a voltar e a voltar. Custa-me porque cada regresso significa a necessidade de registar mais uma série de assassinios praticados pelo exército de ocupação do estado terrorista sionista. Esta sexta feira o estado sionista assassinou mais 7 palestinianos que se manifestavam contra o cerco de Israel ao campo de concentração de Gaza, onde estão presos, em condições infra-humanas, cerca de 2 000 000 de seres humanos. As tv's e jornais nacionais não deram por nada, não viram nada, não ouviram nada, não falaram de nada.
Sexta feira 5 de Outubro - As tropas de ocupação na Palestina, ao serviço do estado terrorista de Israel, assassinaram mais três palestinianos, um deles criança, durante as manifestações contra a ocupação. Os media nacionais não sabem de nada. Foi a 28º sexta feira da Grande Marcha do Retorno.
Sexta feira 28 de Setembro - Israel mata sete manifestantes palestinianos, o mais novo com 12 anos. A repressão sangrenta das forças israelitas sobre os protestos em Gaza, na sexta-feira, provocaram 506 feridos, 90 dos quais alvejados com fogo real, e sete mortos, incluindo duas crianças. Foi a 27ª sexta feira da Grande Marcha do Retorno. O Silêncio dos media nacionais é gritantemente ensurdecedor!
Sexta feira 21 de Setembro - Israel mata dois palestinianos a tiro em Gaza nos protestos contra o bloqueio. Ambos os palestinianos, de 21 anos, foram atingidos na cabeça com balas reais, disparadas por forças israelitas, quando participavam em protestos nocturnos integrados na Grande Marcha do Retorno. Foi a 26ª sexta feira da Grande Marcha do Retorno. O Silêncio nos media nacionais é ensurdecedor!
Sexta feira 27 de Julho - Durante a 18ª edição da Grande Marcha do Retorno, em Gaza, os assassinos israelitas do exército de ocupação mataram dois manifestante desarmados e feriram 246, entre os feridos contam-se 19 menores, seis paramédicos e um jornalista. Tanto Ghazi Muhammad Abu Mustafa, de 43 anos, como Majdi Ramzi Kamal al-Satri, de 14 anos, foram atingidos na cabeça com fogo real.
Sexta feira 29 de Junho - O exército ocupante israelita assassinou a tiro dois palestinianos, um deles com 13 anos, e feriu 415 na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação que isola a Faixa de Gaza. Segundo o AbrilAbril desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março deste ano, as tropas israelitas mataram pelo menos 135 palestinianos na Faixa de Gaza. Mais de 14 mil ficaram feridos, em muitos casos ao serem atingidos por balas reais.
28 de Junho - De acordo com o AbrilAbril, uma aldeia beduína no Negev foi esta 4ª feira demolida pela 130.ª vez por Israel. Com o pretexto de que está construída em terra que é «propriedade estatal» israelita, al-Araqib, na região do Negev, o exército ocupante israelita demoliu a aldeia pela 130.ª vez desde Julho de 2010.
Sexta feira 23 de Junho - 13ª - «Sexta-Feira dos Feridos» 206 palestinianos ficaram feridos na sequência da repressão israelita, na sua grande maioria devido à inalação de gás lacrimogéneo. Trinta terão sido atingidos por fogo real junto às vedações que cercam a Faixa de Gaza, num protesto que foi designado como «Sexta-Feira dos Feridos», para prestar tributo a todos aqueles que foram feridos pelas forças israelitas desde o começo da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março, indica o AbrilAbril.
18 de Junho - Israel prolonga detenção de Khalida Jarrar pela terceira vez consecutiva. As autoridades israelitas renovaram pela terceira vez consecutiva a detenção administrativa de Khalida Jarrar, deputada no Conselho Legislativo Palestiniano e dirigente da FPLP. Ainda de acordo com o AbrilAbril, a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos, o grupo de apoio aos presos Addameer, o Comité dos Assuntos dos Presos e o Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos informaram que, em Maio, as forças de ocupação israelitas prenderam 605 palestinianos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém, incluindo 94 menores e nove mulheres. Além disso, emitiram 83 ordens de detenção administrativa, sendo 36 novas e as restantes renovações. De acordo com o relatório emitido por aqueles organismos, há aproximadamente 6000 presos palestinianos nas cadeias de Israel. Destes, 350 são menores e 430 estão detidos sem culpa formada, ao abrigo da detenção administrativa.
14 de Junho - Nações Unidas condenam Israel por «uso excessivo da força» em Gaza. A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou esta quarta-feira, por larga maioria, uma resolução em que se exige «protecção» para os civis palestinianos. Os EUA tentaram aprovar uma emenda, sem êxito.
Sexta feira 8 de Junho - 11ª - O estado invasor e ocupante continua a transformar o muro que cerca a Faixa de Gaza num paredão de fuzilamento com quarenta quilómetros de comprimento. Nesta 11ª sexta-feira da Grande Marcha de Retorno, o exército ocupante feriu mais seiscentos civis palestinianos e assassinou mais três cidadãos palestinianos. É tempo de levar a tribunal a potência israelita invasora.
Sexta feira 1 de Junho - 10ª - Em mais uma trágica sexta-feira de protestos contra a potência ocupante e pela devolução dos territórios ocupados, o exército israelita invasor assassinou uma paramédica quando esta tentava evacuar um manifestante ferido.
26 de Maio - Supremo Tribunal israelita «dá luz verde» a snipers e fogo real em Gaza. O Supremo Tribunal de Israel defendeu o uso da «força letal» contra os palestinianos que se manifestaram de forma pacífica na Faixa de Gaza cercada entre 30 de Março e meados de Maio.
Sexta feira 25 de Maio - 9ª.
Sexta feira 18 de Maio - 8ª - Cerca de um milhar de palestinianos responderam à chamada para a oitava sexta feira da grande marcha de retorno. O exército sionista ocupante atacou com balas e gás lacrimogéneo, tendo ferido 56 civis, 25 deles com balas. Esta foi a primeira sexta feira depois do massacre de dia 14 em que o exército invasor israelita assassinou 52 civis e feriu mais de mil palestinianos. Note-se que desde o inicio da grande marcha de protesto, a 30 de Março, o exército invasor israelita já feriu mais de mil crianças palestinianos.
Sexta feira 11 de Maio - 7ª - Durante os protestos desta Grande Marcha do Retorno os assassinos ao serviço do terrorismo israelita assassinaram mais um manifestante palestiniano e feriram quase mil manifestantes. No total, ao longo das últimas sete sextas feiras, já foram assassinados pelo exército ocupante israelita mais de 40 palestinianos residentes no que é já internacionalmente considerado o campo de concentração de Gaza.
Sexta feira 4 de Maio - 6ª - Esta sexta feira voltou a ser um dia negro em Gaza, na Palestina. Apesar de ser a primeira sem mortes registadas em mais de um mês, 83 palestinianos foram baleados pelas forças israelitas.
Sexta Feira 27 de Abril - 5ª - Fontes militares israelitas estimaram à Reuters em 14 mil o número de manifestantes que, nesta quinta semana da «Grande Marcha do Retorno», se concentraram junto à linha de fronteira para tentar romper a mesma, durante mais uma jornada de luta pelo direito ao regresso à sua terra natal. A morte, neste sábado, dia 28 de Abril, de Azzam Aweida, um jovem palestiniano de 15 anos gravemente ferido no dia anterior por soldados isrelitas, elevou para entre 43 a 46 (as fontes divergem) o número de mortos durante os protestos que desde o dia 30 de Março passado ocorrem, semanalmente, todas as sextas feiras, na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel.
Sexta Feira 20 de Abril - 4ª - Quatro palestinianos mortos e mais de 150 feridos em protestos na faixa de Gaza é o balanço da quarta sexta feira de protestos de palestinianos desarmados contra o exército de ocupação sionista armado com balas e granadas.
Sexta feira 13 de Abril - 3ª - A repressão do exército ocupante israelita matou um jovem palestiniano e feriu 968, no passado dia 13 de Abril, a terceira sexta-feira consecutiva de mobilizações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada, um campo de concentração onde sobrevivem cerca de um milhão e meio de palestinianos.
Sexta feira 6 de Abril - 2ª - Na segunda sexta feira de protestos o exército ocupante israelita assassinou dez palestinianos junto à vedação no Leste da Faixa de Gaza, elevando o total de vítimas na última semana para mais de 30. Neste território completamente cercado por um muro, sobrevivem cerca de milhão e meio de palestianos com a incrível densidade populacional de 5000 habitantes por km2.
A 30 de Março, na primeira sexta feira de protestos o exército ocupante assassinou 16 palestinianos e feriu 1400 palestinianos desarmados.
Fontes:
Abril Abril
Aljazeera
Haaretz
PressTV
Sapo24
MPPM
Lutas Silenciadas Pelos Media Corporativos
«No caminho» de um novo Maio de 68?
(Rémy Herrera in ODiário.info, 2018/04/18)
O Presidente Macron tem razão : «France is back»! Mas não a dos postais ilustrados. A da cólera. Uma cólera que germina no fundo da sociedade francesa, e que tem as suas razões, múltiplas. Não é necessário inventariá-las, estas linhas seriam insuficientes para isso. Uma predomina sobre as outras: desde há décadas, o prosseguimento continuado, obstinado, de políticas neoliberais dilacerou o tecido social, empobreceu as classes trabalhadoras, precarizou os empregos, comprimiu os salários, lançou massas de gente para o desemprego, maltratou as solidariedades. Agudizou os egoísmos, glorificou abjectos valores capitalistas, promoveu os grosseiros reflexos do consumismo, adestrou todas as inteligências à submissão.
E queriam que o povo não reagisse ?
