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2020/01/01

A Moda ao Serviço da Ideologia Dominante

É «moderno» aceitar a pobreza?
(AbrilAbril, 2019/08/29)

A ideologia dominante vai encontrando formas de perpetuar a exploração através do discurso. E é sobretudo aos jovens que tenta vender como «modernas» as «velhas» condições de precariedade a que muitos estão sujeitos.

A precariedade laboral tem consequências directas sobre aqueles que a sofrem. Nos últimos anos, pudemos ver como os meios de comunicação dominante normalizaram e tentaram classificar como «modernas» ou «ecológicas» – e até «anti-sistema» e «anti-consumismo» – as condições em que os trabalhadores com vínculos precários vivem.

2019/10/17

Os Marçanos do Século XXI Andam de Mota (Alugada)

Mudar 13 vezes (de app) de trabalho - Fomos UberEaten de cebolada
(Manuel Cardoso, sapo.pt, 2019/10/15)

Maria-Luz Vega, da Organização Internacional do Trabalho, deu uma entrevista esta segunda-feira ao Observador em que nos avisa de que “os jovens de hoje vão mudar 13 vezes de emprego ao longo da vida”. Poderia estar a referir-se a uma utopia onde diversificação de saberes nos permitia ter 13 bons e bem pagos empregos ao longo da vida, porque não conseguiríamos suportar o tédio de décadas a exercer o mesmo mister. Mas não. A realidade é que a minha geração está condenada à incerteza laboral, não porque se enfastia facilmente, mas porque é mais difícil conseguir um emprego que lhe conceda direitos laborais e salários compatíveis com a formação.

2019/09/23

Uberização Social é Precariedade Laboral

UBER tem actividade de milhões «sem» trabalhadores
(AbrilAbril, 2019/09/22)

A empresa, que beneficia com milhões de transportes e entregas diárias, não reconhece qualquer vínculo laboral a quase quatro milhões de trabalhadores em todo o mundo.

Criada em 2009, a plataforma digital promove o contacto de clientes com motoristas para o transporte de pessoas e para serviços de entregas.

O jornal Expresso revela, este sábado, que a empresa conta com 110 milhões de utilizadores e «realiza cerca de 14 milhões viagens por dia, nos 65 países e 700 cidades onde opera». No entanto, os quadros da mesma só contam com 22 mil trabalhadores. Em território nacional, a plataforma tem 400 trabalhadores, mas são mais de oito mil os motoristas registados.

Uberexploração - A Exploração «Invisível» de Trabalhadores

Uberexploração - A Exploração «Invisível» de Trabalhadores
(Vasco Almeida, O Militante, set/out/2019)

Para falarmos sobre a precariedade que a juventude enfrenta e os novos métodos que o capital inventa todos os dias para explorar os trabalhadores, necessitamos de uma abordagem a uma das ferramentas que torna ainda mais selvagem a exploração a que os trabalhadores estão sujeitos e que aprofunda ainda mais os contratos precários (ou a sua inexistência) – referimo-nos às chamadas plataformas digitais.

As plataformas digitais, que se enraizaram em Portugal de forma ilegal, sempre combatidas pelos trabalhadores e pelo PCP pela sua forma de actuar de não cumprimento das regras definidas em cada sector, mas que, pela mão de PS, PSD, CDS e PAN, foram agora trazidas para a legalidade para alastrarem no mercado de trabalho no nosso país, são só uma cara (invisível) que os patrões querem diferente para aplicarem e agravarem os métodos da velha exploração, bem como para aumentar a precariedade dos contratos de trabalho (quando existem!), intensificando o trabalho ilegal que querem legitimar no nosso país.

