«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
2024/09/06
2024/09/02
Africa 1878-1914
Para memória futura aqui fica um mapa do colonialismo europeu em África por volta de 1914. Só para argumentar quando os racistas me vierem com a conversa do "Ah África e tal, é só miséria e ditadores e tal". Quem terá deixado esse continente nesse estado?
2024/08/29
2024/08/25
Ainda sobre a forma como a NA(zi)TO usa o nazismo
O Nazismo Ucraniano Reanimado e Agora Apresentado Como Democrático - Uma Velha História
(Carlos Matos Gomes, Facebroncas)
Estava a ver na SIC Notícias um programa de catequese a propósito guerra na Ucrânia. Não refiro os intervenientes por não serem relevantes. Os catequistas repetem o catecismo. E o catecismo é que na Ucrânia se está a defender a democracia, a liberdade. São catequistas de leituras recentes. O nazismo na Ucrânia é tão antigo foi tão violento como o da Alemanha. Não consta que o nazismo tivesse defendido a democracia e a liberdade… Mas é o que corre por aí.
O nazismo ucraniano nasceu com o nazismo e sobreviveu ao nazismo. Eu conheço as técnicas de contrapropaganda e de propaganda negra. Uma delas é descredibilizar os que desmontam as verdades convenientes. Quanto à Ucrânia todos os que afirmam e demonstram que o regime de Zelenski foi criado pelos Estados Unidos dentro da sua estratégia de domínio da Eurásia e levado a cabo por uma sua funcionária superior Vitória Nuland (Fuck EU) que organizou a revolta da Praça Maidan, tendo como tropa de choque os grupos nazis que nunca desapareceram são apresentados como putinistas. Assim como os que afirmam que o Estado de Israel é terrorista e sionista e que o seu objetivo é eliminar todos os palestinianos são expostos como antissemitas.
Um velho livro que encontrei nas minhas desarrumações, L’ Orquestre Noir, de Frédéric Laurent, antigo jornalista do Libération, editado em 1978, quando não havia Putin, mas Brejnev, não existia a Rússia, mas a União Soviética, contém um capitulo dedicado à extrema direita europeia e ao modo como os aliados recuperaram os nazis ucranianos, trazendo-os para a Alemanha para integrarem os seus serviços de informações e os exércitos secretos para combater a então União Soviética.
“ Imediatamente após o final da Segunda Guerra, com a intenção de evitar a propaganda e as infiltrações comunistas nos campos de refugiados da Áustria e da Alemanha onde se encontravam milhões de pessoas, os serviços de contraespionagem dos Estados Unidos recrutaram em 1946 os efetivos da Organização dos Nacionalistas Ucranianos para controlar e eventualmente liquidar suspeitos. Esta ação recebeu o nome de código de Operação Ohio.
Quem eram os novos defensores do Mundo Livre? Um grupo de extremistas criado em 1929 e que desde 1938 colaborava com os nazis. Tinha feito parte em 1941 de dois batalhões ucranianos « Nachtingale » e «Roland» que sob o comando da Wehrmacht desempenharam um papel importante na invasão da União Soviética. Distinguiram-se por numerosos massacres de judeus e comunistas.
Será com a mesma eficácia com que haviam servido os nazis que os membros da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (Organisation of Ukrainian Nationalists (OUN)) vão cumprir as missões atribuídas pelos americanos, eliminando os seus adversários tidos por progressistas, incluindo moderados julgados como tendo ideias progressistas. Estas eliminações eram sobretudo realizadas pela Sluzhba Bespeky (SB), a polícia secreta da OUN que tinha uma organização idêntica aos serviços de segurança nazis.
A ligação entre os americanos e a SB foi estabelecida pelo capelão do batalhão Nachtingale, de nome Ivan Grinyokh, condecorado com a Cruz de Ferro nazi e que havia trabalhado para a Gestapo.
Segundo uma investigação realizada pelo jornal nova-iorquino Daily News, estima-se entre os quinhentos e os dois mil os criminosos de guerra europeus. Joshua Eileberg, ao tempo presidente da subcomissão da imigração da Câmara de Representantes explicou a impunidade que gozaram nos Estados Unidos:
«O serviço de imigração e o Ministério da Justiça, de que depende, interessavam-se principalmente pelos comunistas e também não queríamos criar conflitos com a Alemanha que fornecera os criminosos que haviam tomado parte nos genocídios sem precedentes na história.»
Outra das razões para impunidade dos nazis é que muitos destes criminosos de guerra eram utilizados durante a guerra fria pelos serviços secretos americanos, como Edgar Laipeniks, antigo agente letão que a CIA empregou nos anos 60, ou Vilis Haznurs, acusado de ter massacrado centenas de judeus em Riga, em 1941, e que a CIA empregou nas emissões da Rádio Livre
A Operação Ohio ilustra uma das principais razões pela qual o fascismo não se extinguiu com o nazismo. Como candidamente revela a história oficial do Pentágono: «Apesar de isso não aparecer nas diretivas oficiais, o serviço de contra espionagem das forças armadas dos Estados Unidos compreendeu rapidamente que a sua missão primária de desnazificação seria substituído pelo problema soviético.» Em menos de um ano aqueles que tinham sido os primeiros a descobrir o horror dos campos de concentração integravam a seu lado os autores, os nazis e os fascistas contra os soviéticos .
Esta inversão de situações enquadrava-se na prioridade de Winston Churchill (que apenas se preocupara com o nazismo como ameaça de ataque a Inglaterra e jamais com a sua ideologia racista e totalitária — que ele saudou como um bom sistema em conversações com Mussolini — ao cunhar a expressão «Cortina de Ferro», que era de facto um ameaça ao capitalismo, à desigualdade social, o regime de privilégios, o sistema financeiro dominado pelo FED, a Reserva Federal Americana e o dólar.
O nazismo ucraniano é antigo e persistente, está impregnado na sociedade e no aparelho de Estado e veio à superfície logo que os Estados Unidos criaram as condições para que ele se pudesse manifestar, criando um veículo que foi Zelenski. O processo de recuperação dos nazis ucranianos para a “nova democracia” amiga do Ocidente, candidata à NATO e à União Europeia segue exatamente o mesmo caminho - o aproveitamento dos nazis como agentes contra os inimigos russos - que foi percorrido logo após o final da Segunda Guerra. A questão não é pois a de defesa de liberdade e democracia, é de ter tropas sem escrúpulos para executar ações criminosas à margem do controlo das opiniões públicas e sem legitimidade que os Estados entendem levar a cabo.
Para os que lêem francês aqui ficam os scans de algumas páginas. A propósito, o diabo não é diabo por ser mau, é por ser velho. A história que sai das máquinas da Bimby não sabe de onde vêem as coisas e por isso as apresenta como novidades acabas de cozinhar.
(Carlos Matos Gomes, Facebroncas)
Estava a ver na SIC Notícias um programa de catequese a propósito guerra na Ucrânia. Não refiro os intervenientes por não serem relevantes. Os catequistas repetem o catecismo. E o catecismo é que na Ucrânia se está a defender a democracia, a liberdade. São catequistas de leituras recentes. O nazismo na Ucrânia é tão antigo foi tão violento como o da Alemanha. Não consta que o nazismo tivesse defendido a democracia e a liberdade… Mas é o que corre por aí.
O nazismo ucraniano nasceu com o nazismo e sobreviveu ao nazismo. Eu conheço as técnicas de contrapropaganda e de propaganda negra. Uma delas é descredibilizar os que desmontam as verdades convenientes. Quanto à Ucrânia todos os que afirmam e demonstram que o regime de Zelenski foi criado pelos Estados Unidos dentro da sua estratégia de domínio da Eurásia e levado a cabo por uma sua funcionária superior Vitória Nuland (Fuck EU) que organizou a revolta da Praça Maidan, tendo como tropa de choque os grupos nazis que nunca desapareceram são apresentados como putinistas. Assim como os que afirmam que o Estado de Israel é terrorista e sionista e que o seu objetivo é eliminar todos os palestinianos são expostos como antissemitas.
Um velho livro que encontrei nas minhas desarrumações, L’ Orquestre Noir, de Frédéric Laurent, antigo jornalista do Libération, editado em 1978, quando não havia Putin, mas Brejnev, não existia a Rússia, mas a União Soviética, contém um capitulo dedicado à extrema direita europeia e ao modo como os aliados recuperaram os nazis ucranianos, trazendo-os para a Alemanha para integrarem os seus serviços de informações e os exércitos secretos para combater a então União Soviética.
