Chama-se Cristina Tavares e é uma Mulher com M muito grande(1). Foi injustamente despedida, reintegrada por ordem do tribunal, sujeita a tenebroso assédio laboral(2), novamente despedida(3), novamente reintegrada com uma indemnização de 11 000 euros, por acordo entre as partes, no dia em que se iniciaria o julgamento do processo com vista a nova reintegração(1).
Tudo isto caído do céu por obra e graça do espírito santo? Não! Uma segunda vitória conseguida com uma luta tenaz rodeada pela solidariedade das mulheres e dos homens que à dela juntaram a sua voz num coro de protesto solidário(4).
Para a história ficam dois apelidos. O Tavares da Cristina que passa a honrar quem o ostenta e o Couto dos fernandos corticeiros cujo opróbrio enche de vergonha quem o carrega.
No Lutar é que está o ganho.
#CristinaTavares #VivaCristinaTavares #AcçãoELuta #Soliedariedade #NoLutarÉQueEstáOGanho #
(1) «A corticeira Fernando Couto vai reintegrar a trabalhadora Cristina Tavares, alvo de alegado despedimento ilícito, indo ao encontro daquela que sempre foi a reivindicação da funcionária. Foram ultimados esta quarta-feira de manhã os pormenores de um acordo com vista à reintegração da operária, que vai regressar à empresa já no dia 1 de julho no mesmo "conteúdo funcional", sabe o JN. A trabalhadora vai ainda receber uma indemnização por danos morais no valor de 11 mil euros.»https://www.facebook.com/SolidariedadeComCristinaTavares
(2) «[...] Depois de ter «convidado os outros trabalhadores a não falar com ela», a empresa, sabendo que esta sofria de várias doenças profissionais (tendinites, hérnia discal e lombalgia), colocou-a a fazer trabalho pesado. [..] Foi isolada pela empresa dos demais colegas e que, até à presente data, está «a carregar e a descarregar os mesmos sacos com mais de 15/20 kg para a mesma palete», num ambiente ao sol que atinge «temperaturas muitas vezes superiores aos 40/45º graus (com contantes hemorragias nasais), (...) ao "arrepio" das recomendações» da medicina do trabalho da empresa. Além das «constantes provocações verbais»,[...] a trabalhadora está proibida de estacionar o seu automóvel dentro do parque destinado a todos os outros, como também de aceder à casa-de-banho dos trabalhadores, sendo obrigada a deslocar-se a uma que lhe foi «atribuída», sem o mínimo de privacidade e que tem de cobrir com um pano preto que trouxe de casa. (https://www.abrilabril.pt/trabalho/corticeira-fernando-couto-reprime-trabalhadora-reintegrada)
(3) «A trabalhadora Cristina Tavares, alvo de sistemática repressão patronal após ter sido reintegrada por ordem judicial, foi novamente despedida. Retaliação surge após multa de 31 mil euros da ACT.» (https://www.abrilabril.pt/trabalho/corticeira-fernando-couto-volta-despedir-cristina-tavares)
(4) «A marcha foi convocada em solidariedade com Cristina Tavares, funcionária que a Fernando Couto Cortiças despediu, no passado dia 10, na sequência do processo disciplinar que a empresa corticeira instaurou à trabalhadora, em Novembro do ano passado, por denegrir a imagem da empresa» (https://www.abrilabril.pt/trabalho/armenio-carlos-nao-foi-cristina-que-difamou-empresa)
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/06/27
2019/06/23
Tempos de Solidariedade com os Heróis
Em três penadas: Duas centenas de Seres Humanos, com S's e H's muito grandes, fizeram-se ao mar para salvar vidas(1). Arriscaram as suas e salvaram cerca de catorze mil. Salvaram catorze mil homens, mulheres e crianças. Cada um destes heróis salvou setenta pessoas. Um punhado de Seres Humanos resgatou da morte certa, no mar que liga a costa do sofrimento à terra do pão e do mel, catorze mil vidas de outros tantos seres humanos.(2)(3)
Meses depois, um bando de animais raivosos processou em tribunal os Seres Humanos por estes não terem deixado morrer no mare nostrum mais 14 000 homens, mulheres e crianças.(4)(5)
A comunidade internacional ainda não prendeu os animais raivosos. O TPI ainda não os processou por crimes contra a humanidade, ainda nem sequer começou a investigar os mandantes. A Itália ainda não está debaixo de pesadas sanções por promover a indiferença perante a vida humana. Os italianos que votaram nos animais raivosos ainda não morreram amarelos de vergonha. E nós? Vamos ficar calados? A ver os Heróis arrastados pelos tribunais da ideologia dominante?
