A armadilha das "teorias da conspiração" funciona porque algumas delas são tão reais que, na ausência de bases teóricas explicativas bem fundamentadas, muitos de nós acabamos a deixar-nos enredar nas outras que são meras manobras da ideologia dominante.
Um exemplo preocupante é a campanha anti-vacinação que vai ganhando terreno numa esquerda alternativa esvaziada dos fundamentos marxistas, por definição humanistas, adeptos da ciência e do método cientifico e que colocam a luta de classes como motor da história e, portanto, a existência de duas classes com interesses antagónicos, no centro de qualquer análise de qualquer problema socio-económico.
O caso da vacinação não escapa a uma análise classista, mas comecemos por uma argumentação mais cientifica.
Desde Koch e Pasteur a vacinação já conseguiu eliminar uma doença - a varíola - e esteve quase a eliminar outra, a tuberculose que matava essencialmente os sub-alimentados das classes baixas , os que não podiam pagar os prolongados e repetidos tratamentos nas estâncias termais das altas montanhas. Só não a erradicou nos anos 70-80 do século XX porque, subitamente, a OMS deu a doença como "controlada" e acabou com a vacinação mundial massiva.
Num interlúdio político (teoria da conspiração?) importa notar que a decisão da OMS acontece a par da onda neo-liberalizante privatizadora (Reagan-Teatcher-Wojtyła), também na saúde, e que, como resultado dessa decisão, hoje, as várias versões das tuberculoses multiresistentes montadas em cima da sida são campo de investigação e de lucros multimilionários para a big-farma.
Voltemos aos factos. Uma vacina é essencialmente uma pequena porção de "doença" (bacilos, bactérias, vírus) suficientemente "morta" (envenenados, queimados, entoxicados, estraçalhados) para não "infetar" o hospedeiro (o ser humano) mas suficientemente viva para despertar e produzir no organismo humano os anticorpos que possam lutar contra a "doença" quando ela surgir na versão "vivinha-e-pronta-a-matar". É por isso absolutamente natural que se encontrem nas vacinas vestígios de mil e um venenos, tóxicos e lixos. Do pó de talco à soda cáustica vale tudo para enfraquecer até à quase morte a bactéria. Os venenos todos estão lá em quantidade suficiente para manter o agressor "quase-morto" e insuficiente para fazer mal ao organismo humano no seu todo. Esses tóxicos estão lá, não subrepticiamente, mas propositadamente para manter os responsáveis pela doença "quase-mortos" ou mesmo "mortos".
Regressemos então à nossa teoria da conspiração, mas a uma que use a visão classista da sociedade, para deixar algumas perguntas cujas respostas talvez ajudem os adeptos progressistas da não vacinação a compreender porque é que este movimento, nascido no seio das comunidades mais retrógradas e conservadoras dos eua, só recentemente foi empurrado para as portas da "naturalidade" das comunidades alternativas, culturalmente radicalizadas na desconfiança da ciência e social e economicamente alienadas do marxismo.
Na sua inevitável e incessante busca do maior lucro, a big farma prefere as soluções que erradiquem uma doença ou as que "tratem" a doença quando ela surgir?
Quantas vacinas da gripe pode a big farma vender a um cidadão para evitar a gripe e quantas embalagens de comprimidos lhe consegue impingir para a tratar?
Quem estará interessado e quem não estará numa prevenção barata e universal de uma doença até à sua erradicação?
Será razoável deixar nas mãos de uma indústria capitalista a escolha das linhas de investigação no combate ou prevenção da doença? Irá essa indústria guiar-se pelos interesses da humanidade ou pela maximização do lucro quando tiver (e tem!) de escolher entre o doente e o lucro?
Como é que, no contexto de uma já tradicional vacinação contra a gripe, surgiu o pânico da "gripe das aves", de origem asiática, que originou o fabrico apressado e mal atamancado de uma pseudo-vacina para a "gripe-asiática" que salvou um potentado norte-americano da falência? A quem interessou essa "vigarice"? Quem lucrou? Qual o real impacto dessa "vigarice" no movimento antivacinação?
O problema está nas vacinas ou em quem as produz?
Podemos confiar na indústria capitalista para nos tratar da saúde?
Uma indústria que precisa de lucrar com a doença prefere tratamentos, curas ou prevenções?
Os 10% de detentores dos meios de produção preferem uma saúde privada, paga, de onde possam extrair lucros ou uma saúde pública e gratuita com o intuito único de curar?
E para os 90% que não lucram nada, nunca? Qual a escolha mais óbvia?
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
2019/12/30
2019/12/26
Combata-se a crise ambiental com seriedade
Acabe-se com o capitalismo!
Nas eleições de Maio passado para o Parlamento Europeu, o PCP avançou com quatro orientações para combater eficazmente as crises climática e ambiental que lhe está subjacente.
1. «O fim do mercado do carbono, com o fim do regime de comércio de licenças de emissão da UE. A abordagem de mercado deve dar lugar a uma abordagem normativa, devendo as emissões incluídas neste regime ser consideradas em legislação já existente visando limitar as emissões, designadamente industriais (caso da Directiva do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPPC, por exemplo);»
A solução não pode passar por mais casinos bolsistas que engordam o capital à custa da ingenuidade dos pequenos investidores, a solução é limitar e diminuir as emissões. Ponto.
2. «Modificação das políticas agrícolas e comerciais vigentes, entre outros aspectos orientando as políticas agrícolas para a salvaguarda da soberania alimentar e para o apoio à produção local e às cadeias de abastecimento curtas, e orientando as políticas comerciais para a complementaridade e não para a competição (como pressupõe a desregulação e liberalização do comércio internacional) – entre produções, produtores e países;»
Está mais do que provado que a agropecuária intensiva é ecologicamente insustentável. Está mais do que provado que as longas cadeias de abastecimento são responsáveis por massivas perdas de bens alimentares entre a produção e o consumo. A solução está no apoio à produção local e à auto suficiência alimentar.
3. «Consolidação e aprofundamento das medidas tomadas no âmbito do passe social, tendo em vista, a prazo, uma gratuitidade dos transportes públicos (avaliando e eventualmente replicando experiências em curso noutros países);»
O transporte individual, não só mas mais expressivamente em meios urbanos, não é ecologicamente sustentável, nem pelo fabrico de milhões de unidades, nem pela poluição gerada, nem pelas emissões de CO2. A solução passa pela disponibilização pública, universal e gratuita de transportes colectivos de elevada qualidade.
4. «Controlo público do sector energético» com o qual a China, por exemplo, conseguiu apresentar-se na COP25 como o país com maior crescimento nas energias renováveis.
«Quatro propostas. Quatro orientações que permitiriam lograr uma redução das emissões de gases com efeito de estufa (com origem antropogénica) para a atmosfera terrestre. Além de outros efeitos positivos sobre o ambiente, a economia e a sociedade.»
«Estas quatro propostas e orientações chocavam de frente com as políticas da União Europeia e com as suas orientações sectoriais. Razão pela qual, referia o PCP, no imediato, a luta em defesa da Natureza, do planeta e dos seus recursos, como a luta pelo direito ao desenvolvimento – dois objectivos que não são contraditórios, antes complementares – exigem um confronto com as políticas e orientações da União Europeia.»
Alguém se lembra de as ver debatidas nas televisões?
No seminário que o Partido Comunista Português (PCP) e o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) organizaram em Setembro deste ano, em Palmela, «O Capitalismo não é verde. Uma visão alternativa sobre as alterações climáticas» foram debatidas e apresentadas estas e outras propostas e tendenciais de desenvolvimento, assim como o lugar pioneiro da ciência soviética no estudo dos impactos climáticos de grandes projectos ou o discurso de Fidel Castro, na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, de 1992, e onde explicou serem os pobres os mais afectados pelas alterações climáticas: «Os primeiros a sofrer as consequências das alterações ao meio ambiente são os pobres. Eles não possuem carros, ar condicionado nem, possivelmente, móveis, isto se tiverem casa. Sobre eles caiem mais directamente os efeitos das grandes emissões de dióxido de carbono causadoras do aquecimento da atmosfera».
Mas alguém viu esse seminário nas têvês?
Precisamente. O capitalismo não é verde e importa trabalhar com os ambientalistas e trazê-los para esta nossa visão mais global, abrangente e verdadeiramente radical do ambientalismo: há que pôr fim ao sistema selvagem e intrinsecamente predador que trouxe o planeta para as actuais crises climática, bélica, alimentar e de extrema desigualdade em que os 1% mais ricos continuam a querer negociar o planeta habitado pelos restantes 99%.
(*) Este escrito inspirou-se (e reciclou) muito da segunda metade de um artigo de opinião do António Abreu, publicado no AbrilAbril, com o qual tenho de discordar com o titulo, o cabeçalho e a premência de toda a primeira metade.
Nas eleições de Maio passado para o Parlamento Europeu, o PCP avançou com quatro orientações para combater eficazmente as crises climática e ambiental que lhe está subjacente.
1. «O fim do mercado do carbono, com o fim do regime de comércio de licenças de emissão da UE. A abordagem de mercado deve dar lugar a uma abordagem normativa, devendo as emissões incluídas neste regime ser consideradas em legislação já existente visando limitar as emissões, designadamente industriais (caso da Directiva do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPPC, por exemplo);»
A solução não pode passar por mais casinos bolsistas que engordam o capital à custa da ingenuidade dos pequenos investidores, a solução é limitar e diminuir as emissões. Ponto.
2. «Modificação das políticas agrícolas e comerciais vigentes, entre outros aspectos orientando as políticas agrícolas para a salvaguarda da soberania alimentar e para o apoio à produção local e às cadeias de abastecimento curtas, e orientando as políticas comerciais para a complementaridade e não para a competição (como pressupõe a desregulação e liberalização do comércio internacional) – entre produções, produtores e países;»
Está mais do que provado que a agropecuária intensiva é ecologicamente insustentável. Está mais do que provado que as longas cadeias de abastecimento são responsáveis por massivas perdas de bens alimentares entre a produção e o consumo. A solução está no apoio à produção local e à auto suficiência alimentar.
3. «Consolidação e aprofundamento das medidas tomadas no âmbito do passe social, tendo em vista, a prazo, uma gratuitidade dos transportes públicos (avaliando e eventualmente replicando experiências em curso noutros países);»
O transporte individual, não só mas mais expressivamente em meios urbanos, não é ecologicamente sustentável, nem pelo fabrico de milhões de unidades, nem pela poluição gerada, nem pelas emissões de CO2. A solução passa pela disponibilização pública, universal e gratuita de transportes colectivos de elevada qualidade.
4. «Controlo público do sector energético» com o qual a China, por exemplo, conseguiu apresentar-se na COP25 como o país com maior crescimento nas energias renováveis.
«Quatro propostas. Quatro orientações que permitiriam lograr uma redução das emissões de gases com efeito de estufa (com origem antropogénica) para a atmosfera terrestre. Além de outros efeitos positivos sobre o ambiente, a economia e a sociedade.»
«Estas quatro propostas e orientações chocavam de frente com as políticas da União Europeia e com as suas orientações sectoriais. Razão pela qual, referia o PCP, no imediato, a luta em defesa da Natureza, do planeta e dos seus recursos, como a luta pelo direito ao desenvolvimento – dois objectivos que não são contraditórios, antes complementares – exigem um confronto com as políticas e orientações da União Europeia.»
Alguém se lembra de as ver debatidas nas televisões?
