Nos media corporativos passam duas versões autorizadas sobre o criminoso bloqueio norte-americano à ilha dos Vencedores do Impossível: ou o bloqueio não existe ou é apenas um conjunto de medidas esparsas e ineficazes. Mentira, o bloqueio é uma realidade que mata, uma realidade ilegal à luz do direito internacional e humanamente criminosa. Dele podemos encontrar noticias nos meios de informação que o capital ainda não comprou.
Bloqueio dos Estados Unidos dificulta transplante de órgãos em Cuba -- O bloqueio económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba dificulta hoje o avanço em transplantes de órgãos vitais num grau que é praticamente impossível de quantificar, afirmou um especialista nesses procedimentos. Em declarações à televisão local, o doutor Julio César Serra, coordenador de transplante na região sul-oriental, aludiu a esse negativo impacto pelos obstáculos para a aquisição de recursos que vão desde medicamentos muito específicos, quase todos provenientes de nações desenvolvidas, até insumos diversos. (2020/02/08 Prensa Latina)
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
2020/02/23
2020/02/21
Colômbia: um estado assassino dos barões da cocaina
Janeiro ainda não acabara e na Colômbia já tinham sido assassinados 27 ativistas sociais, fevereiro chega ao fim com mais de 50 assassinatos. Nesta rolha sul-americana, onde os EUA mantêm 9 bases militares, em três anos foram assassinados 480 ativistas sociais e 173 ex-elementos das extintas FARC. A dualidade de critérios com que os media corporativos noticiam uma agressão num aeroporto venezuelano e omitem mais de 600 assassinatos na Colômbia só tem um nome: censura corporativa paga em cocaina colombiana.
FARC denuncia ameaças contra paz na Colômbia -- O partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) denunciou na segunda-feira, 9, as intenções do governo de desmantelar o Acordo de Paz negociado em Havana e assinado em 2016 pelo Estado colombiano e a ex-guerrilha FARC-EP. «No que concerne à implementação do acordo, reafirmamos a nossa análise com base não só nos incumprimentos por parte do presidente [Iván] Duque mas também nas suas reiteradas pretensões de desmontar ou distorcer o acordado, as quais são disfarçadas mediante uma estratégia de simulação», afirmou o partido.
FARC denuncia ameaças contra paz na Colômbia -- O partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) denunciou na segunda-feira, 9, as intenções do governo de desmantelar o Acordo de Paz negociado em Havana e assinado em 2016 pelo Estado colombiano e a ex-guerrilha FARC-EP. «No que concerne à implementação do acordo, reafirmamos a nossa análise com base não só nos incumprimentos por parte do presidente [Iván] Duque mas também nas suas reiteradas pretensões de desmontar ou distorcer o acordado, as quais são disfarçadas mediante uma estratégia de simulação», afirmou o partido.
2020/02/19
Da Série: Miséria do Capitalismo V
Doentes endividados vão parar à cadeia num condado do Kansas
(AbrilAbril, 2020/02/18)
Em Coffeyville, EUA, doentes com dívidas às seguradoras são obrigados a comparecer em tribunal a cada três meses. Se faltarem a duas audiências seguidas, vão parar à prisão, com uma fiança de 500 dólares.
O condado rural de Coffeyville, no estado norte-americano do Kansas, apresenta uma taxa de pobreza duas vezes superior à média nacional. É aqui que o juiz David Casement preside a casos de pessoas com dívidas médicas e que são levadas a tribunal para enfrentar as seguradoras de saúde às quais «devem dinheiro». Nas audiências, os endividados são sujeitos a um «exame de devedores» em que têm de provar a sua pobreza.
(AbrilAbril, 2020/02/18)
Em Coffeyville, EUA, doentes com dívidas às seguradoras são obrigados a comparecer em tribunal a cada três meses. Se faltarem a duas audiências seguidas, vão parar à prisão, com uma fiança de 500 dólares.
O condado rural de Coffeyville, no estado norte-americano do Kansas, apresenta uma taxa de pobreza duas vezes superior à média nacional. É aqui que o juiz David Casement preside a casos de pessoas com dívidas médicas e que são levadas a tribunal para enfrentar as seguradoras de saúde às quais «devem dinheiro». Nas audiências, os endividados são sujeitos a um «exame de devedores» em que têm de provar a sua pobreza.