2019/04/23

Coletes Amarelos - revolução faz-se caminhando

Quanto mais os coletes amarelos afirmam exigências de esquerda e ganham consistência organizativa, mais os media corporativos os pintam com as cores da violência, que "por acaso" existe e, não por acaso, é acesa por provocadores infiltrados pelo poder. A segunda Assembleia de Assembleias aprovou uma proposta de manifesto que será agora votada por todas as assembleias locais de ativistas. Após longas e difíceis discussões ficaram lavradas em letra de carta a «condenação unânime da violência das repressões policiais de que são vítimas, da sua obstinada vontade de colocar no coração do movimento a democracia directa, de pensar e reinventar formas autênticas desta última, a partir da base, sem líder autoproclamado ou chefe recuperado, de encontrar o “equilíbrio entre espontaneidade e organização”. É o coletivo que vem em primeiro lugar, na “horizontalidade”». O texto aprovado diz «não à violência imposta por uma minoria de privilegiados contra todo um povo; Diz “sim” à anulação das penas impostas a presos e condenados do movimento dos coletes amarelos. “As violências policiais são um acto de intimidação política, procuram aterrorizar-nos para nos impedir de agir. A repressão judicial vem em seguida para sufocar o movimento. (…) Aquilo que vivemos hoje é o quotidiano dos bairros populares desde há décadas"». O manifesto saído da Assembleia das Assembleias quer «melhorar as nossas condições de vida, (…) reconstruir os nossos direitos e liberdades, (…) fazer desaparecer as formas de desigualdades, de injustiças, de discriminações. Para que finalmente a “solidariedade e a dignidade” cheguem, será necessário mudar de sistema: “conscientes de que temos de lutar contra um sistema global, consideramos que será necessário sair do capitalismo "» Sobre isto e muito mais leia-se o artigo de Remy Herrera saídinho do Diário.info.

Assembleia dos “Coletes Amarelos”: «Será necessário sair do capitalismo»
(Rémy Herrera, in O Diário.info, 2019/04/19)

2019/01/22

O Tribunal das Corporações e a Reforma do Capitalismo

A "sociedade civil" que não travou o CETA parece ter acordado para o horror do tribunal das corporações imposto por esse mesmo CETA. Chama-se Investor-State Dispute Settlement (ISDS) em anglo-saxonês e serve para as corporações multarem as democracias quando estas não lhes andarem ao jeito. A par da chantagem com a especulação capitalista sobre as dividas soberanas este é mais um instrumento de sujeição do poder civil democrático ao poder financeiro. Porque interessa pensar neste instrumento neo-liberal-capitalista de sujeição das democracias á luz da reforma do capitalism deixo aqui duas opiniões recentemente vindas a lume no âmbito da luta europeia contra estes tribunais. O problema é que enquanto andamos a lutar contra estes tribunais o capital vai pensando noutra forma de sujeitar as leis dos estado soberanos ás "regras dos mercados". Conintuo a acreditar que a única solução é mesmo acabar com o Capitalismo, t o d o! @Refer&ncia

2019/01/05

Fascismo como Face Oculta do Capitalismo

É Matemático
(Hugo Dionisio, Facebook, 2018/01/04)

Começa sempre de mansinho… Uma palavra dita ao acaso, do tipo: “o 25 de Abril foi evolução”. Depois chegaram os “colaboradores”, “o estado ocupa muito espaço na economia”, ou “o estado deve diminuir o peso na economia”, para além de “o capital faz falta, o tempo da luta de classes acabou”. Alguém constatou que estes eram os princípios estampados no Estatuto Nacional do Trabalho de Salazar? Uma cópia quase fiel da Carta Del Lavoro de Mussolini?

2018/12/05

Proletariado, chamem-lhe proletariado

Do artigo abaixo, interessa-me essencialmente o pedaço de ideologia dedicado ao conceito de classe e como se ganha essa consciência de classe.

Numa época de transição, durante uma revolução nas tecnologias de produção, importa discutir e compreender o processo de construção da consciência de classe que vai diferenciar uma classe de um saco de batatas.

Todo o debate em redor desta centralidade "classe e consciência de classe" é essencial para que os marxistas consigam voltar a liderar o proletariado. Para isso precisamos de saber onde ele anda, quais são as suas preocupações imediatas, quem são hoje em dia "as batatas", como é que ganham consciência de que podem ser mais do que batatas e qual o papel que um partido de vanguarda pode ter na fundamentação dessa consciência de classe.

Porque é no confronto com as contradições do imperialismo globalizado que o proletariado ganha consciência de classe e deixa de ser um mero saco de batatas.

Ouçamos o Mauro Iasi sobre o assunto:

2018/10/07

Os Ricos Fazem-se com a Miséria dos Pobres

Um Mundo Rico Cheio de Pobres
(Dieter Dellinger, 08/09/2018)

Não se pode dizer que os 7,6 milhares de milhões (biliões) de habitantes do nosso Planeta tenham de ser obrigatoriamente pobres.

Considerando que o PIB mundial em PPC é de 134.981 milhares de milhões de dólares, temos um PIB per capita mundial de 17.760,65 dólares anuais que dá 1.480 dólares mensais ou Euros 1.272,48 ao câmbio de hoje por cada habitante do planeta. O cálculo é feito por 12 meses do ano, já que na maior parte dos países só são pagos 12 ordenados por ano.

