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2024/07/28

Sobre culpados e inocentes, invasores e invadidos, democracias e quando nos dá jeito

Eu já tinha prometido a mim mesmo não voltar ao tema e preocupar-me com a Palestina e o ressurgimento do neo-nazismo que são temas interessantes, mas como este meu amigo já escreveu tudo e eu concordo com tudo o que ele por aí verte, vou voltar ao assunto.

Sem titulo

(José Braz, Facebook, 2024.07.28)

[nome de um senhor] Ajudar a Ucrânia é ajudá-la a sentar-se à mesa das negociações, não é dar-lhe armas para continuar(mos) a matar ucranianos.

1. Ajudar a Ucrânia teria sido respeitar a vontade ucraniana expressa nas urnas (em eleições presidenciais vigiadas pela UE, pelos EUA e pela OCDE e reconhecidas pelo Ocidente Alargado como justas e democráticas) em vez de deixar a Victoria (Fuck Europe) Nulland, às ordens do então Vice-Presidente Joe Biden, organizar o golpe de estado de 2014 que pôs no governo os nacionalistas neonazis assumidos.

2022/06/01

Só Para Crentes ...

Um Dia Hão-de Acordar! (Hugo Dionisio, Facebroncas, 2020/05/28)

E depois dirão assim: “ninguém esperava por isto”? ao que responderemos: “ninguém”? “Mas nós dissemos que…” e ele responde: “pois, pois…”. “agora disseram tudo”!

Foi assim quando os EUA foram derrotados no Afeganistão e fugiram de mala às costas. Claro que quem lia outras fontes [...] sabia que chamavam a Karzai [...] o “presidente da Câmara de Kabul”. Foi assim com a crise de 2008, quando abundavam artigos económicos sobre a bolha imobiliária nos EUA. [...] O que conta para o cidadão medianamente informado é o que dá na TV!

Depois de assistir a uma pivot (para não lhe chamar jornalista) da CNN Portugal, a qual perante um general do exército, classificou a situação de Azovstal como uma “vitória estratégica” do regime nazovista de Ze… Fiquei tão estupefacto quanto o militar – cujo nome agora não recordo. Contudo, esta situação permitiu-me proceder a um exercício mental, sempre muito útil, e que consiste em tentarmos colocar-nos na cabeça do outro. Neste caso, da outra.

Partindo deste plano, dou apenas alguns exemplos do que pode chegar a ser a forma enviesada como um cidadão medianamente informado na TV e nos órgãos da industria monopolista da comunicação ocidental, olha para a realidade:

2020/01/24

As #fakenews da RTP (III)

O substantivo é: vigarice!
(facebroncas, 2020/01/18)

No telejornal das 20:00 de 18/01 mostraram umas imagens às quais sobrepuseram excertos de declarações de uma entrevista telefónica com o presidente da câmara da Loures descontextualizando-as e deturpando-as. Só isso já seria desonesto. Mas desta vez conseguiram ir mais além.

A abertura da peça salienta a preocupação do autarca com o fim de uma PPP omitindo, propositada e desonestamente, que a principal preocupação é com o facto de não ser claro que a esse anunciado fim se venha ou não a seguir uma nova PPP, em lugar da passagem do Hospital para uma gestão pública, tal como defende o partido do autarca e o próprio autarca. Os textos em voz off e as intervenções da pivot, inseridas entre declarações do autarca, mantêm na obscuridade, desonesta e propositadamente, a oposição frontal do autarca à continuação da PPP.

Nunca tinha assistido a coisa tão manhosa.

Agradeço que transmita este texto tal como está aos assalariados que editaram a entrevista telefónica, à assalariada que leu os trechos capciosos, à estagiária que fez de pivot e aos editores do referido programa, com a adjetivação que se segue:
Sois uns vigaristas desonestos. Tende vergonha na cara sua corja fabricantes de #fakenews

sem mais

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A continuação do diálogo:

2019/07/31

A Ideologia Dominante reproduz-se

Vem isto a propósito de um chavão vertido por uma douta jornaleira da tbimba em pleno horário nobre. Dizia a douta cabeça de vento que o qualquer coisa ou a qualquer coisa de serviço no momento "Promete baixar impostos, o sonho de t o d o s  os  portugueses"! Assim, de chofre a srª jornaleira decretou que o sonho de todos os portugueses é pagar menos impostos.