Raras são as pessoas que actualmente me inspiram profundo respeito e admiração, um Lula da Silva (6), um Julian Assange (7), e agora, mais que todos, o Miguel Duarte. O Miguel e os outros 199 heróis, todos, estes 200, estas 16 tripulações que entre Junho de 2016 e Agosto de 2017 puseram no mar 200 homens e mulheres, mulheres e homens que agora estão a ser culpabilizados por terem salvo vidas humanas. Salvar vidas não pode ser um crime.(8)
Nesta vergonhosa sucessão de actos estão bem representados os dois extremos da cadeia alimentar. De um lado, uma mão cheia de animais raivosos sem princípios ou moral, do outro, duas centenas de seres que todos os idosos gostariam de ter sido, todos os adultos gostariam de ser e todas as crianças ambicionam vir a ser quando um dia chegarem à juventude. Não encontro melhor e mais consensual exemplo de heróis que teremos de medalhar mais cedo do que mais tarde.(9)(10)
Ficava-nos bem, era bonito homenagear o que de melhor, mais solidário, mais generoso o país tem para dar.
@Refer&ncia, #MiguelDuarte, #IUVENTA, #Imigração, #Refugiados, #JulianAssange, #MiguelDuarteHerói, #SolidariedadeInternacional, #Solidariedade, #Migrações, #Migrantes, #SolidariedadeComOsRefugiados, #TodosHerois, #SalvarVidasNãoÉCrime
O Grito
(Nuno Ramos de Almeida, wort.lu, 2019/06/19)
Há muito que a política de Estado de muitos países europeus é o assassinato dos migrantes que tentam chegar à Europa.
Meses depois, um bando de animais raivosos processou em tribunal os Seres Humanos por estes não terem deixado morrer no mare nostrum mais 14 000 homens, mulheres e crianças.(4)(5)
A comunidade internacional ainda não prendeu os animais raivosos. O TPI ainda não os processou por crimes contra a humanidade, ainda nem sequer começou a investigar os mandantes. A Itália ainda não está debaixo de pesadas sanções por promover a indiferença perante a vida humana. Os italianos que votaram nos animais raivosos ainda não morreram amarelos de vergonha. E nós? Vamos ficar calados? A ver os Heróis arrastados pelos tribunais da ideologia dominante?
Raras são as pessoas que actualmente me inspiram profundo respeito e admiração, um Lula da Silva (6), um Julian Assange (7), e agora, mais que todos, o Miguel Duarte. O Miguel e os outros 199 heróis, todos, estes 200, estas 16 tripulações que entre Junho de 2016 e Agosto de 2017 puseram no mar 200 homens e mulheres, mulheres e homens que agora estão a ser culpabilizados por terem salvo vidas humanas. Salvar vidas não pode ser um crime.(8)
Nesta vergonhosa sucessão de actos estão bem representados os dois extremos da cadeia alimentar. De um lado, uma mão cheia de animais raivosos sem princípios ou moral, do outro, duas centenas de seres que todos os idosos gostariam de ter sido, todos os adultos gostariam de ser e todas as crianças ambicionam vir a ser quando um dia chegarem à juventude. Não encontro melhor e mais consensual exemplo de heróis que teremos de medalhar mais cedo do que mais tarde.(9)(10)
Ficava-nos bem, era bonito homenagear o que de melhor, mais solidário, mais generoso o país tem para dar.