No seminário que o Partido Comunista Português (PCP) e o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) organizaram em Setembro deste ano, em Palmela, «O Capitalismo não é verde. Uma visão alternativa sobre as alterações climáticas» foram debatidas e apresentadas estas e outras propostas e tendenciais de desenvolvimento, assim como o lugar pioneiro da ciência soviética no estudo dos impactos climáticos de grandes projectos ou o discurso de Fidel Castro, na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, de 1992, e onde explicou serem os pobres os mais afectados pelas alterações climáticas: «Os primeiros a sofrer as consequências das alterações ao meio ambiente são os pobres. Eles não possuem carros, ar condicionado nem, possivelmente, móveis, isto se tiverem casa. Sobre eles caiem mais directamente os efeitos das grandes emissões de dióxido de carbono causadoras do aquecimento da atmosfera».
Mas alguém viu esse seminário nas têvês?
Precisamente. O capitalismo não é verde e importa trabalhar com os ambientalistas e trazê-los para esta nossa visão mais global, abrangente e verdadeiramente radical do ambientalismo: há que pôr fim ao sistema selvagem e intrinsecamente predador que trouxe o planeta para as actuais crises climática, bélica, alimentar e de extrema desigualdade em que os 1% mais ricos continuam a querer negociar o planeta habitado pelos restantes 99%.
(*) Este escrito inspirou-se (e reciclou) muito da segunda metade de um artigo de opinião do António Abreu, publicado no AbrilAbril, com o qual tenho de discordar com o titulo, o cabeçalho e a premência de toda a primeira metade.
2019/12/24
O Natal O Trabalho Infantil e O Preço Justo
Preço justo? O capital? Hehehe! Eu explico. Movido pela concorrência selvagem o capital é forçado a maximizar a expropriação privada da mais valia socialmente produzida. Os segmentos do capital que não o façam são cilindrados pelos que agirem dentro da força normalizadora da marxista lei da maximização da expropriação da mais valia. Os seja: se a ferrero não usar mão de obra infantil (moi) a nestlé, que também usa moi, cilindra-a e acaba-se a ferrero. Claro que podemos tentar minimizar "esse efeito dessa lei" pela via cultural não comprando ferrero nem nestlé, e há quem ande a tentar fazê-lo há mais de 200 anos com mercados liberalizados "que se autocontrolam"... sem sucesso. Depois há os que defendem que é mais eficaz manter rédea curta nesses mercados, proibir a selvajaria e pagar bem a fiscais para fazerem cumprir a lei, mas os bons fiscais custam impostos e "as familias" preferem democrataduras mais baratas. Depois há os perigosos radicais comunistas, como eu, que propõe acabar com as ferreros e as nestlés privadas e repartir socialmente a mais valia socialmente produzida. Em cuba não há trabalho infantil (nem ferrero rocher) ... são opções ;-)
2019/12/23
Bolivia: Golpistas Preparam-se para Ilegalizar 50% da População
O golpe de estado da extrema-direita facho-evangelista boliviana desapareceu dos media públicos e corporativos ocidentais.
De acordo com os produtores de conteúdos que mandam nas redações dos media corporativos, desde o golpe de estado da Añez e sus muchachos que, na Bolivia, «No Pasa Nada!»
Acabo de perceber porquê! O golpe ainda continua a decorrer e importa esconder do mundo a democratação em curso numa Bolivia que a social-democracia de Evo Morales arrancou ao século XIX.
Há dias, o regime golpista de Añez emitiu um mandado de captura para o Presidente democraticamente eleito, Evo Morales, refugiado na Argentina. A informação correu nas redes sociais e nos media corporativos dois ou três dias antes, mas os media corporativos calaram fundo os rumores e, depois do facto consumado, noticiaram-no em nota de rodapé.
Acaba de surgir nas redes sociais um vídeo dos Anónimos onde se anuncia a intenção dos golpistas de ilegalizar o Movimento de Ação Socialista - MAS que venceu as últimas eleições com mais de 50% e detém a maioria no parlamento e no senado.
Estejamos atentos à forma como irão reagir, ao longo dos próximos dias, os media públicos e corporativos, assim como os meios de informação onde trabalham jornalistas honestos e credíveis pois disso pode depender o aprofundamento ou não do golpe.
E tenhamos sempre presente que, num clima de intensa guerra mediática, um vídeo anónimo, como este, pode sempre enquadrar-se numa operação de falsa bandeira destinada a incendiar confrontos e tentar justificar os banhos de sangue a que o imperialismo estado-unidense já nos habituou.
Sobre a guerrilha mediática levada a cabo pelos media corporativos, note-se a abissal diferença de cobertura televisiva entre:
a) os seis meses de violência, sempre igual, sempre incendiária, dos "jovens pró-democracia" de Hong-Kong, onde morreram duas pessoas e, apesar de não haver democracia, a oposição pró-democracia venceu as mais recentes eleições locais e ...
b) o uso de chumbo grosso, pela policia do neo-liberal de direita piñera, no chile, que já cegou completamente 28 pessoas e parcialmente mais de 300, o assassinio pela mesma policia de 36 manifestantes em dois meses, o atropelamento de um jovem manifestante por um blindado da policia e as manifestações massivas na praça da dignidade em Santiago, ou
c) a repressão dos golpistas bolivianos sobre os legitimos vencedores das mais recentes eleições bolivianas, país onde, agora, depois do golpe, o regime de Trump afirma "haver democracia" enquanto pretende ilegalizar a oposição.
De acordo com os produtores de conteúdos que mandam nas redações dos media corporativos, desde o golpe de estado da Añez e sus muchachos que, na Bolivia, «No Pasa Nada!»
Acabo de perceber porquê! O golpe ainda continua a decorrer e importa esconder do mundo a democratação em curso numa Bolivia que a social-democracia de Evo Morales arrancou ao século XIX.
Há dias, o regime golpista de Añez emitiu um mandado de captura para o Presidente democraticamente eleito, Evo Morales, refugiado na Argentina. A informação correu nas redes sociais e nos media corporativos dois ou três dias antes, mas os media corporativos calaram fundo os rumores e, depois do facto consumado, noticiaram-no em nota de rodapé.
Acaba de surgir nas redes sociais um vídeo dos Anónimos onde se anuncia a intenção dos golpistas de ilegalizar o Movimento de Ação Socialista - MAS que venceu as últimas eleições com mais de 50% e detém a maioria no parlamento e no senado.
Estejamos atentos à forma como irão reagir, ao longo dos próximos dias, os media públicos e corporativos, assim como os meios de informação onde trabalham jornalistas honestos e credíveis pois disso pode depender o aprofundamento ou não do golpe.
E tenhamos sempre presente que, num clima de intensa guerra mediática, um vídeo anónimo, como este, pode sempre enquadrar-se numa operação de falsa bandeira destinada a incendiar confrontos e tentar justificar os banhos de sangue a que o imperialismo estado-unidense já nos habituou.
Sobre a guerrilha mediática levada a cabo pelos media corporativos, note-se a abissal diferença de cobertura televisiva entre:
a) os seis meses de violência, sempre igual, sempre incendiária, dos "jovens pró-democracia" de Hong-Kong, onde morreram duas pessoas e, apesar de não haver democracia, a oposição pró-democracia venceu as mais recentes eleições locais e ...
b) o uso de chumbo grosso, pela policia do neo-liberal de direita piñera, no chile, que já cegou completamente 28 pessoas e parcialmente mais de 300, o assassinio pela mesma policia de 36 manifestantes em dois meses, o atropelamento de um jovem manifestante por um blindado da policia e as manifestações massivas na praça da dignidade em Santiago, ou
c) a repressão dos golpistas bolivianos sobre os legitimos vencedores das mais recentes eleições bolivianas, país onde, agora, depois do golpe, o regime de Trump afirma "haver democracia" enquanto pretende ilegalizar a oposição.
2019/12/22
Sobre Bananas a Propósito da Ideologia Dominante
As bananas e suas cascas
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/12/17)
Anda o mundo infestado de performers que fazem parte da epifania colectiva destes tempos de danação em que quase deixa de haver lugar para a criação artística excepto como forma de ganhar dinheiro.
Um artista, Maurizio Castellan, cola numa parede uma banana com fita adesiva prateada, em três versões, duas provas de artista e uma final, depois de um ano a «trabalhar nessa ideia». Um trabalho muitíssimo árduo como se presume, em que acabou por escolher três bananas entre as centenas que andam pelos mercados. Aos compradores, entre eles um museu, a «obra» foi vendida por 120 mil dólares. O curador da galeria explica que é necessário ir substituindo a banana todas as semanas, «como uma flor».
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/12/17)
Anda o mundo infestado de performers que fazem parte da epifania colectiva destes tempos de danação em que quase deixa de haver lugar para a criação artística excepto como forma de ganhar dinheiro.
Um artista, Maurizio Castellan, cola numa parede uma banana com fita adesiva prateada, em três versões, duas provas de artista e uma final, depois de um ano a «trabalhar nessa ideia». Um trabalho muitíssimo árduo como se presume, em que acabou por escolher três bananas entre as centenas que andam pelos mercados. Aos compradores, entre eles um museu, a «obra» foi vendida por 120 mil dólares. O curador da galeria explica que é necessário ir substituindo a banana todas as semanas, «como uma flor».
2019/12/21
As #fakenews da RTP (I)
Assim se vai reescrevendo a história, ao sabor da propaganda facciosa, paga com dinheiros públicos.
Não podendo já repetir, em programas jornalísticos, a campanha de desinformação que levou a cabo ao longo de dois anos, a televisão pública opta por usar imagens dessa campanha mistificadora e facciosa num separador em que pretende enaltecer as suas alegadas virtudes informativas.
Note-se como o desplante da direcção de informação da televisão pública, chegou ao ponto de usar #fakenews, para enaltecer alegadas qualidades informativas. O problema é quando alguém dá pela mistificação.
Acabaram-se os jornalistas?
«Num separador da RTP3 sobre "Estórias com QQC" um assalariado da RTP comenta imagens de um famoso camião, comprovadamente incendiado por guarimbistas do lado colômbiano da fronteira, afirmando que os incendiários recusam ter sido eles a incendiá-lo. Depois de duas semanas de campanha mentirosa, a afirmar que teria sido culpa da guarda nacional bolivariana, o assalariado foi clara e cabalmente desmentido pela análise que o New York Times fez do vídeo onde (cortado pelo regime colombiano) se pode ver claramente o cocktail a resvalar da mão de um guarimbista para cima do camião e a incendiá-lo. Já não discuto o péssimo e faccioso trabalho que o assalariado fez enquanto propagandista de um golpista actualmente atolado em esquemas de corrupção. Já nem falo da ausência de retratação da RTP por ter transmitido durante semanas uma versão absolutamente facciosa dos acontecimentos na Venezuela. Já não falo da completa ausência de profissionalismo de um assalariado que há época jurava a pés juntos que o povo venezuelano estaria prestes a derrubar um regime que, passado quase um ano, continua alegremente a comprar pernil de porco francês para o Natal dos Venezuelanos, pago em cash porque os EUA mantêm um bloqueio e uma depredação dos bens público venezuelanos. Já não discuto o facto de o assalariado não ter, uma única vez, mencionado a guerra híbrida que os EUA conduzem desde 2002 contra a Venezuela. Mas, passados 6 meses continuar a propagandear #fakenews? Vergonha! Acabadinho de enviar para o provedor do espectador.»(*)
Sobre os dias e a operação de guerra híbrida que envolveu a encenação de uma "entrega de ajuda humanitária estado-unidense" à Venezuela, a mais superficial comparação dos comboios de ajuda humanitária da ONU, com dezenas da camiões completamente carregados, para cidades arrasadas por conflitos armados, com os três camiões com quatro paletes cada, na fronteira colombiana e "mais" a meia dúzia de furgonetes, com uns pacotes, do lado brasileiro da fronteira, seria suficiente para qualquer observador isento ver ali uma mera operação de ingerência externa de onde estaria ausente, por manifesta insuficiência, qualquer tentativa de entrega de qualquer que fosse (por inexistente) ajuda humanitária a "Um País Inteiro Carente de Alimentos".