2020/02/15
Ninguém Quer Matar Ninguém!
A morte medicamente assistida a pedido do paciente «não obriga ninguém a morrer, tal como o aborto não obriga ninguém a abortar, o divórcio não obriga ninguém a divorciar-se e o casamento homossexual não obriga ninguém a casar-se com alguém do mesmo sexo. [...] Os direitos não são obrigações.»
Dito isto, e clarificada a minha posição de principio sobre o "meu" direito sobre a "minha" vida, nada obsta, muito pelo contrário, a que: 1. Se apresentem projetos de lei que superem as insuficiências dos existentes. 2. Se invista mais na saúde, na investigação e num sns de qualidade 3. Se invista mais e melhor em cuidados paliativos. 4. Se o que acima ficou escrito é motivo de preocupação, amarre-se por lei o "nosso" direito a «tomar nas nossas mãos os destinos das nossas vidas» ao digno financiamento e a uma gestão pública de um SNS livre de lucros.
Dito de forma mais abstrata: Exceptuando a ganância do capital, nada obsta a que a sociedade faça tudo o que entenda necessário para que eu não escolha usufruir do meu direito de acabar com a minha vida.
Para quem, como eu, veja na história da luta de classes a história da emancipação das forças produtivas a opção é sempre por mais e melhor liberdade, por mais e melhores direitos. O limite é sempre e só a liberdade dos outros.
A "minha" decisão sobre o momento da "minha" morte não é do foro da moral de terceiros.
Sobre o devoto e evangélico pedido de que se não mate, resta esclarecer que 1. Nenhum dos projectos de lei defende a morte de ninguém. 2. Todos eles pretendem legalizar o "meu" direito de "eu" me pronunciar sobre o momento em que "eu" queira pôr fim à "minha" vida e 3. Só pretendem que, não podendo "eu" fazê-lo pelos "meus" próprios meios e necessite de pedir a ajuda de terceiros, esses não sejam, como atualmente, acusados de assassinio por "me" ajudarem a "mim" a livrar-me do "meu" sofrimento.
Não vejo onde é que no meio de tanto "eu", "meu", "minha" alguém consegue meter a moral de terceiros.
Não se pretende que "ninguém" mate ninguém. Não se pretende que "ninguém" ajude ninguém a morrer contra a sua vontade e sem a sua consciente, lúcida e expressa vontade.
Tudo o que vos peço é que por instantes se deitem, fechem os olhos e não se movam. Imaginem-se imóveis por um dia, um mês, um ano, dois, dez, vinte ...
Serviu este escrito para introduzir uma série de textos, pró e contra os projetos de lei em discussão, nos quais reconheço argumentos válidos.
Dito isto, e clarificada a minha posição de principio sobre o "meu" direito sobre a "minha" vida, nada obsta, muito pelo contrário, a que: 1. Se apresentem projetos de lei que superem as insuficiências dos existentes. 2. Se invista mais na saúde, na investigação e num sns de qualidade 3. Se invista mais e melhor em cuidados paliativos. 4. Se o que acima ficou escrito é motivo de preocupação, amarre-se por lei o "nosso" direito a «tomar nas nossas mãos os destinos das nossas vidas» ao digno financiamento e a uma gestão pública de um SNS livre de lucros.
Dito de forma mais abstrata: Exceptuando a ganância do capital, nada obsta a que a sociedade faça tudo o que entenda necessário para que eu não escolha usufruir do meu direito de acabar com a minha vida.
Para quem, como eu, veja na história da luta de classes a história da emancipação das forças produtivas a opção é sempre por mais e melhor liberdade, por mais e melhores direitos. O limite é sempre e só a liberdade dos outros.
A "minha" decisão sobre o momento da "minha" morte não é do foro da moral de terceiros.