“ Imediatamente após o final da Segunda Guerra, com a intenção de evitar a propaganda e as infiltrações comunistas nos campos de refugiados da Áustria e da Alemanha onde se encontravam milhões de pessoas, os serviços de contraespionagem dos Estados Unidos recrutaram em 1946 os efetivos da Organização dos Nacionalistas Ucranianos para controlar e eventualmente liquidar suspeitos. Esta ação recebeu o nome de código de Operação Ohio.
Quem eram os novos defensores do Mundo Livre? Um grupo de extremistas criado em 1929 e que desde 1938 colaborava com os nazis. Tinha feito parte em 1941 de dois batalhões ucranianos « Nachtingale » e «Roland» que sob o comando da Wehrmacht desempenharam um papel importante na invasão da União Soviética. Distinguiram-se por numerosos massacres de judeus e comunistas.
Será com a mesma eficácia com que haviam servido os nazis que os membros da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (Organisation of Ukrainian Nationalists (OUN)) vão cumprir as missões atribuídas pelos americanos, eliminando os seus adversários tidos por progressistas, incluindo moderados julgados como tendo ideias progressistas. Estas eliminações eram sobretudo realizadas pela Sluzhba Bespeky (SB), a polícia secreta da OUN que tinha uma organização idêntica aos serviços de segurança nazis.
A ligação entre os americanos e a SB foi estabelecida pelo capelão do batalhão Nachtingale, de nome Ivan Grinyokh, condecorado com a Cruz de Ferro nazi e que havia trabalhado para a Gestapo.
Segundo uma investigação realizada pelo jornal nova-iorquino Daily News, estima-se entre os quinhentos e os dois mil os criminosos de guerra europeus. Joshua Eileberg, ao tempo presidente da subcomissão da imigração da Câmara de Representantes explicou a impunidade que gozaram nos Estados Unidos:
«O serviço de imigração e o Ministério da Justiça, de que depende, interessavam-se principalmente pelos comunistas e também não queríamos criar conflitos com a Alemanha que fornecera os criminosos que haviam tomado parte nos genocídios sem precedentes na história.»
Outra das razões para impunidade dos nazis é que muitos destes criminosos de guerra eram utilizados durante a guerra fria pelos serviços secretos americanos, como Edgar Laipeniks, antigo agente letão que a CIA empregou nos anos 60, ou Vilis Haznurs, acusado de ter massacrado centenas de judeus em Riga, em 1941, e que a CIA empregou nas emissões da Rádio Livre
A Operação Ohio ilustra uma das principais razões pela qual o fascismo não se extinguiu com o nazismo. Como candidamente revela a história oficial do Pentágono: «Apesar de isso não aparecer nas diretivas oficiais, o serviço de contra espionagem das forças armadas dos Estados Unidos compreendeu rapidamente que a sua missão primária de desnazificação seria substituído pelo problema soviético.» Em menos de um ano aqueles que tinham sido os primeiros a descobrir o horror dos campos de concentração integravam a seu lado os autores, os nazis e os fascistas contra os soviéticos .
Esta inversão de situações enquadrava-se na prioridade de Winston Churchill (que apenas se preocupara com o nazismo como ameaça de ataque a Inglaterra e jamais com a sua ideologia racista e totalitária — que ele saudou como um bom sistema em conversações com Mussolini — ao cunhar a expressão «Cortina de Ferro», que era de facto um ameaça ao capitalismo, à desigualdade social, o regime de privilégios, o sistema financeiro dominado pelo FED, a Reserva Federal Americana e o dólar.
O nazismo ucraniano é antigo e persistente, está impregnado na sociedade e no aparelho de Estado e veio à superfície logo que os Estados Unidos criaram as condições para que ele se pudesse manifestar, criando um veículo que foi Zelenski. O processo de recuperação dos nazis ucranianos para a “nova democracia” amiga do Ocidente, candidata à NATO e à União Europeia segue exatamente o mesmo caminho - o aproveitamento dos nazis como agentes contra os inimigos russos - que foi percorrido logo após o final da Segunda Guerra. A questão não é pois a de defesa de liberdade e democracia, é de ter tropas sem escrúpulos para executar ações criminosas à margem do controlo das opiniões públicas e sem legitimidade que os Estados entendem levar a cabo.
Para os que lêem francês aqui ficam os scans de algumas páginas. A propósito, o diabo não é diabo por ser mau, é por ser velho. A história que sai das máquinas da Bimby não sabe de onde vêem as coisas e por isso as apresenta como novidades acabas de cozinhar.
Nachtigall, batalhão hitleriano da NATO
Nachtigall, batalhão hitleriano da NATO
(José Goulão, AbrilAbril, 2024.08.19)
Um simples raciocínio aristotélico revela-nos que a NATO recorre ao nazi-fascismo como parte do seu arsenal de metodologias para tentar governar o mundo, preservar a ordem totalitária «baseada em regras».
(José Goulão, AbrilAbril, 2024.08.19)
Um simples raciocínio aristotélico revela-nos que a NATO recorre ao nazi-fascismo como parte do seu arsenal de metodologias para tentar governar o mundo, preservar a ordem totalitária «baseada em regras».
Nachtigall é o nome escolhido pelo 3.º Batalhão do 14.º regimento separado da Força Aérea Ucraniana que participa na invasão da Rússia iniciada em 6 de Agosto, uma operação que tinha como alvo – falhado – a destruição da central nuclear de Kursk. Se concretizado, seria mais um crime de guerra a somar à longa lista dos que devem ser assacados ao regime nazi-banderista ucraniano criado e pago desde 2014 pela NATO e a União Europeia.
O objectivo desta tentativa terrorista de causar uma tragédia humana de dimensões incalculáveis a partir dos arredores da pequena cidade de Kurchatov era de tal maneira estratégico para um exército ucraniano a desmoronar-se que, perante o falhanço, a junta de Kiev tentou substituí-lo pela destruição – ou pelo menos a desactivação catastrófica da central nuclear de Zaporizhia – a maior da Ucrânia e actualmente sob controlo russo. Os dois drones que atingiram exactamente o mesmo ponto do sistema de refrigeração – o que exclui automaticamente a hipótese de engano e de andarem à deriva – foram lançados por Kiev e quanto a isso não existem quaisquer dúvidas. Tanto mais que, estando a central sob controlo russo, a possibilidade de o ataque ter sido cometido pelas tropas de Moscovo só pode ser admitida por políticos e comentadores mentalmente transtornados ou viciados em mentiras sem pés nem cabeça destinadas a um vasto rebanho de acéfalos.
O objectivo prioritário do regime ucraniano parece ser o de provocar uma imensa tragédia nuclear com a esperança de que do caos emerja a sua sobrevivência. Uma estratégia de desespero, no que é acompanhado por sociopatas que, sob várias bandeiras, abundam no ventre da NATO.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), essa organização da ONU sofrendo de um viés nazi-banderista como a casa-mãe, parece andar ainda à procura dos responsáveis por estas acções desesperadas, em estado de negação perante as evidências, o que a deixa supor afectada por igual transtorno.
O batalhão Nachtigall faz questão de se distinguir, também para fins mediáticos, no quadro desta invasão ucraniana, fazendo cair pela base a já tão desvalorizada tese ocidental de que «na Ucrânia não há nazis».
Mais fidelidade nazi não existe
O objectivo desta tentativa terrorista de causar uma tragédia humana de dimensões incalculáveis a partir dos arredores da pequena cidade de Kurchatov era de tal maneira estratégico para um exército ucraniano a desmoronar-se que, perante o falhanço, a junta de Kiev tentou substituí-lo pela destruição – ou pelo menos a desactivação catastrófica da central nuclear de Zaporizhia – a maior da Ucrânia e actualmente sob controlo russo. Os dois drones que atingiram exactamente o mesmo ponto do sistema de refrigeração – o que exclui automaticamente a hipótese de engano e de andarem à deriva – foram lançados por Kiev e quanto a isso não existem quaisquer dúvidas. Tanto mais que, estando a central sob controlo russo, a possibilidade de o ataque ter sido cometido pelas tropas de Moscovo só pode ser admitida por políticos e comentadores mentalmente transtornados ou viciados em mentiras sem pés nem cabeça destinadas a um vasto rebanho de acéfalos.
