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2022/09/20

Entretanto na Frente Financeira da Guerra


Inquietudes existenciais: a Guerra Financeira Contra o Ocidente Começa a Morder

(Alastair Crooke, 2022/09/05, Strategic Culture Foundation)

O Clube de Roma, fundado em 1968 como um colectivo de pensadores líderes a ponderarem questões globais, tomou como seu lema a doutrina de que ver os problemas da humanidade individualmente, isoladamente ou como “problemas capazes de serem resolvidos nos seus próprios termos”, estava condenado ao fracasso – “todos estão inter-relacionados”. Agora, cinquenta anos depois, isto tornou-se uma “verdade revelada” inquestionável para um segmento chave das populações ocidentais.

2018/10/16

Toda a Economia É Politica

O Marxismo, crítica da economia política ou economia política?
(Rémy Herrera in ODiário.info, 2018/10/12)

O marxismo é uma das armas teórico-práticas mais poderosas – senão a mais poderosa – de que as classes trabalhadoras dispõem para travar as suas lutas. Isso explica simultaneamente a sua presença marginal nas esferas académicas e intelectuais, onde essas classes não estão (ou quase não estão) representadas e onde a influência ideológica da burguesia é asfixiante, e também o facto de o marxismo não desaparecer, apesar de sinais evidentes de declínio e das esperanças dos seus inimigos – incluindo os sociais-democratas. No entanto, a sua relação com a economia, enquanto disciplina científica, não é evidente. Primeiro, porque a economia dita “política”, que apareceu na Europa ocidental entre os séculos XVI e XVIII, é um subproduto da evolução histórica do sistema capitalista.

2018/03/09

O Titulo do Gráfico, os Números do Gráfico e a Vigarice da #FakeNewsFactory

Hà Quem Queira Mas...
Não Pode Valer Tudo
(José Alberto Lourenço in AbrilAbril, 2018/03/07)

A direita neoliberal passou dois anos a desvalorizar a possibilidade de a Procura Interna ser significante para o crescimento económico do País. Após a divulgação, pelo INE, de que em 2017 o crescimento se deveu, sobretudo, àquele factor, a direita bem tenta mudar de agulha – só não pode mudar a realidade.


O Instituto Nacional de Estatística divulgou na semana passada a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e os contributos dos principais agregados macroeconómicos na óptica da despesa – Consumo Privado, Consumo Público, Investimento, Exportações e Importações – para essa mesma evolução.

Esta era uma informação muito importante, já que ao longo dos dois últimos anos o pensamento neoliberal dominante na nossa comunicação social procurou sistematicamente desvalorizar o comportamento da Procura Interna (Consumo Privado, Consumo Público e Investimento) e em particular o contributo do Consumo Privado na melhoria que tem vindo a ser registada na nossa economia, preferindo sobrevalorizar o comportamento da nossa Procura Externa e em particular das nossas Exportações.

2018/03/08

Sobre o Boicote Imperialista à Economia Venezuelana

Provas do Crime Económico Contra a Venezuela
(Alfredo Serrano in celag, 2017/12/30)

É proibido ver o evidente. Esta espécie de sentença encontrada num mural de rua assenta como uma luva em todo aquele que ignore a continua agressão económica que a Venezuela vem sofrendo nos últimos anos. Pode legitimamente estar-se a favor ou contra as decisões económicas tomadas pelo presidente Nicolás Maduro. Todo o debate económico é bem-vindo. Todavia, o desconhecimento do conjunto de acções orquestradas de múltiplos âmbitos contra a economia venezuelana retira rigor a qualquer tipo de análise. Deixar de lado o que a Venezuela vem afrontando sob a forma de multi-agressão permanente em matéria económica é um acto de irresponsabilidade deliberada. Mas seria também uma análise parcial e enviesada. Seria o mesmo que analisar a economia mexicana sem considerar que tem os Estados Unidos como vizinho a norte. Ou supor que um país tem mar apesar de não o ter. Como deveria ler-se um estudo ou uma proposta com base em premissas falsas, inexistentes, eclipsando boa parte do que sucede?

2018/03/04

Sobre os limites do capitalismo

François Chesnais e os impasses do capitalismo
(Eleutério F. S. Prado, in Fundação Dinarco Reis, 28/01/2018)

É preciso começar pelo fim. François Chesnais escreveu, em novembro de 2017, uma série de três pequenos artigos para o portal A l’encontre em que atualiza o seu entendimento dos impasses atuais do capitalismo globalizado.

Na última sentença do terceiro artigo, cita com aprovação, uma frase de um filósofo francês muito conhecido pelos seus trabalhos seminais em sociologia da ciência: “numa perspectiva diferente, compartilho o julgamento de Bruno Latour, segundo o qual as classes dominantes já não pretendem governar, mas apenas protegerem-se do mundo”. Pois, diante das perspectivas para manter o modo de vida dominante, chegaram à conclusão paradoxal – e que permanece amplamente tácita – de que “não há mais lugar na terra para eles e para o resto dos habitantes do mundo”.