Ignoro com que massa lhe terão enchido a cabeça, mas talvez fosse relevante explicar três coisinhas ao jornaleiro que redigiu a bosta que a outra verbalizou. Uma é que a saúde pública, a escola pública, os tribunais em que a ignorância dela será julgada mais dia menos dia, as estradas onde o carro dela circula e até a água que lhe chega a casa, são exemplos de bens e serviços pagos com os impostos de todos nós numa justa lógica de "quem ganha mais paga mais para o bem comum" e que se sra. jornaleira quer andar de carro tem de pagar o suficiente para não haver filas de espera nas lojas do cidadão. Outras é que há muitos mais que, como eu, querem é bons serviços públicos, boas estradas, boas ruas, água de qualidade, um SNS de qualidade, universal e universalmente gratuito e um estado funcional, vigiadinho para evitar compras de golas que filtram o fumo moderadamente, mas plenamente funcional, e que se para isso temos de pagar impostos, pela minha parte, até acho que devo pagar mais, desde que o ricardinho ex-dono-disto-tudo e as famiglie bolomirro e bolsanamão paguem em função da vida que levam e não das (in)verdades que traficam. E finalmente um terceiro aspecto fundamental no discurso anti-impostos do capital neo-liberal representado pelos patrões dela: mostra a história que de cada vez que a direita-cristas-passos-rio e quejandos grita que quer baixar impostos está de facto a dizer três coisas, que quer baixar os impostos sobre os mais ricos e o capital, subir os impostos sobre o trabalho e quem trabalha e fazer definhar o estado até aos níveis assistênciais do fascismo de má memória.

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Chamem-me maluco!
(José Braz, facebroncas, 2019/07/25)

Não há dúvida de que a ideologia dominante se reproduz.

Mais interessante é ver como ela "é entranhada" no mais educado dos seres humanos através dos simples e corriqueiros atos do nosso dia a dia.

Querem um exemplo assustador? O trânsito do IC20 para entrar na ponte.

Sim, vamos ver como uma "fila de trânsito" contribui para ensinar, de outra forma, excelentes pessoas a tornarem-se nas mais vis e selvagens feras neo-liberais-cada-um-por-sí-e-que-se-lixe-o-próximo-vale-tudo-até-tirar-olhos!

Três faixas confluem numa única que dá acesso à ponte 25 de Abril.

Os ingénuos respeitadores do próximo vão chegando, ordeiramente, ao final da fila, na faixa central, e aí ficam, parados, por umas horas, a ver os xicos-espertos, já selvagizados, a circularem pelas faixas da direita e da esquerda para se encaixarem na fila da faixa central, lá bem à frente quase em cima da ponte ... ensinando os ingénuos seres humanos, ainda não completamente desumanizados, a comportar-se como selvagens, a saírem da fila para uma das laterais e irem entrar selvaticamente lá bem à frente.

Funciona! É assim: ou aprendes selvajaria em tempo real e chegas à ponte ou optas por te manter humano e bem podes esperar. Escolhe!

Mas mesmo que optes por ficar, educadamente, parado, na fila do meio, a ver passar os xicos-espertos, terás de "aprender" a ser violentamente selvagem quando chegar a hora de não os deixar aceder à comida, perdão, de não os deixar entrar na fila onde estiveste à espera, parado.

Funciona sempre. Se sim sim se não sim! Mas sais dali selvagizadinho g a r a n t i d a m e n t e. Eu aprendi à primeira e em dez minutos. Já sou um espertalhaço promovido a espertalhão.

Cheguei, parei, esperei, vi passar os elétricos e dez minutos nos ponteiros do relógio. Passei para a faixa da direita e entrei lá à frente, na segunda tentativa, depois de selvagizar uns ingénuos que não me queriam deixar entrar. Indecentes! Parvos! Burros! Para ali parados e não me deixavam entrar, a mim que tenho pressa!