O objectivo prioritário do regime ucraniano parece ser o de provocar uma imensa tragédia nuclear com a esperança de que do caos emerja a sua sobrevivência. Uma estratégia de desespero, no que é acompanhado por sociopatas que, sob várias bandeiras, abundam no ventre da NATO.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), essa organização da ONU sofrendo de um viés nazi-banderista como a casa-mãe, parece andar ainda à procura dos responsáveis por estas acções desesperadas, em estado de negação perante as evidências, o que a deixa supor afectada por igual transtorno.
O batalhão Nachtigall faz questão de se distinguir, também para fins mediáticos, no quadro desta invasão ucraniana, fazendo cair pela base a já tão desvalorizada tese ocidental de que «na Ucrânia não há nazis».
Mais fidelidade nazi não existe
Pois bem, o batalhão Nachtigall, integrado nas forças armadas ucranianas – e como tal uma peça militar reconhecida pelos comandos de Kiev e Bruxelas, com todas as suas características e simbologia – é a «ressurreição» da uma unidade com a mesma designação que no início dos anos quarenta do século passado integrou a Abwehr, o serviço de inteligência militar nazi, na ocasião comandado por Wilhelm Franz Canaris, durante as operações para exterminar a resistência soviética à invasão alemã iniciada nos territórios bielorrusso e ucraniano.
Conta-nos a História, não aquela ficção de cordel que continua a ser reescrita por «historiadores» ucranianos e de países da União Europeia – abençoada pelo Parlamento Europeu – que o batalhão Nachtigall caprichou no genocídio encomendado pelo regime nazi, de tal maneira que foram muitos os seus membros agraciados com medalhas de «heroísmo» do Terceiro Reich.
O batalhão Nachtigall, juntamente com o batalhão Roland, formaram a Legião Ucraniana sob comando alemão na pessoa de Theodor Oberländer, escolhido devido à sua especialidade em «psicologia étnica» e à sua arreigada defesa da «limpeza étnica da população polaca», uma vez que, dizia, «a Polónia tem oito milhões de habitantes a mais». Segundo Oberländer, «a étnica é a continuação da guerra por outros meios sob o manto da paz»; «o princípio insano do nacionalismo do Estado domina a região do Leste da Europa e combatê-lo é uma luta que continua com um objectivo: o extermínio».
A Legião Ucraniana ocupou-se em transformar as palavras do comandante alemão em realidade no território ucraniano da União Soviética, dirigida no terreno por Roman Shukhevych, uma figura que é hoje um deus para Zelensky e o seu regime, com o nome em ruas, praças e estádios, estátuas em sua honra e sepultura na zona dos «heróis da independência» num cemitério de Kiev. Jaz ao lado de Stepan Bandera e outros criminosos de guerra que inspiram a ideologia dominante – e única permitida – na Ucrânia «pura» de hoje, sustentada de todas as maneiras possíveis pela NATO e a União Europeia.
Dezenas de milhares de pessoas foram assassinadas durante as mais de 50 operações de extermínio conduzidas pelos batalhões Nachtigall e Roland: judeus, russos e outros cidadãos soviéticos, principalmente ucranianos, polacos, húngaros e de muitas outras origens numa sociedade com grande riqueza multiétnica como era a Ucrânia Soviética desses dias. No ano de 1941, Bandera e os seus pares proclamaram a independência da Ucrânia em Lvov, sob protecção da Alemanha nazi – que estaria contra essa opção, de acordo com absurdas teses históricas agora muito em voga; o presidente designado foi outro criminoso de guerra: Yaroslav Stetsko, igualmente venerado pelo regime actual.
Em grande parte das acções de extermínio, os batalhões da Legião Ucraniana tiveram a colaboração alemã directa do Einsatzgruppen, que se ocupou preferencialmente da liquidação dos judeus; Bandera e os seus pares preferiam acabar com os polacos, os húngaros e os soviéticos. No entanto, Stetsko era considerado «um proeminente tenente de Bandera e um extremista antissemita».
Quando ao comandante Shukhevych, à cabeça do batalhão Nachtigall, deixou o seu nome directamente associado ao sangrento massacre de Galícia-Volínia, ao «massacre dos professores» de Lvov e aos fuzilamentos em massa realizados em Vinnytsia, em Julho de 1941.
Os batalhões Nachtigall e Roland acabaram por fundir-se, igualmente sob tutela nazi, na Organização Nacionalista Ucraniana (OUN), cuja facção de Bandera, OUN-B, ficou sob o comando do mesmo Shukhevych; e no Exército Insurgente Ucraniano (UPA). Ambos os grupos terroristas foram considerados os «embriões» do futuro exército ucraniano.
E o «futuro» exército ucraniano, como o de hoje, tem igualmente o seu Batalhão Nachtigall, sob a mesma bandeira de serviço a Hitler: uma águia imperial em fundo negro e ostentando um tridente ucraniano no corpo.
Não é difícil deduzir que a escolha desse nome para uma unidade do exército ucraniano traduz em linha recta a fidelidade ao ideário nazi, dotado com a componente ucraniana inspirada em Stepan Bandera e outros criminosos de guerra seus companheiros.
Quanto ao mentor «psico-étnico» alemão deste eficaz aparelho de extermínio, Theodor Oberländer, acabou tranquilamente os seus dias em Bona, já em 1991, como activista anti-imigração; tornou-se genericamente conhecido como «cientista» e nunca foi julgado pelo passado nazi, «por falta de provas» e ser alvo de «velhas mentiras soviéticas». Antes disso, mas em pleno pós-guerra, fora ministro federal para as Pessoas Deslocadas, Refugiados e Vítimas da Guerra de 1953 a 1960 e membro do Bundestag (Parlamento Alemão ocidental) de 1953 a 1961 e de 1963 a 1965. Enfim, uma carreira nazi reciclada em modos «científico» e político ao serviço do «bem comum» ocidental, dos «nossos valores», da «nossa civilização contra a barbárie».
Não é novo, é mais evidente
Conta-nos a História, não aquela ficção de cordel que continua a ser reescrita por «historiadores» ucranianos e de países da União Europeia – abençoada pelo Parlamento Europeu – que o batalhão Nachtigall caprichou no genocídio encomendado pelo regime nazi, de tal maneira que foram muitos os seus membros agraciados com medalhas de «heroísmo» do Terceiro Reich.
O batalhão Nachtigall, juntamente com o batalhão Roland, formaram a Legião Ucraniana sob comando alemão na pessoa de Theodor Oberländer, escolhido devido à sua especialidade em «psicologia étnica» e à sua arreigada defesa da «limpeza étnica da população polaca», uma vez que, dizia, «a Polónia tem oito milhões de habitantes a mais». Segundo Oberländer, «a étnica é a continuação da guerra por outros meios sob o manto da paz»; «o princípio insano do nacionalismo do Estado domina a região do Leste da Europa e combatê-lo é uma luta que continua com um objectivo: o extermínio».
A Legião Ucraniana ocupou-se em transformar as palavras do comandante alemão em realidade no território ucraniano da União Soviética, dirigida no terreno por Roman Shukhevych, uma figura que é hoje um deus para Zelensky e o seu regime, com o nome em ruas, praças e estádios, estátuas em sua honra e sepultura na zona dos «heróis da independência» num cemitério de Kiev. Jaz ao lado de Stepan Bandera e outros criminosos de guerra que inspiram a ideologia dominante – e única permitida – na Ucrânia «pura» de hoje, sustentada de todas as maneiras possíveis pela NATO e a União Europeia.
Dezenas de milhares de pessoas foram assassinadas durante as mais de 50 operações de extermínio conduzidas pelos batalhões Nachtigall e Roland: judeus, russos e outros cidadãos soviéticos, principalmente ucranianos, polacos, húngaros e de muitas outras origens numa sociedade com grande riqueza multiétnica como era a Ucrânia Soviética desses dias. No ano de 1941, Bandera e os seus pares proclamaram a independência da Ucrânia em Lvov, sob protecção da Alemanha nazi – que estaria contra essa opção, de acordo com absurdas teses históricas agora muito em voga; o presidente designado foi outro criminoso de guerra: Yaroslav Stetsko, igualmente venerado pelo regime actual.
Em grande parte das acções de extermínio, os batalhões da Legião Ucraniana tiveram a colaboração alemã directa do Einsatzgruppen, que se ocupou preferencialmente da liquidação dos judeus; Bandera e os seus pares preferiam acabar com os polacos, os húngaros e os soviéticos. No entanto, Stetsko era considerado «um proeminente tenente de Bandera e um extremista antissemita».
