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2022/08/25

Sobre o jacob de São Sérgio Figueiredo


Adorei o jacob

Mas quanto a subir a pulso da aldeia até ao apartamento do amigo em Paris até já tivemos um. 

O Sócrates veio lá da Covilhã, com meio canudo de construtor civil e uma mão à frente e outra atrás e, alegadamente*, em menos de uma década, construi um império de consultoria e networking 😉 para o grupo do (ainda!) dono disto tudo. Bem sei que tinha tanta vergonha da sua humilde origem que, alegadamente*, até inventou a fortuna da mãe para, alegadamente*, camuflar os dinheiros que o maroto do motorista lhe levava a casa, mas que diabo, para self-made-man não encontro melhor exemplo.

* por respeito ao pricipio de presunção da inocência e até que todos os processos transitem em julgado.

2020/01/10

Mas ninguém os põe no lugar?

Estou cansado.

Vejo o país com a maior divida externa do mundo, a maior divida externa per capita do mundo, um país que vive do papel que imprime e impinge ao mundo como coisa de valor colocar-se na mais completa ilegalidade, praticar a mais abjeta pirataria, bombardear, invadir, ocupar, roubar, matar, torturar, trair e enganar, sem que o mundo o faça calar-se e remeter-se ao seu lugar de estado pária, terrorista, renegado a quem a comunidade internacional tem de socorrer para impor um governo que respeite o resto do mundo na sua legitima diversidade.

Olho para o mundo e vejo os eua a assassinarem um general de um país de que não gostam porque sim, porque não gostam. Vejo-os a manter tropas de ocupação na Síria, impunemente, apesar de o governo sirio já os ter mandado para a terra deles inúmeras vezes. Vejo-os a ocuparem militarmente o Iraque porque querem ver paga em petróleo a guerra que aí mantêm desde 2003, mesmo depois de o parlamento e o governo os terem finalmente mandado para casa. Vejo-os apoiar entusiásticamente um golpe de estado na Bolivia e o governo golpista que se lhe seguiu. Vejo-os intervir descaradamente na Venezuela, estrafegando o país com sanções ilegais, nomeando um pró-consul que mete dó, roubando e vilipendiando, organizando golpes e financiando golpistas. Vejo-os a apoiar a ocupação israelita de jerusalém à revelia de todas as resoluções e votações da ONU. Continuo a assistir a um bloqueio de 59 anos que não conseguiu dobrar um povo de Vencedores do Impossível.

E tenho de ver um miserável capacho, careca, verde bilioso, afirmar perante as câmaras que está e estará ao lado desse estado terrorista.

Estou cansado.

2019/05/05

PS - Sempre sempre ao lado do capital, da banca e da finança

Mais uma vez o PS não surpreendeu. Quando teve de escolher entre a finança e o Trabalho o ps voltou a escolher o lado direito da barricada, do capital, do psd e do cds.

Admirado? Eu? Nem por isso. Escandalizado? Sim, muito, muito escandalizado com o nível de pulhice, de canalhice a que desceu a já muito emporcalhada política burguesa. A pulhice está-lhes entranhada no sangue, nas guelras, nos genes. Só sabem roubar e deixar roubar. Andaram a gozar com quem trabalha, com quem lhes ensina os filhos, quem os põe a ler, a escrever, a fazer contas.

Sois um bando de desenvergonhados canalhas!

Ao longo destes 4 anos muitas vezes me perguntei como é que um bilderberguista podia viver de orçamentos aprovados com votos das esquerdas e acabei sempre a concluir serem orçamentos onde a profunda ganância de classe do capital não sofria dores de parto.

