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2022/01/03

Doença Privada


Será assim tão dificil de entender que para a iniciativa privada a doença é como um sabonete: só serve para vender e ganhar dinheiro? Será assim tão dificil de perceber que a doença não pode ser entregue a privados?

2021/01/31

Era uma vez umas negociatas mal contadas

Dois exemplos do paraiso neoliberal.

E vai um. Uma farmacêutica (privada) a quem a UE pagou, com o nosso dinheiro, o desenvolvimento (privado) de uma vacina (privada), não quer cumprir o contrato com a UE porque na loja do lado lhe pagam mais pela vacina (privada). Quem se escandaliza com o negócio (privado) ainda não percebeu que as farmacêuticas (privadas) não se meteram no negócio das vacinas para acabar com a doença mas sim para lucrar com a doença. São os mercados a funcionar meus filhos, são os mercados.

2020/02/19

Da Série: Miséria do Capitalismo V

Doentes endividados vão parar à cadeia num condado do Kansas
(AbrilAbril, 2020/02/18)

Em Coffeyville, EUA, doentes com dívidas às seguradoras são obrigados a comparecer em tribunal a cada três meses. Se faltarem a duas audiências seguidas, vão parar à prisão, com uma fiança de 500 dólares.

O condado rural de Coffeyville, no estado norte-americano do Kansas, apresenta uma taxa de pobreza duas vezes superior à média nacional. É aqui que o juiz David Casement preside a casos de pessoas com dívidas médicas e que são levadas a tribunal para enfrentar as seguradoras de saúde às quais «devem dinheiro». Nas audiências, os endividados são sujeitos a um «exame de devedores» em que têm de provar a sua pobreza.

2020/01/13

A Saúde Pública a Pagar Lucros Privados

SNS – Problemas e soluções
(Isabel do Carmo, Púbico, 2019/12/07)

Qualquer de nós que trabalhou em hospitais sabe que o que deseja a maioria dos recém-especialistas é ser contratada e ficar no SNS. Estará o Estado à espera que lhes aconteça como à menina do Capuchinho Vermelho e que venha um lobo e os coma? É que os lobos estão por aí. É o mercado…

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem aparecido aos olhos do público como sendo um caos, mas não é um caos. Convém ver a quem aproveita esse retrato e claro que se chega facilmente à conclusão que aproveita a quem vive do negócio da saúde: serviços privados e seguros. Não é o caso dos profissionais do SNS, que acreditam que este é um serviço que está na base, a par da Educação e da Segurança Social, do que nos resta na luta pela igualdade. Serviço público baseado no Orçamento Geral do Estado (OGE), o qual vive sobretudo dos impostos, que são progressivos. Um esforço de compensação das desigualdades de rendimentos. É também para isto que servem os nossos impostos. Podemos ter uma doença crónica como a diabetes ou uma doença aguda como um infarto ou um acidente vascular cerebral, sem temermos ficar na miséria, endividados ou morrer sem assistência.

2020/01/09

A Morte "privada" Que Desapareceu dos Media

A Leonor não cabe na campanha
(Daniel Oliveira, in Espesso, 2020/01/08)

A morte de Leonor vai ficar nos registos do Hospital Garcia de Orta. O hospital público onde teve o tratamento que merecia. Infelizmente, tarde demais. Leonor, com 12 anos, tinha dores fortes e febre. Foi atendida pela primeira vez a 17 de dezembro, fez análises para saber se tinha uma infeção urinária e depois foi medicada para um problema muscular. A 20 de dezembro piorou e no dia seguinte voltou ao hospital. Nem a camisola a mandaram tirar, diz a mãe. Com enormes dores, gritou. A pediatra disse que ela não podia sentir tantas dores depois do medicamento que lhe tinha sido ministrado. Aconselhou uma consultada com um pedopsiquiatra. Estaria a pedir atenção.

2019/12/30

Vacinemo-nos Contra a Ideologia Dominante

A armadilha das "teorias da conspiração" funciona porque algumas delas são tão reais que, na ausência de bases teóricas explicativas bem fundamentadas, muitos de nós acabamos a deixar-nos enredar nas outras que são meras manobras da ideologia dominante.

Um exemplo preocupante é a campanha anti-vacinação que vai ganhando terreno numa esquerda alternativa esvaziada dos fundamentos marxistas, por definição humanistas, adeptos da ciência e do método cientifico e que colocam a luta de classes como motor da história e, portanto, a existência de duas classes com interesses antagónicos, no centro de qualquer análise de qualquer problema socio-económico.

O caso da vacinação não escapa a uma análise classista, mas comecemos por uma argumentação mais cientifica.