Quando ao comandante Shukhevych, à cabeça do batalhão Nachtigall, deixou o seu nome directamente associado ao sangrento massacre de Galícia-Volínia, ao «massacre dos professores» de Lvov e aos fuzilamentos em massa realizados em Vinnytsia, em Julho de 1941.
Os batalhões Nachtigall e Roland acabaram por fundir-se, igualmente sob tutela nazi, na Organização Nacionalista Ucraniana (OUN), cuja facção de Bandera, OUN-B, ficou sob o comando do mesmo Shukhevych; e no Exército Insurgente Ucraniano (UPA). Ambos os grupos terroristas foram considerados os «embriões» do futuro exército ucraniano.
E o «futuro» exército ucraniano, como o de hoje, tem igualmente o seu Batalhão Nachtigall, sob a mesma bandeira de serviço a Hitler: uma águia imperial em fundo negro e ostentando um tridente ucraniano no corpo.
Não é difícil deduzir que a escolha desse nome para uma unidade do exército ucraniano traduz em linha recta a fidelidade ao ideário nazi, dotado com a componente ucraniana inspirada em Stepan Bandera e outros criminosos de guerra seus companheiros.
Quanto ao mentor «psico-étnico» alemão deste eficaz aparelho de extermínio, Theodor Oberländer, acabou tranquilamente os seus dias em Bona, já em 1991, como activista anti-imigração; tornou-se genericamente conhecido como «cientista» e nunca foi julgado pelo passado nazi, «por falta de provas» e ser alvo de «velhas mentiras soviéticas». Antes disso, mas em pleno pós-guerra, fora ministro federal para as Pessoas Deslocadas, Refugiados e Vítimas da Guerra de 1953 a 1960 e membro do Bundestag (Parlamento Alemão ocidental) de 1953 a 1961 e de 1963 a 1965. Enfim, uma carreira nazi reciclada em modos «científico» e político ao serviço do «bem comum» ocidental, dos «nossos valores», da «nossa civilização contra a barbárie».
Não é novo, é mais evidente
O Nachtigall é um batalhão nazi do exército ucraniano e usa nas suas fardas a simbologia dos seus antepassados integrados nas tropas hitlerianas. Ora, o Nachtigall combate com armas da NATO, é orientado no terreno pelos avançados meios electrónicos e de localização da NATO, é financiado pela NATO, apoiado politicamente pela NATO, nasceu e age como um instrumento da NATO ao serviço dos interesses terroristas e expansionistas da NATO. Logo, na prática, é um batalhão nazi da NATO. Os formalismos de linguagem são inúteis neste caso.
Acresce que, ao contrário do que é usual dizer-se a propósito da extrema-direita e dos nacionalismos que percorrem a Europa, o Nachtigall e os bandos do mesmo tipo não são neonazis nem neofascistas, conceitos demasiado vagos para lhes associar comportamentos e acções retintamente nazis, próprias do nazi-fascismo original. São nazis puros e duros, neste caso particularizados pelo banderismo.
Acresce que, ao contrário do que é usual dizer-se a propósito da extrema-direita e dos nacionalismos que percorrem a Europa, o Nachtigall e os bandos do mesmo tipo não são neonazis nem neofascistas, conceitos demasiado vagos para lhes associar comportamentos e acções retintamente nazis, próprias do nazi-fascismo original. São nazis puros e duros, neste caso particularizados pelo banderismo.
Situação análoga verifica-se com a corrente sionista, hoje largamente dominante, e que emana do nazi-fascismo inspirador dos grupos terroristas sionistas fiéis à ideologia de Volodimyr Jabotinsky – por sinal de origem ucraniana – um deus para o governo e a classe política do Estado de Israel.
Um simples raciocínio aristotélico revela-nos que a NATO recorre ao nazi-fascismo como parte do seu arsenal de metodologias para tentar governar o mundo, preservar a ordem totalitária «baseada em regras», expandir-se muito para lá do Atlântico Norte, impôr uma «civilização» militar, cultural, colonial e imperial a todos os povos do mundo.
E fá-lo, nunca é demais insistir, em nome da «democracia», dos «direitos humanos», do «direito internacional» – a que não se submete – e dos valores mais nobres da humanidade, aviltando-os sem pudor.
A NATO e, por extensão, a União Europeia e os governos dos Estados-membros desta aliança com duas faces recorrem assim ao nazi-fascismo sem o assumir e dizendo até combatê-lo, com uma hipocrisia que nem admite contraditório enquanto constrangem os direitos de expressão e de opinião, muletas indispensáveis, no entanto, dos seus discursos mecânicos, insensíveis e mentirosos. A NATO e a União Europeia, por definição, desprezam as pessoas enquanto asseguram agir em seu nome não hesitando em recorrer ao nazismo e ao fascismo – responsáveis pelo sacrifício de milhões de seres humanos.
Uma história que nunca renegou o fascismo
Um simples raciocínio aristotélico revela-nos que a NATO recorre ao nazi-fascismo como parte do seu arsenal de metodologias para tentar governar o mundo, preservar a ordem totalitária «baseada em regras», expandir-se muito para lá do Atlântico Norte, impôr uma «civilização» militar, cultural, colonial e imperial a todos os povos do mundo.
E fá-lo, nunca é demais insistir, em nome da «democracia», dos «direitos humanos», do «direito internacional» – a que não se submete – e dos valores mais nobres da humanidade, aviltando-os sem pudor.
A NATO e, por extensão, a União Europeia e os governos dos Estados-membros desta aliança com duas faces recorrem assim ao nazi-fascismo sem o assumir e dizendo até combatê-lo, com uma hipocrisia que nem admite contraditório enquanto constrangem os direitos de expressão e de opinião, muletas indispensáveis, no entanto, dos seus discursos mecânicos, insensíveis e mentirosos. A NATO e a União Europeia, por definição, desprezam as pessoas enquanto asseguram agir em seu nome não hesitando em recorrer ao nazismo e ao fascismo – responsáveis pelo sacrifício de milhões de seres humanos.
Uma história que nunca renegou o fascismo
É um facto histórico que a NATO, desde a origem, nunca rejeitou o know-how, a experiência e metodologias comportamentais do nazi-fascismo. Os nomes das figuras de proa hitlerianas e mussolinianas branqueadas sem qualquer avaliação do seu passado próximo para servirem o processo de criação e enraizamento da NATO, e da própria União Europeia, integram um rol que pode e deve ser um indispensável libelo acusatório contra o percurso de três quartos de século daquilo a que hoje se chama «democracia liberal». Afinal o regime de sonho da selvajaria económica neoliberal.
A NATO, também nunca é demais lembrá-lo, nasceu com o fascismo no seu bojo, através da presença do Estado Novo salazarista. Recorreu, década após década, a organizações terroristas clandestinas, como a Gladio, em nada distinguíveis em termos ideológicos e comportamentais – o banditismo – de gangues que alimenta e utiliza, sem o assumir, como o Nachtigall, o Azov, os cumpridores da prática sionista, a al-Qaida e os seus incontáveis heterónimos, o crime organizado sob a forma de extremismos religiosos, políticos e até disfarçados de «causas sociais» tão falsas como manipuladoras. Um complexo sistema de terror, dominação, expansão e controlo político e social, mental e cultural, sob uma tentação ditatorial policiada e militarizada.
Haverá sempre quem esteja disposto a dizer que os casos como o do Nachtigall são isolados e não podem entorpecer apoios «fraternos e solidários» como os que o Ocidente dedica ao regime ucraniano, que aliás fez nascer sob a metodologia de golpe de Estado, tão do gosto de instituições ocidentais como a NATO e a União Europeia, sejam elas «coloridas» ou sob a cor única do sangue humano. Se uma andorinha não faz a Primavera, como tanto se repete, um «rouxinol», animal que corresponde ao termo alemão Nachtigall, também não pode ensombrar as organizações acima de qualquer suspeita instaladas em Bruxelas, que a «democracia liberal» não obriga a submeter-se ao sufrágio popular.
Sabemos bem que este argumento segundo o qual as manifestações «de neonazismo» ucraniano não passam de casos isolados – tão querido de telejornais e correlativos, bem-falantes ou rascas, com a finesse da «referência» ou o pimba da vulgaridade popularucha, temperado ou não com venturismo – faz o seu caminho graças ao monstruoso aparelho de manipulação social que tenta esmagar-nos o pensamento.