Sobre o devoto e evangélico pedido de que se não mate, resta esclarecer que 1. Nenhum dos projectos de lei defende a morte de ninguém. 2. Todos eles pretendem legalizar o "meu" direito de "eu" me pronunciar sobre o momento em que "eu" queira pôr fim à "minha" vida e 3. Só pretendem que, não podendo "eu" fazê-lo pelos "meus" próprios meios e necessite de pedir a ajuda de terceiros, esses não sejam, como atualmente, acusados de assassinio por "me" ajudarem a "mim" a livrar-me do "meu" sofrimento.
Não vejo onde é que no meio de tanto "eu", "meu", "minha" alguém consegue meter a moral de terceiros.
Não se pretende que "ninguém" mate ninguém. Não se pretende que "ninguém" ajude ninguém a morrer contra a sua vontade e sem a sua consciente, lúcida e expressa vontade.
Tudo o que vos peço é que por instantes se deitem, fechem os olhos e não se movam. Imaginem-se imóveis por um dia, um mês, um ano, dois, dez, vinte ...
Serviu este escrito para introduzir uma série de textos, pró e contra os projetos de lei em discussão, nos quais reconheço argumentos válidos.
Cuidado com a Huawei
CRYPTO CIA, A ESPIONAGEM COMO GUERRA GLOBAL
(Lourdes Hubermann, Berna; Exclusivo O Lado Oculto, 2020/02/14)
O escândalo explodiu na “neutral” Suíça. Uma empresa com sede no país, denominada Crypto, dedicou-se a produzir e exportar, desde os anos setenta do século passado, aparelhagens manipuladas para descodificar comunicações secretas em mais de cem países. Embora actuasse como uma outra qualquer sociedade, neste caso registada no Liechtenstein, Crypto era propriedade da norte-americana CIA e dos serviços secretos da Alemanha Federal (BND). “É o golpe de espionagem do século”, considera o Washington Post.
(Lourdes Hubermann, Berna; Exclusivo O Lado Oculto, 2020/02/14)
O escândalo explodiu na “neutral” Suíça. Uma empresa com sede no país, denominada Crypto, dedicou-se a produzir e exportar, desde os anos setenta do século passado, aparelhagens manipuladas para descodificar comunicações secretas em mais de cem países. Embora actuasse como uma outra qualquer sociedade, neste caso registada no Liechtenstein, Crypto era propriedade da norte-americana CIA e dos serviços secretos da Alemanha Federal (BND). “É o golpe de espionagem do século”, considera o Washington Post.
2020/02/11
A História do Neo-liberalismo em 40 Minutos
Vale mesmo a pena tirar uns trinta quarenta minutos para ler esta breve história dos últimos noventa anos, e depois voltar a ler e a reler.
«É essencial tomar consciência da «assimetria fundamental» que resulta da «globalização assimétrica» e que Ulrich Beck sintetiza magistralmente: a «assimetria entre poder e legitimidade» («um grande poder e pouca legitimidade do lado do capital e dos estados, um pequeno poder e uma elevada legitimidade do lado daqueles que protestam».)
É essencial levar a sério a luta ideológica, que nos ajuda a combater os interesses estabelecidos e as ideias feitas e que é, hoje mais do que nunca, um factor essencial das lutas políticas e das lutas sociais que fazem andar o mundo»
Primeira parte (para quem goste de história e de aprender com ela)
Segunda parte (para quem tenha pressa de chegar aos dias de hoje)
«É essencial tomar consciência da «assimetria fundamental» que resulta da «globalização assimétrica» e que Ulrich Beck sintetiza magistralmente: a «assimetria entre poder e legitimidade» («um grande poder e pouca legitimidade do lado do capital e dos estados, um pequeno poder e uma elevada legitimidade do lado daqueles que protestam».)
É essencial levar a sério a luta ideológica, que nos ajuda a combater os interesses estabelecidos e as ideias feitas e que é, hoje mais do que nunca, um factor essencial das lutas políticas e das lutas sociais que fazem andar o mundo»
Primeira parte (para quem goste de história e de aprender com ela)
Segunda parte (para quem tenha pressa de chegar aos dias de hoje)
Venezuela: Cada Dia Que Resiste É Um Dente Partido ao Imperialismo
Sobre a guerra de baixa intensidade movida pelos EUA contra a Venezuela os media corporativos construiram uma imensa muralha de um estrondoso silêncio. Nesses media ninguém fala, escreve ou mostra o bloqueio financeiro que impede a Venezuela de fazer transações em dólares, os assaltos às embaixadas, o roubo dos ativos venezuelanos no estrangeiro, as tentativas de golpes de estado, as infiltrações de mercenários pela fronteira colombiana. Para os media comprados pelos EUA nada disso existe, sobre tudo isso caiu o muro da censura corporativa. "Et puoro si muove" dizia Galileu há mais de 500 anos.