Desde Koch e Pasteur a vacinação já conseguiu eliminar uma doença - a varíola - e esteve quase a eliminar outra, a tuberculose que matava essencialmente os sub-alimentados das classes baixas , os que não podiam pagar os prolongados e repetidos tratamentos nas estâncias termais das altas montanhas. Só não a erradicou nos anos 70-80 do século XX porque, subitamente, a OMS deu a doença como "controlada" e acabou com a vacinação mundial massiva.

Num interlúdio político (teoria da conspiração?) importa notar que a decisão da OMS acontece a par da onda neo-liberalizante privatizadora (Reagan-Teatcher-Wojtyła), também na saúde, e que, como resultado dessa decisão, hoje, as várias versões das tuberculoses multiresistentes montadas em cima da sida são campo de investigação e de lucros multimilionários para a big-farma.

Voltemos aos factos. Uma vacina é essencialmente uma pequena porção de "doença" (bacilos, bactérias, vírus) suficientemente "morta" (envenenados, queimados, entoxicados, estraçalhados) para não "infetar" o hospedeiro (o ser humano) mas suficientemente viva para despertar e produzir no organismo humano os anticorpos que possam lutar contra a "doença" quando ela surgir na versão "vivinha-e-pronta-a-matar". É por isso absolutamente natural que se encontrem nas vacinas vestígios de mil e um venenos, tóxicos e lixos. Do pó de talco à soda cáustica vale tudo para enfraquecer até à quase morte a bactéria. Os venenos todos estão lá em quantidade suficiente para manter o agressor "quase-morto" e insuficiente para fazer mal ao organismo humano no seu todo. Esses tóxicos estão lá, não subrepticiamente, mas propositadamente para manter os responsáveis pela doença "quase-mortos" ou mesmo "mortos".

Regressemos então à nossa teoria da conspiração, mas a uma que use a visão classista da sociedade, para deixar algumas perguntas cujas respostas talvez ajudem os adeptos progressistas da não vacinação a compreender porque é que este movimento, nascido no seio das comunidades mais retrógradas e conservadoras dos eua, só recentemente foi empurrado para as portas da "naturalidade" das comunidades alternativas, culturalmente radicalizadas na desconfiança da ciência e social e economicamente alienadas do marxismo.

Na sua inevitável e incessante busca do maior lucro, a big farma prefere as soluções que erradiquem uma doença ou as que "tratem" a doença quando ela surgir?

Quantas vacinas da gripe pode a big farma vender a um cidadão para evitar a gripe e quantas embalagens de comprimidos lhe consegue impingir para a tratar?

Quem estará interessado e quem não estará numa prevenção barata e universal de uma doença até à sua erradicação?

Será razoável deixar nas mãos de uma indústria capitalista a escolha das linhas de investigação no combate ou prevenção da doença? Irá essa indústria guiar-se pelos interesses da humanidade ou pela maximização do lucro quando tiver (e tem!) de escolher entre o doente e o lucro?

Como é que, no contexto de uma já tradicional vacinação contra a gripe, surgiu o pânico da "gripe das aves", de origem asiática, que originou o fabrico apressado e mal atamancado de uma pseudo-vacina para a "gripe-asiática" que salvou um potentado norte-americano da falência? A quem interessou essa "vigarice"? Quem lucrou? Qual o real impacto dessa "vigarice" no movimento antivacinação?

O problema está nas vacinas ou em quem as produz?

Podemos confiar na indústria capitalista para nos tratar da saúde?

Uma indústria que precisa de lucrar com a doença prefere tratamentos, curas ou prevenções?

Os 10% de detentores dos meios de produção preferem uma saúde privada, paga, de onde possam extrair lucros ou uma saúde pública e gratuita com o intuito único de curar?

E para os 90% que não lucram nada, nunca? Qual a escolha mais óbvia?

2019/06/08

A Derrota da Saúde Privada

A policia judiciária acampou à porta do hospital de cascais para recolher provas de que alegadas burlas praticadas pela gestão privada dessa parceria para os privados da saúde terão lesado o estado em dezenas de milhões de euros(1)(2)(3).

O Hospital de Vila Franca de Xira andou 4 anos a internar doentes em casas de banho e refeitórios(4)(5) "adaptados" para enfermarias da parceria para os privados da saúde.

A gestão privada da parceria para os privados do Hospital de Loures expurgou da saúde pública as consultas de acompanhamento de pacientes para evitar multas(6)(7)(8).

Depois de 5 anos no governo a roubar o SNS, despedir médicos e enfermeiros, desestruturar carreiras e subcontratar "profissionais" nas agências de precários(9), a Cristas do CDS quer que os contribuintes paguem aos hospitais privados consultas para pacientes com atrasos no SNS.(10)

Onde? Em Cascais, Loures ou Vila Franca de Xira?