Quando poderia sofrer, como na legislação laboral, o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP quis repor o princípio de melhor tratamento, roubado ao trabalho pela troika pafista, o princípio que impunha como regra aplicável, sempre, o tratamento mais favorável ao trabalho, o PS recusou-se votando com o PSD e o CDS,

Quando poderia ir contra os interesses do capital ganancioso o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP propôs o fim da caducidade dos contratos coletivos imposta pela troika pafista em anos de crise, o PS votou ao lado do PSD e do CDS para manter a lei do merceeiro holandês que quer uma fatia das reformas do trabalho.

Depois de acordar com as esquerdas uma lei de bases que previa o fim das PPP's na saúde, a reposição das carreiras médicas e o financiamento adequado do SNS, o PS traiu mais uma vez e foi procurar os votos do PSD e do CDS para manter o roubo privado dos dinheiros públicos da saúde.

De traição em traição até à canalhice final. Assim que o terror pafista foi afastado do PSD logo pudemos ver o tó costa a fazer rapapé ao Rui Rio, ele foi com o plano de investimento estratégico, ele foi com o plano de estabilidade e crescimento, ele foi com a lei de bases da saúde.

De traição em traição até à pulhice final. Enquanto precisou dos votos das esquerdas para aprovar orçamentos de estado, foi deixando passar a lei que impunha ao governo a devolução do tempo de serviço roubado aos professores pelo socratismo xuxial-vigarista e pela troika pafista. Assim que viu o orçamento do último ano da legislatura aprovado, fez birra, amuou, pegou na bola e disse que aqui ninguém joga mais. A bola é minha, só se marcam golos quando eu digo.

Pode ser que não, pode ser que não. Mais cedo do que mais tarde ainda vamos ver o povo a comer brioches.

#OCostaÉPulha #OCostaÉCanalha #Pulhas #Canalhas #ACristasÉPulha #ACristasÉCanalha #Pulhice #Canalhice #CostaPulha #CostaCanalha #CristasPulha #CristasCanalha #costapulha #costacanalha #cristaspulha #cristascanalha #pspulha #pscanalha #cdspulha #cdscanalha

2019/03/15

Para o Capital Tudo, Para o Trabalho Nada

É com esta ideia feita que os sucessivos governos, liderados por sucessivos ministros das finanças neo-liberais, coadjuvados por sucessivos primeiros ministros tipo verbo de encher, decidem que tem de haver dinheiro nosso para dar ao capital financeiro especulativo e que, por isso mesmo, não "sobra" dinheiro, nosso, para recuperar as carreiras dos professores com eles contratualizadas vai para 15 anos, ou para tratar o Serviço Nacional de Saúde de décadas de abandono, ou das rachas na paredes das escolas públicas.

Depois dos governos PSD-CDS-PS enterrarem 16 700 milhões de euros, do nosso dinheiro, na banca privada, o Capital continua a querer mais e mais e mais. Agora foram mais 1 100 milhões "emprestados" ao fundo abutre que chafurda no cadáver do NovoBanco, triste herdeiro do BES/GES do Ricardinho Espírito-Santo-Metralha. Alguém já disse que a banca é demasiado importante para estar nas mãos de privados. Sobre o assunto fica aqui a opinião do Vasco Cardoso, também para futura @Refer&ncia.

2018/12/05

Voto electrónico até no parlamento dá fraude

Se dúvidas havia, os deputados do PSD acabam de as tirar: o voto electrónico até no parlamento dá lugar a fraudes.

Com um grupo parlamentar extremamente reduzido os deputados do PSD têm de partilhar as palavras de passe para conseguirem fazer todo o trabalho a que são obrigados, é por isso natural que naquela bancada "marquem o ponto" uns aos outros. O que ainda não tínhamos visto era uns deputados a votar pelos outros. Nada de estranho se nos lembrarmos que nos tempos do botas até os mortos votavam ... por interposto legionário. Convinha lembrar este caso quando nos vierem vender o voto electrónico, pela minha parte, já estou a imaginar o cacique de serviço a arrebanhar cartões do cidadão para facilitar a vida aos fregueses emigrados na Suiça.