20 paletes de comida para um país? Só com muita desonestidade, facciosismo e burrice se pode tentar fazer passar 20 paletes do que quer que seja por "Ajuda Humanitária a Um País".
Mas púnhamos de lado argumentos baseados em competência, honestidade e profissionalismo já que são categorias estranhas aos tarefeiros que a Direcção de Informação da televisão pública escolhe enviar para operações de desinformação encomendadas sabe deus onde e por quem.
Concentremos a atenção no camião, videográfica e comprovadamente, incendiado por um guarimbista.
Os Factos
- Do lado colombiano da fronteira um guarimbista filmava, com telemóvel, os distúrbios provocados por outros igualmente guarimbistas em redor dos 3 camiões com 4 paletes.
- O video mostra um guarimbista do lado colombiano a arremessar um cocktail molotov sobre a Guarda Nacional Bolivariana no lado colombiano da fronteira que acaba por cair num camião assim incendiado pelo guarimbista.
- O video é difundido em directo na internet.
- O regime colombiano trunca o video, mostra o camião a arder com guarimbistas em cima do camião a "salvarem" o saque, e acusa a GNB de incendiar o camião.
- Os propagandistas, presentes no lado colombiano da fronteira, com o aval dos superiores nos media em que estão avençados, ecoam a versão do regime de Ivan Duque sem sequer visionarem o video original existente no ciberespaço.
- Durante uma semana e meia os media públicos e corporativos propagandeiam o video truncado e a versão engendrada em Langley e distribuida pelo regime de narcotraficantes colombiano atualmente debaixo de pesada contestação popular.
- À vigarice propagandeada pelas Agências de Informação Centralizada, os jornalistas presentes nos três lados das fronteiras (Brasil-Venezuela-Colômbia) contrapôem os factos em media alternativos e redes sociais.
- Aos factos os media ocidentais, públicos e corporativos, contrapõem uma barreira de comentadeiros e opinadeiros que chegam ao cúmulo de defender que o video original, onde se vê o guarimbista a incendiar o camião, seria uma montagem do governo venezuelano, de que é exemplo o comentador da SIC para toda a obra Nuno Rojeiro.
- Passada mais de uma semana de barragem mistificadora, o New York Times faz uma análise forense ao video original e reconhece que foi um guarimbista do lado colombiano da fronteira a incendiar o camião usado na operação estado-unidense de agressão à Venezuela.
- Em Portugal os canais de informação noticiam a conclusão do NYT não lhe dando um relevo sequer comparável à semana de continuada mistificação.
Pós- factos e algumas perguntas
O que aconteceu aos tarefeiros que a SIC, a RTP e a TVI enviaram a Caracas para subscrever a versão previamente acordada sobre o que deveriam ser "os factos"? Advertências? Perda de credibilidade? Vergonha? Processos disciplinares?
Como reagiu a comissão da carteira profissional à mancha inflingida por três assalariados na reputação de uma profissão?
O que é que as direcções de informação aprenderam sobre a credibilidade da informação proveniente das agências estado-unidenses depois desta ocorrência? E da tentativa de "golpe de estado com amplo apoio nas forças armadas" que se lhe seguiu e que não conseguiu tomar uma única base? E da tentativa de golpe de estado de 2002 com amplo apoio de centrais sindicais que, como se apurou mais tarde, eram das mais mafiosas da américa latina, mas cujo caráter os desonestos assalariados das televisões fizeram por ignorar enquanto narravam um suposto levantamento popular contra um "alegado" ditador cujo partido acabou a vencer 23 de 25 eleições entre 2002 e 2019?
Como é que esses mesmos caneiros e avençados "narrariam" hoje, depois da Elsa e do Fabien e da greve dos camionistss de matérias perigosas, uma tentativa espanhola de envio de 20 paletes de ajuda humanitária, rodeada por umas centenas de arruaceiros a arremessarem cocktails molotov de Badajoz sobre o posto de Elvas da Guarda Nacional Republicana?
(*) Encontrado, perdido, numa página de uma rede social
https://www.facebook.com/jose.braz.5680/posts/10157897273119468
Não podendo já repetir, em programas jornalísticos, a campanha de desinformação que levou a cabo ao longo de dois anos, a televisão pública opta por usar imagens dessa campanha mistificadora e facciosa num separador em que pretende enaltecer as suas alegadas virtudes informativas.
Note-se como o desplante da direcção de informação da televisão pública, chegou ao ponto de usar #fakenews, para enaltecer alegadas qualidades informativas. O problema é quando alguém dá pela mistificação.
Acabaram-se os jornalistas?
«Num separador da RTP3 sobre "Estórias com QQC" um assalariado da RTP comenta imagens de um famoso camião, comprovadamente incendiado por guarimbistas do lado colômbiano da fronteira, afirmando que os incendiários recusam ter sido eles a incendiá-lo. Depois de duas semanas de campanha mentirosa, a afirmar que teria sido culpa da guarda nacional bolivariana, o assalariado foi clara e cabalmente desmentido pela análise que o New York Times fez do vídeo onde (cortado pelo regime colombiano) se pode ver claramente o cocktail a resvalar da mão de um guarimbista para cima do camião e a incendiá-lo. Já não discuto o péssimo e faccioso trabalho que o assalariado fez enquanto propagandista de um golpista actualmente atolado em esquemas de corrupção. Já nem falo da ausência de retratação da RTP por ter transmitido durante semanas uma versão absolutamente facciosa dos acontecimentos na Venezuela. Já não falo da completa ausência de profissionalismo de um assalariado que há época jurava a pés juntos que o povo venezuelano estaria prestes a derrubar um regime que, passado quase um ano, continua alegremente a comprar pernil de porco francês para o Natal dos Venezuelanos, pago em cash porque os EUA mantêm um bloqueio e uma depredação dos bens público venezuelanos. Já não discuto o facto de o assalariado não ter, uma única vez, mencionado a guerra híbrida que os EUA conduzem desde 2002 contra a Venezuela. Mas, passados 6 meses continuar a propagandear #fakenews? Vergonha! Acabadinho de enviar para o provedor do espectador.»(*)
Sobre os dias e a operação de guerra híbrida que envolveu a encenação de uma "entrega de ajuda humanitária estado-unidense" à Venezuela, a mais superficial comparação dos comboios de ajuda humanitária da ONU, com dezenas da camiões completamente carregados, para cidades arrasadas por conflitos armados, com os três camiões com quatro paletes cada, na fronteira colombiana e "mais" a meia dúzia de furgonetes, com uns pacotes, do lado brasileiro da fronteira, seria suficiente para qualquer observador isento ver ali uma mera operação de ingerência externa de onde estaria ausente, por manifesta insuficiência, qualquer tentativa de entrega de qualquer que fosse (por inexistente) ajuda humanitária a "Um País Inteiro Carente de Alimentos".
20 paletes de comida para um país? Só com muita desonestidade, facciosismo e burrice se pode tentar fazer passar 20 paletes do que quer que seja por "Ajuda Humanitária a Um País".
Mas púnhamos de lado argumentos baseados em competência, honestidade e profissionalismo já que são categorias estranhas aos tarefeiros que a Direcção de Informação da televisão pública escolhe enviar para operações de desinformação encomendadas sabe deus onde e por quem.
Concentremos a atenção no camião, videográfica e comprovadamente, incendiado por um guarimbista.
Os Factos
- Do lado colombiano da fronteira um guarimbista filmava, com telemóvel, os distúrbios provocados por outros igualmente guarimbistas em redor dos 3 camiões com 4 paletes.
- O video mostra um guarimbista do lado colombiano a arremessar um cocktail molotov sobre a Guarda Nacional Bolivariana no lado colombiano da fronteira que acaba por cair num camião assim incendiado pelo guarimbista.
- O video é difundido em directo na internet.
- O regime colombiano trunca o video, mostra o camião a arder com guarimbistas em cima do camião a "salvarem" o saque, e acusa a GNB de incendiar o camião.
- Os propagandistas, presentes no lado colombiano da fronteira, com o aval dos superiores nos media em que estão avençados, ecoam a versão do regime de Ivan Duque sem sequer visionarem o video original existente no ciberespaço.
- Durante uma semana e meia os media públicos e corporativos propagandeiam o video truncado e a versão engendrada em Langley e distribuida pelo regime de narcotraficantes colombiano atualmente debaixo de pesada contestação popular.
- À vigarice propagandeada pelas Agências de Informação Centralizada, os jornalistas presentes nos três lados das fronteiras (Brasil-Venezuela-Colômbia) contrapôem os factos em media alternativos e redes sociais.
- Aos factos os media ocidentais, públicos e corporativos, contrapõem uma barreira de comentadeiros e opinadeiros que chegam ao cúmulo de defender que o video original, onde se vê o guarimbista a incendiar o camião, seria uma montagem do governo venezuelano, de que é exemplo o comentador da SIC para toda a obra Nuno Rojeiro.
- Passada mais de uma semana de barragem mistificadora, o New York Times faz uma análise forense ao video original e reconhece que foi um guarimbista do lado colombiano da fronteira a incendiar o camião usado na operação estado-unidense de agressão à Venezuela.
- Em Portugal os canais de informação noticiam a conclusão do NYT não lhe dando um relevo sequer comparável à semana de continuada mistificação.
Pós- factos e algumas perguntas
O que aconteceu aos tarefeiros que a SIC, a RTP e a TVI enviaram a Caracas para subscrever a versão previamente acordada sobre o que deveriam ser "os factos"? Advertências? Perda de credibilidade? Vergonha? Processos disciplinares?
Como reagiu a comissão da carteira profissional à mancha inflingida por três assalariados na reputação de uma profissão?
O que é que as direcções de informação aprenderam sobre a credibilidade da informação proveniente das agências estado-unidenses depois desta ocorrência? E da tentativa de "golpe de estado com amplo apoio nas forças armadas" que se lhe seguiu e que não conseguiu tomar uma única base? E da tentativa de golpe de estado de 2002 com amplo apoio de centrais sindicais que, como se apurou mais tarde, eram das mais mafiosas da américa latina, mas cujo caráter os desonestos assalariados das televisões fizeram por ignorar enquanto narravam um suposto levantamento popular contra um "alegado" ditador cujo partido acabou a vencer 23 de 25 eleições entre 2002 e 2019?
Como é que esses mesmos caneiros e avençados "narrariam" hoje, depois da Elsa e do Fabien e da greve dos camionistss de matérias perigosas, uma tentativa espanhola de envio de 20 paletes de ajuda humanitária, rodeada por umas centenas de arruaceiros a arremessarem cocktails molotov de Badajoz sobre o posto de Elvas da Guarda Nacional Republicana?
(*) Encontrado, perdido, numa página de uma rede social
https://www.facebook.com/jose.braz.5680/posts/10157897273119468
2019/12/15
O Capitalismo Não É Verde
A Grande Ilusão da Economia Verde
(Carl Boggs, CounterPunch/Adaptação de O Lado Oculto, 2019/12/11)
Sucedem-se as cimeiras climáticas, multiplicam-se as promessas para atingir metas de curto, médio e longo prazo, transformaram-se as questões ambientais em artigos da moda política e mediática e o aquecimento global continua a sua ascensão sem retorno. No centro de toda a novíssima inquietação ecológica estão as elites políticas, governamentais e, sobretudo, empresariais que colocaram o mundo no caminho da catástrofe. Isto é, os que estragam o planeta são os mesmos que cuidam agora de consertá-lo com base em enxurradas de promessas, mas sem mudar de atitudes e comportamentos. Ou seja, a tão propagandeada “economia verde” não passa de uma grande ilusão, melhor dizendo, uma imensa fraude.