Trump "enganou-se": A Droga Vem da Colômbia e Não da Venezuela -- Trump, com os seus parceiros francês e britânico, sob os auspícios da NATO, estão a montar um circo de guerra contra a Venezuela a pretexto de uma “operação contra o narcotráfico” alegadamente praticado sobretudo pelo governo de Caracas, com o presidente Maduro à cabeça. Porém, segundo os relatórios da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, a Colômbia é o responsável, praticamente monopolista, pelo tráfico de cocaína na região; e a Venezuela não surge sequer na lista dos países envolvidos. Os registos da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, desmentem rotundamente as inacreditáveis acusações de narcotráfico lançadas por Donald Trump contra o seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro e membros do seu governo. Fica claro que a nova e agressiva investida do magnata do imobiliário contra a Venezuela nada tem a ver com a democracia. Pelo contrário, é uma consequência do absoluto fracasso de todos os planos golpistas e desestabilizadores da sua administração contra o governo constitucional e legítimo do presidente Maduro. É também um desesperado acto eleitoralista para fazer com que os norte-americanos olhem para outro lado perante o quadro dantesco da sua cada vez mais desastrosa e mortífera gestão da pandemia de coronavírus, com um saldo altamente negativo ao nível mundial, superando a notável velocidade o ritmo de contágio e de disfunções de outros países afectados pela doença.[...](Angel Guerra Cabrera, America Latina en Movimiento/O Lado Oculto)
Forças do Pentágono Ameaçam a Venezuela -- Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.(Luís O. Nunes, Caracas, O Lado Oculto)
EUA impede a Venezuela de comprar remédios para tratar o Covid-19 -- O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou hoje que as medidas coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos impedem a aquisição de medicamentos e suprimentos para enfrentar o Covid-19. (2020/03/14 Prensa Latina) - Quando dispararem os mortos e infetados que se saiba que a culpa é dos EUA! O que bolsará agora o ass sobre a protecção dos portugueses residentes na Venezuela? Ou será que o proconsul metedó vai buscar máscaras às fábricas de cocaina da colômbia?
Governo venezuelano desmonta outro «fake» de Guaidó - O governo da Venezuela apresentou provas de mais uma montagem criada pela extrema-direita e apontou as «falsas informações» em torno do atentado «inventado» contra Juan Guaidó na cidade de Barquisimeto. [...] A este propósito, o titular da pasta da Comunicação lembrou que a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) já veio informar que não esteve presente na concentração de dia 29 de Fevereiro convocada por Guaidó em Barquisimeto, desmentindo assim que seja a autora da imagem – que lhe foi facultada pela equipa de Guaidó. Neste sentido, Rodríguez instou a AP e outros meios de comunicação internacionais que fizeram ecoar a montagem a publicar o depoimento de Clímaco Medina e a divulgar a «verdade» dos factos, depois das provas apresentadas. (2020/03/06 - AbrilAbril)
Trump "enganou-se": A Droga Vem da Colômbia e Não da Venezuela -- Trump, com os seus parceiros francês e britânico, sob os auspícios da NATO, estão a montar um circo de guerra contra a Venezuela a pretexto de uma “operação contra o narcotráfico” alegadamente praticado sobretudo pelo governo de Caracas, com o presidente Maduro à cabeça. Porém, segundo os relatórios da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, a Colômbia é o responsável, praticamente monopolista, pelo tráfico de cocaína na região; e a Venezuela não surge sequer na lista dos países envolvidos. Os registos da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, desmentem rotundamente as inacreditáveis acusações de narcotráfico lançadas por Donald Trump contra o seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro e membros do seu governo. Fica claro que a nova e agressiva investida do magnata do imobiliário contra a Venezuela nada tem a ver com a democracia. Pelo contrário, é uma consequência do absoluto fracasso de todos os planos golpistas e desestabilizadores da sua administração contra o governo constitucional e legítimo do presidente Maduro. É também um desesperado acto eleitoralista para fazer com que os norte-americanos olhem para outro lado perante o quadro dantesco da sua cada vez mais desastrosa e mortífera gestão da pandemia de coronavírus, com um saldo altamente negativo ao nível mundial, superando a notável velocidade o ritmo de contágio e de disfunções de outros países afectados pela doença.[...](Angel Guerra Cabrera, America Latina en Movimiento/O Lado Oculto)
Forças do Pentágono Ameaçam a Venezuela -- Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.(Luís O. Nunes, Caracas, O Lado Oculto)
EUA impede a Venezuela de comprar remédios para tratar o Covid-19 -- O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou hoje que as medidas coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos impedem a aquisição de medicamentos e suprimentos para enfrentar o Covid-19. (2020/03/14 Prensa Latina) - Quando dispararem os mortos e infetados que se saiba que a culpa é dos EUA! O que bolsará agora o ass sobre a protecção dos portugueses residentes na Venezuela? Ou será que o proconsul metedó vai buscar máscaras às fábricas de cocaina da colômbia?