PSD: Feliciano Barreiras Duarte não estava no Parlamento, mas votou contra o Orçamento do Estado.
(Sapo 24, 2018/11/27)

O antigo secretário-geral do PSD esteve na sessão de votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, mas ausentou-se antes da votação. Ainda assim votou, tendo o nome inscrito nos votos “contra” o orçamento apresentado pelo governo para 2019. Depois de José Silvano, José Matos Rosa e Duarte Marques, com falsas presenças no parlamento, Feliciano Barreiras Duarte protagoniza um caso de voto "fantasma". [...]

2018/11/03

A Democracia Segundo os Moscovici

Qual democracia?
(Anabela Fino in Avante!, 2018/10/31)

De tudo o que já se disse sobre o resultado das eleições de domingo no Brasil a afirmação mais espantosa é provavelmente a do comissário europeu de Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que atribui o triunfo de Jair Bolsonaro a uma espécie de «cansaço democrático» fruto dos efeitos da crise que deixou «desigualdades impressionantes».

Integrando a eleição de Bolsonaro na tendência de recuo das «democracias liberais» em todo o mundo, Moscovici considera que este fenómeno «está talvez ligado a uma forma de cansaço democrático, sobre a qual aqueles que têm a democracia no coração deveriam reflectir, de modo a organizar um contra-ataque».

2018/10/26

Xuxas a Xuxar: é uma tradição

Xuxalistas no seu melhor ;-) A Maria da Falta de Saúde Privada de Belém Roseira a escrever a lei de bases da saúde e o Hugo Alojamento Local Pires à frente da comissão da lei das rendas. Dêem-lhes maioria absoluta para eles nomearem o Ricardo Levou à Falência o Espirito Santo Salgado para regulador da atividade bancária ;-)

2018/10/22

Espanha, as Transições e as Traições

Errejón/Carrillo, pedir perdão nº 2
(Ángeles Maestro, ODiário.info, 2018/10/17)

Quem não sabe é um imbecil. Quem sabe e se cala é um criminoso
Bertolt Brecht


Nos últimos dias Iñigo Errejón deu um passo mais para instalar o Podemos no quadro do politicamente correcto para as estruturas de Poder. Sem que tenha sido desautorizado pela sua organização, nem pela sua coligada IU, pediu desculpas a parte das gerações anteriores para o caso de se terem sentido ofendidas por declarações de Podemos que falavam de fazer tábua rasa e de arrumar com o Regime de 78, quando o que na realidade pretendem é actualizá-lo.

2018/09/09

Uma Panorâmica dos Partidos Suecos

Apesar de as eleições para o parlamento sueco estarem a decorrer, vale sempre a pena ler a panorâmica que o esquerda.net publicou na passada 6a dia 8 sobre a história e a realidade contemporânea dos partidos politicos que hoje se apresentam aos eleitores suecos. E porque quero ficar com ela aqui mais à mão para refer&ncia futura, vou copiá-la na integra.

Eleições na Suécia: extrema-direita perto de resultado histórico
(Jorge Martins, esquerda.net, 2018/09/08)

As eleições legislativas que decorrerão no próximo domingo, na Suécia, deverão ter como desfecho principal uma forte subida dos Democratas Suecos (SD), uma força política de extrema-direita, anti-imigração, islamofóbica, antissemita, socialmente conservadora e eurocética. O Partido da Esquerda (V) espera, igualmente, obter importantes ganhos, mas estes ficarão bastante aquém dos da direita radical.

2018/07/14

O Rabo na Boca da Fertagus

Coincidência ou nem por isso a verdade é que duas opiniões juntas valem três vezes mais.

Esta semana ficámos a saber, pela boca do presidente da CP, que o que lá falta é material circulante e pessoal para por a funcionar o que está avariado.