(Carl Boggs, CounterPunch/Adaptação de O Lado Oculto, 2019/12/11)
Sucedem-se as cimeiras climáticas, multiplicam-se as promessas para atingir metas de curto, médio e longo prazo, transformaram-se as questões ambientais em artigos da moda política e mediática e o aquecimento global continua a sua ascensão sem retorno. No centro de toda a novíssima inquietação ecológica estão as elites políticas, governamentais e, sobretudo, empresariais que colocaram o mundo no caminho da catástrofe. Isto é, os que estragam o planeta são os mesmos que cuidam agora de consertá-lo com base em enxurradas de promessas, mas sem mudar de atitudes e comportamentos. Ou seja, a tão propagandeada “economia verde” não passa de uma grande ilusão, melhor dizendo, uma imensa fraude.
2019/12/14
Neoliberalistas Não Sobrevivem Sem o Estado
Sem Estado, não há startups
(Bárbara Reis, Púbico, 2019/11/08)
As startups são projectos da iniciativa privada, mas sem o Estado não existiam. Nem nos EUA, nem em Portugal.
Na “carta ao meu país”, o jovem Manuel Bourbon Ribeiro cita São Tomás de Aquino para dizer que “o principal intuito do Estado deve ser o bem viver das pessoas”.
Parece uma evidência inocente, mas muitos dos que comentaram o texto foram directos à ideia que alimenta parte da direita: um leitor falou da “teta do Estado”, outro disse que Portugal “só serve para se ser escravo dos impostos” e outro disse que o Estado “castiga a iniciativa privada”.
(Bárbara Reis, Púbico, 2019/11/08)
As startups são projectos da iniciativa privada, mas sem o Estado não existiam. Nem nos EUA, nem em Portugal.
Na “carta ao meu país”, o jovem Manuel Bourbon Ribeiro cita São Tomás de Aquino para dizer que “o principal intuito do Estado deve ser o bem viver das pessoas”.
Parece uma evidência inocente, mas muitos dos que comentaram o texto foram directos à ideia que alimenta parte da direita: um leitor falou da “teta do Estado”, outro disse que Portugal “só serve para se ser escravo dos impostos” e outro disse que o Estado “castiga a iniciativa privada”.
2019/12/13
Para a História Factual da Bolívia Recente
A História absolverá Evo Morales
(Boaventura de Sousa Santos, Portal Vermelho, 2019/12/09)
Eis um balanço do processo boliviano, por quem o viveu ao lado dos movimentos sociais. Os sucessos e os erros, em 13 anos de governo. A trama do golpe, pelas elites locais e Washington. O engano grosseiro dos que se omitiram. As possíveis lições para a esquerda
Depois de 500 anos de ausência política, os 13 anos de governo Evo Morales foram forçosamente confusos e até contraditórios.
(Boaventura de Sousa Santos, Portal Vermelho, 2019/12/09)
Eis um balanço do processo boliviano, por quem o viveu ao lado dos movimentos sociais. Os sucessos e os erros, em 13 anos de governo. A trama do golpe, pelas elites locais e Washington. O engano grosseiro dos que se omitiram. As possíveis lições para a esquerda
Depois de 500 anos de ausência política, os 13 anos de governo Evo Morales foram forçosamente confusos e até contraditórios.
Os Liberalistas Precisam do Estado
“O que seria da Google sem a Internet e o GPS? Nada”
(Mariana Mazzucato, ao Púbico, 2017/12)
Mariana Mazzucato, economista especialista em política de inovação, defende que “o Estado tem de ser recompensado pelos riscos que assume”, esteve em Sintra, no Fórum do Banco Central Europeu.
Com a publicação do livro “The Entrepreneurial State” em 2013, a economista Mariana Mazzucato passou a ser uma voz incontornável nos debates em torno das questões da inovação e do crescimento. Professora na University College de Londres, esta economista, com cidadania italiana e norte-americana, tenta contrariar a ideia de um Estado que apenas tem o papel de regular um sector privado extremamente dinâmico, defendendo que muitos dos avanços tecnológicos mais importantes foram o resultado de uma acção mais ambiciosa do Estado. Ao PÚBLICO diz que não é pela sua pequena dimensão que Portugal não pode seguir uma estratégia em que o Estado é o grande dinamizador da inovação, sendo importante contudo definir à partida uma grande ideia sobre aquilo que se pretende fazer.
(Mariana Mazzucato, ao Púbico, 2017/12)
Mariana Mazzucato, economista especialista em política de inovação, defende que “o Estado tem de ser recompensado pelos riscos que assume”, esteve em Sintra, no Fórum do Banco Central Europeu.
Com a publicação do livro “The Entrepreneurial State” em 2013, a economista Mariana Mazzucato passou a ser uma voz incontornável nos debates em torno das questões da inovação e do crescimento. Professora na University College de Londres, esta economista, com cidadania italiana e norte-americana, tenta contrariar a ideia de um Estado que apenas tem o papel de regular um sector privado extremamente dinâmico, defendendo que muitos dos avanços tecnológicos mais importantes foram o resultado de uma acção mais ambiciosa do Estado. Ao PÚBLICO diz que não é pela sua pequena dimensão que Portugal não pode seguir uma estratégia em que o Estado é o grande dinamizador da inovação, sendo importante contudo definir à partida uma grande ideia sobre aquilo que se pretende fazer.
2019/12/11
Como O Times Fabrica Os Falsos Consentimentos
A longa história do apoio do New York Times a golpes promovidos pelos EUA
(Alan MaCleod, O Diário.info, 2019/12/11)
O presidente boliviano Evo Morales foi deposto por um golpe de Estado apoiado pelos EUA no início deste mês, depois de generais do exército boliviano apareceram na televisão exigindo a sua renúncia. Enquanto Morales fugia para o México, o exército nomeou a senadora de direita Jeanine Añez como sua sucessora. Añez, uma conservadora cristã que tem descrito a maioria indígena da Bolívia como "satânica", chegou ao palácio presidencial segurando uma enorme Bíblia, declarando que a Cristandade estava de regresso ao governo. Anunciou de imediato que iria "tomar todas as medidas necessárias" para "pacificar" a resistência indígena à sua tomada do poder.
(Alan MaCleod, O Diário.info, 2019/12/11)
O presidente boliviano Evo Morales foi deposto por um golpe de Estado apoiado pelos EUA no início deste mês, depois de generais do exército boliviano apareceram na televisão exigindo a sua renúncia. Enquanto Morales fugia para o México, o exército nomeou a senadora de direita Jeanine Añez como sua sucessora. Añez, uma conservadora cristã que tem descrito a maioria indígena da Bolívia como "satânica", chegou ao palácio presidencial segurando uma enorme Bíblia, declarando que a Cristandade estava de regresso ao governo. Anunciou de imediato que iria "tomar todas as medidas necessárias" para "pacificar" a resistência indígena à sua tomada do poder.
2019/12/08
Os Liberalistas São Fascistas
Os tubarões não são vegetarianos
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril 2019/11/08)
Os cotrins figueiredos e os venturas são faces da mesma perigosíssima moeda. O fascismo está sempre no horizonte dos liberais, se a desenfreada exploração capitalista for posta em causa.
As intervenções de dois dos novos partidos com representação na Assembleia da República (AR), Chega e Iniciativa Liberal, são bem elucidativas da sua raiz, que os faz percorrer, por caminhos diversos, o objectivo comum de pôr em prática políticas económicas e sociais para que a exploração desbragada do capital sobre o trabalho não conheça fronteiras. Há quem lhes cole o selo edulcorado de extrema-direita para não os identificar com o que na realidade são: fascistas. O que também é uma forma de não reconhecer que o fascismo, nas diferentes expressões, é o alfa e o ómega do capitalismo.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril 2019/11/08)
Os cotrins figueiredos e os venturas são faces da mesma perigosíssima moeda. O fascismo está sempre no horizonte dos liberais, se a desenfreada exploração capitalista for posta em causa.
As intervenções de dois dos novos partidos com representação na Assembleia da República (AR), Chega e Iniciativa Liberal, são bem elucidativas da sua raiz, que os faz percorrer, por caminhos diversos, o objectivo comum de pôr em prática políticas económicas e sociais para que a exploração desbragada do capital sobre o trabalho não conheça fronteiras. Há quem lhes cole o selo edulcorado de extrema-direita para não os identificar com o que na realidade são: fascistas. O que também é uma forma de não reconhecer que o fascismo, nas diferentes expressões, é o alfa e o ómega do capitalismo.
2019/12/06
Censura sionista no Facebook
O Facebook aderiu à guerra virtual contra o povo palestino
(MPR, Resistir.info, 2019/11/09)
No dia 9 de Outubro o Facebook eliminou a página do Centro Palestino de Informação (PIC) sem sequer contactar seus administradores.
A página contava com quase cinco milhões de seguidores no Facebook e, para os provocadores ao serviço de Israel nas redes sociais, era outro inimigo a abater.
Assim, o Facebook tornou a demonstrar seu servilismo para com o Tel Aviv e o seu apoio ao racismo e ao apartheid.
(MPR, Resistir.info, 2019/11/09)
No dia 9 de Outubro o Facebook eliminou a página do Centro Palestino de Informação (PIC) sem sequer contactar seus administradores.
A página contava com quase cinco milhões de seguidores no Facebook e, para os provocadores ao serviço de Israel nas redes sociais, era outro inimigo a abater.
Assim, o Facebook tornou a demonstrar seu servilismo para com o Tel Aviv e o seu apoio ao racismo e ao apartheid.
2019/12/05
Um "Fundo Europeu para a Paz" para a vender armamento em Africa?
«Não se conhecem objectivos pacifistas no armazenamento e uso de armas letais» Não sou eu quem o diz, é um embaixador de um país da UE que, comandada pela dupla frança-alemanha, quer criar um fundo para financiar a venda de armamento aos países africanos onde tropas de países europeus mantêm governos neo-coloniais. E o mais interessante é ver como os critérios editoriais dos media corporativos "optam" por não noticiar as formas como o capital usa os nossos impostos socialmente pagos para engordar os lucros privados deles.
União Europeia Fornece Armas com Orçamento Paralelo
(Pilar Camacho, Bruxelas, O Lado Oculto, 2019/11/30)
Chamam-lhe “Fundo Europeu para a Paz”, mas o objectivo pretendido é o de Bruxelas fornecer armamento letal a exércitos de países africanos com um orçamento paralelo ao da União Europeia, mas sob supervisão comunitária. A ideia tem um ano e foi discutida ao nível de embaixadores no dia 27 de Novembro.
União Europeia Fornece Armas com Orçamento Paralelo
(Pilar Camacho, Bruxelas, O Lado Oculto, 2019/11/30)
Chamam-lhe “Fundo Europeu para a Paz”, mas o objectivo pretendido é o de Bruxelas fornecer armamento letal a exércitos de países africanos com um orçamento paralelo ao da União Europeia, mas sob supervisão comunitária. A ideia tem um ano e foi discutida ao nível de embaixadores no dia 27 de Novembro.