Então porque razão há tantos pobres no Mundo, tanto maioritariamente nos países muito pobres como em percentagem significativa nos países ditos ricos?

Sucede que mais de 80% da riqueza criada no mundo em 2017 foi parar às mãos dos 67 milhões de habitantes mais ricos que representam 1% da população mundial, como informa a organização não-governamental Oxfam. ou Comissão de Combate à Fome com sede em Oxford.

2018/09/17

Desigualdade económica: um virus mortal para todos



Se alguém afirmar que a desigualdade económica destrói a qualidade de vida dos mais pobres creio que não surpreenderia ninguém. O interessante deste estudo é verificar que, estatisticamente falando, a desigualdade económica destrói a qualidade de vida de todos: ricos e pobres. Só visto!

2018/07/17

Só com os valores de Abril Portugal terá futuro

As desigualdades na distribuição do rendimento e as funções constitucionais do Estado
(Miguel Tiago in O Militante, 2018/07)

Estamos perante uma utilização crescente de uma grande parte dos instrumentos formais do Estado – a força, a lei, a fiscalidade, a educação e a cultura – ao serviço da classe dominante e da acumulação e domínio monopolista, com o contributo decisivo dos partidos ao serviço desses interesses. A fiscalidade que constitucionalmente se estabelece como ferramenta para uma das incumbências prioritárias do Estado (Art.º 81.º da CRP) é afinal de contas utilizada como uma ferramenta de concentração de riqueza e de privilégio dos grandes grupos económicos em que se concentram os benefícios fiscais. A política fiscal que devia orientar-se para a distribuição da riqueza, directa e indirectamente, está objectivamente ao serviço das grandes empresas e dos que vivem de rendas, lucros e juros que continuam a ser taxados com uma exigência e uma incidência muito inferior aos rendimentos do trabalho. Ao mesmo tempo, a lei e a força são, não raras vezes, utilizadas para diminuir e conter direitos dos trabalhadores e manter a ordem da grande burguesia, quer no conflito laboral, quer no conflito social. A Educação e a Cultura estão igualmente – e o seu subfinanciamento é um mecanismo para a obtenção desse desígnio – a ser gradual e crescentemente colocadas ao serviço da reprodução da cultura da classe dominante, sendo convertidas em câmaras de ressonância da ideologia burguesa e simultaneamente em mercadorias.

2018/05/30

No Reino das Misérias

A recuperação do Imperio e a desaparição dos trabalhadores
(James Petras in ODiário.info, 2018/05/30)

Introdução

Os impérios entram em decadência ou expandem-se em função, basicamente, das relações entre governantes e governados. Há vários factores determinantes, entre os quais se incluem: 1) o rendimento, a terra e a habitação; 2) a evolução do nível de vida; 3) o aumento ou descida da taxa de mortalidade; e 4) a diminuição ou o aumento das famílias.

Ao longo da história, os impérios em expansão incorporaram a população no império, distribuindo às massas uma parte dos recursos espoliados, proporcionando-lhes terras, arrendamentos reduzidos e habitações. Os grandes latifundiários que tinham que fazer frente aos jovens veteranos regressados das guerras evitavam uma excessiva concentração da terra para evitar distúrbios nos seus feudos. Os impérios em expansão melhoravam as condições de vida, pois empregados assalariados, artesãos, mercadores e escriturários encontravam emprego quando a oligarquia dava rédea solta ao seu consumo de ostentação e crescia a burocracia que administrava o império.

2018/03/10

O Problema São os Custos ... do Capital!

Segundo o INE entre 2010 e 2015, a parte dos salários no PIB diminuiu de 36,8 por cento para 34,1 por cento, enquanto a parte dos rendimentos do capital subiu de 41,3 para 43 por cento. O problema das empresas não são os salários elevados, o problema das empresas são os dividendos excessivos que pagam aos accionistas. @Refer&ncia

Sindicatos denunciam «roubo» dos salários»
(Avante!, 2018/03/08)

A Confederação Europeia de Sindicatos alerta para a perda de peso dos salários na riqueza dos países da UE e apela ao aumento dos rendimentos do trabalho.

Num comunicado divulgado dia 27, a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) considera que é chegado o momento de inverter a contínua desvalorização do trabalho, cujo peso no Produto Interno Bruto (PIB) está em declínio desde meados dos anos 70.