Ficámos também a saber, pela boca desse mesmo infiltrado do Capital, que a solução não vai passar por contratar mais trabalhadores para arranjar o material avariado, mas subcontratar os arranjinhos no estrangeiro e, em vez de comprar material circulante, porque o Centeno da Costa não deixa, aluga-se à renfe aqui dos nuestros hermanos que por uma vez não serão germanos.

A despropósito disso e muito mais, esta semana, o Manuel Gouveia escreve no Avante!, sobre o dinheiro que o país tem para resolver esses problemas mas o PS prefere gastar em juros da dívida e prebendas ao Capital sob forma de PPP's.

Interessante é notar que a Crista de galinha aproveita essa mesma falta de tudo que os privados impôem na CP para defender a Parceria Para os Privados com a fertagus que vende passes a mais de 130 euros por mês. Agora a propósito: sabiam que a concessão do comboio da ponte acaba em 2019? Podiamos acabar com essa PPP! Queremos? Quem quer e quem não quer? @Refer&ncia

2018/07/13

Sobre os Preocupados com o Interior

Haja Paciência
(Anabela Fino in Avante!, 2018/07/05)

O interior está na moda. Melhor dizendo, as alegadas «preocupações» com o interior estão na ordem do dia, pelo menos no que à agenda política de alguns partidos diz respeito. Dando de barato o absurdo da insistente e persistente tónica posta no termo interior aplicado a um país que tem como comprimento máximo pouco mais de 500 km e uma largura que não vai além dos 218 km, mais a mais com um relevo em que, no continente, a montanha mais alta não chega aos dois mil metros e menos de 12 por cento do território está acima dos 700 metros de altitude, o que objectivamente faz de Portugal uma língua – e estreita –, dando de barato tamanho absurdo, dizia, ocorre perguntar o que faz correr os novos defensores do interior.

2018/07/10

A Ofensiva do Capital Contra o Trabalho

Acabou finalmente o fim de semana em que um outro assunto marcou a ordem do dia e as acaloradas discussões nas redes sociais versaram outras animalidades.

Eu ainda não fiz as pazes com os apoiantes das «expressões de cultura popular» muito pouco populares e ainda não percebi bem se e quando virei a fazê-las, mas é tempo de olhar para o que, não fora a atitude impensada de alguns,  deveria ter sido o tema dos debates deste último fim de semana: as formas de por termo à ofensiva anti-laboral do capital.

O Armando Farias descreve-a, a nós compete-nos combatê-los por todos os meios ao nosso alcance: a ofensiva anti-laboral do Capital está a ser feita «articulando quatro eixos principais:

- a precarização da relação laboral, por via da liberalização e embaratecimento do despedimento individual, da generalização das formas precárias de trabalho e do alargamento do período experimental;

- a desregulação da organização do trabalho e a desregulamentação dos horários, a par da introdução dos bancos de horas e de outros regimes incluídos no pacote das chamadas flexibilidades e adaptabilidades;

- a diminuição dos rendimentos do trabalho, seja pela contenção salarial, seja por outras vias de aumentar a exploração dos trabalhadores, como o aumento do trabalho não remunerado;

- a imposição de regras que visam fragilizar o direito à contratação colectiva, nomeadamente o regime da caducidade, a possibilidade de adesão individual às convenções colectivas de trabalho; a eliminação do principio do tratamento mais favorável aos trabalhadores, a generalização do contrato individual de trabalho, a redução do direito de greve, através do alargamento dos serviços mínimos a vários sectores de actividade.

Não surpreende, portanto, que a apreciação da CIP tenha, também ela, um mesmo fio condutor. Se o anterior presidente daquela organização patronal se regozijava por Vieira da Silva fazer melhor trabalho que um governo de direita, o actual presidente, António Saraiva, não se mostrou menos agradado com a escolha do mesmo homem para Ministro do Trabalho no actual Governo do PS/António Costa.»

