2018/08/30

Os Mortos nas Guerras do Botismo

50 anos depois do início das guerras coloniais, alguns dados para avivar a memória
(Irene Pimentel, in Jugular 2016/03/11)

Entre 1961 e 1974, Portugal, onde vigorava um regime ditatorial, levou a cabo guerras coloniais em três frentes de combate. Segundo números oficiais, ao chegar-se a 1974 - ano em que foram mobilizados 150 mil efectivos militares para o esforço de guerra em África -, já havia treze anos que a guerra durava em Angola, onze anos na Guiné e dez em Moçambique. Vejam-se alguns dados para memória presente e futura:

- A guerra sorveu entre 7 a 10% da população portuguesa e mais de 90% da juventude masculina. Ainda em termos de gastos humanos, durante os treze anos de guerra, morreriam mais de 8 mil homens e ficariam feridos ou incapacitados cerca de 100 mil portugueses.

Casamento para a vida - outra expressão de cultura popular

Preocupa-me esta deriva conservadora do PCP em matérias socio-culturais. Esta é a terceira vez em perto de um ano que me encontro em confronto com as linhas orientadoras, e as opções de voto de um partido que se afirma como vanguarda do proletariado.

Agora, opondo-se à permissão para casar sem periodo de nojo pós-divórcio viu-se, pela terceira vez, em matérias algo afastadas do dominio económico, ao lado da direita mais ultramontanamente retrógrada.

Ensina-me a história que quando os meus inimigos de classe me aplaudem, tenho de ver cuidadosamente onde errei.

Desde quando os comunistas defendem como único modelo de família o casamento para a vida? Ou isso também é uma manifestação da cultura popular que se deve preservar a todo o custo? Não vou repetir aqui argumentos com mais de um século, mas era essencial que o sg e o secretariado e o cc lessem o que sobre a instituição contratual entre seres livres e iguais disseram as feministas hà mais de cem, as kolontais, a rosas luxemburgo, ou mesmo os engels e os marxes.

E note-se que não podemos olhar para essas análises com mais de um século como dogmas ou verdades reveladas, muito pelo contrário, desde aí muita água passou debaixo das pontes, tanta àgua que a sociedade já aceita pacificamente o divórcio, a poligamia, as relações abertas, os casamentos homosexuais, o casamento civil, as amizades coloridas ... só o pcp deste século xxi parece parado no tempo, ao lado do cds, pela terceira vez, temeroso em liderar a evolução e refém de "manifestações de cultura popular".

Espero bem ver rapidamente o dia em que o apoio a estas "manifestações de cultura popular" será finalmente visto como "um desvio conservador", entretanto resta-me ir votando no pcp porque é o único que vai defendendo coerentemente os meus interesses na àrea económica. Mas até quando?

2018/08/27

O jornalismo está de volta com o lado oculto

Chegou "às bancas" um novo projecto de Informação com I maiúsculo.

O número zero do lado oculto está disponível em oladooculto.com e parece valer bem os 31 cêntimos por número que poderá vir a custar a assinatura anual.

Afirma-se como uma «publicação, rigorosamente independente, […] sustentada unicamente pelos seus assinantes» com um «Colectivo Redactorial constituído por 10 jornalistas de várias nacionalidades com passagens por alguns dos mais poderosos meios de comunicação internacionais e, também por isso, familiarizados com os condicionalismos impostos por muitos deles à divulgação livre das informações apuradas. A sua adesão a um projecto livre e independente é uma maneira de se reconciliarem com a profissão e de trazerem ao conhecimento dos leitores as experiências e os resultados de investigações profundas, por vezes total ou parcialmente silenciadas.»

Depois do AbrilAbril ter preenchido a enorme ausência de informação factual, surge agora um semanário dedicado ao que no mundo se passa com um estatuto editorial socialmente comprometido «com a democracia – não apenas a entendida como “representativa”,[…] mas sim nas formas que resultam de mecanismos institucionalmente legitimados para expressão, reconhecimento e respeito da vontade soberana de comunidades de cidadãos locais, regionais, nacionais e multinacionais. O Lado Oculto combate, enquanto meio de comunicação comprometido com a genuína liberdade de informação, quaisquer violações de direitos humanos, não esquecendo as que são cometidas por instituições e entidades nacionais e transnacionais autointituladas defensoras dos direitos humanos. […] Combate e denuncia todas as formas de agressão contra o planeta e a natureza, não pactuando com qualquer justificação economicista ou argumentos relacionados com o crescimento económico para prosseguir a devastação da Terra. […] Declara-se contra a violência exercida sobre animais, os atentados à vida selvagem e as práticas conducentes a desequilíbrios ambientais. […] Repudia toda e qualquer forma de discriminação de cidadãos ou comunidades de cidadãos, designadamente as fundamentadas em género, origem, cor da pele, opção sexual, escolha religiosa ou não-religiosa, classe social, nacionalidade, tradições e supostos hábitos culturais ancestrais. [...] Declara-se comprometido, acima de tudo, com a liberdade, a cidadania e a dignidade do ser humano, detectando e desmascarando todas as formas de discriminação, autoritarismo e opressão individual e colectiva, incluindo as que são praticadas em nome do “sistema de mercado” e dos supostos princípios que garantem a “liberdade do mercado”, […] declara-se um defensor intransigente da paz, contra todas as formas de terrorismo e de guerra de agressão, incluindo – por maioria de razão – as que são iniciadas e conduzidas invocando alegadas motivações democráticas, pacificadoras e humanitárias.»