2018/03/06

Nova Rota da Seda

A rota terrestre a cor de laranja, amarelo e vermelho.
A rota marítima a Azul.
Porque é que a nova rota da seda aterroriza Washington
(A Arte da Omissão, 2016/10/17 [*])

Há quase seis anos, o Presidente Putin propôs à Alemanha a ‘criação de uma comunidade económica harmoniosa que se estendesse desde Lisboa a Vladivostok’.
Esta ideia representou um empório comercial imenso, unindo a Rússia e a UE, ou, nas palavras de Putin, “um mercado continental unificado com uma capacidade de triliões de dólares.”

Em poucas palavras: a integração euro-asiática (Eurásia). Washington entrou em pânico. O registo mostra como a visão de Putin – embora extremamente sedutora para as industriais alemães – acabou por descarrilar pela demolição controlada de Washington na Ucrânia.

2018/03/04

Sobre os limites do capitalismo

François Chesnais e os impasses do capitalismo
(Eleutério F. S. Prado, in Fundação Dinarco Reis, 28/01/2018)

É preciso começar pelo fim. François Chesnais escreveu, em novembro de 2017, uma série de três pequenos artigos para o portal A l’encontre em que atualiza o seu entendimento dos impasses atuais do capitalismo globalizado.

Na última sentença do terceiro artigo, cita com aprovação, uma frase de um filósofo francês muito conhecido pelos seus trabalhos seminais em sociologia da ciência: “numa perspectiva diferente, compartilho o julgamento de Bruno Latour, segundo o qual as classes dominantes já não pretendem governar, mas apenas protegerem-se do mundo”. Pois, diante das perspectivas para manter o modo de vida dominante, chegaram à conclusão paradoxal – e que permanece amplamente tácita – de que “não há mais lugar na terra para eles e para o resto dos habitantes do mundo”.

2018/03/01

Ricos Ficaram 2 900 000 000 Mais Ricos

É fartar vilanagem! Segundo o negócios, os mais ricos ficaram dois mil e novecentos milhões mais ricos em 2017. É isso mesmo. Das oito famiglie mais ricas da bolsa nacional, só os champalimaud viram a fortuna cair, os restantes sete viram as fortunas crescer em dois mil e novecentos milhõezitos de euros. Só os dois mais ricos, ficaram 1 500 000 000 mais ricos.

Paulo Fernandes 63 000 000, familia Mota 325 000 000, Isabel dos Santos 397 000 000, família Azevedo 407 000 000, família Amorim  410 000 000, Soares dos Santos 514 000 000, Queiroz Pereira 756 000 000.

Não há dinheiro para subir o SMN para os 600 euros, temos de baixar a TSU das empresas deles e os impostos sobre as fortunas deles para eles poderem fazer crescer a economia"ó que é". Eles dizem que têm muita pena e que desculpem lá mas não chega para todos ... só para eles. @Refer&ncia


Capitalismo: 357 Milhões de Crianças Afetadas Pela Guerra

Transformar o Mundo
(Manuel Rodrigues in Avante!, 2018/02/22)

Dados agora divulgados, reportando-se ao período entre 1996 e 2016, revelam que 357 milhões de crianças foram afectadas por conflitos armados (1 em cada 6 crianças foi exposta à violência). Quase metade das crianças em risco – cerca de 165 milhões – está em áreas de conflito de «alta intensidade» e é exposta ao que a ONU considera «graves violações»: morte e mutilações, recrutamento para combates, violência sexual, rapto, ataques a escolas e hospitais, negação ao acesso humanitário. O número de crianças mortas ou mutiladas aumentou 300% desde 2010. Mais de três milhões (com menos de 5 anos) morrem subnutridas todos os anos e 152 milhões estão sujeitas a diversas formas de trabalho infantil.

São dados inquietantes e reveladores da verdadeira natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora do capitalismo e constituem contra ele um verdadeiro libelo acusatório.

O capitalismo, como explicou K. Marx ao analisar o seu modo de produção, é por natureza explorador. É essa exploração e a intensificação da concentração e centralização capitalistas que explica que 82 por cento da riqueza criada em 2017 fosse parar às mãos dos um por cento mais ricos do mundo ou que 42 pessoas acumulem a mesma riqueza que os cerca de 3,7 mil milhões de pessoas mais pobres.