(Rémy Herrera in ODiário.info, 2018/04/18)
O Presidente Macron tem razão : «France is back»! Mas não a dos postais ilustrados. A da cólera. Uma cólera que germina no fundo da sociedade francesa, e que tem as suas razões, múltiplas. Não é necessário inventariá-las, estas linhas seriam insuficientes para isso. Uma predomina sobre as outras: desde há décadas, o prosseguimento continuado, obstinado, de políticas neoliberais dilacerou o tecido social, empobreceu as classes trabalhadoras, precarizou os empregos, comprimiu os salários, lançou massas de gente para o desemprego, maltratou as solidariedades. Agudizou os egoísmos, glorificou abjectos valores capitalistas, promoveu os grosseiros reflexos do consumismo, adestrou todas as inteligências à submissão.
E queriam que o povo não reagisse ?
2018/04/19
O Silenciamento das Lutas
É importante para eles que não se saiba, que não se oiça, que não se veja. É a forma de nos convencer que estamos sozinhos, que somos só nós os descontentes, os recalcitrantes, as mafaldinhas. Sózinhos nos nossos buracos somos alvos fáceis para a ideologia dominante. É por isso que as greves nas prisões dos EUA não dão nos telecaneiros, o motin de nova iorque não existiu para os jornaleiros e a onda de greves que assola a França não passa nos media corporativos. É importante para nós mostrar as lutas, as greves, mostrar que afinal somos muitos, muitos milhões de mafaldinhas recalcitrantes por esse mundo fora. @Referência.
Ferroviários franceses mantêm greves contra reforma no sector
(AbrilAbril, 2018/04/18)
Os trabalhadores do sector ferroviário francês cumprem, esta quarta-feira, uma jornada de greve contra a reforma que o governo de Macron quer impor no sector, visando a «destruição do serviço público»
A vaga de greves teve início nos dias 3 e 4 deste mês, paralisando as ligações ferroviárias, tanto nas linhas de alta velocidade, onde circulou um só comboio em cada sete, como nas linhas regionais, com um só comboio em cada cinco.
Ferroviários franceses mantêm greves contra reforma no sector
(AbrilAbril, 2018/04/18)
Os trabalhadores do sector ferroviário francês cumprem, esta quarta-feira, uma jornada de greve contra a reforma que o governo de Macron quer impor no sector, visando a «destruição do serviço público»
A vaga de greves teve início nos dias 3 e 4 deste mês, paralisando as ligações ferroviárias, tanto nas linhas de alta velocidade, onde circulou um só comboio em cada sete, como nas linhas regionais, com um só comboio em cada cinco.
2018/04/18
O Cerco ao VI Governo Provisório Foi Provocado Pelo Ministro do Trabalho de Então
Uma mentira com 25 anos
(Vítor Dias in Semanário, 2000/11/17)
Sabemos que esta crónica nos vai colocar na situação de alguém que decidiu enfrentar a marcha de um comboio de alta velocidade.
Mas não importa. Ela explica-se porque, desde 1975, raramente se terá passado um ano sem que, tal como a generalidade dos cidadãos, não fossemos bombardeados com a história e as imagens (que não contam toda a verdade !) do alegado “Cerco à Constituinte” ocorrido em 12/13 de Novembro de 1975 e não sentíssemos uma viva indignação face a uma pérfida mentira que, por milhares de vezes repetida, terá sido absorvida por sucessivas gerações de portugueses como uma sólida e cristalina verdade.
De tal modo assim é, que nem nos choca especialmente ver num trabalho no “Público” de 13/11 antigos deputados à Constituinte (do PS, do PSD e do CDS) a tratarem os acontecimentos de 12.11.75 ou como um “ensaio de golpe” ou como uma acção inspirada pelo PCP com vista a paralisar ou acabar com os trabalhos da elaboração da Constituição. Ao fim e ao cabo, há tantos e tantos anos que repetem o mesmo que já não devem conseguir distinguir a verdade histórica da sua útil conveniência em terem baptizado de “cerco da Constituinte” aquilo que, quando muito mas com menos lucro, podiam ter chamado “cerco do Governo”.
(Vítor Dias in Semanário, 2000/11/17)
Sabemos que esta crónica nos vai colocar na situação de alguém que decidiu enfrentar a marcha de um comboio de alta velocidade.
Mas não importa. Ela explica-se porque, desde 1975, raramente se terá passado um ano sem que, tal como a generalidade dos cidadãos, não fossemos bombardeados com a história e as imagens (que não contam toda a verdade !) do alegado “Cerco à Constituinte” ocorrido em 12/13 de Novembro de 1975 e não sentíssemos uma viva indignação face a uma pérfida mentira que, por milhares de vezes repetida, terá sido absorvida por sucessivas gerações de portugueses como uma sólida e cristalina verdade.
De tal modo assim é, que nem nos choca especialmente ver num trabalho no “Público” de 13/11 antigos deputados à Constituinte (do PS, do PSD e do CDS) a tratarem os acontecimentos de 12.11.75 ou como um “ensaio de golpe” ou como uma acção inspirada pelo PCP com vista a paralisar ou acabar com os trabalhos da elaboração da Constituição. Ao fim e ao cabo, há tantos e tantos anos que repetem o mesmo que já não devem conseguir distinguir a verdade histórica da sua útil conveniência em terem baptizado de “cerco da Constituinte” aquilo que, quando muito mas com menos lucro, podiam ter chamado “cerco do Governo”.
2018/04/16
Para a História da (des)Cultura Portuguesa
«O modelo produziu os resultados conhecidos. Mas o que que apontamos ao modelo não são erros ou incompetência. A extrema burocratização das candidaturas não é uma falha. Os absurdos requisitos e critérios de cálculo não são uma falha. As avaliações e pareceres dos júris não são uma falha. Os atrasos na publicação dos resultados e nos pagamentos não são uma falha. São parte do roteiro: empurrar a actividade cultural para o mercado; desresponsabilizar o Estado do apoio às artes e à cultura em geral; condenar a «subsidio-dependência dos artistas»; fazer falhar os mecanismos do Estado, que deveriam constituir um serviço público de cultura; terminar com a noção democrática de direito à cultura, como coisa de todos os cidadãos, em todo o território nacional – os eixos da política de direita para o sistema público de apoio às artes.»
Ideias para a luta na Cultura (I). História de uma devastação
(Pedro Penilo in AbrilAbril, 2018/04/15)
Uma noite, em 2012, numa reunião pública do Manifesto em defesa da Cultura, um jovem pediu para falar. O debate era sobre as grandes questões da política cultural, nos tempos da intervenção da Troika em Portugal, e da necessidade de lhe fazer frente. O jovem queria tirar uma conclusão útil daquilo que lhe ia na cabeça. E perguntou:
«Tenho estado a ouvir-vos e preciso de saber o que fazer. Sou fotógrafo. Os meus pais emigram amanhã. Queria perguntar-vos: vale a pena ficar aqui?»
Ideias para a luta na Cultura (I). História de uma devastação
(Pedro Penilo in AbrilAbril, 2018/04/15)
Uma noite, em 2012, numa reunião pública do Manifesto em defesa da Cultura, um jovem pediu para falar. O debate era sobre as grandes questões da política cultural, nos tempos da intervenção da Troika em Portugal, e da necessidade de lhe fazer frente. O jovem queria tirar uma conclusão útil daquilo que lhe ia na cabeça. E perguntou:
«Tenho estado a ouvir-vos e preciso de saber o que fazer. Sou fotógrafo. Os meus pais emigram amanhã. Queria perguntar-vos: vale a pena ficar aqui?»
2018/04/15
Amarelândia: o Capital travestido de social-democrata
Mais um a querer enganar tolos. Todo muito democrata e muito liberal, vale a pena lê-lo, para ficarmos já a conhecer os sound-bytes da ideologia dominante para a primavera-verão. Que a democracia liberal não está em risco, é só a cultura democrática a ruir. Que os neoliberais andam muito preocupados com a extrema-direita e a esquerda devia aproveitar para conversar com eles, fazer, sei lá,[mais?] umas cedênciazinhas, explicar-lhes que a esquerda, desde que dialogante e domesticada, até lhes faz falta, sei lá. Eles até nem gostom da alt-right, ou que é. Que a tal liberdade económica para estraçalhar a economia não significa nada menos democracia, da dele, da tal liberal do Capital. Que até se vê obrigado a defender o Syriza, bonzinho, que cedeu em toda a linha para defender os pobres. Olha se não os tem defendido, digo eu. E até «o Draghi fez o que tinha de ser feito, apesar de ter sido demasiado lento por estar constrangido pelas regras [europeias ] e pela elite económica alemã». Esquerda ?!? Guru??? De quê?? Guru de quem??? Mas leiam, se não acreditam, leiam o que pensa esta coisa que para o i é de esquerda. Olha se não fosse!
Paul Mason - o novo guru da esquerda
(Jornal i, 2018/04/11)
Veio a Lisboa para participar numa conferência sobre a democracia europeia. Como a vê?
Bom, é uma boa ideia. Não é tanto que a democracia esteja em risco na Europa, apesar de em alguns países estar, mas mais a cultura democrática que sustenta a democracia, que é muito mais frágil do que as pessoas entendem. Temos na Polónia um governo que diz, dia sim dia não, que não quer a democracia liberal, que diz que a “democracia liberal impede que nós, o povo, expressemos os nossos verdadeiros desejos”. Desejos como banir o aborto ou a lei estapafúrdia de que ninguém pode questionar o papel do país no Holocausto. O que temos agora na outra ponta da Europa é um conjunto de elites que dizem que a democracia não é boa. Esta é uma mensagem partilhada pelos movimentos populistas em Itália, a verdadeira direita, a Liga Norte, e uma ala direita no Movimento 5 Estrelas. Tornaram-se cínicos da democracia. Temos de a reavivar pela prática e de fazer as pessoas perceberem que é bastante importante para elas controlarem o governo do qual dependem. A cultura democrática que temos na Europa é única no mundo e está rodeada de pessoas que dizem que é má. Os governos polaco e húngaro são o eco do que a China e a Rússia estão a dizer e, agora, do que os norte-americanos dizem. Em 2008, Peter Till, um empreendedor da alt-right, escreveu um artigo a dizer que a democracia e a liberdade são agora incompatíveis, que liberdade económica significa menos democracia. Desde 2008 que têm tentado chegar a este momento. Felizmente, a Europa tem uma cultura democrática, e a melhor forma de a manter é usando-a.