@Refer&ncia, #MiguelDuarte, #IUVENTA, #Imigração, #Refugiados, #JulianAssange, #MiguelDuarteHerói, #SolidariedadeInternacional, #Solidariedade, #Migrações, #Migrantes, #SolidariedadeComOsRefugiados, #TodosHerois, #SalvarVidasNãoÉCrime
O Grito
(Nuno Ramos de Almeida, wort.lu, 2019/06/19)
Há muito que a política de Estado de muitos países europeus é o assassinato dos migrantes que tentam chegar à Europa.
2019/06/06
Regressaram a Cuba os Médicos que Ajudaram Moçambique
Uma ilha cercada de imperialismo por todos os lados consegue uma sobre produção anual de médicos que exporta(1) como fonte de divisas para onde os podem pagar e gratuitamente sempre que lhos pedem os mais necessitados(2) ou catástrofes ambientais requerem meios excepcionais(3)(4).
A História começou a 23 de maio de 1963 quando cerca de 50 profissionais de saúde foram para a Argélia colmatar as necessidades deixadas pela fuga dos colonos franceses aquando da independência. Hoje Cuba é o país com mais médicos per-capita(5) , isto apesar do boicote e do bloqueio estado-unidense a que nem a união europeia sabe ou quer fazer frente.
Quando lhe falarem de Cuba pergunte-se sempre que outro país exporta médicos? Saúde? Paz? Solidariedade?
Viva Cuba!
A História começou a 23 de maio de 1963 quando cerca de 50 profissionais de saúde foram para a Argélia colmatar as necessidades deixadas pela fuga dos colonos franceses aquando da independência. Hoje Cuba é o país com mais médicos per-capita(5) , isto apesar do boicote e do bloqueio estado-unidense a que nem a união europeia sabe ou quer fazer frente.
Quando lhe falarem de Cuba pergunte-se sempre que outro país exporta médicos? Saúde? Paz? Solidariedade?
Viva Cuba!
2018/12/02
Alemães Solidários com Setúbal

Trabalhadores na cidade portuária de Emden (Alemanha) recusam-se a descarregar um navio procedente de Setúbal, em solidariedade com a greve dos estivadores portugueses.
Foi a fotografia escolhida para Imagem do Dia no AbrilAbril e eu tinha de a guardar aqui bem perto para futuras refer&ncias.
2018/11/19
A Vitória da Solidariedade Cubana!
Operação Carlota
(Gabriel García Márquez, Tricontinental, 1977)
Este artigo de Gabriel García Márquez, extraído da 53ª edição da revista Tricontinental, de 1977, só inclui a primeira etapa da “Operação Carlota”, pois o autor conclui com a derrota das forças que invadiram a nação angolana e o início da retirada gradual das tropas cubanas, em 1976, quando parecia que tudo tinha concluído. Contudo, tal como acordaram os presidentes Fidel Castro e Agostinho Neto, um número mínimo de tropas ficou em Angola para garantir sua soberania. A situação começou a complicar-se, e a luta se intensificou de novo, mais uma vez a África do Sul interveio, de maneira que se iniciou uma nova etapa da “Operação Carlota”, que concluiu só 14 anos depois, com a derrota definitiva dos racistas sul-africanos. O último soldado cubano retornou no mês de maio de 1991.
(Gabriel García Márquez, Tricontinental, 1977)
Este artigo de Gabriel García Márquez, extraído da 53ª edição da revista Tricontinental, de 1977, só inclui a primeira etapa da “Operação Carlota”, pois o autor conclui com a derrota das forças que invadiram a nação angolana e o início da retirada gradual das tropas cubanas, em 1976, quando parecia que tudo tinha concluído. Contudo, tal como acordaram os presidentes Fidel Castro e Agostinho Neto, um número mínimo de tropas ficou em Angola para garantir sua soberania. A situação começou a complicar-se, e a luta se intensificou de novo, mais uma vez a África do Sul interveio, de maneira que se iniciou uma nova etapa da “Operação Carlota”, que concluiu só 14 anos depois, com a derrota definitiva dos racistas sul-africanos. O último soldado cubano retornou no mês de maio de 1991.
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