«Sabemos bem que este argumento segundo o qual as manifestações "de neonazismo" ucraniano não passam de casos isolados – tão querido de telejornais e correlativos, bem-falantes ou rascas, com a finesse da "referência" ou o pimba da vulgaridade popularucha, temperado ou não com venturismo – faz o seu caminho graças ao monstruoso aparelho de manipulação social que tenta esmagar-nos o pensamento.»
Podemos, porém, aprofundar o assunto e assinalar o valioso e utilíssimo trabalho que a NATO fez e faz ao assessorar, financiar, armar e treinar técnica e operacionalmente o movimento Azov, o expoente do nazi-banderismo na Ucrânia. O Movimento Azov começou por ser uma organização político-policial nascida da múltipla descendência do Partido Nacional-Social da Ucrânia e do movimento Svoboda; teve (e tem) também como base ideológica o nacionalismo ucraniano sob a forma de nazismo no quadro da inserção de grupos armados, como o Nachtigall, nas hordas hitlerianas; e, em termos de líderes, o Azov idolatra as figuras de Stepan Bandera e Roman Shukhevych; actualmente, o ideólogo do grupo e de toda a estratégia da «Ucrânia pura» é o chamado «führer branco», Andriy Biletsky, cuja ambição é «dirigir as raças brancas na cruzada final contra o mundo governado pelos semitas», frase que hoje diz que não disse – «outros» quiseram tramá-lo. No entanto, as suas teses racistas em livro são ensinadas nas escolas ucranianas e nos «campos de férias», nos quais crianças e adolescentes, apenas ucranianos considerados «puros», recebem preparação militar e treinam o manuseio de armas de guerra.
Depois do golpe ocidental de Maidan, o movimento Azov ganhou rapidamente relevância. E de milícia de bandidos banderistas policiando as ruas das grandes cidades transformou-se em corpo autónomo da Guarda Nacional e, pouco tempo depois, em pilar estratégico e de doutrinação política das forças armadas ucranianas.
Hoje, depois da acção empenhada da NATO, um complexo universo de unidades militares sob a designação Azov tem um papel fundamental na organização, opções e acções das tropas ucranianas. Essa teia integra, entre outras unidades, o 98.º Batalhão de Defesa Territorial Azov-Dnipro; o 225.º e o 226.º batalhões de reconhecimento de Kharkov; a Companhia de Tanques Azov, com papel primordial na defesa de Kharkov; as unidades Azov Prykarpattia e Poltava; o Regimento Kraken, uma unidade de forças especiais dos serviços de inteligência militar; a Unidade Separada Lubart, na Volynia; e a 72.ª Brigada Mecanizada do Exército Ucraniano.
Para prestígio da «nossa civilização»
A NATO, também nunca é demais lembrá-lo, nasceu com o fascismo no seu bojo, através da presença do Estado Novo salazarista. Recorreu, década após década, a organizações terroristas clandestinas, como a Gladio, em nada distinguíveis em termos ideológicos e comportamentais – o banditismo – de gangues que alimenta e utiliza, sem o assumir, como o Nachtigall, o Azov, os cumpridores da prática sionista, a al-Qaida e os seus incontáveis heterónimos, o crime organizado sob a forma de extremismos religiosos, políticos e até disfarçados de «causas sociais» tão falsas como manipuladoras. Um complexo sistema de terror, dominação, expansão e controlo político e social, mental e cultural, sob uma tentação ditatorial policiada e militarizada.
Haverá sempre quem esteja disposto a dizer que os casos como o do Nachtigall são isolados e não podem entorpecer apoios «fraternos e solidários» como os que o Ocidente dedica ao regime ucraniano, que aliás fez nascer sob a metodologia de golpe de Estado, tão do gosto de instituições ocidentais como a NATO e a União Europeia, sejam elas «coloridas» ou sob a cor única do sangue humano. Se uma andorinha não faz a Primavera, como tanto se repete, um «rouxinol», animal que corresponde ao termo alemão Nachtigall, também não pode ensombrar as organizações acima de qualquer suspeita instaladas em Bruxelas, que a «democracia liberal» não obriga a submeter-se ao sufrágio popular.
Sabemos bem que este argumento segundo o qual as manifestações «de neonazismo» ucraniano não passam de casos isolados – tão querido de telejornais e correlativos, bem-falantes ou rascas, com a finesse da «referência» ou o pimba da vulgaridade popularucha, temperado ou não com venturismo – faz o seu caminho graças ao monstruoso aparelho de manipulação social que tenta esmagar-nos o pensamento.
«Sabemos bem que este argumento segundo o qual as manifestações "de neonazismo" ucraniano não passam de casos isolados – tão querido de telejornais e correlativos, bem-falantes ou rascas, com a finesse da "referência" ou o pimba da vulgaridade popularucha, temperado ou não com venturismo – faz o seu caminho graças ao monstruoso aparelho de manipulação social que tenta esmagar-nos o pensamento.»
Podemos, porém, aprofundar o assunto e assinalar o valioso e utilíssimo trabalho que a NATO fez e faz ao assessorar, financiar, armar e treinar técnica e operacionalmente o movimento Azov, o expoente do nazi-banderismo na Ucrânia. O Movimento Azov começou por ser uma organização político-policial nascida da múltipla descendência do Partido Nacional-Social da Ucrânia e do movimento Svoboda; teve (e tem) também como base ideológica o nacionalismo ucraniano sob a forma de nazismo no quadro da inserção de grupos armados, como o Nachtigall, nas hordas hitlerianas; e, em termos de líderes, o Azov idolatra as figuras de Stepan Bandera e Roman Shukhevych; actualmente, o ideólogo do grupo e de toda a estratégia da «Ucrânia pura» é o chamado «führer branco», Andriy Biletsky, cuja ambição é «dirigir as raças brancas na cruzada final contra o mundo governado pelos semitas», frase que hoje diz que não disse – «outros» quiseram tramá-lo. No entanto, as suas teses racistas em livro são ensinadas nas escolas ucranianas e nos «campos de férias», nos quais crianças e adolescentes, apenas ucranianos considerados «puros», recebem preparação militar e treinam o manuseio de armas de guerra.
Depois do golpe ocidental de Maidan, o movimento Azov ganhou rapidamente relevância. E de milícia de bandidos banderistas policiando as ruas das grandes cidades transformou-se em corpo autónomo da Guarda Nacional e, pouco tempo depois, em pilar estratégico e de doutrinação política das forças armadas ucranianas.
Hoje, depois da acção empenhada da NATO, um complexo universo de unidades militares sob a designação Azov tem um papel fundamental na organização, opções e acções das tropas ucranianas. Essa teia integra, entre outras unidades, o 98.º Batalhão de Defesa Territorial Azov-Dnipro; o 225.º e o 226.º batalhões de reconhecimento de Kharkov; a Companhia de Tanques Azov, com papel primordial na defesa de Kharkov; as unidades Azov Prykarpattia e Poltava; o Regimento Kraken, uma unidade de forças especiais dos serviços de inteligência militar; a Unidade Separada Lubart, na Volynia; e a 72.ª Brigada Mecanizada do Exército Ucraniano.
Para prestígio da «nossa civilização»
Já é tempo, perante a hecatombe de provas, de o Ocidente reconhecer e admitir que tem o nazi-fascismo no seu arsenal «civilizacional». O facto de organizações nazi-banderistas como o Nachtigall exibirem ostensivamente as raízes ideológicas hitlerianas deixa os seus patrocinadores e acólitos expostos como mentirosos incompetentes, uma situação confrangedora que nem o sofisticado aparelho de propaganda globalista consegue disfarçar.
Apesar disso, nada acontece para retirar a doutrina ocidental do beco sem saída a que a preservação desesperada dos interesses coloniais e imperiais a conduziram. A circunstância de estar desmontada e desmascarada, de fio a pavio, na fraternidade com o nazi-fascismo parece ser o menor dos seus males.
Afinal são dados históricos indesmentíveis que Bush e a NATO invadiram o Afeganistão e o Iraque em nome da «civilização» e contra a «barbárie»; que a Aliança Atlântica estuprou e assassinou Kaddafi à baioneta e devastou, eliminando-o como tal, um país como a Líbia porque a «civilização» não contemporiza com a «barbárie»; que é preciso hipotecar o presente e o futuro dos povos da Europa para que sobreviva o regime nazi-banderista de Kiev, de modo a que a «civilização» não seja subjugada pela «barbárie»; que a ilha secessionista e explorada à americana de Taiwan conserve o seu toque neoliberal e ocidental de modo a que a «civilização» não se extinga nos confins da Ásia e a abençoada ilha não se avilte na voragem da «barbárie» circundante; que, como todos os dias repete o chefe da «única democracia no Médio Oriente», Benjamin Netanyahu, a carnificina na Palestina e as desesperadas tentativas para que o Ocidente entre em guerra com o Irão assegurem a eternização da «civilização» naquela zona, cortando as vasas à «barbárie» que se apropriou dos nossos preciosos hidrocarbonetos e perturba a vertente do cristianismo encantada com o fascismo sionista.