Paul Mason - o novo guru da esquerda
(Jornal i, 2018/04/11)
Veio a Lisboa para participar numa conferência sobre a democracia europeia. Como a vê?
Bom, é uma boa ideia. Não é tanto que a democracia esteja em risco na Europa, apesar de em alguns países estar, mas mais a cultura democrática que sustenta a democracia, que é muito mais frágil do que as pessoas entendem. Temos na Polónia um governo que diz, dia sim dia não, que não quer a democracia liberal, que diz que a “democracia liberal impede que nós, o povo, expressemos os nossos verdadeiros desejos”. Desejos como banir o aborto ou a lei estapafúrdia de que ninguém pode questionar o papel do país no Holocausto. O que temos agora na outra ponta da Europa é um conjunto de elites que dizem que a democracia não é boa. Esta é uma mensagem partilhada pelos movimentos populistas em Itália, a verdadeira direita, a Liga Norte, e uma ala direita no Movimento 5 Estrelas. Tornaram-se cínicos da democracia. Temos de a reavivar pela prática e de fazer as pessoas perceberem que é bastante importante para elas controlarem o governo do qual dependem. A cultura democrática que temos na Europa é única no mundo e está rodeada de pessoas que dizem que é má. Os governos polaco e húngaro são o eco do que a China e a Rússia estão a dizer e, agora, do que os norte-americanos dizem. Em 2008, Peter Till, um empreendedor da alt-right, escreveu um artigo a dizer que a democracia e a liberdade são agora incompatíveis, que liberdade económica significa menos democracia. Desde 2008 que têm tentado chegar a este momento. Felizmente, a Europa tem uma cultura democrática, e a melhor forma de a manter é usando-a.
Caso Skripal: Rússia 1 - Eixo do Mal 0
Pode ler-se no AbrilAbril: «O Instituto Suíço para a Protecção das Armas Nucleares, Biológicas e Químicas informou que as amostras de veneno recolhidas em Salisbury, Reino Unido, associadas à tentativa de assassínio do espião reformado Serguei Skripal, correspondem a um produto da NATO, jamais produzido na União Soviética ou na Rússia».
O BZ, o produto detectado, é um enervante ao alcance de países da Aliança Atlântica, principalmente Reino Unido e Estados Unidos, que provoca paralisia no ser humano durante 30 a 60 minutos e cujos efeitos se dissipam num prazo de dois a quatro dias. Recorda-se que os primeiros diagnósticos sobre o estado de Serguei Skripal e filha eram de possível morte, quando os dois estão actualmente em franca recuperação.
No relatório da OPAQ sobre o ataque a Skripal, e ao contrário do que tem sido afirmado pela comunicação social, não existe qualquer referência a Novitchok, designação de um projecto soviético e não de um determinado produto.
O laboratório suíço que chegou a esta conclusão é uma instituição de referência nesta área e realizou a análise do produto encontrado em Salisbury a pedido da OPAQ.»
O BZ, o produto detectado, é um enervante ao alcance de países da Aliança Atlântica, principalmente Reino Unido e Estados Unidos, que provoca paralisia no ser humano durante 30 a 60 minutos e cujos efeitos se dissipam num prazo de dois a quatro dias. Recorda-se que os primeiros diagnósticos sobre o estado de Serguei Skripal e filha eram de possível morte, quando os dois estão actualmente em franca recuperação.
No relatório da OPAQ sobre o ataque a Skripal, e ao contrário do que tem sido afirmado pela comunicação social, não existe qualquer referência a Novitchok, designação de um projecto soviético e não de um determinado produto.
O laboratório suíço que chegou a esta conclusão é uma instituição de referência nesta área e realizou a análise do produto encontrado em Salisbury a pedido da OPAQ.»
Skripal: a toxina é o BZ diz o Spiez Laboratory Suíço
Uuooops!!!
O Spiez Laboratory analisou amostras enviadas pelo reino-unido à OPAQ e os resultados vêm desmentir toda a propaganda da #WhereIsTheresa à-rasca-com-o-brexit May: o veneno usado no Skripal não foi o tal novitchok e os russos não o têm, o veneno usado foi o 3-Quinuclidinyl benzilate ou BZ e quem o tem são os EUA e o RU.
Uuooops!!!
O Spiez Laboratory analisou amostras enviadas pelo reino-unido à OPAQ e os resultados vêm desmentir toda a propaganda da #WhereIsTheresa à-rasca-com-o-brexit May: o veneno usado no Skripal não foi o tal novitchok e os russos não o têm, o veneno usado foi o 3-Quinuclidinyl benzilate ou BZ e quem o tem são os EUA e o RU.
Uuooops!!!
2018/04/14
Peritos da OPAQ Chegavam Hoje à Síria para Investigar Ataque Químico
O Eixo do Mal, EUA-UK-França, lançou hoje um ataque com mais de 100 mísseis contra a Síria. Logo hoje, quando chegariam a Damasco os peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas.
A Síria acusa o Eixo do Mal de tentar apagar provas do fracassado embuste usado para tentar justificar mais uma invasão.
Tal como no Iraque há 15 anos, quando chegarem as provas de que, mais uma vez, o Eixo do Mal (EUA-UK-França) mentiu para justificar uma guerra, já os novos senhores da guerra, trumps, mayas e mardons, terão assassinado a sangue frio mais uns milhares de mulheres e crianças.
Desta vez são os novos senhores da guerra deste eixo do mal que se encontram a braços com graves problemas internos. Trump a ver investigada a alegada intervenção russa nas eleições, Theresa à-rasca-com-o-brexit May, tal como o próprio nome indica, atolada nos revezes de um brexit catastrófico e Mardon a enfrentar a maior contestação laboral das últimas décadas, encontraram aqui o fait-diver por excelência para reunir adeptos em torno do seu único ideal: a Guerra.
Independentemente do que o governo Sírio tenha ou não feito, e que iria hoje começar a ser investigado pelos peritos da OPAQ, os ataques com mísseis foram realizados sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito internacional e constituem um ato de agressão contra um Estado soberano. Isto são factos.
Algumas das notícias sobre mais este vil e traiçoeiro ataque de um Ocidente sedento de guerras:
A notícia da RT centra-se nos factos e alerta para prevista chegada hoje dos peritos da OPAQ.
A notícia do SAPO usa o press realease da Novosti e as declarações do ministérios da defesa francês. Aqui informa que o governo russo vai pedir uma reunião de urgência do conselho de segurança da ONU.
O Público mantém uma cronologia atualizada em tempo real.
Diz o Carlos Narciso no facebroncas "A verdade é a primeira vítima da Guerra" e por uma vez estou de acordo com o que ele afirma.
A Síria acusa o Eixo do Mal de tentar apagar provas do fracassado embuste usado para tentar justificar mais uma invasão.
Tal como no Iraque há 15 anos, quando chegarem as provas de que, mais uma vez, o Eixo do Mal (EUA-UK-França) mentiu para justificar uma guerra, já os novos senhores da guerra, trumps, mayas e mardons, terão assassinado a sangue frio mais uns milhares de mulheres e crianças.
Desta vez são os novos senhores da guerra deste eixo do mal que se encontram a braços com graves problemas internos. Trump a ver investigada a alegada intervenção russa nas eleições, Theresa à-rasca-com-o-brexit May, tal como o próprio nome indica, atolada nos revezes de um brexit catastrófico e Mardon a enfrentar a maior contestação laboral das últimas décadas, encontraram aqui o fait-diver por excelência para reunir adeptos em torno do seu único ideal: a Guerra.
Independentemente do que o governo Sírio tenha ou não feito, e que iria hoje começar a ser investigado pelos peritos da OPAQ, os ataques com mísseis foram realizados sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito internacional e constituem um ato de agressão contra um Estado soberano. Isto são factos.
Algumas das notícias sobre mais este vil e traiçoeiro ataque de um Ocidente sedento de guerras:
A notícia da RT centra-se nos factos e alerta para prevista chegada hoje dos peritos da OPAQ.
A notícia do SAPO usa o press realease da Novosti e as declarações do ministérios da defesa francês. Aqui informa que o governo russo vai pedir uma reunião de urgência do conselho de segurança da ONU.
O Público mantém uma cronologia atualizada em tempo real.
Diz o Carlos Narciso no facebroncas "A verdade é a primeira vítima da Guerra" e por uma vez estou de acordo com o que ele afirma.
2018/04/13
Fascismo Salazarento: um Ror de Misérias
O retrato é simultaneamente objectivo e ilustrativo da visão de uma pequena burguesia ainda em urbanização acelerada, mas importa também notar como a bilderberga consegue falar na oposição ao salazarento sem usar a palavra comunista, é dificil eu sei, mas a bilderberguista conseguiu.
"Tão felizes que nós éramos"
(Clara Loira de Bilderberg em Castelo algures no Espesso)
Anda por aí gente com saudades da velha portugalidade. Saudades do nacionalismo, da fronteira, da ditadura, da guerra, da PIDE, de Caxias e do Tarrafal, das cheias do Tejo e do Douro, da tuberculose infantil, das mulheres mortas no parto, dos soldados com madrinhas de guerra, da guerra com padrinhos políticos, dos caramelos espanhóis, do telefone e da televisão como privilégio, do serviço militar obrigatório, do queres fiado toma, dos denunciantes e informadores e, claro, dessa relíquia estimada que é um aparelho de segurança.
Eu não ponho flores neste cemitério.