No seu poema «Elogio da Dialéctica», Brecht questiona: «de quem depende que a opressão prossiga? De nós. De quem depende que ela acabe? Também de nós.»

«A vida não desmente antes comprova a perspectiva apontada pelo Manifesto [do Partido] Comunista. Que, na época em que vivemos, o futuro não é do capitalismo, mas do socialismo e do comunismo» – afirmou Álvaro Cunhal. [...]

2018/02/18

O Fórum Social Mundial dos Idosos foi entre 22 e 26 de Janeiro

Desde sexta feira que as televisões me metem pela casa dentro imagens de um salão com negras figurinhas patéticas sobre fundo laranja que debitam soundbytes a partir de um pulpito, conversas de lana-caprina, zangas de comadres, juras de vassalagem com prazo de validade, tudo lixo desinformativo. Aconteceu, é um facto, esteve dentro de minha casa durante três dias.

Entre 22 e 26 de Janeiro deste ano decorreu em Porto Alegre um Fórum Social Mundial da População Idosa onde se debateu a problemática do envelhecimento populacional, se identificaram os principais problemas com que se debate esta, cada vez mais vasta e desprotegida, franja da sociedade e se apontaram soluções, medidas concretas para os partidos politicos incluirem nos seus programas, as ONG's executarem no terreno e os governos se sobreporem ao regabofe do lucro transnacional corporativo. Ouviram uma palavrinha que fosse nos caneiros televisivos? Nas capas dos jornais? Nas rádios? Não? Pois! É o silenciamento da alternativa. O que não passa na TV não existe, não aconteceu.

Mas este Fórum Social Mundial foi um facto e só para dar um saborzinho do pensamento alternativo, deixo-vos aqui com o discurso do Professor Catedrático da Universidade de Coimbra António Avelãs Nunes copiado diretamente d'ODIário.info. @Refer&ncia

Para sairmos desta caminhada vertiginosa para o abismo, é necessário evitar que o mercado substitua a política
(António Avelãs Nunes in FSM 2018 Porto Alegre, 2018/01/23)

«Neste tempo de crise estrutural do capitalismo os trabalhadores do Brasil, da América Latina, da Europa, dos EUA e de todos os continentes hão-de compreender a urgência de transformar o mundo, começando por mudar as políticas levadas a cabo nas últimas três ou quatro décadas pelo estado capitalista»

2018/01/22

E em 2017 o Capital Roubou ...

Mais de 80% da riqueza de todo o mundo nas mãos de 1% da população
(Diário de Notícias, 2017/01/22)

Mais de 80 por cento da riqueza criada no mundo em 2017 foi parar às mãos dos mais ricos que representam 1 por cento da população mundial, refere um relatório da organização não-governamental Oxfam hoje divulgado.

No relatório "Recompensem o trabalho, não a riqueza", a Comissão de Combate à Fome de Oxford (Oxfam, no acrónimo em inglês da confederação de 17 organizações não-governamentais) refere que metade da população mundial não ficou com qualquer parcela daquela riqueza.

Segundo a Oxfam, houve um aumento histórico no número de multimilionários no mundo: "atualmente existem 2.043 multimilionários no mundo e 9 em cada 10 são homens".

O estudo calculou que a riqueza dos multimilionários aumentou 13% ao ano em média desde 2010, seis vezes mais do que os aumentos dos salários pagos aos trabalhadores (2% ao ano).

O mesmo relatório indicou que em 2017 a riqueza desse grupo aumentou 762 mil milhões de dólares (622,8 mil milhões de euros), uma verba suficiente para acabar mais de sete vezes com a pobreza extrema no mundo.

Para a organização não-governamental, o crescimento sem precedentes do número de bilionários não é um sinal de uma economia próspera, mas um sintoma de um sistema extremamente problemático já que mais de metade da população mundial tem um rendimento diário entre 2 e 10 dólares (entre 1,6 euros e 8,1 euros).

"Enquanto o 1% mais rico ficou com 27% do crescimento do rendimento global entre 1980 e 2016, a metade mais pobre do mundo ficou com 13%", refere o relatório.

"Mantendo o mesmo nível de desigualdade, a economia global precisaria ser 175 vezes maior para permitir que todos passassem a ganhar mais de 5 dólares (4 euros) por dia", concluiu a análise.

O lançamento do relatório internacional da Oxfam é feito na véspera do Fórum Económico Mundial, que junta os principais líderes políticos e empresariais do mundo na cidade de Davos, na Suíça, entre 23 e 26 de janeiro.