2019/12/02
As Provas de que a Bolivia Foi Vitima de Um Golpe Fascista
Golpe de Washington na Bolívia: As Provas
(W.T. Whitney Jr., Global Research/O Lado Oculto, 2019/12/01)
O general Kaliman, que “sugeriu” a demissão de Morales, vive agora nos Estados Unidos e foi agraciado com um milhão de dólares; a CIA, a Embaixada norte-americana em La Paz e empresas contratadas minaram as redes sociais com vagas de fake news para provocarem a agitação social; dinheiro e armas com origem em Washington choveram em Santa Cruz, o epicentro fascista da conspiração; funcionários da Embaixada compraram votos rurais e coordenaram a acção com colegas do Brasil, Paraguai e Argentina; os conspiradores estiveram em contacto directo com os mesmos senadores dos Estados Unidos envolvidos nos golpes de Guaidó contra a Venezuela. Estes e outros factos, designadamente o papel da OEA, comprovam a condução norte-americana do recente golpe de Estado fascista na Bolívia.
(W.T. Whitney Jr., Global Research/O Lado Oculto, 2019/12/01)
O general Kaliman, que “sugeriu” a demissão de Morales, vive agora nos Estados Unidos e foi agraciado com um milhão de dólares; a CIA, a Embaixada norte-americana em La Paz e empresas contratadas minaram as redes sociais com vagas de fake news para provocarem a agitação social; dinheiro e armas com origem em Washington choveram em Santa Cruz, o epicentro fascista da conspiração; funcionários da Embaixada compraram votos rurais e coordenaram a acção com colegas do Brasil, Paraguai e Argentina; os conspiradores estiveram em contacto directo com os mesmos senadores dos Estados Unidos envolvidos nos golpes de Guaidó contra a Venezuela. Estes e outros factos, designadamente o papel da OEA, comprovam a condução norte-americana do recente golpe de Estado fascista na Bolívia.
2019/11/29
Noticias do Mundo Real 2019/11/29
Mais uma semana de noticias, factos e opiniões que nunca verão o dia nas têvês do capital ou na imprensa corporativa. Um relatório para a Move Latin America explica como é que a resistência ao golpe foi silenciada nos media, uma apresentação do novo filme de Scott Z. Burns, baseado em factos reais, apresenta o já documentadíssimo e escamoteadíssimo uso de tortura pela CIA. Além disso, bem, além disso temos as greves gerais no Chile e na Colômbia que, de acordo com os nossos telecaneiros, não aconteceram e a aprovação de um voto de repúdio pelo nazismo aprovado na ONU por 121 países com a abstenção do governo português e da restante UE e voto contra dos EUA que também não aconteceu. Sim, os EUA votaram contra no repúdio do Nazismo e as têvês não disseram nada. N A D A ...
Chile
Vítimas de repressão policial anunciam acção judicial contra o presidente chileno -
Pessoas que sofreram traumas oculares na sequência de intervenções policiais no Chile vão apresentar uma acção judicial contra Sebastián Piñera, que é apontado como responsável de violações dos direitos humanos. Marta Valdés, porta-voz da Coordenadora de Vítimas de Traumas Oculares, recentemente criada, afirmou em declarações à imprensa que o seu propósito é «fazer justiça», que «os provocadores destas graves lesões não fiquem impunes», e, neste sentido, a queixa visa o «máximo responsável, que é Piñera», indica a Prensa Latina.(2019/11/28)
Chile
Vítimas de repressão policial anunciam acção judicial contra o presidente chileno -
Pessoas que sofreram traumas oculares na sequência de intervenções policiais no Chile vão apresentar uma acção judicial contra Sebastián Piñera, que é apontado como responsável de violações dos direitos humanos. Marta Valdés, porta-voz da Coordenadora de Vítimas de Traumas Oculares, recentemente criada, afirmou em declarações à imprensa que o seu propósito é «fazer justiça», que «os provocadores destas graves lesões não fiquem impunes», e, neste sentido, a queixa visa o «máximo responsável, que é Piñera», indica a Prensa Latina.(2019/11/28)
2019/11/27
Não Assassinem Julian Assange
As mentiras acerca de Assange têm de parar já
(John Pilger, resistir.info, 2019/11/24)
Em defesa da livre expressão.
Os jornais e outros media nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália declararam recentemente uma paixão pela liberdade de expressão, especialmente pelo seu direito de publicar livremente. Estão preocupados com o "efeito Assange".
É como se a luta dos que dizem a verdade, como Julian Assange e Chelsea Manning, fosse agora uma advertência de que os bandidos que em Abril arrastaram Assange para fora da embaixada equatoriana possam algum dia chegar a eles.
(John Pilger, resistir.info, 2019/11/24)
Em defesa da livre expressão.
Os jornais e outros media nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália declararam recentemente uma paixão pela liberdade de expressão, especialmente pelo seu direito de publicar livremente. Estão preocupados com o "efeito Assange".
É como se a luta dos que dizem a verdade, como Julian Assange e Chelsea Manning, fosse agora uma advertência de que os bandidos que em Abril arrastaram Assange para fora da embaixada equatoriana possam algum dia chegar a eles.
2019/11/24
Noticias do Mundo Real - 2019/11/22
Numa semana marcada pelas lutas da América Latina contra o imperialismo e o neo-liberalismo, continuamos a dar destaque á resistência e ao contragolpe na Bolívia silenciado nos media corporativos. Aqui fica um apanhado do que os media corporativos ao serviço do capital e dos grandes grupos económicos não noticiaram ao longo da última semana.
Bolívia
Bolívia: a ditadura instala-se - O poder fascista saído do golpe de Estado na Bolívia procura consolidar-se sobretudo na base de uma violentíssima repressão que já provocou dezenas de mortos e centenas de feridos. Os sórdidos pormenores da sua preparação estão a surgir rapidamente, e todos têm em comum os EUA. Ficou a saber-se que o preço da traição das chefias militares e policiais oscila entre meio e um milhão de dólares, quantia insignificante se comparada com a riqueza novamente roubada se o golpe vier a consolidar-se. (2019/11/23)
Bolívia
Bolívia: a ditadura instala-se - O poder fascista saído do golpe de Estado na Bolívia procura consolidar-se sobretudo na base de uma violentíssima repressão que já provocou dezenas de mortos e centenas de feridos. Os sórdidos pormenores da sua preparação estão a surgir rapidamente, e todos têm em comum os EUA. Ficou a saber-se que o preço da traição das chefias militares e policiais oscila entre meio e um milhão de dólares, quantia insignificante se comparada com a riqueza novamente roubada se o golpe vier a consolidar-se. (2019/11/23)
Portugal Amordaçado
O Silência: A Pior Resposta do Estado Português
(José Goulão, O Lado Oculto, 2019/11/20)
O chefe de Estado e o governo da República portuguesa estão em silêncio perante as atrocidades contra a democracia e os direitos humanos praticadas na Bolívia e no Chile. Em circunstâncias onde o poder neoliberal se vê forçado a mostrar a sua verdadeira face ditatorial para evitar a aplicação plena da democracia, com todas as suas consequências, as principais figuras do Estado português escolhem o silêncio, talvez a maneira mais indigna de se identificarem com a crueldade do sistema – ao mesmo tempo que ignoram a Constituição da República.
(José Goulão, O Lado Oculto, 2019/11/20)
O chefe de Estado e o governo da República portuguesa estão em silêncio perante as atrocidades contra a democracia e os direitos humanos praticadas na Bolívia e no Chile. Em circunstâncias onde o poder neoliberal se vê forçado a mostrar a sua verdadeira face ditatorial para evitar a aplicação plena da democracia, com todas as suas consequências, as principais figuras do Estado português escolhem o silêncio, talvez a maneira mais indigna de se identificarem com a crueldade do sistema – ao mesmo tempo que ignoram a Constituição da República.
2019/11/20
América Latina: a lição da resistência
América Latina: a lição da resistência
(Manuel Loff, ODiário.ingo, 2019/11/16)
A América Latina é, com as revoluções mexicana (1917) e cubana (1959), a Unidade Popular chilena (1970-73) ou o sandinismo (1979), um laboratório de experiências políticas com mais impacto mundial do que se julga.
A grande viragem progressista, que irrompeu com Chávez (1998) e se alastrou com os movimentos emancipadores de Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) e com as vitórias eleitorais contra as receitas do FMI (Lula, os Kirchner, Pepe Mujica), constituiu a primeira grande vaga de contestação global ao neoliberalismo que começou a devastar os direitos sociais a partir do fim dos anos 1970.
(Manuel Loff, ODiário.ingo, 2019/11/16)
A América Latina é, com as revoluções mexicana (1917) e cubana (1959), a Unidade Popular chilena (1970-73) ou o sandinismo (1979), um laboratório de experiências políticas com mais impacto mundial do que se julga.
A grande viragem progressista, que irrompeu com Chávez (1998) e se alastrou com os movimentos emancipadores de Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) e com as vitórias eleitorais contra as receitas do FMI (Lula, os Kirchner, Pepe Mujica), constituiu a primeira grande vaga de contestação global ao neoliberalismo que começou a devastar os direitos sociais a partir do fim dos anos 1970.
Bolivia Resiste aos Golpistas
Bolívia - Não Despreze a Resistência
(Sebastián Ochoa Sebastián Ochoa, em Lavacam Página Global, 2019/11/15)
Surgem as primeiras marchas contra golpe de Estado — duramente reprimidas. Legisladores, impedidos de entrar no Parlamento, denunciam assassinatos e Constituição rasgada. População já prepara resposta a ultradireita.
A três dias da renúncia forçada de Evo Morales à presidência da Bolívia, a máscara democrática dos golpistas começam a cair. Na terça-feira (12/11), os legisladores do Movimiento Al Socialismo (MAS) tentaram ingressar na Assembleia Legislativa Plurinacional para rechaçarem o autoproclamamento da senadora Jeanine Áñez como nova Presidenta. O plano era rechaçar a carta de renúncia de Evo Morales e exigir sua volta ao país para retomar suas funções. A polícia tentou impedir que eles ingressassem na Praça Murillo. No dia anterior, era Áñez quem lhes rogava que fossem ao Parlamento dar quórum às votações. Enquanto isso, as mortes de bolivianos em enfrentamento às Forças Armadas e à Polícia continuam aumentando.
(Sebastián Ochoa Sebastián Ochoa, em Lavacam Página Global, 2019/11/15)
Surgem as primeiras marchas contra golpe de Estado — duramente reprimidas. Legisladores, impedidos de entrar no Parlamento, denunciam assassinatos e Constituição rasgada. População já prepara resposta a ultradireita.
A três dias da renúncia forçada de Evo Morales à presidência da Bolívia, a máscara democrática dos golpistas começam a cair. Na terça-feira (12/11), os legisladores do Movimiento Al Socialismo (MAS) tentaram ingressar na Assembleia Legislativa Plurinacional para rechaçarem o autoproclamamento da senadora Jeanine Áñez como nova Presidenta. O plano era rechaçar a carta de renúncia de Evo Morales e exigir sua volta ao país para retomar suas funções. A polícia tentou impedir que eles ingressassem na Praça Murillo. No dia anterior, era Áñez quem lhes rogava que fossem ao Parlamento dar quórum às votações. Enquanto isso, as mortes de bolivianos em enfrentamento às Forças Armadas e à Polícia continuam aumentando.
2019/11/15
Noticias do Mundo Real 2019/11/15
O GOLPE na Bolívia, organizado e financiado pelos eua, marca toda esta semana e toda a nossa solidariedade e atenção está neste momento virada para salvar as vidas dos que, no país andino, ainda resistem à ofensiva fascizante. Muitas são as vozes que por esse mundo se erguem contra o golpe o que só torna ainda mais notório o silêncio assassino da ONU, da UE e do governo português onde campeia um ASSassino ao serviço da finança internacional. Continuando a tentar dar voz ao que a esquerda portuguesa publica sobre o mundo, os povos e as suas lutas deixamos mais uma série de ligações sobre a Palestina, o Líbano, o Chile, e a libertação de Lula no Brasil que pode dar um novo fôlego à oposição ao bolsonarismo.