"Tão felizes que nós éramos"
(Clara Loira de Bilderberg em Castelo algures no Espesso)
Anda por aí gente com saudades da velha portugalidade. Saudades do nacionalismo, da fronteira, da ditadura, da guerra, da PIDE, de Caxias e do Tarrafal, das cheias do Tejo e do Douro, da tuberculose infantil, das mulheres mortas no parto, dos soldados com madrinhas de guerra, da guerra com padrinhos políticos, dos caramelos espanhóis, do telefone e da televisão como privilégio, do serviço militar obrigatório, do queres fiado toma, dos denunciantes e informadores e, claro, dessa relíquia estimada que é um aparelho de segurança.
Eu não ponho flores neste cemitério.
2018/04/12
Jornalista Morto no Iraque pelo Exército Invasor
Xosé
(Anabela Fino in Avante!, 2018/04/11)
Todos os lugares e todos os dias têm histórias por contar, e por maioria de razões os locais e os tempos em que por força das circunstâncias se concentram gentes e atenções. Não é segredo que não raras vezes as histórias que passam à História carregam tantos silêncios, tantas omissões, tantos desígnios espúrios que em certas ocasiões se torna indispensável, para um correcto entendimento dos factos, raspar a patine do tempo e resgatar do olvido o que não pode nem deve ser esquecido. É o caso do conjunto formado pelo hotel Palestina, 7 de Abril de 2003 e José Couso, elementos que hoje pouco ou nada dirão à grande maioria das pessoas.
(Anabela Fino in Avante!, 2018/04/11)
Todos os lugares e todos os dias têm histórias por contar, e por maioria de razões os locais e os tempos em que por força das circunstâncias se concentram gentes e atenções. Não é segredo que não raras vezes as histórias que passam à História carregam tantos silêncios, tantas omissões, tantos desígnios espúrios que em certas ocasiões se torna indispensável, para um correcto entendimento dos factos, raspar a patine do tempo e resgatar do olvido o que não pode nem deve ser esquecido. É o caso do conjunto formado pelo hotel Palestina, 7 de Abril de 2003 e José Couso, elementos que hoje pouco ou nada dirão à grande maioria das pessoas.
Os Tradicionais Utilizadores de Armas Químicas
À Beira do Desastre
(Jorge Cadima in Avante, 2018/04/12)
A campanha do alegado envenenamento do espião Skripal começou a ruir. Logo deu lugar a nova campanha sobre um suposto ‘ataque com armas químicas do governo sírio’. São as patranhas do partido da guerra, que abrem caminho a novas agressões, guerras ou ‘mudanças de regime’. Vários ministros israelitas, com as mãos manchadas de muito sangue palestino, pedem abertamente um ataque militar dos EUA à Síria (Jerusalem Post, 8.4.18). Israel lança mísseis cruzeiro sobre aquele país soberano, cujo território dos Montes Golã ocupa há meio século. Trump ameaça, secundado por May e Macron. A parada é hoje perigosíssima. Há o perigo duma aventura catastrófica, dum confronto directo entre as maiores potências nucleares do planeta, provocado pelo desespero das velhas potências imperialistas perante a sua irresolúvel crise sistémica, a sua decadência e perda de hegemonia económica, política e militar, e o seu fracasso na Síria e noutras frentes.
(Jorge Cadima in Avante, 2018/04/12)
A campanha do alegado envenenamento do espião Skripal começou a ruir. Logo deu lugar a nova campanha sobre um suposto ‘ataque com armas químicas do governo sírio’. São as patranhas do partido da guerra, que abrem caminho a novas agressões, guerras ou ‘mudanças de regime’. Vários ministros israelitas, com as mãos manchadas de muito sangue palestino, pedem abertamente um ataque militar dos EUA à Síria (Jerusalem Post, 8.4.18). Israel lança mísseis cruzeiro sobre aquele país soberano, cujo território dos Montes Golã ocupa há meio século. Trump ameaça, secundado por May e Macron. A parada é hoje perigosíssima. Há o perigo duma aventura catastrófica, dum confronto directo entre as maiores potências nucleares do planeta, provocado pelo desespero das velhas potências imperialistas perante a sua irresolúvel crise sistémica, a sua decadência e perda de hegemonia económica, política e militar, e o seu fracasso na Síria e noutras frentes.
E um Chuto?
OK! Foi bom enquanto durou e tudo mas talvez esteja na hora de lhes dar um chuto.
Ou vamos aceitar o discurso da Márilú na boca do Cristiano Centeno do Eurogrupo?
Ou vamos aceitar o discurso da Márilú na boca do Cristiano Centeno do Eurogrupo?
Acção de apoio a Lula com Direito a Reportagem
Já temos outra vez jornalismo feito por jornalistas em Portugal. O AbrilAbril até faz reportagens de uma acção de apoio a Lula da Silva. Nada de reproduzir o comunicado da organização ou o press realease da agência de comunicação, nada disso, a coisa sabe mesmo a jornalista em directo do local.
2018/04/11
As Encenações e as Armas Químicas ... dos Terroristas
O despudor é completo. Nunca tinha visto tais apelos à guerra e às invasões de estados soberanos.
Pergunto-me "quem" serão os "anunciantes" que pagam este tipo de jornaleirismo?
Mas façamos um exercício de memória sobre alguns dos "incidentes" inventados pelos EUA/NATO para fazerem a guerra a quem muito bem lhes apetece.
As ADMs do Saddam - ai ai ai que o "terrível e sanguinário" Saddam tem armas de destruição massiva e vai matar-nos a todos no metro e nos aviões, e por acaso está a começar a vender pitrolina em euros e isso é que não pode ser, mas esqueçam isso da pitrolina e dos euros e foquem-se nas ADMs do Sadam! Bora lá invadir aquilo tudo e terraplanar o país da pitrolina, para depois darmos cabo dos aiatolas e do Hassad! Armas químicas? ADMs? Nem vê-las! Nada! Depois de passarem o Iraque a pente fino, não encontraram um litro de nada! O que ficou para trás? Um país que era essencialmente laico, reduzido ao xiismo? Um deserto de estruturas e infraestruturas? Não sei quantas dezenas de milhar de mortos? Não interessa pá, importante é que já lhe passaram as veleidades de vender petróleo em euros! Essas e as outras todas, lá debaixo dos sete palmos de terra onde o enterrámos. Que a terra lhe seja pesada, entoaram os abutres em Washington, Londres e Nova Iorque.
Massacre de Srebrenica - ai ai ai que os "malvados" sérvios massacraram uma data de bósnios em Srebrenica. Bora lá bombardear a Sérvia e estraçalhar aquilo tudo! Passados 20 anos vem um Major-General português, à época observador militar da ONU na Bósnia, dizer o que todos já sabíamos: não houve nenhum massacre de bósnios em Srebrenica, foi tudo encenação [da NATO] para ocidente ver. Por acaso, uns meses depois, os "bons" bósnios massacraram uns milhares de "terríveis" sérvios na kraina, como normalmente fazem os "bons aliados" dos EUA/NATO quando chegam ao poder (talibans no Afganistão, rebeldes na Libia, ISIS na Síria etc, etc, etc.), mas isso foram os bons bósnios, esqueçam, lembrem-se só do que ficou dessa guerra: um mosaico de máfias e mafiosos a traficaram armas, drogas e pessoas de e para a Europa.
Incidente do Golfo de Tomkin - ai ai ai que três lanchas torpedeiras norte-vietnamitas perseguiram o USS qualquer coisa. Bora lá bombardear o Vietname do Norte! Passados 40 anos os documentos foram desclassificados e afinal foi grupo dos EUA. A guerra do vietname com os seus milhões de mortos e feridos já é coisa do passado e o Vietname ficou enterrado em agente laranja, fósforo e outros desfolhantes .. químicos, todos trade mark "Made in USA & air delivered by USAF".
Incidente da Baía de Cuba - ai ai ai que os espanhóis afundaram o Maine, escreveram os jornais do William Hearst, que estava a precisar de vender papel, faturar uns milhões, e até disse ao jornaleiro dele em Cuba «você escreva que eu arranjo-lhe a guerra», ou isso ou qualquer coisa parecida. Hoje sabemos que de facto aconteceu qualquer coisa ao Maine, mas a Espanha continua a dizer que não teve nada a ver com isso. Terá sido o jornaleiro do Hearst?
As armas químicas do terrível Hassad - ai ai ai que o sanguinário Hassad usou armas químicas contra a oposição moderada (vulgo bons rebeldes). Bora lá ... não? Não foi ele? Em 2013? Não foi o Hassad? Não foi o Exército Árabe Sírio do Hassad? Não foi o exército do estado sirio? Não foram os russos? Foram os "bons rebeldes"? A tal Al-Nuhsra? Os terroristas bons apoiados pelo trio maravilha "EUA/NATO/UE"? Foram mesmo os aliados do ISIS e da Al-Quaida? Da NATO e do "Ocidente"? Quem disse? A Carla del Ponte da ONU? E a Reuters? E a BBC? E em Aleppo também não foi o Hassad? Pois, eu achei esquisito nunca mais terem aparecido as provas, e os resultados das análises, e essas coisas, mas pensei que fosse atraso do laboratório, ou isso ou greve na companhia aérea, ou uma coisa dessas. Não? Não foi isso?
Agora também já não interessa, agora a esquadra do tio sam já rumou à Síria, ao Hassad e aos Russos. Vou mas é ali à esquina comprar umas conservas e uns litros de leite. Just in case ;-)
Parceria NATO/EUA/UE - a endrominar o mundo desde 1955. Compre já numa tv em sua casa. Deixe-se endrominar pacificamente sentado no sofá! Nós tratamos-lhe da saúde.