Numa frase inspirada, tão sensível, romântica, genial e com aquela fina sensibilidade própria do humanismo ocidental, o inimitável Borrell, antes de substituído pela fascista Kallas, apelou-nos para que defendamos o «nosso jardim» da barbárie que o cerca.
Se o nazi-fascismo-banderismo-sionismo é um instrumento não só útil como essencial para o cumprimento eterno de tal objectivo, nós, os predestinados ocidentais, seríamos ingénuos, uns trouxas incuráveis se a ele não recorrêssemos.
Apesar disso, nada acontece para retirar a doutrina ocidental do beco sem saída a que a preservação desesperada dos interesses coloniais e imperiais a conduziram. A circunstância de estar desmontada e desmascarada, de fio a pavio, na fraternidade com o nazi-fascismo parece ser o menor dos seus males.
Afinal são dados históricos indesmentíveis que Bush e a NATO invadiram o Afeganistão e o Iraque em nome da «civilização» e contra a «barbárie»; que a Aliança Atlântica estuprou e assassinou Kaddafi à baioneta e devastou, eliminando-o como tal, um país como a Líbia porque a «civilização» não contemporiza com a «barbárie»; que é preciso hipotecar o presente e o futuro dos povos da Europa para que sobreviva o regime nazi-banderista de Kiev, de modo a que a «civilização» não seja subjugada pela «barbárie»; que a ilha secessionista e explorada à americana de Taiwan conserve o seu toque neoliberal e ocidental de modo a que a «civilização» não se extinga nos confins da Ásia e a abençoada ilha não se avilte na voragem da «barbárie» circundante; que, como todos os dias repete o chefe da «única democracia no Médio Oriente», Benjamin Netanyahu, a carnificina na Palestina e as desesperadas tentativas para que o Ocidente entre em guerra com o Irão assegurem a eternização da «civilização» naquela zona, cortando as vasas à «barbárie» que se apropriou dos nossos preciosos hidrocarbonetos e perturba a vertente do cristianismo encantada com o fascismo sionista.
Numa frase inspirada, tão sensível, romântica, genial e com aquela fina sensibilidade própria do humanismo ocidental, o inimitável Borrell, antes de substituído pela fascista Kallas, apelou-nos para que defendamos o «nosso jardim» da barbárie que o cerca.
Se o nazi-fascismo-banderismo-sionismo é um instrumento não só útil como essencial para o cumprimento eterno de tal objectivo, nós, os predestinados ocidentais, seríamos ingénuos, uns trouxas incuráveis se a ele não recorrêssemos.
2024/08/11
O Guaidó(zinho) III não apresentou recurso
Supremo Tribunal da Venezuela: Edmundo González ignorou a nossa ordem e não compareceu perante o tribunal
Os partidos que apoiaram Edmundo González não apresentaram recursos que remetessem para um ato de fraude ou qualquer outra informação que validasse a alegada vitória deste ex-candidato.
O Supremo Tribunal de Justiça emitiu esta semana uma declaração, ao corpo diplomático acreditado, sobre o processo eleitoral na Venezuela. A sessão realizada este sábado insere-se no desenvolvimento da investigação das eleições presidenciais de 28 de julho e do ataque massivo sofrido pelo sistema de transmissão de dados do Conselho Nacional Eleitoral.
Durante o dia, decorreu uma reunião com membros do corpo diplomático acreditado no país, a quem se dirigiu a presidente do mais alto tribunal venezuelano, Caryslia Rodríguez, para explicar parte do processo desta primeira fase - que já foi concluída - com a presença do Presidente Nicolás Maduro na sua audiência.
Rodríguez informou os diplomatas que 33 das 38 organizações políticas que participaram nas eleições apresentaram os seus documentos probatórios, listas de testemunhas e registos de totalização, e que um total de nove dos dez candidatos responderam ao apelo do Supremo Tribunal de Justiça.
Em desobediência Rodríguez recordou que o ex-candidato Edmundo González Urrutia desobedeceu ao mais alto órgão judicial e acrescentou que os partidos que o apoiaram não apresentaram recursos que se referissem a um ato de fraude ou qualquer outra informação que validasse o alegado triunfo deste ex-candidato.
“Fica registado que o ex-candidato Edmundo González Urrutia não compareceu e, por isso, não cumpriu a convocatória, desconsiderando com a sua inação o mandato desta instância máxima da jurisdição eleitoral contenciosa da República Bolivariana da Venezuela”, informou um alto funcionário .
A mensagem transmitida por Rodríguez demonstrou o fortalecimento das instituições venezuelanas e que os possíveis conflitos e situações podem ser resolvidos soberanamente dentro das fronteiras nacionais. No comunicado partilhado pelo presidente com os presentes na reunião, afirma-se que, uma vez concluída esta primeira fase com a participação de organizações políticas e ex-candidatos, o processo da perícia avançará agora não só das eleições, mas principalmente sobre o tema do ataque massivo ao sistema de transmissão de dados.
Rodríguez salientou que a Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal contará com pessoal altamente qualificado e tecnologia de importantes padrões técnicos para determinar eficazmente o que aconteceu e mostrar esses resultados aos cidadãos venezuelanos.
Os partidos que apoiaram Edmundo González não apresentaram recursos que remetessem para um ato de fraude ou qualquer outra informação que validasse a alegada vitória deste ex-candidato.
O Supremo Tribunal de Justiça emitiu esta semana uma declaração, ao corpo diplomático acreditado, sobre o processo eleitoral na Venezuela. A sessão realizada este sábado insere-se no desenvolvimento da investigação das eleições presidenciais de 28 de julho e do ataque massivo sofrido pelo sistema de transmissão de dados do Conselho Nacional Eleitoral.
Durante o dia, decorreu uma reunião com membros do corpo diplomático acreditado no país, a quem se dirigiu a presidente do mais alto tribunal venezuelano, Caryslia Rodríguez, para explicar parte do processo desta primeira fase - que já foi concluída - com a presença do Presidente Nicolás Maduro na sua audiência.
Rodríguez informou os diplomatas que 33 das 38 organizações políticas que participaram nas eleições apresentaram os seus documentos probatórios, listas de testemunhas e registos de totalização, e que um total de nove dos dez candidatos responderam ao apelo do Supremo Tribunal de Justiça.
Em desobediência Rodríguez recordou que o ex-candidato Edmundo González Urrutia desobedeceu ao mais alto órgão judicial e acrescentou que os partidos que o apoiaram não apresentaram recursos que se referissem a um ato de fraude ou qualquer outra informação que validasse o alegado triunfo deste ex-candidato.
“Fica registado que o ex-candidato Edmundo González Urrutia não compareceu e, por isso, não cumpriu a convocatória, desconsiderando com a sua inação o mandato desta instância máxima da jurisdição eleitoral contenciosa da República Bolivariana da Venezuela”, informou um alto funcionário .
A mensagem transmitida por Rodríguez demonstrou o fortalecimento das instituições venezuelanas e que os possíveis conflitos e situações podem ser resolvidos soberanamente dentro das fronteiras nacionais. No comunicado partilhado pelo presidente com os presentes na reunião, afirma-se que, uma vez concluída esta primeira fase com a participação de organizações políticas e ex-candidatos, o processo da perícia avançará agora não só das eleições, mas principalmente sobre o tema do ataque massivo ao sistema de transmissão de dados.
Rodríguez salientou que a Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal contará com pessoal altamente qualificado e tecnologia de importantes padrões técnicos para determinar eficazmente o que aconteceu e mostrar esses resultados aos cidadãos venezuelanos.
2024/08/02
Banca Privada Lucros Privados
E não, não é tudo a mema coisa, porque mesmo com uma lógica de funcionamento errada imposta pelo poder politico, virada para o lucro e não para o desenvolvimeno e regularização da banca, a Caixa Geral de Depósitos, pública, que também apresenta lucros recorde, vai entregar ao estado, a todos nós, 1 300 milhões de euros entre dividendos e IRC. Já os lucros da banca privada vão para os bolsos dos accionistas e para planos de recapitalização que, através de esquemas de "optimização Fiscal", leia-se fuga ao fisco, os levem a pagar os já pornográficos 5% de IRC ...