É o regresso do Jornalismo com J? Esperemos que sim.

Parabéns e boa sorte ;-)

Morreu McCain o Fascista Amigo do Daesh do Sionismo e dos Neo-nazis



Os caneiros merdiáticos da famiglia bolsanamão, agora chefiados pelo filho bolsanamão junior, publicitaram ontem um panegírico do santo McCain, fascista trauliteiro, apoiante e amigo do daesh/isis, como se vê na foto ao lado em amena cavaqueira com o seu futuro lider Abu Bakr al-Baghdadi

e dos neo-nazis ucranianos, na companhia dos quais vomitou ódio em praça pública como se pode ver na foto ao lado,

e do fascismo sionista em tudo o que de mau e ilegal faz.

Este, aos olhos do bolsanamão junior, heroi do mundo livre, fez o pleno do que de mau há no mundo. Diz-me quem panegirias digo-te o que és: um desavergonhado fascista.

Que a terra lhe pese a areia que cobre os túmulos dos mortos que semeou.




2018/08/25

Marx e o capital no século XXI

Marx e o capital no século XXI
(uma entrevista com David Harvey, blogue da Boitempo, 2018/08/18)

David Harvey fala sobre seu novo livro "A loucura da razão econômica: Marx e o capital no século XXI" em entrevista a David Denvir: "Tenho apostando na construção de alianças. Para construir alianças, você precisa ter uma imagem da totalidade de uma sociedade capitalista. Daí a importância de ler Marx hoje."
Publicado em 17/08/2018

Entrevista especial com David Harvey.

David Harvey é um dos marxistas mais influentes da atualidade. Geógrafo de formação, ele desenvolveu uma leitura bastante original da obra de Marx informada por uma sensibilidade às dinâmicas de urbanização que acompanham a história do capitalismo e suas crises. Seu mais novo livro, A loucura da razão econômica: Marx e o capital no século XXI, é um esforço culminante desse projeto intelectual e político. Nele, Harvey se propõe a atualizar o pensamento de Karl Marx à luz das novas transformações da globalização capitalista contemporânea. Disparando contra a “loucura da razão econômica”, ele revela a total impotência da dita “ciência econômica” imperante para lidar com os problemas postos pela crise atual do capitalismo. Trata-se de uma obra de amplo alcance temático – abordando fenômenos diversos como bitcoin, inteligência artificial, a ascensão do fascismo, os megaprojetos chineses e a crise da Zona Euro – que procura fornecer um instrumental teórico à altura das complexidades e armadilhas da lógica do capital para que os diversos movimentos e organizações sociais possam calibrar melhor suas estratégias políticas diante do inimigo comum.

Na semana que vem, David Harvey desembarca no Brasil para uma série de atividades de lançamento do livro. Confira a agenda completa dele ao final deste post. Para esquentar, reproduzimos abaixo a entrevista que ele deu a Daniel Denvir, colaborador da Jacobin, para o The Dig. A tradução é de José Carlos Ruy, do Portal Vermelho.

Boa leitura!

* * *

Daniel Denvir: Você tem lecionado sobre O capital, de Marx, por um bom tempo. Faça uma breve visão geral de cada um dos três volumes.

David Harvey: Marx está muito nos detalhes, e às vezes é difícil entender exatamente no que consiste sua concepção de capital. Mas na verdade é simples. Os capitalistas começam com certa quantia de dinheiro, levam esse dinheiro ao mercado e compram algumas mercadorias, como meios de produção e força de trabalho, que colocam para trabalhar num processo de produção que gera novas mercadorias. Elas são vendidas por dinheiro, com um lucro. Então o lucro é redistribuído de várias maneiras, na forma de aluguéis e juros, e então circula de volta para aquele dinheiro, e reinicia o ciclo de produção.

É um processo de circulação. E os três volumes de O capital lidam com diferentes aspectos desse processo. O primeiro trata da produção. O segundo lida com a circulação e o que chamamos de “realização” – a maneira como a mercadoria é convertida em dinheiro. E o terceiro lida com a distribuição – quanto vai para o proprietário, quanto vai para o financista, quanto vai para o comerciante, antes que tudo seja revirado e reenviado de volta ao processo de circulação.