Como o escrito já vai longo, vou acabar com um parágrafozinho de um Senhor que sabe muito bem o que diz: «Como disse Harold Pinter, ao receber o Prémio Nobel da Literatura em 2005, «existe uma manipulação do poder à escala mundial, se bem que mascarando-se como uma força para o bem universal, um esperto, mesmo brilhante, acto de hipnose altamente conseguido». É o que contumazmente tem acontecido em dezenas de anos praticando acções que seguem os princípios da Rainha de Copas na Alice no País das Maravilhas: «Condene-se primeiro, investigue-se a seguir». Os resultados são trágicos, com milhões de vitimas inocentes. Como dizia um personagem do filme de João César Monteiro Le Bassin de John Wayne, «hoje, os novos fascistas apresentam-se como democratas».»
Pergunto-me "quem" serão os "anunciantes" que pagam este tipo de jornaleirismo?
Mas façamos um exercício de memória sobre alguns dos "incidentes" inventados pelos EUA/NATO para fazerem a guerra a quem muito bem lhes apetece.
As ADMs do Saddam - ai ai ai que o "terrível e sanguinário" Saddam tem armas de destruição massiva e vai matar-nos a todos no metro e nos aviões, e por acaso está a começar a vender pitrolina em euros e isso é que não pode ser, mas esqueçam isso da pitrolina e dos euros e foquem-se nas ADMs do Sadam! Bora lá invadir aquilo tudo e terraplanar o país da pitrolina, para depois darmos cabo dos aiatolas e do Hassad! Armas químicas? ADMs? Nem vê-las! Nada! Depois de passarem o Iraque a pente fino, não encontraram um litro de nada! O que ficou para trás? Um país que era essencialmente laico, reduzido ao xiismo? Um deserto de estruturas e infraestruturas? Não sei quantas dezenas de milhar de mortos? Não interessa pá, importante é que já lhe passaram as veleidades de vender petróleo em euros! Essas e as outras todas, lá debaixo dos sete palmos de terra onde o enterrámos. Que a terra lhe seja pesada, entoaram os abutres em Washington, Londres e Nova Iorque.
Massacre de Srebrenica - ai ai ai que os "malvados" sérvios massacraram uma data de bósnios em Srebrenica. Bora lá bombardear a Sérvia e estraçalhar aquilo tudo! Passados 20 anos vem um Major-General português, à época observador militar da ONU na Bósnia, dizer o que todos já sabíamos: não houve nenhum massacre de bósnios em Srebrenica, foi tudo encenação [da NATO] para ocidente ver. Por acaso, uns meses depois, os "bons" bósnios massacraram uns milhares de "terríveis" sérvios na kraina, como normalmente fazem os "bons aliados" dos EUA/NATO quando chegam ao poder (talibans no Afganistão, rebeldes na Libia, ISIS na Síria etc, etc, etc.), mas isso foram os bons bósnios, esqueçam, lembrem-se só do que ficou dessa guerra: um mosaico de máfias e mafiosos a traficaram armas, drogas e pessoas de e para a Europa.
Incidente do Golfo de Tomkin - ai ai ai que três lanchas torpedeiras norte-vietnamitas perseguiram o USS qualquer coisa. Bora lá bombardear o Vietname do Norte! Passados 40 anos os documentos foram desclassificados e afinal foi grupo dos EUA. A guerra do vietname com os seus milhões de mortos e feridos já é coisa do passado e o Vietname ficou enterrado em agente laranja, fósforo e outros desfolhantes .. químicos, todos trade mark "Made in USA & air delivered by USAF".
Incidente da Baía de Cuba - ai ai ai que os espanhóis afundaram o Maine, escreveram os jornais do William Hearst, que estava a precisar de vender papel, faturar uns milhões, e até disse ao jornaleiro dele em Cuba «você escreva que eu arranjo-lhe a guerra», ou isso ou qualquer coisa parecida. Hoje sabemos que de facto aconteceu qualquer coisa ao Maine, mas a Espanha continua a dizer que não teve nada a ver com isso. Terá sido o jornaleiro do Hearst?
As armas químicas do terrível Hassad - ai ai ai que o sanguinário Hassad usou armas químicas contra a oposição moderada (vulgo bons rebeldes). Bora lá ... não? Não foi ele? Em 2013? Não foi o Hassad? Não foi o Exército Árabe Sírio do Hassad? Não foi o exército do estado sirio? Não foram os russos? Foram os "bons rebeldes"? A tal Al-Nuhsra? Os terroristas bons apoiados pelo trio maravilha "EUA/NATO/UE"? Foram mesmo os aliados do ISIS e da Al-Quaida? Da NATO e do "Ocidente"? Quem disse? A Carla del Ponte da ONU? E a Reuters? E a BBC? E em Aleppo também não foi o Hassad? Pois, eu achei esquisito nunca mais terem aparecido as provas, e os resultados das análises, e essas coisas, mas pensei que fosse atraso do laboratório, ou isso ou greve na companhia aérea, ou uma coisa dessas. Não? Não foi isso?
Agora também já não interessa, agora a esquadra do tio sam já rumou à Síria, ao Hassad e aos Russos. Vou mas é ali à esquina comprar umas conservas e uns litros de leite. Just in case ;-)
Parceria NATO/EUA/UE - a endrominar o mundo desde 1955. Compre já numa tv em sua casa. Deixe-se endrominar pacificamente sentado no sofá! Nós tratamos-lhe da saúde.
Como o escrito já vai longo, vou acabar com um parágrafozinho de um Senhor que sabe muito bem o que diz: «Como disse Harold Pinter, ao receber o Prémio Nobel da Literatura em 2005, «existe uma manipulação do poder à escala mundial, se bem que mascarando-se como uma força para o bem universal, um esperto, mesmo brilhante, acto de hipnose altamente conseguido». É o que contumazmente tem acontecido em dezenas de anos praticando acções que seguem os princípios da Rainha de Copas na Alice no País das Maravilhas: «Condene-se primeiro, investigue-se a seguir». Os resultados são trágicos, com milhões de vitimas inocentes. Como dizia um personagem do filme de João César Monteiro Le Bassin de John Wayne, «hoje, os novos fascistas apresentam-se como democratas».»
2018/04/10
Frescas do Dia: Lembram-se ?
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, justificou a invasão do Iraque com provas fabricadas de que este país dispunha de «armas de destruição massiva», no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 5 de Fevereiro de 2003. Esta noite, os EUA levam uma proposta de resolução sobre o alegado recurso a armas químicas pela Síria a uma reunião de urgência do Conselho de Segurança. Mais aqui no AbrilAbril.
2018/04/08
Lula, Cultura, Gaza, Catalunha
Um fim de semana infernal. O fascismo brasileiro quer prender Lula. Lula já é uma ideia e as ideias não se prendem. A cultura portuguesa tem direito a 0,2% do orçamento de estado, a tropa a 17%. Diz-me onde gastas o teu dinheiro, dir-te-ei a besta que és. O exército de ocupação sionista assassinou mais 10 palestinianos desarmados que protestavam contra a invasão sionista da palestina. Os israelitas têm memória curta, esqueceram o que o nazismo fez aos judeus. Os presos politicos catalães ainda acabam por ser libertados no estrangeiro.
2018/04/07
Sobre a Livre Circulação de ... Material Militar
Europa abre-se à livre circulação da máquina de guerra
(José Goulão in AbrilAbril, 2018/04/06)
Paira uma ameaça real sobre a Europa, a da militarização da vida no espaço da União Europeia e da NATO, ainda por cima a custo das futuras vítimas de uma aventura militarista: os povos europeus.
Talvez porque seja de uma gravidade ultrajante para os cidadãos nestes tempos de austeridade persistente e degradação galopante dos direitos cívicos e sociais de cada um, o escabroso assunto anda como que envergonhado, meio-escondido, ausente mesmo de telejornais e observadores de referência. Isso não invalida a sua existência e a danosa ameaça que traz nas linhas e entrelinhas, apenas denuncia a má consciência de quem finge que nada se passa. E o que se passa é que vamos ser obrigados a cumprir, custe o que custar, as ordens dadas pelo Pentágono, lá longe, em Washington, para financiar as obras públicas que permitam aos exércitos da NATO circularem livremente, sem quaisquer estorvos, através do continente europeu.
Chamam-lhe já várias coisas, tais como «Schengen militar», «eficácia defensiva», «simplificação de formalidades» e outros soundbites a usar como pílulas para mitigar os inevitáveis sintomas de desconforto que se manifestarão quando a manobra em curso de militarização da vida no espaço da União Europeia e da NATO ficar irremediavelmente escancarada.
(José Goulão in AbrilAbril, 2018/04/06)
Paira uma ameaça real sobre a Europa, a da militarização da vida no espaço da União Europeia e da NATO, ainda por cima a custo das futuras vítimas de uma aventura militarista: os povos europeus.
Talvez porque seja de uma gravidade ultrajante para os cidadãos nestes tempos de austeridade persistente e degradação galopante dos direitos cívicos e sociais de cada um, o escabroso assunto anda como que envergonhado, meio-escondido, ausente mesmo de telejornais e observadores de referência. Isso não invalida a sua existência e a danosa ameaça que traz nas linhas e entrelinhas, apenas denuncia a má consciência de quem finge que nada se passa. E o que se passa é que vamos ser obrigados a cumprir, custe o que custar, as ordens dadas pelo Pentágono, lá longe, em Washington, para financiar as obras públicas que permitam aos exércitos da NATO circularem livremente, sem quaisquer estorvos, através do continente europeu.
Chamam-lhe já várias coisas, tais como «Schengen militar», «eficácia defensiva», «simplificação de formalidades» e outros soundbites a usar como pílulas para mitigar os inevitáveis sintomas de desconforto que se manifestarão quando a manobra em curso de militarização da vida no espaço da União Europeia e da NATO ficar irremediavelmente escancarada.