Quem neles votar é porque se deixou enganar ;-) @Refer&ncia


2018/07/07

Com o Capital, Sempre Com o Capital

Até chateia! Realmente importante, hoje, foi a rejeição pela direitalha-canalha das alterações à legislação laboral propostas por comunistas e bloquistas.

Coisas tão básicas como os 25 dias de férias  p a r a    t o d o s, a recuperação das compensações por despedimentos roubadas pelo pafismo, a revogação da liberalização troikista dos despedimentos por inadaptação e das alterações ao despedimento coletivo e por extinção do posto de trabalho.

E estas são questões que têm de ser alteradas agora, com a geringonça existente, porque no momento em o centrão-vigarão se reconstituir só vamos ter mais retrocessos, laborais, sociais, politicos, económicos e por aí fora.

Duas curtas interessantes, a sempre curta do tempo das cerejas e um comentário do facebroncas de que não posso deixar passar a refer&ncia.

Por Assim Dizer
(José Gabriel in Facebroncas, 2018/07/05)

Hoje, a lide - por assim dizer - na Assembleia da República teve dois tércios - por assim dizer: no primeiro, discutiam-se as touradas; no segundo, o governo e o seu braço (cada vez mais corporativo) designado por "concertação social" tenta tourear os trabalhadores com a nova legislação laboral. Receio que os comentários venham a investir - por assim dizer - sobre o primeiro. É que ele está lá para servir de capa - por assim dizer....

2018/07/05

Só Depende de Nós

As eleições aproximam-se a passos de gigante e, a julgar pelo comportamento do centrão-vigarão, podem chegar mais cedo do que se espera.

Tivemos 3 anos de acalmia.

A pressão da esquerda conseguiu estancar o processo terrorista de destruição acelerada do SNS, da Segurança Social, da Escola Pública, a grande maioria da população com mais fracos rendimentos conseguiu algumas melhorias, pela primeira vez em décadas.

Valeu a pena? Valeu! Como é que foi possível? Porque o PS foi forçado a dialogar com a esquerda.

No dia em que o Rio "O Esfaqueado" se alcandorou ao poder no PSD, o PS apercebeu-se que já tinha interlocutor á direita e não hesitou, voltou imediatamente ao seu tradicional comportamento: entre outras falcatruas, votou contra a reposição da contratação coletiva como pilar da negociação, acordou com o patronato a continuação da precariedade e fez tábua rasa da lei que votou, do orçamento que reconhecia o direito dos professores a verem contabilizados os 9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo em que trabalharam sem verem progredir as suas carreiras.

Pela primeira vez desde o 25 de Abril tivemos três anos em que o centrão-vigarão ao serviço do Capital não conseguiu fazer tudo o que quis e muito bem lhe deu na gana, muito pelo contrário.

Agora é chegada a hora de começar a pensar a sério no que vamos fazer quando chegarem as eleições.

O que cada um de nós fizer a partir de hoje vai contribuir para manter e aprofundar a inflexão à esquerda destes últimos três anos ou abrir novamente a porta para a governação tachista do centrão-vigarão pela qual o PS tanto anseia. O que é que vamos fazer?

Assobiar para o ar e permitir o regresso do neoliberalismo desbragado do PSD? Não é uma alternativa. Voltar ao pão duro depois de provar brioches? Dar maiorias a um PS que acaba de demonstrar o seu alinhamento de classe: sempre, sempre ao lado do Capital? Outra vez? Já nos esquecemos das maiorias do trócaste e do Guterres?

A única alternativa é votar e convencer a votar á esquerda do PS. Eu voto comunista, nunca o escondi. Para mim, estres últimos três anos são a prova acabada de que o PCP tem razão quando afirma que só fortalecendo a presença dos comunistas na Assembleia da República será possível forçar uma política de esquerda, uma política do e com o trabalho e os trabalhadores. Mas há outras escolhas à esquerda do PS, alternativas que lhe bloqueiam as maiorias absolutas e o podem forçar a dialogar com a esquerda. Ocorrem-me em primeiro lugar os meus amigos bloquistas, mas existem outras, só depende de nós ;-)

2018/05/19

Para a História da Corrupção Capitalista

O Polvo – algumas considerações sobre casos de corrupção em Portugal
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/05/15)

Casos que têm origem nas privatizações, na submissão a imposições externas e na crescente subordinação do poder político ao poder económico, de que o «bloco central de interesses» foi motor.