2024/07/31
Para compreender o que está em causa
Primeiro os factos:
Concluindo: pela minha parte, aplico à Venezuela o mesmo critério que aplico a Cuba: primeiro, os EUA, a UE, e restante panóplia de piratas, bandidos e mafiosos, retiram todas as sanções, bloqueios e guerras hibridas, depois, deixamos passar uns 15 anos para ver o que esses países conseguem com as suas politicas se não estiverem debaixo de uma guerra predadora, e, depois disso, veremos como se comportam em relação aos restantes países da américa latina. Até lá? Até lá não acredito em nada do que as têvês me metem pela casa dentro.
Nicolás Maduro é comunista?
Sobre as eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela
(Gabinete de Imprensa do PCP, PCP.pt, 2024/07/29)
As eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela constituíram uma importante jornada democrática, em que participaram milhões de venezuelanos e cujos resultados reafirmaram o apoio popular ao processo bolivariano, o que assume um tão maior significado quando este é expresso num contexto de décadas de resistência perante as sucessivas operações de ingerência e desestabilização promovidas pelos EUA e a União Europeia contra a Venezuela.
O PCP saúda a eleição de Nicolás Maduro como Presidente da República Bolivariana da Venezuela, bem como o conjunto das forças progressistas, democráticas e patriotas venezuelanas que alcançam mais uma importante vitória com esta eleição, derrotando o projecto reaccionário, antidemocrático e de abdicação nacional.
Repudiando as manobras de ingerência nas eleições da Venezuela, que foram amplamente propagandeadas, o PCP denuncia as acções internas e externas que visem pôr em causa a sua legitimidade, colocar em causa o processo eleitoral e os seus resultados, à semelhança do que se verificou em anteriores actos eleitorais por parte das forças de extrema-direita golpista.
O PCP condena a reacção do Governo português, alinhada com a política de ingerência dos EUA e da UE e quantos procuram animar a campanha promovida pela extrema-direita golpista. O que se exige do Governo português é uma postura de respeito pela soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela e da vontade do povo venezuelano livre e democraticamente expressa nas urnas – a postura que verdadeiramente defende os interesses de Portugal e do povo português, nomeadamente da comunidade portuguesa na Venezuela.
O PCP recorda o rol de tentativas de golpe de Estado, de sabotagem económica, de operações de desestabilização e violência, de campanhas de desinformação, de boicote, não reconhecimento e tentativa de deslegitimação de actos eleitorais, de fabricação de “instituições” fantoche, de ingerência e ameaça de intervenção externa – promovidos pelos EUA e a extrema-direita golpista venezuelana, com o suporte da UE e de governos e forças políticas portuguesas.
O PCP insta ao fim das medidas coercivas impostas pelos EUA contra o povo venezuelano, que atingem igualmente a comunidade portuguesa na Venezuela, como o bloqueio económico e financeiro ou o roubo de milhares de milhões de activos da República Bolivariana da Venezuela pelos EUA e noutros países – incluindo em Portugal –, que afrontam os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
O PCP reafirma a solidariedade com a luta do povo venezuelano, com o seu direito a decidir livremente e em paz o seu próprio destino, com a sua aspiração à construção de uma Venezuela de desenvolvimento, de justiça e progresso social, de paz e cooperação com os povos.
Comunicado Sobre as eleições presidenciais
(Partido Comunista da Venezuela, 2024/07/29)
O Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) apela às forças genuinamente democráticas, populares e patrióticas a unirem forças para defender a vontade do povo venezuelano que foi expressa este domingo, 28 de julho, com uma clara intenção de mudança política no país.
Alertamos a opinião pública internacional que, tal como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos.
A denúncia de uma alegada tentativa de violação do sistema eleitoral, feita pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, longe de dar as garantias necessárias ao processo, aprofunda as dúvidas sobre os resultados apresentados ao país. Neste sentido, exigimos que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.
A proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito neste cenário de incerteza em que os resultados apresentados por Amoroso contrastam abertamente com o clima que prevaleceu durante o dia das eleições, não é mais do que uma provocação que abre caminho à configuração de situações de violência.
Neste momento, registam-se mobilizações populares espontâneas em diversos pontos do país. Do PCV não só apoiamos o grito de respeito pela vontade popular, como apelamos às forças militares e policiais para que não reprimam o povo.
Nestas horas decisivas para o presente e o futuro do país, nós, comunistas, ratificamos a nossa convicção de construir espaços de ampla unidade para fortalecer a luta pela recuperação da Constituição e do Estado de Direito na Venezuela.
Governe quem governe, os direitos são para defender!
O Maduro é comunista?
Depois a minha opinião:
Nem por sombras, nem nada que se pareça!
"A candidata"(*) da oposição levada ao colo pelo Ocidente Global com os EUA à frente e a UE a fazer de carro vassoura ganhou alguma coisa?
Nem por sombras, nem nada que se pareça!
... fundamentada em anos e anos de análise critica da desinformação: se a multinacional Biden-Blinken & Borrel diz que é verdade eu facilmente concluo, baseado no historial das revoluções coloridas, que é mentira. Se o milei diz uma coisa, eu digo o contrário, acerto sempre. Se o Grupo da Lima quer empossar uma Guaidá II, eu corto-lhe o paço. Se a OEA, que a Venezuela já abandonou e que o Obrador diz ser uma degenerescência em estado comatoso, vomita, eu tapo o buraco para esconder o cheiro.
O Partido Comunista da Venezuela acha que não e que pode ficar do lado de atores como estes em defesa da "democracia" que ninguém respeita? Não aprendeu com a democracia chilena a que estes mesmo atores puseram fim em 1973? Ou com o respeito da vontade eleitoral pelas elites peruanas que encarceraram o presidente legitimamente eleito? Eles lá sabem, até porque eles é que conhecem a realidade do terreno deles, mas saberemos nós quem são eles? Ainda me lembro dos sindicatos venezuelanos que apoiaram o golpe que prendeu o Chaves ... afinal eram os mais corruptos da américa latina. Mudaram alguma coisa? Ou continuam na mesma senda?
Finalmente, deixo aqui três peças essenciais, e um linkezinho em forma de epílogo, para que cada um possa fazer os seus juízos de valor honestamente informados.
Nicolás Maduro é comunista?
(Pedro Tadeu, DN, 2024/07/31)
O Partido Comunista da Venezuela, o primeiro partido a declarar, em 1998, o apoio à candidatura à Presidência de Hugo Chávez, cuja eleição mudaria radicalmente a vida do país, comunicou segunda-feira que, “assim como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos” e exigiu “que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.”
O Partido Comunista da Venezuela, que apoiou em 2013 a primeira candidatura de Nicolás Maduro, duvida dos resultados eleitorais oficiais apresentados domingo passado, que supostamente o reelegeram, e declarou apoiar “o grito de respeito pela vontade popular” lançado em diversas manifestações.
O Partido Comunista da Venezuela, apesar do apoio dado a Chávez e a Maduro durante 22 anos, cedidos para evitar o ascenso da direita reacionária e para ajudar a resistir ao intervencionismo imperialista norte-americano e europeu, sempre criticou as políticas económicas rentistas desses Governos, dependentes da faturação do petróleo e de outros recursos naturais, defendendo políticas de investimento na atividade produtiva que trouxessem uma riqueza real, independente e estável aos venezuelanos. Nunca foi ouvido.
O Partido Comunista da Venezuela rompeu definitivamente com Maduro em 2020, rejeitou a degradação da democracia, a corrupção institucionalizada em diversos patamares do Estado, a diminuição das liberdades políticas e sindicais, condenou a frequente repressão sobre trabalhadores, a entrega ao grande capital internacional de partes cruciais da atividade económica (por exemplo, a norte-americana Chevron tem 34% da companhia venezuelana de petróleos e participa no capital de outras empresas mistas do setor da energia), o fim de inúmeros benefícios sociais e a degradação dos salários reais (o salário mínimo é de, apenas, 3,24 euros mensais!).