Quem mantém aquela fila há mais de 20 anos sabe bem o que está a fazer! Abaixo os impostos, não servem para nada! Quem quiser saúde que a pague! Mais estradas e menos comboios. Quero quatro faixas no IC20! Não há dinheiro? Cortem nos comboios e nas camionetas! Quem tinha razão era o Cavaco: cada família deve ter dois carros! Ou então duas trotinetas! Os comboios e os barcos são bons para os que vivem de subsídios! Passes iguais para todos, quer vivam em Lisboa ou em santa marta do assobio! Menos estado pior estado, ou melhor ó-que-é, como quer a Srª Cristas, qu'éssa é que sim senhor, ou senhora ó-que-é, vivam mas é os contratos com os colégios privados que são bons e a coisa funciona, diz ela, a Srª, como na saúde, onde os privados é que sim senhora, da gestão disso, e coisa e tal, e que metem os doentes nos refeitórios para otimizar o espaço e o tempo, sempre comem e dormem no mesmo sitio, isso é que é poupança e boa gestão, e na casas de banho, para rentabilizar os autoclismos e poupar tempo em deslocações, e falsificam as fichas, para terem bons resultados, assim é que é, é “comá-mim” na fila da ponte, não é ficar à espera, sentado, na fila, a ouvir a música e a empatar o trânsito e mais quem cá anda e quer trabalhar para ganhar a vida, cada um por si e os privados da saúde por eles mesmos e com menos impostos, qu'isso dos impostos é tudo um corja! E o Rio! Vivó Rio e menos impostos, toca a poupar os 3600 milhões não interessa onde, toca a cortar nas gorduras que o estado é gordo e toda agente sabe que a dieta faz bem à saúde, privada! E quem quiser saúde que a pague e quem quiser reforma vá trabalhar! Razão tinha o Passos em não pagar a segurança social, quem quiser disso que a pague! Eu prefiro um seguro de saúde com plafon limitado para cancro, afinal quem é que vai ter cancro? E um plano poupança reforma do BES, espera, do BES não que faliu, do Novo Banco que é outra coisa, mais nova mais modernaça! Quem quiser que vá para a fila que eu vou de helicóptero e se ainda não vou hei de ir, vou ali pisar mais uns gajos e já cá volto, de helicóptero.

Esperem sentados!

Não?

2019/02/08

Porquê umas e não outras?

«Porquê umas e não outras?» Perguntava o Vitor Vieira num comentário a um post do Vitor Dias a propósito das declarações do Zapatero antes de o patrão lhos ter apertado. E deixava alguns dados que consultou nas duas CNE:

- O Maduro obteve 67,8% dos votos expressos, o que correspondeu a 31,7% do total de eleitores inscritos, com 54% de abstenção.

- O Marcelo obteve 52% dos votos expressos, o que correspondeu a 24,8% do total de eleitores inscritos, com 51,3% de abstenção

- O primeiro ganha em dois indicadores e até a abstenção foi semelhante, com uma diferença inferior a 3 pontos percentuais.

Qual a diferença? Respondo eu, a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo verificadas do planeta.

2019/01/07

35 Horas é Demasiado!

O patronato mais ultramontano voltou ao discurso dos pobres empresários que não podem explorar à vontade e se vêem obrigados a fechar portas. Desta vez, é, outra vez, a múmia ferraz da costa, morto, enterrado e ressuscitado ao terceiro dia a vir bolsar mais umas enormidades através daquele veiculo do patronato incompetente que dá pelo nome de fórum para não sei o quê à custa de quem trabalha. Ficam aqui uns factos que o contradizem, para futura refer&ncia.


A disputa do tempo é um luxo?
(Vicente Ferreira in Ladrões de Bicicletas, 2019/01/09)

Na nota de conjuntura do último mês, o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa, defendeu que “a semana das 35 horas [em Portugal] é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”. Embora seja verdade que Ferraz da Costa nos tem habituado a declarações polémicas sobre o assunto, que raramente sobrevivem ao confronto com os factos, esta merece alguma atenção.