Mais uma acha para a fogueira da corrupção

1. O mais recente caso envolvendo o ex-ministro Manuel Pinho, o BES, a EDP e também o ex-ministro António Mexia, terá desejavelmente um curso de investigação e processos judiciais dela decorrentes, mas não podem deixar de ser apreciadas no plano político. As rendas, que foram sendo permitidas à EDP por aquele ex-governante, poderão ser mais um caso da corrupção de membros de governos pelo poder económico.

Como noutros casos, os comunistas referem que é indissociável do processo de privatizações, da submissão às imposições externas, da recuperação do poder monopolista e da sua relação com a crescente subordinação do poder político ao poder económico.

2018/03/17

O PS, sempre, sempre ao lado do Capital!

«A deputada do PS bem tentou arranjar desculpas para o que viria a fazer pouco depois, votar com a direita contra os direitos dos trabalhadores. No fim, confessou que à oportunidade e à forma se somava um problema: não estava de acordo com o conteúdo»

E mais não digo.

2018/03/14

PS Sempre, Sempre ao Serviço do Capital

Surpreendido? Eu? Longe disso. Nunca esperei que o PS votasse ao lado do trabalho quando a luta de classes impusesse uma escolha.

Hoje estavam em causa «a reposição do princípio do tratamento mais favorável aos trabalhadores e o fim do regime de caducidade da contratação colectiva e dos mecanismos de desregulação dos horários de trabalho – adaptabilidade e banco de horas.»

Hoje eram votadas propostas do PCP e do BE para por um fim à gravíssima ofensiva do revanchismo pafista que fez recuar 40 anos a legislação laboral.

O PS voltou a votar ao lado do capital, com o pior que o pafismo tem do psd e do cds. O PS votou, tal como sempre o fez, contra o trabalho, dando mais uma vez razão ao PCP quando afirma ser o aumento da sua representação parlamentar o único caminho para uma política de esquerda, uma politica progressista, uma politica que recupere os direitos que o trabalho vem a perder desde o início da ofensiva neo-liberal na década de oitenta.

Estamos a um ano de mostrar que aprendemos o valor de um parlamento maioritariamente de esquerda. A um ano de acabar com as maiorias de direita, sejam elas temperadas com mais ou menos psd, ou absolutamente xuxalistas. Estamos a um ano de poder fazer crescer o poder do trabalho no parlamento. Vamos conseguir? @Refer&ncia

2018/02/04

PS PSD e CDS Chumbam Reposição de Direitos

Para refer&ncia futura, aqui fica breve nota: PS PSD e CDS unem-se para chumbar a proposta do PCP de reposição do valor das horas extraordinárias e do descanso compensatório.

O PS de sempre, sempre ao lado do Capital. Lembre-mo-nos quando lhe quiserem dar maioria absoluta.

2017/11/28

PS: a Derivar Feito Cortiça Desde 1974

Reproduzo já aí em baixo a crónica do DN onde Pedro Tadeu diz umas verdades sobre a estranha cambalhota de 180 graus dada pelo PS no caso das energias renováveis.

Depois de ter deixado passar a proposta numa primeira votação, o PS pediu a repetição para, com o voto do putativo governamentalizável CDS e a abstenção do PSD, meio-irmão por parte do centrão governativo, devolver às energéticas 250 000 000 de euros que se destinariam a tornar menos penosas as facturas de electricidade dos mais desfavorecidos.