O Partido Comunista da Venezuela, depois do Congresso de novembro de 2022, onde o PCP esteve representado, agudizou as críticas a Maduro e em agosto de 2023 foi sujeito a uma intervenção do Governo, feita através do Supremo Tribunal de Justiça, que demitiu o secretário-geral do partido, Óscar Figuera, que o liderava desde 1996. A seguir, o tribunal nomeou para esse cargo e para presidente do partido duas pessoas da confiança do Governo.
O Partido Comunista da Venezuela, que não aceitou a mudança da sua direção, apelou ao voto, no domingo, no candidato Enrique Marquez, um político de centro-esquerda, mas que propunha um Governo de unidade nacional que rejeitasse Maduro e Edmundo González, o candidato da direita revanchista, manifestamente apoiado pelos Estados Unidos e por vários países da União Europeia.
Nicolás Maduro é comunista? Pois, claramente, para o Partido Comunista da Venezuela, que o conhece bem, não é: Óscar Figuera diz mesmo que ele é, cito... “neoliberal”!
Espantem-se, ó ufanas máquinas de propaganda política!
O Partido Comunista da Venezuela, o primeiro partido a declarar, em 1998, o apoio à candidatura à Presidência de Hugo Chávez, cuja eleição mudaria radicalmente a vida do país, comunicou segunda-feira que, “assim como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos” e exigiu “que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.”
O Partido Comunista da Venezuela, que apoiou em 2013 a primeira candidatura de Nicolás Maduro, duvida dos resultados eleitorais oficiais apresentados domingo passado, que supostamente o reelegeram, e declarou apoiar “o grito de respeito pela vontade popular” lançado em diversas manifestações.
O Partido Comunista da Venezuela, apesar do apoio dado a Chávez e a Maduro durante 22 anos, cedidos para evitar o ascenso da direita reacionária e para ajudar a resistir ao intervencionismo imperialista norte-americano e europeu, sempre criticou as políticas económicas rentistas desses Governos, dependentes da faturação do petróleo e de outros recursos naturais, defendendo políticas de investimento na atividade produtiva que trouxessem uma riqueza real, independente e estável aos venezuelanos. Nunca foi ouvido.
O Partido Comunista da Venezuela rompeu definitivamente com Maduro em 2020, rejeitou a degradação da democracia, a corrupção institucionalizada em diversos patamares do Estado, a diminuição das liberdades políticas e sindicais, condenou a frequente repressão sobre trabalhadores, a entrega ao grande capital internacional de partes cruciais da atividade económica (por exemplo, a norte-americana Chevron tem 34% da companhia venezuelana de petróleos e participa no capital de outras empresas mistas do setor da energia), o fim de inúmeros benefícios sociais e a degradação dos salários reais (o salário mínimo é de, apenas, 3,24 euros mensais!).
O Partido Comunista da Venezuela, depois do Congresso de novembro de 2022, onde o PCP esteve representado, agudizou as críticas a Maduro e em agosto de 2023 foi sujeito a uma intervenção do Governo, feita através do Supremo Tribunal de Justiça, que demitiu o secretário-geral do partido, Óscar Figuera, que o liderava desde 1996. A seguir, o tribunal nomeou para esse cargo e para presidente do partido duas pessoas da confiança do Governo.
O Partido Comunista da Venezuela, que não aceitou a mudança da sua direção, apelou ao voto, no domingo, no candidato Enrique Marquez, um político de centro-esquerda, mas que propunha um Governo de unidade nacional que rejeitasse Maduro e Edmundo González, o candidato da direita revanchista, manifestamente apoiado pelos Estados Unidos e por vários países da União Europeia.
Nicolás Maduro é comunista? Pois, claramente, para o Partido Comunista da Venezuela, que o conhece bem, não é: Óscar Figuera diz mesmo que ele é, cito... “neoliberal”!
Espantem-se, ó ufanas máquinas de propaganda política!
Sobre as eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela
(Gabinete de Imprensa do PCP, PCP.pt, 2024/07/29)
As eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela constituíram uma importante jornada democrática, em que participaram milhões de venezuelanos e cujos resultados reafirmaram o apoio popular ao processo bolivariano, o que assume um tão maior significado quando este é expresso num contexto de décadas de resistência perante as sucessivas operações de ingerência e desestabilização promovidas pelos EUA e a União Europeia contra a Venezuela.
O PCP saúda a eleição de Nicolás Maduro como Presidente da República Bolivariana da Venezuela, bem como o conjunto das forças progressistas, democráticas e patriotas venezuelanas que alcançam mais uma importante vitória com esta eleição, derrotando o projecto reaccionário, antidemocrático e de abdicação nacional.
Repudiando as manobras de ingerência nas eleições da Venezuela, que foram amplamente propagandeadas, o PCP denuncia as acções internas e externas que visem pôr em causa a sua legitimidade, colocar em causa o processo eleitoral e os seus resultados, à semelhança do que se verificou em anteriores actos eleitorais por parte das forças de extrema-direita golpista.
O PCP condena a reacção do Governo português, alinhada com a política de ingerência dos EUA e da UE e quantos procuram animar a campanha promovida pela extrema-direita golpista. O que se exige do Governo português é uma postura de respeito pela soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela e da vontade do povo venezuelano livre e democraticamente expressa nas urnas – a postura que verdadeiramente defende os interesses de Portugal e do povo português, nomeadamente da comunidade portuguesa na Venezuela.
O PCP recorda o rol de tentativas de golpe de Estado, de sabotagem económica, de operações de desestabilização e violência, de campanhas de desinformação, de boicote, não reconhecimento e tentativa de deslegitimação de actos eleitorais, de fabricação de “instituições” fantoche, de ingerência e ameaça de intervenção externa – promovidos pelos EUA e a extrema-direita golpista venezuelana, com o suporte da UE e de governos e forças políticas portuguesas.
O PCP insta ao fim das medidas coercivas impostas pelos EUA contra o povo venezuelano, que atingem igualmente a comunidade portuguesa na Venezuela, como o bloqueio económico e financeiro ou o roubo de milhares de milhões de activos da República Bolivariana da Venezuela pelos EUA e noutros países – incluindo em Portugal –, que afrontam os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
O PCP reafirma a solidariedade com a luta do povo venezuelano, com o seu direito a decidir livremente e em paz o seu próprio destino, com a sua aspiração à construção de uma Venezuela de desenvolvimento, de justiça e progresso social, de paz e cooperação com os povos.
Comunicado Sobre as eleições presidenciais
(Partido Comunista da Venezuela, 2024/07/29)
O Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) apela às forças genuinamente democráticas, populares e patrióticas a unirem forças para defender a vontade do povo venezuelano que foi expressa este domingo, 28 de julho, com uma clara intenção de mudança política no país.
Alertamos a opinião pública internacional que, tal como o Governo de Nicolás Maduro privou o povo venezuelano dos seus direitos sociais e económicos, hoje pretende privá-lo dos seus direitos democráticos.
A denúncia de uma alegada tentativa de violação do sistema eleitoral, feita pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, longe de dar as garantias necessárias ao processo, aprofunda as dúvidas sobre os resultados apresentados ao país. Neste sentido, exigimos que a CNE publique todos os registos de votação - conforme estabelecido pelo regulamento eleitoral - bem como a máxima transparência no escrutínio dos resultados.
A proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito neste cenário de incerteza em que os resultados apresentados por Amoroso contrastam abertamente com o clima que prevaleceu durante o dia das eleições, não é mais do que uma provocação que abre caminho à configuração de situações de violência.
Neste momento, registam-se mobilizações populares espontâneas em diversos pontos do país. Do PCV não só apoiamos o grito de respeito pela vontade popular, como apelamos às forças militares e policiais para que não reprimam o povo.
Nestas horas decisivas para o presente e o futuro do país, nós, comunistas, ratificamos a nossa convicção de construir espaços de ampla unidade para fortalecer a luta pela recuperação da Constituição e do Estado de Direito na Venezuela.
Governe quem governe, os direitos são para defender!
Para acabar em grande
Bom! Para acabar em grande deixo aqui o link para a opinião geralmente bem informada do Ivo Silva no blogue de uns amigos que, com grande desprimor para mim, já há muito não frequentava.
(*) Digo "A Candidata", que está legalmente impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos em virtude da sua participação nas insurgências golpistas de 2017 de que então resultaram mortos e feridos, porque o sr., que A Candidata interpôs como candidato, nem balbuciar consegue, limitando-se a ler o que A Candidata lhe põe à frente enquanto ela, ao seu lado, gesticula ordens aos apaniguados como se pode ver nos directos das declarações.
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