2019/01/05

Fascismo como Face Oculta do Capitalismo

É Matemático
(Hugo Dionisio, Facebook, 2018/01/04)

Começa sempre de mansinho… Uma palavra dita ao acaso, do tipo: “o 25 de Abril foi evolução”. Depois chegaram os “colaboradores”, “o estado ocupa muito espaço na economia”, ou “o estado deve diminuir o peso na economia”, para além de “o capital faz falta, o tempo da luta de classes acabou”. Alguém constatou que estes eram os princípios estampados no Estatuto Nacional do Trabalho de Salazar? Uma cópia quase fiel da Carta Del Lavoro de Mussolini?

2018/12/08

Estou tão feliz

A França, isto é uma revolução?
(Raquel Varela, 2018/12/07)

Vou contar-vos as coisas magnificas que aconteceram em França nestes dias.

Extraordinárias. Polícias que retiraram capacetes e cantaram com os manifestantes a Marselhesa; bombeiros que numa homenagem em frente à prefeitura viraram as costas aos políticos vestidos com cores da França e abandonaram a homenagem; manifestantes de extrema-direita expulsos das manifestações por coletes amarelos; portagens ocupadas pelos manifestantes que impedem que se cobre passagem; há sindicatos da polícia que aderiram já à manifestação de amanhã, e sindicatos ferroviários que decidiram não cobrar bilhete aos manifestante que se dirigem amanhã a Paris. Greves e assembleias gerais de estudantes. As centrais sindicais do status quo pedem recuo nos protestos, mas representam no total menos de 7% dos trabalhadores franceses. A França vive uma revolta – não sei se é uma revolução, mas não é um movimento social como outros. É, na minha opinião, a primeira batalha perdida pelo neoliberalismo, depois da sua grande vitória, marcada pela derrota dos mineiros nos anos 80 por Margaret Thatcher. Um novo processo histórico nasceu este mês na França. Tudo pode acontecer – a história acelera agora a uma velocidade que nos parece estonteante. Em 3 dias Macron recuou 2 vezes, não é certo que o seu mandato sobreviva. O movimento já está na Bélgica.

2018/11/19

A Verdade Sobre os Médicos Cubanos no Brasil

Na semana em que o presidente eleito do Brasil afirmou pretender mudar as condições de prestação de serviços dos médicos cubanos a trabalhar no país, muito se tem escrito sobre o facto de Cuba exportar médicos para regiões do mundo a quem outros preferem vender armas, miséria e morte.  Oiçamos o que tem a dizer sobre o tema um dos médicos brasileiros desse programa.

Sobre os médicos cubanos
(Roubado a Ana Mateus algures no facebook, 2018/11/17)

1- Salário dos Médicos

A- Cuba faz cooperação com 66 países em todo o globo, inclusive com países europeus. Sabe como isso começou? Com a brigada Henry Reeve criada em 2005 como forma de ajuda humanitária para atender as vítimas do Furacão Katrina nos EUA. Fidel chamou centenas de médicos e pediu que se organizasse a brigada. Os EUA negaram a ajuda. A brigada permaneceu mobilizada pois em pouco tempo haveria uma crise em Angola e um terremoto no Paquistão.

2018/09/16

Uma Conversa Com Uma Margarida

Tudo isto porque alguém que permanecerá anónima postou o seguinte comentário sobre as vigarices constantes do relatório da ocde.

«Acho incrível que com o estado da saúde em Portugal e a falta de dinheiro, os senhores professores se ponham a pedir aumentos de ordenados. O hospital de Portalegre está uma desgraça em todos os níveis só para dar um pequeno exemplo. Gastar o pouco que há em algo que beneficia poucos parece correcto?
E mais, o pessoal que trabalha no privado também sofreu com a crise e continua a sustentar os funcionários públicos (MUITOS professores) sem pedir muito e sem aumentos de ordenados.»

Cara Margarida permita-me contra argumentar alguns dos seus pressupostos:

1. A falta de dinheiro para o sns é provocada antes de mais:
A. Pelos exorbitantes juros da divida contraida para salvar bancos e que ronda em média 7 000 000 000 (sete mil milhões de euros) anuais, quase tanto quanto se gasta com o sns.
B. Com as parcerias público privadas que transferem anualmente 1 700 000 000 (mil e setecentos milhões) dos nossos impostos para bolsos privados.