António Costa Traiu o Bloco e o PCP?
(Pedro Tadeu in Diário de Noticias, 2017/11/29)

Na sexta-feira os deputados do Partido Socialista votaram a favor de uma contribuição a aplicar aos parques eólicos, proposta pelo Bloco de Esquerda, que deveria garantir 250 milhões de euros ao Estado. Este dinheiro serviria, segundo os proponentes, para subsidiar uma revisão das tarifas de electricidade que aliviasse os preços pagos pelos consumidores.

Na segunda-feira o Partido Socialista deu o dito por não dito, usou uma manobra parlamentar para votar novamente o diploma e, com a excepção do deputado Ascenso Simões (por acaso especialista no tema da energia e antigo administrador da entidade reguladora do sector), votou em bloco, com o CDS, contra a proposta. O PSD absteve-se. Bloco, PCP, PEV, PAN e Ascenso Simões perderam no voto a favor.

PS: A Flutuar Como os Submarinos desde 1974

O PS A Flutuar Como os Submarinos desde 1974
Eu não diria melhor, quem tivesse dúvidas viu na votação final global do OE que:

«a "flutuação para a esquerda" na política do Governo actual, provocada pela circunstância específica de ser necessária a viabilização do mandato do PS, é uma anomalia no comportamento do PS mas não uma alteração matricial no seu posicionamento.»

«O passado também demonstra que o PS tem um comportamento de poder comprometido com os grandes interesses económicos, com a estrutura proprietária e com a sua concentração num grupo cada vez mais pequeno de grandes proprietários. Igualmente, demonstra que o compromisso fundamental do PS é para com o grande capital transnacional e para com a exploração do trabalho dos portugueses, aliado a uma constante entrega de sectores fundamentais a privados, em detrimento da qualidade dos serviços e dos direitos de quem os presta e de quem deles usufrui.»

«O passado demonstra igualmente que o PS é um partido que protagoniza, quando liberto para tal, uma política eminentemente de retrocesso social e de decadência económica.
O passado também demonstra que o PS tem um comportamento de poder comprometido com os grandes interesses económicos, com a estrutura proprietária e com a sua concentração num grupo cada vez mais pequeno de grandes proprietários. Igualmente, demonstra que o compromisso fundamental do PS é para com o grande capital transnacional e para com a exploração do trabalho dos portugueses, aliado a uma constante entrega de sectores fundamentais a privados, em detrimento da qualidade dos serviços e dos direitos de quem os presta e de quem deles usufrui.»

«O passado demonstra igualmente que o PS é um partido que protagoniza, quando liberto para tal, uma política eminentemente de retrocesso social e de decadência económica.»

Di-lo o Miguel Tiago hoje no Manifesto74 e eu assino por baixo.

PS: Um Jogo Novo?
(Miguel Tiago in Manifesto74 2017/11/28)
A brilhante intervenção do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2018 é a prova de que o Partido Socialista pode constituir-se como força de esquerda através da alteração da correlação de forças entre PS e PCP no quadro geral da Assembleia da República.

Agora que já tenho a vossa atenção, vejamos os 3 motivos principais por que é falsa a afirmação anterior:

1. O Passado

O passado demonstra claramente que o PS tem uma postura discursiva variável consoante o momento histórico, para preservar a política de direita e o favorecimento da predação do trabalho pelo capital através daquilo a que chamam a "economia social de mercado"(1). A utilização de figuras como Manuel Alegre, ou as alusões de Mário Soares ao "socialismo democrático" foram afinal de contas, como a História demonstra sem margem para grandes dúvidas, apenas as máscaras e camuflagens que o PS sempre utilizou para capitalizar dividendos junto do movimento progressista português, particularmente em fases em que a hegemonia permitia alcançar conquistas e avanços para o proletariado que o próprio PS se encarregou de travar e neutralizar, impondo a política da União Europeia e o capitalismo monopolista, provocando o afastamento de Abril e a aproximação a Novembro.