Mas ainda há quem acredite que o "Privado é qu'é bom"?

2019/05/15

Querem Privado? Paguem!

É um regabofe, um verdadeiro roubo a céu aberto. É fartar vilanagem. Para onde se olhe, só se vêm os privados a comer à mesa do orçamento pago com os nossos impostos.

Privatizaram os correios? Os donos capitalistas fecharam balcões, despediram trabalhadores, estragaram o que funcionava. A tal ponto que nem a neo-liberal governação consegue esconder o regabofe que por ali foi. Dizem que os vão obrigar a reabrir meia dúzia de postos. Dizem... Exige-se a nacionalização, já! Já é tarde? Já! Vamos ficar com um serviço pior do que o vendido pelo cavacal-passismo? Vamos, mas já não há outro remédio. Nacionalize-se enquanto existem correios.

Privatizaram o novo banco? O fundo abutre que viu naquilo um poço de lucros exigiu um acordo do tipo: os lucros são nossos e os prejuízos vossos. O governo neo-liberal seguiu as ordens de Bruxelas e assinou, privatizou. Agora viemos a saber que vamos pagar ao banco do fundo abutre mais 2100 milhões até 2021, pelo menos.

A neo-liberal governação capitalista pagou 450 milhões, aos privados do cavacal-falido BPN/SLN, por um SIRESP que custou 70 milhões, para os mafiosos da Altice "gerirem" a seu gosto? Não chega. À beira da "época de incêndios, os mafiosos avisam que ou o governo paga os 11 milhões, que o Tribunal de (boas) contas se recusa a pagar (porque será?) ou desligamos a coisa. Verdade seja dita que, a julgar pelos anos passados, mesmo ligado, o SIRESP privado não funciona quando faz falta. Até quando meus deus até quando?

Últimas sobre as maravilhas da gestão privada da saúde pública. Parece que o grupo Lusíadas, que gere o hospital de cascais, conseguia "os melhores ratings do país" a falsificar fichas de doentes! Não sou eu que digo, é uma reportagem do canal dos bolsanamão que querem "a piece'a'that" e se posicionam todos ufanos a favor da lei-de-bases-da-maria-de-belém-da-saúde-privada. A sério????

O privado é que é bom? É sim senhor, para os vigaristas que compram jactos e mega-mansões com os nossos impostos.

2019/03/14

Saúde pública é de todos

Enquanto o governo atracado à direita dos negócios chorudos continua a tentar fazer da saúde um negócio privado, há quem recorde os bons exemplos que guindaram o SNS aos melhores lugares dos rankings da saúde, a saber: completa separação entre o SNS e os negócios privados e o estabelecimento de um quadro estável de profissionais dignamente remunerados em dedicação exclusiva. Foi isso que aconteceu, entre 1990 e 2009, quando o SNS floresceu.

Saúde: a nuvem por Juno (I)
(Jorge Seabra, AbrilAbril, 2019/02/21)

Para garantir a fixação dos médicos e de outros profissionais ao SNS, não é preciso nenhuma medida coerciva que os «prenda» ao serviço público, menos ainda sob o falso e demagógico pretexto de estarem a «pagar» uma dívida que contraíram para com o Estado.

2018/11/11

Privado É Qu'é Bom (1)

Segredo do «milagre da gestão privada» na Saúde desvendado
(AbrilAbril, 2018/11/11)

A «eficiência» da gestão do Hospital de Cascais, entregue à Lusíadas Saúde, é usada para defender as PPP. Um dos segredos é contratar enfermeiros a recibos verdes e pô-los a fazer 60 horas por semana. Há enfermeiros com horários mensais de 250 horas por mês, uma média de 62 horas e meia por semana.

A denúncia consta de um documento entregue ao Ministério da Saúde pela Ordem dos Enfermeiros, a que a Lusa teve acesso. Numa visita à unidade de saúde, a estrutura detectou situações de enfermeiros que estão contratados através de recibos verdes para assegurarem 250 horas mensais (62,5 horas por semana). O horário de trabalho no sector público, incluindo para os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (de que faz parte o Hospital de Cascais) tem como limite as 35 horas semanais.

2018/03/14

Farmacêuticas Privadas, Públicas Corrupções

Escândalo de corrupção abala sistema político
Alegados subornos a políticos para garantir preços elevados nos medicamentos envolvem antigos governantes
(Jornal i, 2018/03/13)

Para além do futebol, há outra polémica a abalar a Grécia. A Novartis está no centro de um escândalo que envolve dois antigos primeiros-ministros e oito ex-ministros gregos. O Ministério Público investiga corrupção e lavagem de dinheiro num montante que pode ascender a 3000 milhões de euros em prejuízos para o Estado, e as conclusões do inquérito parlamentar aos alegados subornos da multinacional farmacêutica suíça - com o objetivo de ter uma posição dominante no mercado - estão agendadas para o final deste mês ou início do próximo. O parlamento decidirá se os políticos, que estiveram em funções entre 2006 e 2015 e que rejeitam as acusações, devem ser julgados perante um tribunal especial.