Governo venezuelano desmonta outro «fake» de Guaidó - O governo da Venezuela apresentou provas de mais uma montagem criada pela extrema-direita e apontou as «falsas informações» em torno do atentado «inventado» contra Juan Guaidó na cidade de Barquisimeto. [...] A este propósito, o titular da pasta da Comunicação lembrou que a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) já veio informar que não esteve presente na concentração de dia 29 de Fevereiro convocada por Guaidó em Barquisimeto, desmentindo assim que seja a autora da imagem – que lhe foi facultada pela equipa de Guaidó. Neste sentido, Rodríguez instou a AP e outros meios de comunicação internacionais que fizeram ecoar a montagem a publicar o depoimento de Clímaco Medina e a divulgar a «verdade» dos factos, depois das provas apresentadas. (2020/03/06 - AbrilAbril)
2020/02/09
Assange - Preso e Torturado sob Falsas Acusações
O julgamento começou na passada segunda feira e a campanha negra com origem nas Agências de Informação Centralizada já está em campo. Vale tudo até desenterrar falsas acusações, datadas de 2010, em que as alegadas vítimas são agora promovidas a menores de idade e que a justiça sueca já deu como não comprovadas. O importante é extraditá-lo para um país que vive debaixo de um regime totalitário (1)(2)(3). Estaremos nós à altura de defender O Homem que já passou 8 anos preso numa embaixada e mais um em isolamento, numa prisão de alta segurança, por nos mostrar a verdadeira face dos verdadeiros torturadores?
O Relator especial da ONU sobre Tortura revela pela primeira vez as descobertas chocantes que fez durante as investigações do caso Julian Assange. Tortura, prisão e fraude judicial são a regra num caso que pode pôr em risco a liberdade de imprensa.
Violação fabricada e manipulação de provas na Suécia, pressão do Reino Unido sobre a Suécia e tortura psicológica: Nils Melzer, relator especial da ONU para a Tortura fala pela primeira vez das descobertas chocantes que fez durante a sua investigação sobre o caso Assange.
Em entrevista ao jornal alemão Republik, o representante explica que o caso Assange é fundamental para o seu mandato, que consiste em combater a tortura em todas as suas formas. Para ele, apesar das denúncias de torturas sistemáticas contra o jornalista, quem está a ser perseguido é a vítima, e não os torturadores. "Assange denunciou a tortura, ele próprio foi torturado, e pode vir a ser torturado até a morte se for para os Estados Unidos", disse Melzer. Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão.(4)
A defesa do ativista denuncia que Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição -- A defesa do ativista denuncia o tratamento que o fundador do WikiLeaks está a receber durante o julgamento e durante a sua prisão e que existe um "alto risco de suicídio". Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição. Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciaram nesta terça-feira, perante o tribunal, o tratamento excessivamente rigoroso a que o ativista foi submetido no primeiro dia do julgamento sobre a sua extradição para os Estados Unidos. (2020/02/25)
O Relator especial da ONU sobre Tortura revela pela primeira vez as descobertas chocantes que fez durante as investigações do caso Julian Assange. Tortura, prisão e fraude judicial são a regra num caso que pode pôr em risco a liberdade de imprensa.