2. Atualmente os professores não estão a lutar por aumentos de ordenados. Atualmente os professores estão a lutar para verem contabilizado o tempo de serviço que, tendo sido congelado em 2008, lhes permite progredir na carreira tal como está escrito na lei que define a carreira docente, acordada há mais de dez anos após intensa luta dos professores. Os custos totais dessa implementação são inferiores a 500 000 euros por ano. Feitas as contas, um ano de juros da divida pagaria a legal progressão de 150 000 professores durante mais de 14 anos, mas como uma grande percentagem está já a atingir a idade da reforma, podemos falar em um quarto de século ou mais.

3. Os trabalhadores do setor privado não sustentam os funcionários públicos. Os funcionários públicos, e todo o restante funcionamento do estado (sns, escolas, tribunais, exército,  etc) são sustentados com verbas do orçamento de estado provenientes dos impostos cobrados a todos nós irs, iva, ispp, ist etc etc (incluindo os funcionários públicos), cobrados ao capital (irc), juros de empréstimos, lucros de empresas públicas etc, etc, etc. Já as reformas são pagas com verbas dos descontos que os trabalhadores dos setores público, privado e cooperativo fazem ao longo da sua vida de trabalho para os seus subsistemas de pensões e reformas.

4. Se os trabalhadores que podem, hoje, lutar por melhores condições (mais salário, menos horas de trabalho, mais saúde pública, melhor educação) não o fizessem, porque havia outros mais necessitados e que não podem lutar, ainda hoje éramos todos escravos. Quem pode lutar, hoje, por melhores condições de vida, tem a obrigação de o fazer, por sí e pelos que não podem fazê-lo. Dessa forma estão a criar condições para que outros possam usar o exemplo e lutar pelos mesmos ou melhores direitos. É por isso que eu sou solidário, sempre, com todas as lutas e greves de todos os trabalhadores, porque o facto de eles, hoje, abdicarem do salário que lhes faz falta ao fazerem greve pelos direitos deles, estão ao mesmo tempo a lutar pelos meus direitos e a facilitar a minha luta, hoje ou amanhã  ;-)

Cara Margarida, ao contrário do que os media corporativos a levam a acreditar, são centenas de milhar os trabalhadores de empresas privadas que por esse país fora lutam por melhores condições de vida: contratos coletivos, maiores ordenados, menos horas de trabalho.

Deixo-lhe aqui meia dúzia de exemplos de lutas que as têvês e os jornaleiros silenciam:

Nos super e hipermercados exigem aumentos salariais

No grupo Barraqueiro conseguiram manter um bom acordo de empresa

A CGTP exige um aumento de 4% para   t o d o s   os trabalhadores
 
Na misericórdia de Murça lutam pelo pagamento de salários em atraso

Como vê Margarida, por esse país fora são muitos a lutar por melhores condições de trabalho ;-)

2018/09/12

A Democratadura do Observadeiro e Seus Opinadeiros

Sem Titulo
(Uma Página Numa Rede Social, facebroncas, 2018/09/13)

No dia em que foi notícia o 10º lugar de Portugal no ranking das democracias a nível mundial, lembrámo-nos da mensagem omnipresente no projecto de propaganda política da direita disfarçado de jornal, o Observador. Para os indivíduos que opinam nesta plataforma, a partir de 2015, Portugal passou a ser governado por um conjunto de partidos que sequestraram a democracia e o país entrou numa deriva autocrática, a caminho da ditadura. Isto apesar do facto de que a actual solução governativa é a mais representativa de sempre no país, com quase dois terços dos eleitores representados na maioria que apoia o Governo.

2018/08/05

Daniel Barenboim Critica Apartheid Israelita

À frente da West-Eastern Divan Orchestra em Sevilha, julho de 2012
A lei israelita do «Estado-nação» é uma «forma clara de apartheid», diz Daniel Barenboim
(Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, facebook 2018/07/26)

Daniel Barenboim, o pianista e maestro mundialmente famoso, rotulou a lei israelita do «Estado-nação do povo judeu» como «uma forma muito clara de apartheid».