Sobre a Nossa Cultura
Cultura - Encosta Acima, Imitando Sísifo
(Manuel Rocha, Diário As Beiras, 2018/04/07)
Se as decisões da DGArtes fossem leis divinas, Coimbra estaria condenada a quase não dispor de estruturas profissionais de criação artística. E se os membros dos júris nomeados pelo Ministério da Cultura fossem deuses, saberíamos já quais os sons, palavras e cores estariam autorizados, ou não, a habitar o mundo e as vidas dos mortais - criadores e público. Mas não. A criação artística nunca é só assunto dos artistas, do mesmo modo que as governações nunca são só a vontade dos governantes. Por isso vimos assistindo nestes dias ao protesto justo de artistas, agentes culturais, trabalhadores do sector da Cultura e públicos, num brado tal que o governo vem anunciando, a conta-gotas, o aumento de verbas destinadas ao apoio à Cultura. Como se de uma ópera bufa se tratasse, um criativo secretário de Estado vem escrevendo nos anais das políticas governativas um libreto delirante, entrando e saindo de cena de acordo com as exigências do enredo, nomeando júris, somando “roadshows” em que a arrogância governativa se mascara de diálogo.
(Manuel Rocha, Diário As Beiras, 2018/04/07)
Se as decisões da DGArtes fossem leis divinas, Coimbra estaria condenada a quase não dispor de estruturas profissionais de criação artística. E se os membros dos júris nomeados pelo Ministério da Cultura fossem deuses, saberíamos já quais os sons, palavras e cores estariam autorizados, ou não, a habitar o mundo e as vidas dos mortais - criadores e público. Mas não. A criação artística nunca é só assunto dos artistas, do mesmo modo que as governações nunca são só a vontade dos governantes. Por isso vimos assistindo nestes dias ao protesto justo de artistas, agentes culturais, trabalhadores do sector da Cultura e públicos, num brado tal que o governo vem anunciando, a conta-gotas, o aumento de verbas destinadas ao apoio à Cultura. Como se de uma ópera bufa se tratasse, um criativo secretário de Estado vem escrevendo nos anais das políticas governativas um libreto delirante, entrando e saindo de cena de acordo com as exigências do enredo, nomeando júris, somando “roadshows” em que a arrogância governativa se mascara de diálogo.
Argumentação de um Homem em Prol da Cultura
Sem Titulo
(Manuel Rocha in facebook, 2018/04/07)
Cara [..]: Não há nos seres da Natureza um que não cuide da nutrição ou do abrigo. A mais inofensiva das plantas que não reúna estes requisitos de existência não tem como não falecer.
Com os humanos acontece o mesmo, mas, sabe-se lá por que razão, sempre a sua deriva no mundo foi acompanhada da representação do que existe, seja realidade seja sonho. E a isso chamou Cultura, que é o grande chapéu em que se abriga a sua natureza humana e o rasto que dela desprende, e a Arte, que é um seu operacionalizador.
A Cultura não está antes nem depois do pão. E às vezes é, ela mesma, o mais essencial dos pães. Olivier Messiaen era um grande compositor francês que, no decorrer da II Grande Guerra, foi feito prisioneiro pelos nazis e internado no campo de concentração de Görlitz. Saberá que o pão não era, ali, abundante. Mas nem por isso Messiaen renunciou à sua maior prioridade: compor o Quarteto Para o Fim dos Tempos, que nós herdámos como testemunho maior da dignidade em tempos de ignomínia.
Não seguiu Messiaen o seu conselho, [...]. A luta dele pelo pão não era dissociável da necessidade de permanecer humano, muito para além do exemplo da planta que estende raízes à procura de nutrientes. Para ele e para os seus companheiros de cativeiro, a estreia da sua obra no rigor do gelo do inverno polaco terá sido o maior pão, o mais essencial abrigo.
Repare que, para lhe responder, nem lhe vim falar das prioridades governativas que põem os banqueiros em primeiro lugar (muito antes do pão dos concidadãos dos governantes); nem das prioridades da "Europa", que nos suga a existência em equilíbrios que nunca o chegam a ser, porque nos levam o pão, a casa e a Cultura; nem do chumbo das leis laborais, precisadas de ser pão, casa e tempo para a família. E nem sequer lhe vim dizer que os trabalhadores da Cultura, e os seus filhos crianças, também têm direito ao pão e à casa que a Ana Beatriz entende poderem ser-lhes negados. Vim apenas chamar-lhe a atenção para a sua própria natureza e para o insulto que as suas declarações constituem, a si própria e aos seus, calhando ter um filho ou um neto que um dia pegou num lápis e desenhou o seu retrato, com amor e empenho estético.
O que mais me custa é que a marcha do mundo também dependa de quem levou demasiado a sério a macabra História da Cigarra e da Formiga. Cumprimentos.
(Manuel Rocha in facebook, 2018/04/07)
Cara [..]: Não há nos seres da Natureza um que não cuide da nutrição ou do abrigo. A mais inofensiva das plantas que não reúna estes requisitos de existência não tem como não falecer.
Com os humanos acontece o mesmo, mas, sabe-se lá por que razão, sempre a sua deriva no mundo foi acompanhada da representação do que existe, seja realidade seja sonho. E a isso chamou Cultura, que é o grande chapéu em que se abriga a sua natureza humana e o rasto que dela desprende, e a Arte, que é um seu operacionalizador.
A Cultura não está antes nem depois do pão. E às vezes é, ela mesma, o mais essencial dos pães. Olivier Messiaen era um grande compositor francês que, no decorrer da II Grande Guerra, foi feito prisioneiro pelos nazis e internado no campo de concentração de Görlitz. Saberá que o pão não era, ali, abundante. Mas nem por isso Messiaen renunciou à sua maior prioridade: compor o Quarteto Para o Fim dos Tempos, que nós herdámos como testemunho maior da dignidade em tempos de ignomínia.
Não seguiu Messiaen o seu conselho, [...]. A luta dele pelo pão não era dissociável da necessidade de permanecer humano, muito para além do exemplo da planta que estende raízes à procura de nutrientes. Para ele e para os seus companheiros de cativeiro, a estreia da sua obra no rigor do gelo do inverno polaco terá sido o maior pão, o mais essencial abrigo.
Repare que, para lhe responder, nem lhe vim falar das prioridades governativas que põem os banqueiros em primeiro lugar (muito antes do pão dos concidadãos dos governantes); nem das prioridades da "Europa", que nos suga a existência em equilíbrios que nunca o chegam a ser, porque nos levam o pão, a casa e a Cultura; nem do chumbo das leis laborais, precisadas de ser pão, casa e tempo para a família. E nem sequer lhe vim dizer que os trabalhadores da Cultura, e os seus filhos crianças, também têm direito ao pão e à casa que a Ana Beatriz entende poderem ser-lhes negados. Vim apenas chamar-lhe a atenção para a sua própria natureza e para o insulto que as suas declarações constituem, a si própria e aos seus, calhando ter um filho ou um neto que um dia pegou num lápis e desenhou o seu retrato, com amor e empenho estético.
O que mais me custa é que a marcha do mundo também dependa de quem levou demasiado a sério a macabra História da Cigarra e da Formiga. Cumprimentos.
Só 25 Milhões? Eu Só Quero Investir 1% em Cultura!
Isso mesmo, ao longo dos próximos 3 anos vamos gastar 75 milhões em cultura. Uma média de 25 milhões por ano.
Depois da bronca sair à rua, o governo aumentou o "favorzinho" em 4 milhões e propõe-se, agora, "oferecer" este ano 19 milhões aos "agentes culturais.
Os "agentes culturais" exigem 25, o governo dá 19. A discussão, a polémica, anda em torno de gastar, "em cultura", um bocadinho menos de 20 ou um bocadinho mais de 20. Milhões.
Alguém perguntou a alguém quanto é que "o governo" devia gastar em submarinos? Ninguém discute a utilidade dos 880 milhões enterrados em dois supositórios pretos? 880 milhões só na compra. Manutenção e operação são contas à parte. Um bocadinho menos de mil em supositórios pretos, um bocadinho menos de 20 em cultura. 1000 para supositórios, 20 para cultura. Milhões. See what I mean?
Alguém contestou os 11 000 milhões? É isso mesmo, 11 mil milhões, 11 000 000 000, de exposição dos contribuintes ao NovoBanco? Sim! Só ao NovoBanco! Só ao NovoBanco que agora é do fundo abutre Lone Star. Alguém sabe sequer que entre o que já enterrámos, já emprestámos, podemos ter de vir a enterrar, e podemos vir a ser obrigados a emprestar, ao NovoBanco, que pertence ao fundo privado LoneStar, andam 11 mil milhões de euros? 11 000 para o NovoBanco da LoneStar, 20 para a nossa cultura, para a cultura portuguesa, para a música e os músicos e os maestros e as orquestras e os bombos e os violinos e os pianos, para o teatro, o cinema, os atores, encenadores, realizadores, sonoplastas, figurinistas, escritores e dramaturgos, guionistas, para a pintura e os pintores, para os palhaços que fazem rir crianças e põem sorrisos nas vidas dos adultos, para isto tudo e muito mais, e ainda para estes todos que somos nós quando deles vamos usufruir, 20, para um fundo privado, dedicado a estraçalhar a economia real: 11 000. Milhões.
Mas este escrito nem tem nada a ver com cultura. Os 20 com que o poder quer calar a nossa cultura, foi só a primeira coisa que me veio à cabeça, ao ler o artigo do José Goulão sobre mais um, este sim gigantesco, "investimento", que vamos ser chamados a pagar com o dinheiro que não quisermos investir em cultura, educação, saúde e habitação.
Preparem-se porque não tarda nada vai ser mais um regabofe de autoestradas, rotundas, pontes e viadutos para tornar tudo compatível com a plena liberdade de circulação de ... material militar.