2018/03/11

Da série: Miséria do Capitalismo (IV)

E viva a saúde privada. Quanto mais privada, mais selvagem. O despejo de doentes sem seguro na rua por parte dos hospitais é uma prática corrente no paraíso capitalista e esta notícia da foxnews nem seria notícia se não viesse do caneiro trumpista. @Refer&ncia

2018/01/14

Lomustina - its capitalism you stupid!

Lomustina
(António Santos in Avante!, 2018/01/11)

Há palavras que estávamos melhor sem nunca as ter ouvido. Lomustina é uma delas. Não vos diz nada? Provavelmente é bom sinal. Grosso modo, só há no mundo três tipos de pessoas que sabem o que «lomustina» quer dizer: os doentes com tumores cerebrais, os trabalhadores que prescrevem, vendem e administram o medicamento aos doentes com tumores cerebrais e os empreendedores que, espertos, lêem «oportunidade de negócio» onde se lê «tumores cerebrais».

2018/01/13

Da Série: Miséria do Capitalismo (II)

«Uma mulher que estava num centro médico em Baltimore, nos Estados Unidos, foi retirada do edifício e deixada sozinha na rua, com temperaturas negativas e apenas uma bata de hospital vestida. O caso aconteceu na noite de terça-feira, junto ao centro médico universitário de Maryland, e foi registado em vídeo e partilhado no FacebookDiz a insuspeita sincanews no intervalo da campanha do partido deles.

2009/08/09

A Esconsa Realidade da Saúde Privada

- Dr. estou mal. Mal. Muito mal da cabeça.
- Não, não me dói, não são dores, passo é a vida a discutir com o senso comum, ruídos na cabeça, besouros, murmurios. Desta vez são as estórias das "virtudes" da saúde privada, dos seguros de saúde, das farmacêuticas boazinhas que nos querem tratar da saúde, dessas vigarices todas.
- Pois pois, bem sei que não posso passar a vida a discutir comigo, canso-me muito, mas se não dou vazão à bilis fico com bezouros na cabeça, veja bem esta lista de "virtudes":


E depois quando eles defendem que:
É um imperativo nacional a defesa e o reforço do SNS, como serviço público de saúde geral, universal e gratuito, como garantia de acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente das condições socioeconómicas do indivíduo.
Objectivo que deve ser acompanhado de um conjunto de medidas tais como:
- Promover a humanização, a qualidade e a sustentabilidade do SNS com o pleno aproveitamento da capacidade instalada e o reforço dos seus recursos técnicos e humanos;
- Reintegrar os Hospitais EPE no serviço público administrativo e assegurar criação das unidades de cuidados de saúde em falta [...];
- Defender a implementação de um modelo de gestão pública e democrática, participada, competente e desgovernamentalizada;
- Pôr fim à promiscuidade entre o sector público e o privado;
- Alargar as áreas de actuação do SNS numa linha de convergência no progresso com os subsistemas públicos e retomar o caminho da sua gratuitidade abolindo as taxas moderadoras;
- Avançar para uma verdadeira reforma dos Cuidados de Saúde Primários que aproxime os serviços dos utentes, com um significativo investimento em meios técnicos e humanos que assegure médicos de família a todos os utentes;
- Promover o desenvolvimento da rede de cuidados continuados;
- Promover a produção nacional de medicamentos e a redução do seu custo para o Estado e para os doentes;
- Reforçar o papel fiscalizador e regulador do INFARMED e definir com rigor a intervenção de cada uma das componentes do sector do medicamento, impedindo que alguma das partes possa ter uma intervenção do tipo cartel;
- Defender a criação de um laboratório nacional de medicamentos e a abertura de farmácias públicas nos hospitais e em alguns dos maiores Centros de Saúde;
- Adoptar medidas estratégicas relativas à formação pré e pós graduada de profissionais de saúde, que permitam responder às reais necessidades do país;
- Restabelecer o vínculo público de nomeação, valorizado pela melhoria condições de trabalho e por carreiras e remunerações condignas assentes no princípio de salário igual para trabalho e condições de trabalho iguais;
- Adoptar medidas de emergência para aumentar o número de profissionais de saúde, principalmente de médicos.

Aonde é que vou arranjar desculpas esfarrapadas para não votar neles?