2017/03/15

A Nova Comissão e as antigas vigarices

A propósito de mais uma tentativa de por num mesmo saco de gatos o centrão politico e outros partidos que a esse centrão têm feito frente, aqui ficam, m a i s u m a v e z, as necessárias referências que provam o contrário:

1. Aqui o PCP rejeita a privatização da CGD, total ou parcial, realça que as sucessivas administrações foram determinadas pelos governos do PS, PSD e CDS, nomeia vários dos "negócios" ruinosos para que o banco público foi empurrado por essas administrações como por exempo a venda da Caixa Seguros e HPP e a alienação de importantes posições na EDP, na ZON e na CIMPOR. Denuncia que quem hoje reclama o «apuramento das razões e dimensão dos montantes de recapitalização são os que determinaram que perante o desmoronamento da banca privada, o banco público, ou seja a Caixa, fosse chamado a um conjunto de operações financeiras com o objectivo do Estado e dos recursos públicos se substituírem aos accionistas privados na resolução dos muitos problemas causados por uma gestão danosa de que são responsáveis, de que é exemplo o BPN. Os que hoje reclamam pelo apuramento das razões e dimensão dos montantes de recapitalização são os que expuseram a CGD a entidades como a Parvalorem SA, a Parups SA, e Participações SGPS no valor de 2.100 milhões de Euros de obrigações subscritas e 1.000 milhões de Euros de papel comercial»

2. Aqui o secretário geral do PCP faz notar que «Muitos dos problemas da Caixa resultam das opções das administrações e de sucessivos governos do PS, do PSD e do CDS.»

3. Aqui o PCP faz uma análise dos casos BES/GES e Baniff salientando que «O caso do Banco Espírito Santo e do Grupo Espírito Santo, é um dos que, como poucos, reúne com tanta clareza o conjunto de aspectos que resultam do funcionamento do sistema financeiro em capitalismo, desde o funcionamento interno do banco e do grupo, às suas relações com o chamado sistema de supervisão, passando pela sua relação com o tecido económico onde actua e onde tem interesses. O rol de ilegalidades cometidas impunemente, os ricos fabricados pela evasão fiscal e pela concessão de crédito sem garantias e a sucessão de operações cobertas pelas regras da política de direita levaram ao colapso de um grupo económico e financeiro que, só pela sua dimensão, representava uma ameaça para a estabilidade do sistema financeiro. A proposta do PCP para a constituição da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES e de todo o Grupo Espírito Santo permitiu uma percepção pública sobre a realidade do mundo do capital financeiro, bem como sobre o comportamento e funcionamento do interior de um grupo monopolista que foi, durante décadas, alimentado pelos próprios governos, fazendo uso de instrumentos do Estado.»

4. E para terminar porque este escrito já vai longo, aqui fica mais uma razão para o PCP exigir o controlo público da banca, também porque, como dizia o BE num cartaz: a banca é demasiado importante para ser deixada nas mãos de banqueiros.

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