«Hoje tenho vergonha de ser israelita», escreveu Barenboim num artigo de opinião publicado no jornal «Haaretz». A lei, afirma, «confirma a população árabe como cidadãos de segunda classe».

A lei foi aprovada por 62 votos a favor, 55 contra e duas abstenções no Knesset (parlamento isarelita), de 120 membros, após meses de discussões políticas.
A lei dá aos judeus a supremacia sobre todos os cidadãos israelitas não-judeus, razão por que os seus críticos, sobretudo os palestinos que são cidadãos de Israel, a classificam de racista.

A «lei do Estado-nação do povo judeu» concede o direito exclusivo de «autodeterminação nacional» aos judeus, onde quer que vivam, em Israel ou no estrangeiro, quer possuam cidadania israelita quer não.

A lei não considera iguais perante a lei os cidadãos não-judeus de Israel, incluindo os palestinos muçulmanos ou cristãos (20% da população).

A lei também considera o hebraico a única língua oficial do Estado, rebaixando o árabe, anteriormente também língua oficial, à qualidade de língua com «estatuto especial» não especificado.

Com natureza constitucional, a lei significa de facto a reafirmação do caráter confessional e segregacionista de Israel.

Barenboim, que é diretor musical geral do La Scala, da Opera de Estado de Berlim State e da Staatskapelle Berlin, foi co-fundador, juntamente com o falecido Edward Saíd, da West-Eastern Divan Orchestra, uma orquestra de jovens árabes e músicos israelitas sediada em Sevilha.

«Podem os judeus, cuja história é um registo de contínuos sofrimentos e implacáveis perseguições, permitir-se permanecer indiferentes aos direitos e ao sofrimento de um povo próximo?», interroga Barenboim.

2018/07/07

Internet Livre? Boas Noticias!

Sem Titulo
(António Abreu in Facebroncas, 2018/07/05)

Os eurodeputados chumbaram ontem as regras de limitações de uso da Internet a pretexto da defesa dos direitos de autor.

O Parlamento Europeu votou contra a nova proposta de directiva para os direitos de autor na Internet. O resultado motivou uma ronda de aplausos em plenário e faz com que o texto seja novamente discutido pelos eurodeputados em Setembro.

A proposta de regras tinha o objectivo de limitar a pirataria online. Mas várias organizações de activistas de direitos digitais — entre as quais a associação portuguesa D3 (Defesa dos Direitos Digitais) e o departamento português da Internet Society —, bem como académicos e personalidades da Internet (entre as quais o inventor da Web, Tim Berners-Lee), argumentam que a forma como foi formulada podia representar uma ameaça à liberdade na Internet.

Com o Capital, Sempre Com o Capital

Até chateia! Realmente importante, hoje, foi a rejeição pela direitalha-canalha das alterações à legislação laboral propostas por comunistas e bloquistas.

Coisas tão básicas como os 25 dias de férias  p a r a    t o d o s, a recuperação das compensações por despedimentos roubadas pelo pafismo, a revogação da liberalização troikista dos despedimentos por inadaptação e das alterações ao despedimento coletivo e por extinção do posto de trabalho.

E estas são questões que têm de ser alteradas agora, com a geringonça existente, porque no momento em o centrão-vigarão se reconstituir só vamos ter mais retrocessos, laborais, sociais, politicos, económicos e por aí fora.

Duas curtas interessantes, a sempre curta do tempo das cerejas e um comentário do facebroncas de que não posso deixar passar a refer&ncia.

Por Assim Dizer
(José Gabriel in Facebroncas, 2018/07/05)

Hoje, a lide - por assim dizer - na Assembleia da República teve dois tércios - por assim dizer: no primeiro, discutiam-se as touradas; no segundo, o governo e o seu braço (cada vez mais corporativo) designado por "concertação social" tenta tourear os trabalhadores com a nova legislação laboral. Receio que os comentários venham a investir - por assim dizer - sobre o primeiro. É que ele está lá para servir de capa - por assim dizer....