Golpe Na Bolívia
Apoiantes de Evo fazem frente ao golpe de Estado na Bolívia - Grandes mobilizações em El Alto/La Paz e Cochabamba evidenciaram a resistência popular ao golpe de Estado. Nas instituições, os eleitos pelo Movimento para o Socialismo procuram também traçar outra rota.
Golpe Na Bolívia
Apoiantes de Evo fazem frente ao golpe de Estado na Bolívia - Grandes mobilizações em El Alto/La Paz e Cochabamba evidenciaram a resistência popular ao golpe de Estado. Nas instituições, os eleitos pelo Movimento para o Socialismo procuram também traçar outra rota.
#QuePasaEnBolivia #EvoNoEstaSolo
As noticias sobre a reacção legalista ao golpe de estado trumpista na Bolívia sucedem-se no ciberespaço sem reflexos nos media corporativos. Alguém pode verificar estas noticias?
LA PAZ (Sputnik) — El Movimiento al Socialismo (MAS) de Evo Morales completó, tras un acuerdo con parte de la oposición minoritaria, la retoma del control del parlamento, en el tercer día de gestión del Gobierno interino de Jeanine Áñez. "Es un día histórico, donde hemos podido consensuar la oposición y el oficialismo con el único objetivo de poder viabilizar las nuevas elecciones lo más pronto posible, poder pacificar nuestro país y sobre todo defender la democracia", dijo luego de jurar a la presidencia del Senado la senadora socialista Eva Copa, representante de la combativa ciudad vecina de El Alto.
LA PAZ (Sputnik) — El Movimiento al Socialismo (MAS) de Evo Morales completó, tras un acuerdo con parte de la oposición minoritaria, la retoma del control del parlamento, en el tercer día de gestión del Gobierno interino de Jeanine Áñez. "Es un día histórico, donde hemos podido consensuar la oposición y el oficialismo con el único objetivo de poder viabilizar las nuevas elecciones lo más pronto posible, poder pacificar nuestro país y sobre todo defender la democracia", dijo luego de jurar a la presidencia del Senado la senadora socialista Eva Copa, representante de la combativa ciudad vecina de El Alto.
Para a História de um Estado Totalitário (II)
Cuba apresentou uma proposta que mereceu o apoio massivo da Assembleia Geral da ONU. Com 187 nações a favor, 3 votos contra e 2 abstenções, o mundo disse ao imperialismo estado-unidense que já basta. Chega! Disse-o de forma contundente e massiva. Disse-o pelo 28º ano consecutivo. Sempre de forma crescentemente massiva. O que é que os eua ainda não perceberam? É pura burrice ou medo de ver florescer ali ao lado da miséria de Miami, um paraíso socialista de bem estar e direito sociais e humanos? Direitos Humanos? Sim, importa falar de Direitos Humanos e da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
O discurso de Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, na Assembleia Geral das Nações Unidas, aquando da apresentação da proposta de resolução sobre a «Necessidade de acabar com o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba» é revelador do embrutecimento coletivo alcançado com 50 anos de lixo desinformativo produzido pelo epicentro do imperialismo financeiro.
Mais do que uma defesa das inverdades, mentiras e calúnias com que os eua atacam a heroica ilha caribenha, Cuba contrataca com os factos que ilustram o desrespeito dos eua pelos direitos humanos dentro e fora das suas fronteiras. Importa fazer ver de que lado está a educação, a saúde e a habitação e onde estão a ignorância, a doença maltratada e a miséria dos sem abrigo. É muito interessante ler as palavras de Bruno Parrilla.
O discurso de Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, na Assembleia Geral das Nações Unidas, aquando da apresentação da proposta de resolução sobre a «Necessidade de acabar com o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba» é revelador do embrutecimento coletivo alcançado com 50 anos de lixo desinformativo produzido pelo epicentro do imperialismo financeiro.
Mais do que uma defesa das inverdades, mentiras e calúnias com que os eua atacam a heroica ilha caribenha, Cuba contrataca com os factos que ilustram o desrespeito dos eua pelos direitos humanos dentro e fora das suas fronteiras. Importa fazer ver de que lado está a educação, a saúde e a habitação e onde estão a ignorância, a doença maltratada e a miséria dos sem abrigo. É muito interessante ler as palavras de Bruno Parrilla.
2019/11/14
Golpistas Fora da Bolivia
Contextos de um Golpe Anunciado
(Ana Prestes, Desacato.Info/O Lado Oculto, 2019/11/11)
Patricia Arce, presidente do município boliviano de Vinto, seviciada e humilhada nas ruas pelas milícias fascistas de Luis Camacho "El Macho", figura tutelar do golpismo na Bolívia
Década e meia de gestão presidencial de Evo Morales catapultou o PIB da Bolívia de cinco mil milhões de dólares para mais de 40 mil milhões, isto é, multiplicou-o por oito vezes. A miséria extrema desceu a pique de quase 80% da população para menos de 15 por cento. O crescimento económico anual estabilizou nos quatro por cento. O sistema político colonial transformou-se num Estado plurinacional, as mulheres e os povos indígenas conquistaram as vozes que não tiveram em 500 anos. O regime neoliberal globalista ficou fora de jogo na Bolívia, onde os recursos naturais foram postos ao serviço das populações. Há coisas que o imperialismo e a sua casa mãe, os Estados Unidos da América, não conseguem perdoar no “quintal das traseiras”. Mais cinco anos de espera, pelo menos, não podiam acontecer. Então chegou o golpe.
(Ana Prestes, Desacato.Info/O Lado Oculto, 2019/11/11)
Patricia Arce, presidente do município boliviano de Vinto, seviciada e humilhada nas ruas pelas milícias fascistas de Luis Camacho "El Macho", figura tutelar do golpismo na Bolívia
Década e meia de gestão presidencial de Evo Morales catapultou o PIB da Bolívia de cinco mil milhões de dólares para mais de 40 mil milhões, isto é, multiplicou-o por oito vezes. A miséria extrema desceu a pique de quase 80% da população para menos de 15 por cento. O crescimento económico anual estabilizou nos quatro por cento. O sistema político colonial transformou-se num Estado plurinacional, as mulheres e os povos indígenas conquistaram as vozes que não tiveram em 500 anos. O regime neoliberal globalista ficou fora de jogo na Bolívia, onde os recursos naturais foram postos ao serviço das populações. Há coisas que o imperialismo e a sua casa mãe, os Estados Unidos da América, não conseguem perdoar no “quintal das traseiras”. Mais cinco anos de espera, pelo menos, não podiam acontecer. Então chegou o golpe.
2019/11/11
Abaixo o Golpe na Bolivia
Golpe de Estado na Bolivia
(Relato de Celio Turino, 2019/11/10)
Está muito pior que o noticiado. Estão perseguindo indígenas, lideranças populares e jornalistas nas ruas, ateando fogo em suas casas. O Golpe tem caráter militar, fundamentalista religioso e racista. Acabo de falar com companheiro em El Alto, de uma rádio local, que está sendo perseguido neste momento. Vai acontecer um massacre na Bolívia. Os golpistas entraram no palácio presidencial com uma cruz e arrancaram uma imagem da Pachamama, em ódio à Mãe Terra. Evangélicos radicais tiveram papel preponderante no Golpe, cujo líder está envolvido com empresas off shore (escândalo Panamá Papers). Toda solidariedade ao povo boliviano!
(Relato de Celio Turino, 2019/11/10)
Está muito pior que o noticiado. Estão perseguindo indígenas, lideranças populares e jornalistas nas ruas, ateando fogo em suas casas. O Golpe tem caráter militar, fundamentalista religioso e racista. Acabo de falar com companheiro em El Alto, de uma rádio local, que está sendo perseguido neste momento. Vai acontecer um massacre na Bolívia. Os golpistas entraram no palácio presidencial com uma cruz e arrancaram uma imagem da Pachamama, em ódio à Mãe Terra. Evangélicos radicais tiveram papel preponderante no Golpe, cujo líder está envolvido com empresas off shore (escândalo Panamá Papers). Toda solidariedade ao povo boliviano!
PCP condena golpe de Estado na Bolívia
Solidariedade com o povo da Bolívia
(PCP, 2019/11/11)
O Partido Comunista Português condena veementemente o golpe de Estado que afastou o legítimo Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales.
Após desrespeitarem a vontade popular expressa nas eleições realizadas a 20 de Outubro, que ditaram a reeleição de Evo Morales como Presidente da Bolívia, as forças reaccionárias e anti-democráticas bolivianas, com a cúmplice acção das forças policiais e militares e suportadas por inaceitáveis pressões e ingerências externas, levaram a cabo uma violenta acção terrorista contra os movimentos populares bolivianos, seus dirigentes e responsáveis estatais, apesar dos múltiplos apelos ao diálogo e iniciativas de solução política no marco democrático e constitucional protagonizadas por Evo Morales.
Viva a Bolívia Abaixo o Golpe
Golpe Contra a Democracia na Bolivia
(Luis O. Nunes, La Paz, O Lado Oculto, 2019/11/10)
O presidente e o vice-presidente da Bolívia, Evo Morales e Alvaro Garcia Linera, renunciaram aos seus cargos na sequência de um golpe político, policial e militar envolvendo actos de violência e perseguição sobre sectores populares - a culminar um processo terrorista de contestação dos resultados de eleições legítimas, livres e democráticas. Em todo o desenvolvimento do processo, iniciado muito antes do acto eleitoral, estiveram sectores directamente patrocinados pela embaixada dos Estados Unidos em La Paz.
(Luis O. Nunes, La Paz, O Lado Oculto, 2019/11/10)
O presidente e o vice-presidente da Bolívia, Evo Morales e Alvaro Garcia Linera, renunciaram aos seus cargos na sequência de um golpe político, policial e militar envolvendo actos de violência e perseguição sobre sectores populares - a culminar um processo terrorista de contestação dos resultados de eleições legítimas, livres e democráticas. Em todo o desenvolvimento do processo, iniciado muito antes do acto eleitoral, estiveram sectores directamente patrocinados pela embaixada dos Estados Unidos em La Paz.
2019/11/09
Noticias do Mundo Real 2019/11/09
Na semana do 102º aniversário da Revolução de Outubro o imperialismo estado-unidense inicia o golpe na Bolívia e é instado, pelo 28º ano consecutivo, na Assembleia Geral da ONU, com 187 votos a favor, 3 contra e 2 abstenções a levantar o criminoso bloqueio que mantém contra a heróica ilha caribenha há mais de 50 anos e que foi agravado com a chegada do trumpismo.
Cuba
A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar o fim do bloqueio a Cuba - A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas.
Cuba
A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar o fim do bloqueio a Cuba - A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas.
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2019/11/08
Subsidiodependente é a iniciativa privada!
A subsidiodependência do capital
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
Tribunal de Haia iliba Milošević
Quando o tema volta a ganhar relevância com o Nobel atribuído a Peter Handke, importava lembrar que o hostil tribunal penal internacional ilibou Milošević de todas as acusações ... 10 anos depois da sua morte na prisão.
Tribunal de Haia iliba Milošević
(AbrilAbril, 2016/08/10)
As considerações sobre Milošević foram feitas num extenso relatório em que o acusado é Karadžić. Depois de uma intensa campanha contra a Jugoslávia, para a qual o próprio Tribunal de Haia contribuiu, a ilibação tem sido silenciada.