É o que tento ensinar, para que as pessoas entendam as relações entre os três volumes de O capital e não se percam totalmente em nenhum volume ou em partes deles.


2018/08/21

Wikicionário de Refer&ncia

Boliqueimo (A M S) - Diz-se daquele que fala com a boca cheia de bolo rei e/ou sofre episódios vagais. (S M S) Lider de uma facção especialmente descerebrada da direitalha-canalha.

Achegados (S P) - Conjunto de descerebrados que berram com os ciganos. Extrema direita da direitalha canalha e dos direitosos (Vtbm). Versão dos Liberalistas (VTbm) para a classe C.

Bolsanamão (S SG P) - Famiglia detentora de uma grande produtora de #fakenews com ramificações de fibra ótica em semanários e ondas hertzianas.

Botismo (S M P) - Fascismo à portuguesa: rural, católico e miserável, liderado por um velho seminarista que só calçava botas e esteve, nunca iria estar, em qualquer parte, mais conhecido por esteves ou botas.

Caneiro (SM) - Meio usado pelos donos disto tudo para implantar no cérebros das famílias a desinformação que mais lhes convém em cada momento. Especialmente notórios são dos caneiros televisivos e os jornaleiros.

Cavacais-Liberais (SCA SG P) - Subconjunto da direitalha canalha liderada por um boliqueimo.

Cavacal Figura (S M S) - Ver Boliqueimo.

Centrões-Vigarões (SCA M P) - Referente aos possíveis conjuntos de partidos tachistas situados entre (inclusivé) os xuxalistas e os cavacais-liberais. VTbm Tachista e Vigarão.

Chapelada (S F S) - Processo em que os elementos censitariamente habilitados das familias depositam um papelinho numa urna, fisica ou virtual.

Democratação (S F S) - Processo de instituição de uma democratadura.

Democratar (VR) - Instituir uma democratadura.

Democratadura (S F S) - Ditadura da Ideologia Burguesa com chapeladas genericamente aceites no lugar de eleições.

Direitalhas-Canalhas (SCA F P) - Referente aos possíveis conjuntos de forças tachistas situadas à direita (inclusive) dos cavacais-liberais. VTbm Tachistas. Aplicável por generalização a quaisquer direitosos (VTbm).

Direitosos (SP) - Descerebrados que alinham com o roubo da mais valia produzida pelo trabalho, pela expansão da miséria, do roubo, da desigualdade, do racismo e das fobias todas incluindo as xenofobias, as homofobias e as misogenias.

Escrevinhar (VR) - Botar caracteres em meio fisico ou virtual de acordo com o AO90. Atividade de um escrevinhador.

Escrevinhador(a) (S M(F) S - Máquina de escrever descerebrada paga pelo capital.

Espesso (S M S) - Jornaleiro da famiglia Bolsanamão.

Facebroncas (S M S) - Café da esquina onde a gente se encontra com outras senhoras e senhores e meninos e meninas e Manuéis e Joaquinas, gente de todas as cores e feitios e medidas e amigos e companheiros e camaradas, para conversar acaloradamente sobre os pequenos nadas que fazem vidas as nossas vidas.

Grupo da Lima - Grupo de países com governos dos irmãos metralha eleitos pelos estados unidos da américa em chapeladas mais ou menos forçadas e que querem impor à Venezuela o regime que impera nos pátios das traseiras trumpistas. Conhecidos por, à semelhança dos famosos irmãos metralha recorrerem a limas para fugirem da prisão.

Império da Mentira (S M P) - A superestrutura imperialista responsável pelo fabrico da "verdade alternativa" com que sobrevive a população ocidental e que engloba o complexo militar-industrial-mediático, a NATO com os EUA à cabeça e a UE a servir de carro vassoura. A expressão foi cunhada por Andrei Martyanov.

Injustiça de Classe (SA F S) - A justiça disponibilizada pelas democrataduras.

Jotinha (S SG S) - Criança mal educada, bronca e lobotomizada. Futuro chefe de qualquer coisa. Aprendiz de vigarinho.

Jornaleirismo (SM) - Atividade de um jornaleiro. Escrevinhador de #fakenews ou de #nonews. Vigarinho ou Vigarão, consoante o abotoanço em dólaras amaricanas, a estagiar num jornaleiro de uma qualquer das famiglie Donas Disto Tudo.

Jornaleiro(a) (S M/F S) - Escrevinhador(a) de #fakenews; Tbm (S M S) Folha de pasta de papel seca com caracteres impressos. Tbm (A) Diz-se daquilo ou daquele que pratica jornaleirismo. Tbm (como arcaismo) Dizia-se de quem vendia umas folhas de papel impressas com noticias então denominadas jornais e que desapareceram em Portugal com o fecho de instituições informativas como o Diário, o Diário de Lisboa ou o Noticias da Amadora. Os Jornais foram progressivamente substituídos por jornaleiros de que se citam como paradigmas o Correio da Manha e o Espesso e, a um outro nível de propagação de vigarice, O Público ou o Diário de Noticias.