2018/06/03

Factos dos Idos de 72

Sem Título
(António Abreu in Facebroncas, 2018/06/02)
José Manuel Jara, presidente da Direcção da CPA de Medicina foi barbaramente espancado na noite de 24 de abril de 1972, ao entrar numa reunião da RIA (Reunião Inter-Associações de Estudantes) que estava a decorrer nas instalações da AE do ISCEF, com entrada pela Rua Miguel Lupi.

Uma delegação da Pró-Associação de Medicina, que incluía Sita Vales e Ferreira Mendes, compareceu a essa reunião, e o Jara chegaria mais tarde por estar numa reunião com a Ordem dos Médicos. A ordem de trabalhos tinha como ponto único a luta contra a repressão. No começo da RIA a delegação da Associação de Ciências propôs como ponto prévio que a reunião tomasse uma posição face aos “provocadores”.

A delegação de Ciências adiantou que conhecia um provocador pidesco… e esse provocador pidesco era o Jara (!!!). Porque tinha acusado os dirigentes da AE de Ciências de ter abandonado os estudantes da sua escola, encerrada. Para espanto total de todos os estudantes de boa-fé que ali estavam, iniciou-se o “julgamento" sem a presença do "réu”.

2018/04/22

De Esquerda? O Ferreira Fernandes? Desde Quando?

Porquê a refer&ncia? Por dois motivos. Porque dá uma boa panorâmica da distribuição da direita pela jornaleirice nacional, e porque menciona "O Zarolho" João Merkel Taberneiro a afirmar que o Ferreira Fernandes é de esquerda, no dia em que o martelo afirma não haver extrema-esquerda, [paralamentar] cá pelo burgo.  Mais uma falhada graçola d'O Zarolho? @Refer&ncia

Sem Titulo
(Uma Página Numa Rede Social, 2018/04/22)

David Ribeiro, David Dinis, José António Saraiva, José Manuel Fernandes, António Costa e o grupo do co-fundador do PSD - cuja informação económica e política é dirigida por personagens como José Gomes Ferreira, João Vieira Pereira ou Bernardo Ferrão - ditam a informação nacional. Praticamente todas as redacções dos noticiários de referência do país já tiveram um ou mais destes cavalheiros na direcção - Correio da Manhã, Expresso, Público, SOL, i, Observador, ECO, TSF, Diário Económico, entre outros - e muitos ainda lá estão.

A sobrerrepresentação da direita nas direcções da informação nacional é evidente, e há direita para todos os gostos, desde a direita populista, do Correio da Manhã de Otávio Ribeiro, à extrema-direita, do SOL de José António Saraiva, passando pela direita moderada, pela conservadora, pela libertária e pela neo-liberal, do Expresso ou do Observador. Para quem lê notícias em Portugal, não há como fugir à mensagem dos devotos de São Passos, padroeiro das Tecnoformas.

Subitamente, os proprietários do Diário de Notícias escolhem um director que não é de direita e João Miguel Tavares - que chegou a trabalhar no Diário de Notícias - fica imediatamente convencido de que a nomeação faz parte de uma grande conspiração da esquerda para controlar as notícias. Génio.

Parece uma daquelas teorias da conspiração próprias de maluquinhos do calibre da malta do Info Wars? Parece, pois. No entanto, é a teoria defendida pelo opinador do Público, que questiona a capacidade de Ferreira Fernandes, um dos melhores e mais reputados jornalistas portugueses, para dirigir o Diário de Notícias. Ironicamente, João Miguel Tavares nunca chega perguntar-se a si próprio porque é que ele, um opinador medíocre e que preenche artigos com banalidades genéricas, é presenteado com tanto destaque no jornal dirigido pelo ex-assessor de Durão Barroso.
Em casa de ferreiro...

2018/04/07

Argumentação de um Homem em Prol da Cultura

Sem Titulo
(Manuel Rocha in facebook, 2018/04/07)

Cara [..]: Não há nos seres da Natureza um que não cuide da nutrição ou do abrigo. A mais inofensiva das plantas que não reúna estes requisitos de existência não tem como não falecer.