Tribunal de Haia iliba Milošević
(AbrilAbril, 2016/08/10)
As considerações sobre Milošević foram feitas num extenso relatório em que o acusado é Karadžić. Depois de uma intensa campanha contra a Jugoslávia, para a qual o próprio Tribunal de Haia contribuiu, a ilibação tem sido silenciada.
2019/11/07
Peter Handke e as #fakenews dos críticos literários
O Nobel e o fel
(Jorge Seabra, AbrilAbril, 2019/11/05)
Como hesitar e não defender Handke e a sua corajosa denúncia da intervenção dos EUA e aliados na Jugoslávia, que aí despejaram 23 mil toneladas de bombas e mísseis?
Na foto, Peter Handke assiste ao funeral do ex-presidente sérvio Slobodan Milošević, em Março de 2006. Handke foi uma das vozes críticas da guerra de agressão levada a cabo em 1999 pelos EUA e pela NATO contra a Sérvia. O escritor, dramaturgo, ensaísta e realizador austríaco foi recentemente galardoado com o Prémio Nobel de 2019.
(Jorge Seabra, AbrilAbril, 2019/11/05)
Como hesitar e não defender Handke e a sua corajosa denúncia da intervenção dos EUA e aliados na Jugoslávia, que aí despejaram 23 mil toneladas de bombas e mísseis?
Na foto, Peter Handke assiste ao funeral do ex-presidente sérvio Slobodan Milošević, em Março de 2006. Handke foi uma das vozes críticas da guerra de agressão levada a cabo em 1999 pelos EUA e pela NATO contra a Sérvia. O escritor, dramaturgo, ensaísta e realizador austríaco foi recentemente galardoado com o Prémio Nobel de 2019.
2019/11/05
A Água Privatizada é da Nestlé
Privatização das Águas: As Manobras na Suiça
(Franklin Frederick, Jornal GGN/O Lado Oculto, 2019/11/05)
A cada vez maior interpenetração entre o governo da Suíça, a Nestlé e outras grandes multinacionais e a estratégia helvética de cooperação para o desenvolvimento representam uma ameaça cada vez mais premente sobre os recursos aquíferos de todo o planeta. A ganância privatizadora da água que move as maiores empresas globais do sector alimentar encontra em Genebra uma poderosa alavanca que mina o acesso universal à água como um direito humano fundamental.
(Franklin Frederick, Jornal GGN/O Lado Oculto, 2019/11/05)
A cada vez maior interpenetração entre o governo da Suíça, a Nestlé e outras grandes multinacionais e a estratégia helvética de cooperação para o desenvolvimento representam uma ameaça cada vez mais premente sobre os recursos aquíferos de todo o planeta. A ganância privatizadora da água que move as maiores empresas globais do sector alimentar encontra em Genebra uma poderosa alavanca que mina o acesso universal à água como um direito humano fundamental.
2019/11/04
Bafio e podridão num velho com 17 anos
Carta aberta a um fascista de 17 anos
(Lúcia Gomes, Manifesto74, 2019/11/03)
Tem 17 anos e já transpira colonialismo e saudosismo bafiento em cada palavra. A sua genealogia ditou que pudesse ser publicado num jornal de referência do mofo salazarista mas o seu artigo é, para além de decadente (porque o jovem com tanto para dar mais parece uma criatura mumificada acabada de encontrar num qualquer cenotáfio de um panteão com festas de uma startup), perigoso e sintomático de uma pretensa elitezinha que acha que o país precisa deles.
(Lúcia Gomes, Manifesto74, 2019/11/03)
Tem 17 anos e já transpira colonialismo e saudosismo bafiento em cada palavra. A sua genealogia ditou que pudesse ser publicado num jornal de referência do mofo salazarista mas o seu artigo é, para além de decadente (porque o jovem com tanto para dar mais parece uma criatura mumificada acabada de encontrar num qualquer cenotáfio de um panteão com festas de uma startup), perigoso e sintomático de uma pretensa elitezinha que acha que o país precisa deles.
2019/11/03
Para Compreender o Conflito de Faz de Conta
(Nazanín Armanian, ODiário.info, 2019/11/01)
1. Quem semeia ventos colhe tempestades, insinuou o embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzia, sobre a dramática situação dos curdos após o ataque militar da Turquia de 9 de Outubro no norte da Síria: “Nós incentivámos os curdos a terem um diálogo directo com o Governo sírio, mas eles preferiram outros protectores e agora podem ver o que sucede”. Depois, na votação do Conselho de Segurança, recusou-se a condenar a agressão militar ilegal turca contra a Síria “soberana” e só pediu ao agressor “máxima contenção”. Por outro lado, Donald Trump, para se defender dos que o chamam “traidor dos curdos”, disse que esses “não são anjos” e que alguns líderes do PKK são piores que o Daesh e deveria ser-lhes dado tempo para lutarem entre si para depois ir separá-los, deixando uma porta aberta para reocupar a Síria. Traidor? Não foi uma equipa da CIA e a Mossad quem capturou no Quénia o líder curdo Abdullah Öcalan e o entregou à ditadura turca em 1999?
2019/11/02
Noticias do Mundo Real 2019/11/02
Numa semana cheia de boas noticias que vão da derrota do ultra-liberalismo na Argentina e na Bolívia até à luta chilena contra a sobrevivência do pinochismo são ainda de assinalar as lutas sindicais no epicentro do imperialismo. Aqui fica a semanal panorâmica do que as têvês censuraram pela lente do Jornalismo com J grande.
Chile
Depois da Venezuela, porque será que a imprensa ignora Chile e Equador? - Tanto o Equador como o Chile têm vindo a opor-se às políticas neoliberais de Moreno e Piñera. Em ambos os casos, a imprensa internacional, que apostou na Venezuela, tem passado ao lado dos protestos.
Chile
Depois da Venezuela, porque será que a imprensa ignora Chile e Equador? - Tanto o Equador como o Chile têm vindo a opor-se às políticas neoliberais de Moreno e Piñera. Em ambos os casos, a imprensa internacional, que apostou na Venezuela, tem passado ao lado dos protestos.
A Desinformação dos Telecaneiros Portugueses
O método
(Gonçalo Carneiro, Avante!, 2019/10/31)
O método nada tem de científico, mas resulta quase sempre: quando se quiser formar uma opinião acerca do que se passa em alguma parte do mundo basta ver o que dizem as televisões portuguesas… e concluir exactamente o contrário.
Este método (não sustentado na ciência, insista-se) teria sido útil a muitos nesse já distante ano de 1999, quando as nossas tv’s apresentaram o UCK, do Kosovo, como baluarte da democracia, muito embora os seus líderes estivessem, como ainda estão, envolvidos em práticas – certamente democráticas – como o tráfico de seres humanos. O tratamento do conflito balcânico foi tudo menos «noticioso». Os sérvios foram diabolizados e todos os outros pintados de tons coloridos: os croatas, responsáveis pela limpeza étnica da Krajina; os bósnios, entre os quais pontificavam fundamentalistas islâmicos que fizeram ali o seu baptismo de fogo; os já referidos kosovares albaneses, cujos chefes eram vulgares criminosos.
(Gonçalo Carneiro, Avante!, 2019/10/31)
O método nada tem de científico, mas resulta quase sempre: quando se quiser formar uma opinião acerca do que se passa em alguma parte do mundo basta ver o que dizem as televisões portuguesas… e concluir exactamente o contrário.
Este método (não sustentado na ciência, insista-se) teria sido útil a muitos nesse já distante ano de 1999, quando as nossas tv’s apresentaram o UCK, do Kosovo, como baluarte da democracia, muito embora os seus líderes estivessem, como ainda estão, envolvidos em práticas – certamente democráticas – como o tráfico de seres humanos. O tratamento do conflito balcânico foi tudo menos «noticioso». Os sérvios foram diabolizados e todos os outros pintados de tons coloridos: os croatas, responsáveis pela limpeza étnica da Krajina; os bósnios, entre os quais pontificavam fundamentalistas islâmicos que fizeram ali o seu baptismo de fogo; os já referidos kosovares albaneses, cujos chefes eram vulgares criminosos.
2019/11/01
A batalha ideológica pelo ambiente
«É importante trabalhar junto dos que olham para as questões ambientais com legítima preocupação, sem deixarmos de denunciar quais são os planos do capital nestas áreas, no sentido de aumentar a consciência e canalizar para o sítio certo a preocupação e o descontentamento. Para isso, temos de encontrar formas de valorização de importantes iniciativas que o PCP tem tido na área ambiental, com reconhecido mérito.» Diz o Vladimiro Valem e a Refer&ncia subcreve. Só é pena que o camarada vladimiro continue amarrado ao conjuntural e (atualmente redutor) operariado e não compreenda o estrutural (e abrangente) conceito de proletariado tal como foi pensado e definido pelos filósofos que tanto cita. Esse salto de uma coincidência conjuntural para um conceito de classe estrutural ajudar-nos-ia a todos a encontrar o atual proletariado e liderar os seus interesses de construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados. Mas vamos ao que interessa, ao artigo todo, vale a pena ...
A batalha ideológica contra a mercantilização na Natureza
(Vladimiro Vale, O Militante, Jul/Ago 2019)
A batalha ideológica contra a mercantilização na Natureza
(Vladimiro Vale, O Militante, Jul/Ago 2019)
Israel - Um Estado Terrorista
E Matam e continuam a matar e ninguém os prende. A ONU não denuncia o massacre de palestinianos. O Conselho de Segurança da ONU não propõe uma intervenção pacificadora ou a criação de um corpo de interposição. O TPI para Israel não prende o cabecilha do estado ocupante. O quê? Não existe TPI para os crimes de Israel contra a humanidade? Porquê?
Imaginem por instantes que em quatro sextas feira seguidas o exército assassinava 31, trinta e um manifestantes portugueses, a uma média superior a 7 assassínios por sexta feira, por dia. Aceitava e calava-se?
Façamos como já fizemos na África do Sul: #BDS #BoycottDivestmentSanctions
Republicamos e recomeçamos(*) aqui a contagem das 81 semanas em que Palestinianos, encarcerados em Gaza, no que é já considerado o maior campo de concentração alguma vez construido pela (des)humanidade, enfrentam com pedras e paus as balas de Israelitas. O estado terrorisra israelita já assassinou mais de 310 homens, mulheres e crianças dede 30 de Março de 2018 e já feriu mais de 1700 seres humanos.
Fica um breve apanhado da luta de um povo que todas as sextas-feiras se reúne na Grande Marcha de Retorno para exigir o regresso à sua terra actualmente debaixo de ocupação israelita.
6ª Feira 8 Novembro - As forças israelitas feriram 104 manifestantes palestinos que participavam esta sexta-feira nos protestos da 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza. Mais uma vez, as forças repressivas israelitas usaram uma violência desproporcionada e criminosa contra os manifestantes desarmados: 41 palestinos foram feridos por balas reais — incluindo dois menores que se encontram em estado crítico —, enquanto outros foram feridos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.
5ª Feira 31 Outubro - Israel prende dirigente palestina Khalida Jarrar e dezenas de militantes da FPLP - A dirigente política e ex-deputada palestina Khalida Jarrar foi novamente presa na madrugada desta quinta-feira pelas forças da ocupação israelita. A sua filha Yafa informou através do Twitter que a casa da família, em El Bireh, nos arredores de Ramala, foi assaltada às 3h da madrugada por mais de 70 soldados e 12 veículos militares. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de que Khalida Jarrar é dirigente, informou num comunicado que as forças de ocupação sionistas lançaram hoje uma campanha de prisões em larga escala de militantes seus, incluindo a ex-deputada e o dirigente Ali Jaradat, além de dezenas de quadros de diferentes partes da Cisjordânia ocupada [...]
