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2018/12/09

Noticias das Lutas do Mundo 2018/12/09

A luta dos coletes amarelo em França continua a abrir telejornais, mas, por esse mundo fora, muitos outros movimentos se opõe à ideologia dominante. Na Hungria, a direita no poder enfrenta contestação à "lei do trabalho escravo", na Palestina um povo orgulhoso do seu passado e da sua cultura luta corajosamente contra o invasor por um pedaço de terra a que possa chamar seu, nas Honduras, assassinos foram finalmente condenados pelo assassínio de uma activista e, no México, Lopes Obrador promete governar para o povo. Vamos ver.

FRANÇA
Protestos em várias cidades francesas, Paris em brasa: Violentos confrontos no centro da capital francesa marcaram o terceiro protesto dos «coletes amarelos». A oposição acusa o governo Macron de facilitar as acções de grupos extremistas, em seu proveito.

Governo francês recua na subida dos preços: O governo francês recuou face às manifestações populares nas últimas semanas, de protesto contra a subida dos combustíveis, e anunciou uma moratória de seis meses na alta dos preços.

Os coletes: No sábado, em França, fez-se uma manifestação mobilizada nas redes sociais e conhecida pelos «protestos do colete amarelo», devido aos manifestantes envergarem os coletes em uso nos automóveis. Esta manifestação nacional foi o corolário dum protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, onde os «coletes amarelos» entupiram a França com sucessivos cortes de estrada, decorrendo a semiparalisação do país e a escassez dos produtos nas grandes superfícies.

E Agora, os Aunos dos Liceus: Cena da vida já habitual em França, nestes tempos tormentosos. Quinta-feira 6 de Dezembro, fim da manhã, diante das cercas de um estabelecimento de ensino secundário num comuna muito pacote dos arredores de Paris. Uma centena de alunos de 15, 16 ou 17 anos começa a sair tranquilamente do seu liceu para ir almoçar, discutindo, a brincar, satisfeitos pelo término do período matutino. Curiosamente, em frente aos edifícios escolares, um grupo de polícias bloqueia o acesso à rua que estes jovens costumam seguir para voltarem para casa.

2018/12/01

Noticias do Mundo Real 2018/11/30

Uma pergunta germina a cada assassinato perpetrado pelos donos disto tudo: qual o critério editorial para noticiar todo e cada um dos tiroteios no centro de império e silenciar os assassinatos levados a cabo pelos donos disto tudo por esse mundo fora? Veio-me esta pergunta, novamente, na semana em que mais um dirigente camponês colombiano foi assassinado. Em todo o jornaleirismo português nem uma palavra sobre o quinquacentésimo trigésimo nono ( 5 3 9 º ) assassinato de lideres sociais e defensores de direitos humanos colombianos em menos de um ano. Para quem dizia que a democracia não estava em risco no Brasil assinale-se o aumento da violência sobre os povos indígenas. As outras noticias são sobre eleições no Congo, ataques terroristas com armas químicas na Síria e financiamento alemão do Daesh, ou seja, business as usual. De novo só mesmo a continuação da luta dos coletes amarelos em França.

FRANÇA
A mobilização dos « Coletes Amarelos», nova etapa das lutas em França: O movimento dos «coletes amarelos» em França vai na segunda jornada de mobilização nacional, e convocou já outra para o próximo sábado. Os grandes media fazem o seu papel. Procuram caracterizá-lo por actos de violência, ocultando que na sua maioria surgem por iniciativa da repressão policial. E sobretudo ocultam que se trata de uma enorme expressão de descontentamento popular, reivindicando directamente a demissão de Macron. (Rémy Herrera)

Rumo a uma convergência das lutas? Ao lado dos "coletes amarelos", coletes... vermelhos! As cadeias de televisão de todo o mundo tiveram o prazer de retransmitir os acontecimentos de rua que decorreram em Paris no sábado 24 de Novembro. Mas nem todas elas tiveram o cuidado de fornecer aos progressistas os elementos necessários para ir além de uma impressão de caos e compreender a situação actual. (Rémy Herrera)

“Coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas da capital francesa
1 de Dezembro, 2018 - 12:35h
Os “coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas de Paris após esta sexta-feira o protesto ter chegado a Bruxelas. Este sábado já há registo de largas dezenas de detidos. A polícia está a usar gás lacrimogéneo, granadas de fumo e canhões de água contra os manifestantes.(Esquerda.net)

2018/07/02

Obrador Eleito no México com 53%

Há dias que começam melhor do que outros e, por vezes, alguns desses começam de forma memorável.