Violação fabricada e manipulação de provas na Suécia, pressão do Reino Unido sobre a Suécia e tortura psicológica: Nils Melzer, relator especial da ONU para a Tortura fala pela primeira vez das descobertas chocantes que fez durante a sua investigação sobre o caso Assange.
Em entrevista ao jornal alemão Republik, o representante explica que o caso Assange é fundamental para o seu mandato, que consiste em combater a tortura em todas as suas formas. Para ele, apesar das denúncias de torturas sistemáticas contra o jornalista, quem está a ser perseguido é a vítima, e não os torturadores. "Assange denunciou a tortura, ele próprio foi torturado, e pode vir a ser torturado até a morte se for para os Estados Unidos", disse Melzer. Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão.(4)
A defesa do ativista denuncia que Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição -- A defesa do ativista denuncia o tratamento que o fundador do WikiLeaks está a receber durante o julgamento e durante a sua prisão e que existe um "alto risco de suicídio". Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição. Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciaram nesta terça-feira, perante o tribunal, o tratamento excessivamente rigoroso a que o ativista foi submetido no primeiro dia do julgamento sobre a sua extradição para os Estados Unidos. (2020/02/25)
2020/02/05
Joker podemos ser todos!
(Santana Castilho, Púbico, 2020/02/05)
Que sociedade estamos a criar? A democracia não pode ser tolerante com aqueles que a querem destruir.
1. Um vídeo mostrando um rosto limpo, antes da imobilização feita com brutalidade inaceitável por um polícia, um rosto deformado por hematomas, feridas com sangue pisado, olhos e lábios inchados, depois, a mulher acusando o polícia e o polícia acusando a mulher no fim, foi tema de muitas análises. Não vi nenhuma sobre o que terá ficado gravado na psique da criança de oito anos, que assistiu à brutalidade exercida sobre a mãe. Mas desejo que um dia, já adulta, esteja livre de qualquer trauma, provocado pela sociedade em que começou a viver. Como o palhaço triste de Gotham, metaforicamente afundada no lixo moral que o transformou no vilão do Joker.
2. O fenómeno da penetração da extrema-direita nas nossas forças de segurança (foi o Conselho da Europa que o disse) deve ser encarado com urgência, porque as repetidas suspeitas sobre a actuação de alguns dos seus membros degradam o Estado de direito.
(Santana Castilho, Púbico, 2020/02/05)
Que sociedade estamos a criar? A democracia não pode ser tolerante com aqueles que a querem destruir.
1. Um vídeo mostrando um rosto limpo, antes da imobilização feita com brutalidade inaceitável por um polícia, um rosto deformado por hematomas, feridas com sangue pisado, olhos e lábios inchados, depois, a mulher acusando o polícia e o polícia acusando a mulher no fim, foi tema de muitas análises. Não vi nenhuma sobre o que terá ficado gravado na psique da criança de oito anos, que assistiu à brutalidade exercida sobre a mãe. Mas desejo que um dia, já adulta, esteja livre de qualquer trauma, provocado pela sociedade em que começou a viver. Como o palhaço triste de Gotham, metaforicamente afundada no lixo moral que o transformou no vilão do Joker.
2. O fenómeno da penetração da extrema-direita nas nossas forças de segurança (foi o Conselho da Europa que o disse) deve ser encarado com urgência, porque as repetidas suspeitas sobre a actuação de alguns dos seus membros degradam o Estado de direito.
Romanos, raças e etnias
Especialmente dedicado a racistas admiradores do império romano
Porque é que ensino raça e etnicidade na antiguidade clássica
(Rebecca Futo Kennedy, Eidolon, 2017/09/11)
«[...] Os romanos são provavelmente o mais famoso povo "misto" da antiguidade e que afirmaram nas suas estórias e nas artes a sua origem de imigrantes e refugiados. Enéias migrou os últimos troianos (fenícios) de Tróia para a Itália, e teve um filho de uma nativa italiana que fundou outra cidade, Alba Longa, de onde terão eventualmente vindo Romulus e Remus. Romulus fundou Roma matando o seu irmão e convidando os bandidos e criminosos que se quisessem juntar a ele. Foi então que, aonperceberem-se que uma cidade não poderia perpetuar-se sem mulheres, raptaram as mulheres Sabinas e casaram-se com elas. Os romanos tiveram reis etruscos, e muitas das cidades que incorporaram no sul da Itália eram colónias gregas. Estes mitos espelhavam a realidade romana.