Liberalistas (S P) - Versão de Achegados (Vtbm) para as classes A e B. Em vez de berrarem com os ciganos, primeiro acusam-nos de viverem de subsídios e depois berram com os subsídios. Pretendem viver à custa do trabalho de quem trabalhe e dos subsídios do Steve Bannon.

Ministério da Verdade (S M S) - Complexo mediático corporativo ao serviço do Império da Mentira responsável pela criação das "realidades alternativas" permanentemente desmentidas pela verdade factual. O conceito foi originalmente proposto por George Orwel na monumental obra de antecipação sociológica "1984".

Opinadeiro/a (S M/F S) - Escrevinhador de boutades.

Perdigolho/a (S M/F S) - Perdigoto zarolho.

Púbico (S M S) - Pêlo matinal da Famiglia Bolomirro.

Tachistas (A SG P) - Conjunto de percevejos alimentados pelo orçamento de estado.

Vigarão (S M S) - Vigarista grandalhão. Doutorado em vigarice.

Vigarinho/a (S M/F S) - Vigarista pequenininho. Aprendiz de vigarista.

Vigaronomia (S F S) - Arte de vigarizar o próximo falando economês.

Xuxalistas (A SG P) - Conjunto de tachistas socialmente preocupados com a quantidade de dólaras que lhes caem nos bolsos.



A - Adjetivo. Adjetivante.
C - Composto.
P - Plural.
R - Regular.
S - Substantivo. Singular.
SG - Sem género.
Tbm - Também.
V - Verbo.
VTbm. - Ver também.

2018/08/18

A Ideologia Dominante a Reescrever a História

O facto é apontado pelo Tempo das Cerejas e conta-se em dois curtos atos e um epílogo.

No primeiro ato, a loja P2 da vigaronomia nacional inventa um titulo. No segundo ato, o escrito desmente o titulo. Como epílogo da peça o Tempo das Cerejas indica a ligação para «O pioneiro projecto de lei do PCP de 1995».

É a ideologia dominante a reescrever a história nos jornaleiros para audiências de milhares e a memória histórica ainda viva a repôr a verdade para audiências de centenas.

2018/08/09

Histandu

Peço desculpa aos frequentadores habituais pela ausência de movimento. Regresso em meados de Agosto. Neste momento Histu em trânsito.

2018/08/05

Daniel Barenboim Critica Apartheid Israelita

À frente da West-Eastern Divan Orchestra em Sevilha, julho de 2012
A lei israelita do «Estado-nação» é uma «forma clara de apartheid», diz Daniel Barenboim
(Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, facebook 2018/07/26)

Daniel Barenboim, o pianista e maestro mundialmente famoso, rotulou a lei israelita do «Estado-nação do povo judeu» como «uma forma muito clara de apartheid».

«Hoje tenho vergonha de ser israelita», escreveu Barenboim num artigo de opinião publicado no jornal «Haaretz». A lei, afirma, «confirma a população árabe como cidadãos de segunda classe».

A lei foi aprovada por 62 votos a favor, 55 contra e duas abstenções no Knesset (parlamento isarelita), de 120 membros, após meses de discussões políticas.
A lei dá aos judeus a supremacia sobre todos os cidadãos israelitas não-judeus, razão por que os seus críticos, sobretudo os palestinos que são cidadãos de Israel, a classificam de racista.

A «lei do Estado-nação do povo judeu» concede o direito exclusivo de «autodeterminação nacional» aos judeus, onde quer que vivam, em Israel ou no estrangeiro, quer possuam cidadania israelita quer não.

A lei não considera iguais perante a lei os cidadãos não-judeus de Israel, incluindo os palestinos muçulmanos ou cristãos (20% da população).

A lei também considera o hebraico a única língua oficial do Estado, rebaixando o árabe, anteriormente também língua oficial, à qualidade de língua com «estatuto especial» não especificado.

Com natureza constitucional, a lei significa de facto a reafirmação do caráter confessional e segregacionista de Israel.

Barenboim, que é diretor musical geral do La Scala, da Opera de Estado de Berlim State e da Staatskapelle Berlin, foi co-fundador, juntamente com o falecido Edward Saíd, da West-Eastern Divan Orchestra, uma orquestra de jovens árabes e músicos israelitas sediada em Sevilha.

«Podem os judeus, cuja história é um registo de contínuos sofrimentos e implacáveis perseguições, permitir-se permanecer indiferentes aos direitos e ao sofrimento de um povo próximo?», interroga Barenboim.