Acaba ele assim: «As despesas ficam a cargo dos cidadãos de cada Estado membro, recorda-se, como se não lhes bastassem a austeridade, os salários congelados, o desemprego, as consequências da obsessão do défice, a precariedade, a anarquia imparável atacando o mercado laboral e outras consequências da moderna vida em paz, liberdade e democracia. Poderão os países, contudo, vir a usufruir de uma eventual «contribuição financeira» da União Europeia. Que além de incerta, pela própria formulação, certamente será canalizada pelas vias opacas por onde costumam sumir-se os subsídios, em direcção às contas on ou offshore dos beneficiários habituais.
Em termos meramente formais, é certo, estas medidas da militarização do nosso quotidiano são ainda projectos em poder dos mecanismos de decisão. Cabe aos cidadãos quebrar as barreiras que vão sendo erguidas para os impedir de conhecer o que se prepara à sua revelia e combater tão monstruosa como desumana engrenagem. Mesmo que seja cada vez mais poderosa esta sensação de inutilidade e vulnerabilidade perante a imensa máquina de guerra em movimento.»
Mas vão lá ler o artigo, vale a pena.
Depois da bronca sair à rua, o governo aumentou o "favorzinho" em 4 milhões e propõe-se, agora, "oferecer" este ano 19 milhões aos "agentes culturais.
Os "agentes culturais" exigem 25, o governo dá 19. A discussão, a polémica, anda em torno de gastar, "em cultura", um bocadinho menos de 20 ou um bocadinho mais de 20. Milhões.
Alguém perguntou a alguém quanto é que "o governo" devia gastar em submarinos? Ninguém discute a utilidade dos 880 milhões enterrados em dois supositórios pretos? 880 milhões só na compra. Manutenção e operação são contas à parte. Um bocadinho menos de mil em supositórios pretos, um bocadinho menos de 20 em cultura. 1000 para supositórios, 20 para cultura. Milhões. See what I mean?
Alguém contestou os 11 000 milhões? É isso mesmo, 11 mil milhões, 11 000 000 000, de exposição dos contribuintes ao NovoBanco? Sim! Só ao NovoBanco! Só ao NovoBanco que agora é do fundo abutre Lone Star. Alguém sabe sequer que entre o que já enterrámos, já emprestámos, podemos ter de vir a enterrar, e podemos vir a ser obrigados a emprestar, ao NovoBanco, que pertence ao fundo privado LoneStar, andam 11 mil milhões de euros? 11 000 para o NovoBanco da LoneStar, 20 para a nossa cultura, para a cultura portuguesa, para a música e os músicos e os maestros e as orquestras e os bombos e os violinos e os pianos, para o teatro, o cinema, os atores, encenadores, realizadores, sonoplastas, figurinistas, escritores e dramaturgos, guionistas, para a pintura e os pintores, para os palhaços que fazem rir crianças e põem sorrisos nas vidas dos adultos, para isto tudo e muito mais, e ainda para estes todos que somos nós quando deles vamos usufruir, 20, para um fundo privado, dedicado a estraçalhar a economia real: 11 000. Milhões.
Mas este escrito nem tem nada a ver com cultura. Os 20 com que o poder quer calar a nossa cultura, foi só a primeira coisa que me veio à cabeça, ao ler o artigo do José Goulão sobre mais um, este sim gigantesco, "investimento", que vamos ser chamados a pagar com o dinheiro que não quisermos investir em cultura, educação, saúde e habitação.
Preparem-se porque não tarda nada vai ser mais um regabofe de autoestradas, rotundas, pontes e viadutos para tornar tudo compatível com a plena liberdade de circulação de ... material militar.
Acaba ele assim: «As despesas ficam a cargo dos cidadãos de cada Estado membro, recorda-se, como se não lhes bastassem a austeridade, os salários congelados, o desemprego, as consequências da obsessão do défice, a precariedade, a anarquia imparável atacando o mercado laboral e outras consequências da moderna vida em paz, liberdade e democracia. Poderão os países, contudo, vir a usufruir de uma eventual «contribuição financeira» da União Europeia. Que além de incerta, pela própria formulação, certamente será canalizada pelas vias opacas por onde costumam sumir-se os subsídios, em direcção às contas on ou offshore dos beneficiários habituais.
Em termos meramente formais, é certo, estas medidas da militarização do nosso quotidiano são ainda projectos em poder dos mecanismos de decisão. Cabe aos cidadãos quebrar as barreiras que vão sendo erguidas para os impedir de conhecer o que se prepara à sua revelia e combater tão monstruosa como desumana engrenagem. Mesmo que seja cada vez mais poderosa esta sensação de inutilidade e vulnerabilidade perante a imensa máquina de guerra em movimento.»
Mas vão lá ler o artigo, vale a pena.
2018/04/06
Frescas do Dia
Manifestantes marcham em resposta ao assassinio de Stephon Clarke, um jovem negro assassinado pela policia estado-unidense com oito balas nas costas, no dia em que os corruptos golpistas prenderam Lula da Silva.
O Espião da Velha Albion na Pérfida Moscóvia
Gosto de tudo neste recente thriler de espionagem policial da #WhereIsTheresa À-Rasca-Com-o-Brexit May.
Gosto da tentativa de assassinato de um espião alegadamente britânico com nome russo. Gosto do agente quimico fabricado god knows where. Gosto dos familiares britânicos do Novitchok, armazenados em Porton Down, a escassos 15km do, ainda incerto, local da tentativa de assassinato. Gosto do nome do cabeça de casal usado na tentativa. Novitchok ou novoshike é novo e é chique, nome todo modernaço para uma familia de armas quimicas cromossomaticamente semelhantes no facto de poderem ser produzidas com genes de uso comercial. Gosto, gosto, gosto. O que é que querem? Acho um romance fabuloso e pleno de criatividade.
Gosto da berraria estridente das virgens ofendidas porque a Al-Nushra fabricava armas quimicas em Ghouta, ou Guta, ou às goutas, nunca cheguei a perceber. Não? Percebi mal? Não eram os terroristas moderados que bravamente defenderam as goutas sirias do terrível exército árabe sírio, aka "terrificantes forças de hassad" como é conhecido aqui no burgo o exército da república àrabe siria que ... Escrevia eu, não foram os capacetes brancos a fabricar o perfume do tipo "novoshike"? Não? Foram os russos? Foi o malvado Putin? A pérfida moscóvia? Foi a rússia que fabricou o veneno da familia Novitchok? Quando? Há 30 anos? Onde? Num quistão qualquer? Ou terá sido a Royal Family a ficar com os chiques, quando os amigos Americanos limparam as fábricas dos quistões, ao amigo Boris, em meados dos 90 do século passado?
Eu sei, eu sei que é uma sequela com atores de série b do famoso sucesso "Never Found Saddam WMD's Inc." levado à cena no dealbar do século pelo trio maravilha com cathering do Zé Manel Dôuurãou Barouusô, entretanto desviado para outros dourados saques. Eu sei isso tudo. Mas vocês acham que eles não sabem que nós sabemos que eles sabem?
Antes de comprarem o romance, aconselho vivamente a critica do AbrilAbril e a recensão literária dos alinháceos da aspirina b, neste último não percam o brilhante comentário de um alegado Joaquim Camacho: «Francamente, Júlio, no caso Sergei Skripal, não percebo as tuas dúvidas sobre a culpabilidade da Rússia e do Putin. Na ‘jurisprudência internacional’ (criei agora o conceito, uma espécie de pot pourri de diarreias sortidas, nomeadamente de alinháceos cacarejantes) surgiu, qual ovo de Colombo flamejante, um não menos novo conceito (a febre criadora não chegou só a ti e a mim). É um conceito milagroso, que dispensa provas, julgamentos e outros preceitos e conceitos, serôdios e ultrapassados, como o famigerado ‘in dubio pro reo’, e dá pela graça de ‘altamente provável’ culpabilidade. No altamente excitante cacarejar de D. Theresa-à-rasca-com-o-Brexit-May, o maravilhoso ‘highly likely’, garantia de gigantescas poupanças futuras na administração ocidental da justiça, que lhe valerá, se em Oslo e Estocolmo não andarem distraídos, o próximo Nobel da Alquimia. Vejamos: o bendito Skripal foi preso em 2004 na Rússia, quando se descobriu que se tinha vendido ao MI6 britânico. Foi julgado em 2006, logicamente ainda na Rússia, condenado por alta traição a 13 anos de prisão, que começou a cumprir igualmente na Rússia, até que, em 2010, foi solto pela mesmíssima Rússia numa troca de espiões com os EUA. É absolutamente evidente que, tendo estado à mercê dos russos, com o diabólico Vladimir Putin à cabeça, durante uma carrada de anos, enquanto preso, só não o mataram por absoluta distracção e estupidez. Coisa de russos, topas? E só essa absoluta distracção e estupidez explicam que apenas em 2018, oito anos depois de o mandarem em paz e liberdade, se tenham finalmente lembrado de que, calhando, era capaz de ser boa ideia limpar-lhe o sebo, lá na casa do caralho mais velho onde ele estava agora. E ideia ainda melhor seria limpar-lhe o sebo com uma arma que identificasse imediatamente o limpador, topas? Que, dentro dessa lógica inatacável, tenham deixado no local do crime a dita arma cheiinha de impressões digitais, acompanhada por um cartão a assumir a culpa, com assinatura reconhecida e tudo, para imediatamente a seguir, inevitavelmente descobertos, negarem a autoria da assinatura, estava a tinta ainda fresquinha, explica-se do mesmo modo: coisa de russos, topas? Assim a modos que escorpião da anedota, não conseguem evitar. Fartinhos de saber que, sendo-lhes assacado o crime, lhes cairia toda a plastificada indignação ocidental em cima, inevitavelmente acompanhada de medidas altamente penalizadoras, nem assim aquele antro de lacraus resistiu, está-lhes na natureza, perversidade is their middle name! Francamente again, Júlio, o que esperavas tu da pérfida Moscóvia? A ponderação e bom senso de um Boris Johnson, um Donald Trump, um John Bolton, uma Killary Klingon ou outros altamente qualificados produtos destas nossas democráticas e ocidentais praias? É melhor esperares sentado!»