Porque é que ensino raça e etnicidade na antiguidade clássica
(Rebecca Futo Kennedy, Eidolon, 2017/09/11)
«[...] Os romanos são provavelmente o mais famoso povo "misto" da antiguidade e que afirmaram nas suas estórias e nas artes a sua origem de imigrantes e refugiados. Enéias migrou os últimos troianos (fenícios) de Tróia para a Itália, e teve um filho de uma nativa italiana que fundou outra cidade, Alba Longa, de onde terão eventualmente vindo Romulus e Remus. Romulus fundou Roma matando o seu irmão e convidando os bandidos e criminosos que se quisessem juntar a ele. Foi então que, aonperceberem-se que uma cidade não poderia perpetuar-se sem mulheres, raptaram as mulheres Sabinas e casaram-se com elas. Os romanos tiveram reis etruscos, e muitas das cidades que incorporaram no sul da Itália eram colónias gregas. Estes mitos espelhavam a realidade romana.
2020/02/01
O Estado: questão fundamental do nosso tempo
Interessante como o texto do Ricardo Paes Mamede leva um comentador a efabular sobre pós-modernismos e pós-histórias, desmentidos pela realidade contemporânea, onde eu vejo um marxista a explicar que o papel do estado na sociedade é o critério fundamental que destingue a direita da esquerda.
Marx e Engels foram só os primeiros a ver no estado "O" aparelho repressivo ao serviço da classe dominante. É assim, quando surge, durante o esclavagismo, na sua evolução monárquica do feudalismo e na contemporaneidade do capitalismo e do imperialismo. De acordo com as predições desse modelo explicativo-interventivo continuará a sê-lo durante a democracia do proletariado para reprimir O Capital (tem-se verificado em todas as revoluções e exceptuando o caso de Cuba, mostrado ineficiente nesse papel) até se extinguir ele próprio por evolução para uma superestrutura de gestão numa sociedade sem propriedade privada de meios de produção, fase nunca atingida até porque as zonas geográficas "revolucionadas", maiores ou menores, tiveram e têm de lutar para se defenderem de intensíssimas guerras de agressão por parte do capitalismo hegemónico e portanto não podem prescindir de um estado repressivo.(1)
A direita, porque defensora do capital, da "sua" propriedade privada e da liberdade para maximizar a exploração de quem não possui meios de produção (2) é sempre favorável a um estado repressivo forte na imposição da exploração e fraco na repressão dos desmandos da classe dominante. Independentemente do que propagandeie, prometa ou queira fazer de conta que defende, vai agir sempre no sentido de reforçar o estado de classe repressivo e limitar-lhe a capacidade de distribuir com justiça a riqueza socialmente criada.
A esquerda, enquanto defensora dos que não possuem meios de produção, vai pugnar sempre por um estado que garanta amplas liberdades para a maioria (os que não possuem meios de produção) e reprima os desmandos de quem de facto detém o poder: os proprietários dos meios de produção.(3)
Este é o principal critério para perceber onde andam a esquerda e a direita. As restantes modas, identitárias, culturais, "fracturantes" não passam disso mesmo, de modas a que o facto de a esquerda defender os interesses da maioria (de explorados) e portanto a mudança da ordem vigente, e a direita defender os interesses da minoria (de exploradores) e portanto a manutenção do "estado da coisa", empurram naturalmente para os lado da mudança em detrimento do lado da manutenção, para a esquerda em detrimento da direita, os que pugnam por mudanças na "ordem da coisa".