Com os humanos acontece o mesmo, mas, sabe-se lá por que razão, sempre a sua deriva no mundo foi acompanhada da representação do que existe, seja realidade seja sonho. E a isso chamou Cultura, que é o grande chapéu em que se abriga a sua natureza humana e o rasto que dela desprende, e a Arte, que é um seu operacionalizador.

A Cultura não está antes nem depois do pão. E às vezes é, ela mesma, o mais essencial dos pães. Olivier Messiaen era um grande compositor francês que, no decorrer da II Grande Guerra, foi feito prisioneiro pelos nazis e internado no campo de concentração de Görlitz. Saberá que o pão não era, ali, abundante. Mas nem por isso Messiaen renunciou à sua maior prioridade: compor o Quarteto Para o Fim dos Tempos, que nós herdámos como testemunho maior da dignidade em tempos de ignomínia.

Não seguiu Messiaen o seu conselho, [...]. A luta dele pelo pão não era dissociável da necessidade de permanecer humano, muito para além do exemplo da planta que estende raízes à procura de nutrientes. Para ele e para os seus companheiros de cativeiro, a estreia da sua obra no rigor do gelo do inverno polaco terá sido o maior pão, o mais essencial abrigo.

Repare que, para lhe responder, nem lhe vim falar das prioridades governativas que põem os banqueiros em primeiro lugar (muito antes do pão dos concidadãos dos governantes); nem das prioridades da "Europa", que nos suga a existência em equilíbrios que nunca o chegam a ser, porque nos levam o pão, a casa e a Cultura; nem do chumbo das leis laborais, precisadas de ser pão, casa e tempo para a família. E nem sequer lhe vim dizer que os trabalhadores da Cultura, e os seus filhos crianças, também têm direito ao pão e à casa que a Ana Beatriz entende poderem ser-lhes negados. Vim apenas chamar-lhe a atenção para a sua própria natureza e para o insulto que as suas declarações constituem, a si própria e aos seus, calhando ter um filho ou um neto que um dia pegou num lápis e desenhou o seu retrato, com amor e empenho estético.

O que mais me custa é que a marcha do mundo também dependa de quem levou demasiado a sério a macabra História da Cigarra e da Formiga. Cumprimentos.

2017/11/15

Mais Factos no Centenário da Revolução de Outubro

Primeiros decretos
Os Primeiros Decretos
(Café Central, in facebook 2017/11/15)

Na noite de 7 de Novembro, os operários armados rodeavam o Palácio De Inverno e o tomavam horas depois. Os operários contemplavam atónitos a riqueza e o luxo com que tinham vivido os czares durante anos. Pela primeira vez na história, a classe operária tomava as rédeas do Estado. Agora faltava levar o poder soviético a cada um dos cantos da Rússia e vencer a feroz resistência dos capitalistas para manter os seus privilégios. Mas, por onde começar? Como se destrói uma máquina estatal para criar outra?

No dia 8 de Novembro iniciava-se a obra legislativa da Grande Revolução Socialista de Outubro.

- O Decreto ao Mundo ou Decreto sobre a Paz

Foi esta a primeira norma do poder soviético. Nele se decreta a Paz sem anexações tal como deseja a imensa maioria da classe trabalhadora de qualquer país. O decreto proclama solenemente a sua vontade de assinar imediatamente um tratado de paz que faça cessar a guerra nas condições indicadas, igualmente equitativas para todos os povos sem excepção. Também elimina as negociações secretas e decreta uma trégua. Era a máxima prioridade naquele momento para a classe operária russa e europeia, acabar com uma guerra em que os operários morriam defendendo os interesses dos capitalistas.

- O Decreto da terra

Este decreto elimina a propriedade privada da terra. As grandes propriedades privadas, assim como as terras da Coroa, os conventos, a igreja, com todo o seu gado e utensílios, os seus edifícios e todas as dependências, passam a depender dos comités de terras das comarcas e dos sovietes de deputados camponeses do distrito. A única propriedade privada que este decreto mantém são as terras dos camponeses. Um fundo nacional de terras é criado para colocar à disposição dos camponeses. Proíbe-se a contratação, a terra é de quem a trabalha.