Gosto da tentativa de assassinato de um espião alegadamente britânico com nome russo. Gosto do agente quimico fabricado god knows where. Gosto dos familiares britânicos do Novitchok, armazenados em Porton Down, a escassos 15km do, ainda incerto, local da tentativa de assassinato. Gosto do nome do cabeça de casal usado na tentativa. Novitchok ou novoshike é novo e é chique, nome todo modernaço para uma familia de armas quimicas cromossomaticamente semelhantes no facto de poderem ser produzidas com genes de uso comercial. Gosto, gosto, gosto. O que é que querem? Acho um romance fabuloso e pleno de criatividade.
Gosto da berraria estridente das virgens ofendidas porque a Al-Nushra fabricava armas quimicas em Ghouta, ou Guta, ou às goutas, nunca cheguei a perceber. Não? Percebi mal? Não eram os terroristas moderados que bravamente defenderam as goutas sirias do terrível exército árabe sírio, aka "terrificantes forças de hassad" como é conhecido aqui no burgo o exército da república àrabe siria que ... Escrevia eu, não foram os capacetes brancos a fabricar o perfume do tipo "novoshike"? Não? Foram os russos? Foi o malvado Putin? A pérfida moscóvia? Foi a rússia que fabricou o veneno da familia Novitchok? Quando? Há 30 anos? Onde? Num quistão qualquer? Ou terá sido a Royal Family a ficar com os chiques, quando os amigos Americanos limparam as fábricas dos quistões, ao amigo Boris, em meados dos 90 do século passado?
Eu sei, eu sei que é uma sequela com atores de série b do famoso sucesso "Never Found Saddam WMD's Inc." levado à cena no dealbar do século pelo trio maravilha com cathering do Zé Manel Dôuurãou Barouusô, entretanto desviado para outros dourados saques. Eu sei isso tudo. Mas vocês acham que eles não sabem que nós sabemos que eles sabem?
Antes de comprarem o romance, aconselho vivamente a critica do AbrilAbril e a recensão literária dos alinháceos da aspirina b, neste último não percam o brilhante comentário de um alegado Joaquim Camacho: «Francamente, Júlio, no caso Sergei Skripal, não percebo as tuas dúvidas sobre a culpabilidade da Rússia e do Putin. Na ‘jurisprudência internacional’ (criei agora o conceito, uma espécie de pot pourri de diarreias sortidas, nomeadamente de alinháceos cacarejantes) surgiu, qual ovo de Colombo flamejante, um não menos novo conceito (a febre criadora não chegou só a ti e a mim). É um conceito milagroso, que dispensa provas, julgamentos e outros preceitos e conceitos, serôdios e ultrapassados, como o famigerado ‘in dubio pro reo’, e dá pela graça de ‘altamente provável’ culpabilidade. No altamente excitante cacarejar de D. Theresa-à-rasca-com-o-Brexit-May, o maravilhoso ‘highly likely’, garantia de gigantescas poupanças futuras na administração ocidental da justiça, que lhe valerá, se em Oslo e Estocolmo não andarem distraídos, o próximo Nobel da Alquimia. Vejamos: o bendito Skripal foi preso em 2004 na Rússia, quando se descobriu que se tinha vendido ao MI6 britânico. Foi julgado em 2006, logicamente ainda na Rússia, condenado por alta traição a 13 anos de prisão, que começou a cumprir igualmente na Rússia, até que, em 2010, foi solto pela mesmíssima Rússia numa troca de espiões com os EUA. É absolutamente evidente que, tendo estado à mercê dos russos, com o diabólico Vladimir Putin à cabeça, durante uma carrada de anos, enquanto preso, só não o mataram por absoluta distracção e estupidez. Coisa de russos, topas? E só essa absoluta distracção e estupidez explicam que apenas em 2018, oito anos depois de o mandarem em paz e liberdade, se tenham finalmente lembrado de que, calhando, era capaz de ser boa ideia limpar-lhe o sebo, lá na casa do caralho mais velho onde ele estava agora. E ideia ainda melhor seria limpar-lhe o sebo com uma arma que identificasse imediatamente o limpador, topas? Que, dentro dessa lógica inatacável, tenham deixado no local do crime a dita arma cheiinha de impressões digitais, acompanhada por um cartão a assumir a culpa, com assinatura reconhecida e tudo, para imediatamente a seguir, inevitavelmente descobertos, negarem a autoria da assinatura, estava a tinta ainda fresquinha, explica-se do mesmo modo: coisa de russos, topas? Assim a modos que escorpião da anedota, não conseguem evitar. Fartinhos de saber que, sendo-lhes assacado o crime, lhes cairia toda a plastificada indignação ocidental em cima, inevitavelmente acompanhada de medidas altamente penalizadoras, nem assim aquele antro de lacraus resistiu, está-lhes na natureza, perversidade is their middle name! Francamente again, Júlio, o que esperavas tu da pérfida Moscóvia? A ponderação e bom senso de um Boris Johnson, um Donald Trump, um John Bolton, uma Killary Klingon ou outros altamente qualificados produtos destas nossas democráticas e ocidentais praias? É melhor esperares sentado!»
A Coragem dos Cobardes: 16 mortos e 1400 feridos
Os cães de guarda
(Nuno Ramos de Almeida in jornal i, 2018/04/02)
A expressão foi criada por Paul Nizan e denunciava uma traição, a mesma traição de uma série de intelectuais cujo compromisso fundamental seria com as instâncias de poder, e não com a verdade. Uma traição que se verifica, em muitos, quando falam da Palestina, dos curdos e da Catalunha: estão sempre prontos a esconder a verdade.
Os intelectuais começaram a sua carreira histórica sendo uma espécie de adornos dos príncipes, acumulando, não poucas vezes, a função de hagiógrafos de serviço com a de bobos da corte. Infelizmente, esse traço genético não está totalmente extirpado. Quando vemos uma série de escritores espanhóis a ajudar a criar o consenso social que justifica a suspensão de facto da democracia, estamos perante um exemplo típico dessa regressão pavloviana que faz determinados intelectuais salivarem sempre que ao poder de turno convém.
(Nuno Ramos de Almeida in jornal i, 2018/04/02)
A expressão foi criada por Paul Nizan e denunciava uma traição, a mesma traição de uma série de intelectuais cujo compromisso fundamental seria com as instâncias de poder, e não com a verdade. Uma traição que se verifica, em muitos, quando falam da Palestina, dos curdos e da Catalunha: estão sempre prontos a esconder a verdade.
Os intelectuais começaram a sua carreira histórica sendo uma espécie de adornos dos príncipes, acumulando, não poucas vezes, a função de hagiógrafos de serviço com a de bobos da corte. Infelizmente, esse traço genético não está totalmente extirpado. Quando vemos uma série de escritores espanhóis a ajudar a criar o consenso social que justifica a suspensão de facto da democracia, estamos perante um exemplo típico dessa regressão pavloviana que faz determinados intelectuais salivarem sempre que ao poder de turno convém.
2018/04/05
Relatos dos Jornaleiros a Partir da libertada Ghouta-Oriental
Não há? Nada de nada? Não há nada para substituir as informaduras dos capacetes brancos, agora que os capacetes brancos se foram embora com os "terroristas bons"?
Por acaso já tinha pensado nisso. Ghouta e tal.
Até agora os jornaleiros ocidentais não podiam lá entrar, não fossem os "terroristas bons" esquecer-se que agora eram dos bons e cortar-lhes as gargantilhas em video, como faziam quando ainda eram maus, antes de serem transferidos para Ghouta-Oriental nos camiões da "aliança-ocidental" e carimbados como bons. Não podiam entrar em Ghouta, digo eu, e tal.
Mas agora já podem. Agora que o laico Exército Àrabe Sirio, vulgo "tenebrosas forças de Hassad", como é conhecido pelos jornaleiros que não vão a Ghouta-Oriental, expulsou os últimos terroristas "bons" de Ghouta-Oriental, os jornaleiros dos caneiros ocidentais já podem ir lá ver, filmar, entrevistar os civis que, de acordo com a narrativa desses caneiros, estavam lá a fugir do Hassad, e perguntar-lhes, sem a mediação dos bons capacetes brancos, se afinal sempre tinham ficado em Ghouta-Oriental porque queriam, ou se era porque os "terroristas bons", os bons, sempre bons e brancos e com capacetes na cabeça, não os deixavam de lá sair.
Agora já lá podem ir perguntar. Em directo e sem mediação.
Porque é que não vão?
Por acaso já tinha pensado nisso. Ghouta e tal.
Até agora os jornaleiros ocidentais não podiam lá entrar, não fossem os "terroristas bons" esquecer-se que agora eram dos bons e cortar-lhes as gargantilhas em video, como faziam quando ainda eram maus, antes de serem transferidos para Ghouta-Oriental nos camiões da "aliança-ocidental" e carimbados como bons. Não podiam entrar em Ghouta, digo eu, e tal.
Mas agora já podem. Agora que o laico Exército Àrabe Sirio, vulgo "tenebrosas forças de Hassad", como é conhecido pelos jornaleiros que não vão a Ghouta-Oriental, expulsou os últimos terroristas "bons" de Ghouta-Oriental, os jornaleiros dos caneiros ocidentais já podem ir lá ver, filmar, entrevistar os civis que, de acordo com a narrativa desses caneiros, estavam lá a fugir do Hassad, e perguntar-lhes, sem a mediação dos bons capacetes brancos, se afinal sempre tinham ficado em Ghouta-Oriental porque queriam, ou se era porque os "terroristas bons", os bons, sempre bons e brancos e com capacetes na cabeça, não os deixavam de lá sair.
Agora já lá podem ir perguntar. Em directo e sem mediação.
Porque é que não vão?
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