Afinal o lema da refer&ncia é o critério diferenciador: a esquerda está com o trabalho e a direita com o capital ;-)
A esquerda, a direita e o Estado
(Ricardo Paes Mamede, DN, 2020/01/28)
É um equívoco comum: a ideia de que esquerda e direita se distinguem pelo desejo de mais ou menos Estado. Há esquerda e direita estatizante, como há esquerda e direita libertária. Há direita que se afirma liberal e nada faz (ou pretende fazer) para reduzir a dimensão do Estado, como há esquerda que se diz socialista e contribui activamente para a redução do espaço da intervenção pública. A questão não é apenas conceptual, influencia muitas das opções políticas que são tomadas todos os dias.
Vale a pena lembrar que o Estado contemporâneo é indissociável da emergência e do desenvolvimento do capitalismo. Neste processo, o papel do Estado foi duplamente repressivo: proteger a propriedade privada, não apenas contra os bandidos mas também contra aqueles que se opunham à acumulação de riqueza nas mãos de uns poucos; e submeter pela força outros países e povos, para permitir a expansão do poder económico além-fronteiras.
Marx e Engels foram só os primeiros a ver no estado "O" aparelho repressivo ao serviço da classe dominante. É assim, quando surge, durante o esclavagismo, na sua evolução monárquica do feudalismo e na contemporaneidade do capitalismo e do imperialismo. De acordo com as predições desse modelo explicativo-interventivo continuará a sê-lo durante a democracia do proletariado para reprimir O Capital (tem-se verificado em todas as revoluções e exceptuando o caso de Cuba, mostrado ineficiente nesse papel) até se extinguir ele próprio por evolução para uma superestrutura de gestão numa sociedade sem propriedade privada de meios de produção, fase nunca atingida até porque as zonas geográficas "revolucionadas", maiores ou menores, tiveram e têm de lutar para se defenderem de intensíssimas guerras de agressão por parte do capitalismo hegemónico e portanto não podem prescindir de um estado repressivo.(1)
A direita, porque defensora do capital, da "sua" propriedade privada e da liberdade para maximizar a exploração de quem não possui meios de produção (2) é sempre favorável a um estado repressivo forte na imposição da exploração e fraco na repressão dos desmandos da classe dominante. Independentemente do que propagandeie, prometa ou queira fazer de conta que defende, vai agir sempre no sentido de reforçar o estado de classe repressivo e limitar-lhe a capacidade de distribuir com justiça a riqueza socialmente criada.
A esquerda, enquanto defensora dos que não possuem meios de produção, vai pugnar sempre por um estado que garanta amplas liberdades para a maioria (os que não possuem meios de produção) e reprima os desmandos de quem de facto detém o poder: os proprietários dos meios de produção.(3)
Este é o principal critério para perceber onde andam a esquerda e a direita. As restantes modas, identitárias, culturais, "fracturantes" não passam disso mesmo, de modas a que o facto de a esquerda defender os interesses da maioria (de explorados) e portanto a mudança da ordem vigente, e a direita defender os interesses da minoria (de exploradores) e portanto a manutenção do "estado da coisa", empurram naturalmente para os lado da mudança em detrimento do lado da manutenção, para a esquerda em detrimento da direita, os que pugnam por mudanças na "ordem da coisa".
Afinal o lema da refer&ncia é o critério diferenciador: a esquerda está com o trabalho e a direita com o capital ;-)
A esquerda, a direita e o Estado
(Ricardo Paes Mamede, DN, 2020/01/28)
É um equívoco comum: a ideia de que esquerda e direita se distinguem pelo desejo de mais ou menos Estado. Há esquerda e direita estatizante, como há esquerda e direita libertária. Há direita que se afirma liberal e nada faz (ou pretende fazer) para reduzir a dimensão do Estado, como há esquerda que se diz socialista e contribui activamente para a redução do espaço da intervenção pública. A questão não é apenas conceptual, influencia muitas das opções políticas que são tomadas todos os dias.
Vale a pena lembrar que o Estado contemporâneo é indissociável da emergência e do desenvolvimento do capitalismo. Neste processo, o papel do Estado foi duplamente repressivo: proteger a propriedade privada, não apenas contra os bandidos mas também contra aqueles que se opunham à acumulação de riqueza nas mãos de uns poucos; e submeter pela força outros países e povos, para permitir a expansão do poder económico além-fronteiras.
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