Imaginem por instantes que em quatro sextas feira seguidas o exército assassinava 31, trinta e um manifestantes portugueses, a uma média superior a 7 assassínios por sexta feira, por dia. Aceitava e calava-se?
Façamos como já fizemos na África do Sul: #BDS #BoycottDivestmentSanctions
Republicamos e recomeçamos(*) aqui a contagem das 81 semanas em que Palestinianos, encarcerados em Gaza, no que é já considerado o maior campo de concentração alguma vez construido pela (des)humanidade, enfrentam com pedras e paus as balas de Israelitas. O estado terrorisra israelita já assassinou mais de 310 homens, mulheres e crianças dede 30 de Março de 2018 e já feriu mais de 1700 seres humanos.
Fica um breve apanhado da luta de um povo que todas as sextas-feiras se reúne na Grande Marcha de Retorno para exigir o regresso à sua terra actualmente debaixo de ocupação israelita.
6ª Feira 8 Novembro - As forças israelitas feriram 104 manifestantes palestinos que participavam esta sexta-feira nos protestos da 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza. Mais uma vez, as forças repressivas israelitas usaram uma violência desproporcionada e criminosa contra os manifestantes desarmados: 41 palestinos foram feridos por balas reais — incluindo dois menores que se encontram em estado crítico —, enquanto outros foram feridos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.
5ª Feira 31 Outubro - Israel prende dirigente palestina Khalida Jarrar e dezenas de militantes da FPLP - A dirigente política e ex-deputada palestina Khalida Jarrar foi novamente presa na madrugada desta quinta-feira pelas forças da ocupação israelita. A sua filha Yafa informou através do Twitter que a casa da família, em El Bireh, nos arredores de Ramala, foi assaltada às 3h da madrugada por mais de 70 soldados e 12 veículos militares. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de que Khalida Jarrar é dirigente, informou num comunicado que as forças de ocupação sionistas lançaram hoje uma campanha de prisões em larga escala de militantes seus, incluindo a ex-deputada e o dirigente Ali Jaradat, além de dezenas de quadros de diferentes partes da Cisjordânia ocupada [...]
2019/10/29
Palestina Livre #BDS
Mais de 300 palestinianos mortos desde o início da Grande Marcha do Retorno
(AbrilAbril, 2019/10/19)
Mais de 300 palestinianos foram mortos e cerca de 17 mil foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, desde 30 de Março de 2018.
Esta sexta-feira foram 73 os palestinianos feridos durante os protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) revela num comunicado que os soldados israelitas usaram balas reais e de borracha, bem como bombas de gás lacrimogéneo, contra os milhares de palestinianos desarmados que participavam na 79.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.
«Segundo informou o Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, 31 pessoas foram feridas por balas reais e 42 com balas de aço revestidas de borracha. Outras dezenas foram tiveram de receber tratamento devido à inalação de gás lacrimogéneo», lê-se no texto.
O movimento afirma que, desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018, já morreram mais de 310 palestinianos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas.
Os manifestantes reclamam o levantamento por Israel do cerco imposto ao pequeno território costeiro palestiniano, onde dois milhões de pessoas vivem em condições humanitárias dramáticas.
Exigem também o direito dos mais de cinco milhões de refugiados palestinianos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.
O MPPM recorda que, em Março deste ano, uma missão de investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que, durante a repressão dos manifestantes da Grande Marcha do Retorno, «as forças israelitas cometeram violações de direitos que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade».
(AbrilAbril, 2019/10/19)
Mais de 300 palestinianos foram mortos e cerca de 17 mil foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, desde 30 de Março de 2018.
Esta sexta-feira foram 73 os palestinianos feridos durante os protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) revela num comunicado que os soldados israelitas usaram balas reais e de borracha, bem como bombas de gás lacrimogéneo, contra os milhares de palestinianos desarmados que participavam na 79.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.
«Segundo informou o Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, 31 pessoas foram feridas por balas reais e 42 com balas de aço revestidas de borracha. Outras dezenas foram tiveram de receber tratamento devido à inalação de gás lacrimogéneo», lê-se no texto.
O movimento afirma que, desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018, já morreram mais de 310 palestinianos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas.
Os manifestantes reclamam o levantamento por Israel do cerco imposto ao pequeno território costeiro palestiniano, onde dois milhões de pessoas vivem em condições humanitárias dramáticas.
Exigem também o direito dos mais de cinco milhões de refugiados palestinianos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.
O MPPM recorda que, em Março deste ano, uma missão de investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que, durante a repressão dos manifestantes da Grande Marcha do Retorno, «as forças israelitas cometeram violações de direitos que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade».
2019/10/28
O Maravilhoso Mundo da Diversidade
Não conheço o senhor mas achei especialmente interessante a fotografia de aceitável e cosmopolita diversidade revelada por algo tão prosaico como a forma de traduzir conteúdos televisionáveis. Viva o mundo, viva a diversidade, viva a humanidade em toda a sua variabilidade. Todos diferentes todos iguais.
Um português legenda, um espanhol dobra e um polaco faz o quê?
(Marco Neves, Sapo24, 2019/10/17)
Há muitos anos, ao tentar viajar pelo mundo sem sair do sofá, fiz uma descoberta surpreendente sobre a Polónia.
Um português legenda, um espanhol dobra e um polaco faz o quê?
(Marco Neves, Sapo24, 2019/10/17)
Há muitos anos, ao tentar viajar pelo mundo sem sair do sofá, fiz uma descoberta surpreendente sobre a Polónia.
2019/10/27
Não é religião, é a luta pelo poder do mercado
O neoliberalismo, também na sua versão de fascismo político, ataca tudo quanto mexe. Nem o Papa escapa, aliás desde o início do seu pontificado. Figuras como o ex-Papa Ratzinger, que fez carreira na instituição sucessora do Santo Ofício, o patrono fascista e chefe de campanha de Trump, Steve Bannon, o cardeal norte-americano Burke, a embaixadora dos Estados Unidos no Vaticano e o núncio do Vaticano nos Estados Unidos formam uma grande coligação cimentada por mecanismos fundamentalistas da seita Opus Dei. Chamam-lhe "guerra civil" na Igreja Católica, mas é muito mais do que isso. É a acção global contra os discursos que fogem à opinião única e que o Papa Francisco também profere muitas vezes. Não é religião, é a busca do poder total e absoluto do "mercado". (José Goulão - FaceBoook)
A Conspiração Para Minar o Papado de Francisco
(Wayne Madsen, MintPress News/O Lado Oculto, 2019/10/26)
A Conspiração Para Minar o Papado de Francisco
(Wayne Madsen, MintPress News/O Lado Oculto, 2019/10/26)
2019/10/26
Noticias Do Mundo Real - 2019/10/26
Para não naufragar na tempestade das conjunturas temos de nos agarrar à solidez rochosa dos valores humanistas: o direito à autodeterminação de um povo está ao mesmo nível dos direitos, deveres e liberdades de um ser humano. É tudo o que precisamos de saber para aceitar que os catalães têm direito a referendar a sua independência. Deixem-nos votar livremente e que vençam os justos. O direito à revolta contra a pobreza coloca-nos ao lado dos chilenos e dos equatorianos. Esta foi uma semana marcada pela revolta da América do Sul contra o mais desbragado capitalismo ultraliberal. Ao mesmo tempo, o Povo Boliviano elegeu pela quarta vez um presidente que colocou o seu país na rota de uma social-democracia a que as direitas se opõem com tentativas de golpe de estado. A nossa solidariedade é para com os povos boliviano e venezuelano que não aceitam o dictat ianqui do capital financeiro. Mas outras realidades foram completamente silenciadas pelos media corporativos, como o encontro de partidos comunistas que reuniu perto de 170 representantes de 78 partidos comunistas de todo o mundo, a desmontagem do apelo fascizante de reescrita histórica aprovado pelo parlamento europeu onde campeiam partidos claramente fascistas ou o extermínio do povo palestiniano ás mãos do estado terrorista israelita. Aqui ficam uma série de refer&ncias, noticias e opiniões para ler no fim de semana com destaque para a vitória de Evo Morales nas recentes eleições bolivianas.
Bolivia
É oficial: Evo Morales reeleito na Bolívia - O Tribunal Supremo Eleitoral anunciou a reeleição de Evo Morales para a presidência da Bolívia. A vantagem de Morales sobre o seu mais directo adversário alargou-se com o avanço do escrutínio.
Bolívia no impasse. Observadores destacam transparência - De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, até ao momento o candidato Evo Morales leva 10,02 pontos de vantagem sobre o adversário. Observadores internacionais assinalam a transparência do escrutínio.
Bolivia
É oficial: Evo Morales reeleito na Bolívia - O Tribunal Supremo Eleitoral anunciou a reeleição de Evo Morales para a presidência da Bolívia. A vantagem de Morales sobre o seu mais directo adversário alargou-se com o avanço do escrutínio.
Bolívia no impasse. Observadores destacam transparência - De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, até ao momento o candidato Evo Morales leva 10,02 pontos de vantagem sobre o adversário. Observadores internacionais assinalam a transparência do escrutínio.
2019/10/21
As #NoNews do Jornaleirismo Corporativo
O jornaleirismo corporativo impõe um regime de corporativismo censório a tudo o que não obedeça à agenda da (des)informação imposta pelas Agências de Informação Centralizadas. Cabe-nos a nós, insurrectos e insurreccionais cobrir o mundo com as noticias que eles censuram. Compare-se o que na América Latina está hoje a acontecer com as imagens que os caneiros televisivos usarão hoje mesmo para pintar o mundo com os tons da ideologia dominante.
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
2019/10/20
Não São Liberalistas São Mesmo Fascistas!
Contra os populismos que meteram os pés na porta
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/15)
Os desafios futuros para a esquerda, contra a tralha neoliberal e os populismos em marcha, não são fáceis. Há que lutar, contra todas as evidências, sabendo de ciência certa que a razão está do lado da esquerda mesmo.
Pela primeira vez três partidos, Livre, Iniciativa Liberal (IL) e Chega, meteram o pé na porta da Assembleia da República (AR), colocando um deputado cada e o outro, o PAN, que já tinha metido o pé na porta nas eleições anteriores elegendo um deputado, viu aumentada a sua representação para quatro deputados. A direita viu a sua presença na AR ampliada em número de partidos embora com menos 18 deputados do que tinha em 2015. As esquerdas, embora aumentassem o número de deputados em relação a 2015, mais dezasseis deputados, perderam quase 50 mil votantes, o que deve preocupar. Nestas contas direitas/esquerdas não entra o PAN que afirma não ser de direita nem de esquerda. Uma espécie de partido sem eira nem beira, de um oportunismo sem peias.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/15)
Os desafios futuros para a esquerda, contra a tralha neoliberal e os populismos em marcha, não são fáceis. Há que lutar, contra todas as evidências, sabendo de ciência certa que a razão está do lado da esquerda mesmo.
Pela primeira vez três partidos, Livre, Iniciativa Liberal (IL) e Chega, meteram o pé na porta da Assembleia da República (AR), colocando um deputado cada e o outro, o PAN, que já tinha metido o pé na porta nas eleições anteriores elegendo um deputado, viu aumentada a sua representação para quatro deputados. A direita viu a sua presença na AR ampliada em número de partidos embora com menos 18 deputados do que tinha em 2015. As esquerdas, embora aumentassem o número de deputados em relação a 2015, mais dezasseis deputados, perderam quase 50 mil votantes, o que deve preocupar. Nestas contas direitas/esquerdas não entra o PAN que afirma não ser de direita nem de esquerda. Uma espécie de partido sem eira nem beira, de um oportunismo sem peias.
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