Raramente, muito raramente, são segundas feiras.

Esta é uma excepcional excepção à regra.

Depois de duas vitórias consecutivas, nas presidenciais de 2006 e 2012, roubadas por duas imensas chapeladas, internacionalmente reconhecidas e mediaticamente abafadas pelas agências de desinformação ao serviço do capital, Andres Manuel López Obrador, candidato de centro-esquerda social-democrata foi eleito presidente do México para um mandato único de seis anos.

E sim, isto é uma possível reviravolta na sequência do golpismo que grassa pela américa latina, mesmo lembrando-nos nós das considerações tecidas pelos comunistas mexicanos em 2012 a propósito deste mesmo candidato «[...] em 2005 o EZLN lançou a «Sexta Declaração da Selva Lacandona», um movimento alternativo a esta esquerda dos de cima. Porque no México, alguns identificam Lopez Obrador como de esquerda, mas nós sabemos que ele representa os interesses monopolistas de Carlos Slim e da burguesia de Monterrey. Representa interesses do grande capital, não representa os interesses dos trabalhadores, apesar do discurso populista em defesa de políticas assistencialistas. Então, o ELZN disse que essa esquerda, a dos de cima, não representava os interesses dos trabalhadores, nem dos camponeses, nem das mulheres, nem do movimento indígena, nem do movimento lésbico-gay, nem dos trabalhadores subalternos, nem dos emigrantes, isto é, não representava a classe dos oprimidos e explorados».

E em cima da vitória cai-me no facebroncas uma cereja no topo do bolo, um link para um artigo imperdível. O Manuel "do violino" Rocha a escrever sobre o Chico Buarque.

Excelente forma de começar o dia.@Refer&ncia

Chico Buarque e a Revolução de Emoções
(Manuel Rocha in Avante!, 2018/06/21)

Das abundâncias que caracterizam o Brasil, a das canções é das mais indispensáveis. Muitas delas – e das mais belas, algumas – foram escritas por Francisco Buarque de Hollanda, o Chico Buarque que há várias décadas marca encontro com os públicos portugueses. Escreveu canções sozinho e em parceria, umas valendo por si, outras integrando dramaturgias e enredos de cinema. Cantou grande parte do que escreveu, e o modo de cantar tornou-se portador essencial e insubstituível das mensagens que – por fortuna da partilha do idioma – construíram muito da nossa noção de Brasil.

Brasil que é pátria de Rita, Bárbara, Beatriz, Carolina, Januária e Pedro (que era pedreiro), de Teresinha, Jorge Maravilha, Geni e tantos outros, que sendo nomes são condições – retratos de gente comum convertida em protagonista principal da grande aventura humana.

2018/05/30

As Democráticas Eleições no México

Mais de cem políticos assassinados no México no período eleitoral
(Abril Abril, 2018/05/28)

A consultora de riscos Etellekt dá conta de 313 agressões contra políticos entre 8 de Setembro de 2017 e 26 de Maio de 2018. Mais de uma centena encontram-se sob ameaça e 102 foram assassinados.

A campanha para as eleições que terão lugar a 1 de Julho no México começou a 30 de Março, mas o período eleitoral já se prolonga há oito meses. No mais recente relatório sobre «violência política», apresentado esta segunda-feira, a consultora de análise de riscos Etellekt revela que, entre 8 de Setembro do ano passado e 26 de Maio último, se registaram 357 agressões contra políticos e candidatos às eleições (incluindo neste registo atentados contra familiares).

2017/12/28

América Latina (I)

Américas
América Latina: o pêndulo desloca-se para a direita

(James Petras, in O Diário.info, 207/12/27)

É evidente que na América Latina o pêndulo se deslocou nos últimos anos para a direita. Desta observação surgem numerosas perguntas. De que tipo de direita estamos a falar? Por que prospera? São sustentáveis os regimes direitistas? Quem são os seus aliados e os seus adversários internacionais? Uma vez no poder, como lhes têm corrido as coisas e quais são os critérios porque se mede o seu êxito ou o seu fracasso?

Embora a esquerda esteja em retrocesso, retem o poder em alguns estados. Surgem perguntas como: Quais são as características da esquerda actual? Porque se mantêm alguns regimes enquanto outros estão em decadência ou foram derrotados? Poderá a esquerda recuperar a sua influência? Que condições são necessárias para isso? Que programa deve elaborar para atrair o eleitorado?

Começamos por examinar o carácter e as políticas da direita e da esquerda e para onde se dirigem, para concluir analisando as dinâmicas dos seus programas, alianças e perspectivas futuras.