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2021/10/20

Faleceu outro assassino

Que a terra lhe seja pesada

Faleceu o militar que enganou o conselho de segurança da ONU com um frasquinho de análises à urina.

Pró fim da vida dele, diz ele que foi enganado pelos serviços de informação do presidente dele.

Arrependeu-se muito.

Acho que não foi o suficiente para ressuscitar as centenas de milhares de mortos pelo engano com que ele enganou a ONU.

Fiquei preocupado não fosse ele dar de caras com algum dos que matou, mas depois lembrei-me que a grande maioria dos assassinados subiu de elevador enquanto ele, de acordo lá com o credo dele e dos presidentes dele, vai descer uma escadaria muito grande.

Espero que nunca deixe cair o sabonete, ouvi dizer que a maior parte do pessoal que vai pela escadaria abaixo não gosta de gente que mata crianças. Foi o que me contaram.

2019/03/16

E mentem, mentem, mentem com quantos dentes têm na boca

Lembram-se do "ataque com armas químicas" que o "malvado Hassan" perpetrou sobre Duma?

Precisamente, nunca teve lugar, não existiu, não foi. No dia 1 de Março foi publicado o relatório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ/OPCW) sobre o alegado ataque.

Não foram encontrados vestígios da utilização de produtos químicos no alegado ataque cometido por forças sírias em Duma, região de Ghuta Oriental, no dia 7 de Abril de 2018. O relatório da OPAQ sublinha ainda que a missão não conseguiu apurar o número de mortos provocados pelo ataque, «se é que os houve». Informa-nos o José Goulão no AbrilAbril.

No dia 1 de Março todos os telejornais abriram com esta noticia, foi capa de todos os jornais nacionais e internacionais. Não? Não abriram? Não foi capa dos jornais? Não percebo, andaram um mês a mentir sobre o ataque que nunca aconteceu e agora que o relatório dos peritos do organismo que investiga essas coisas os veio desmentir não têm "coluna vertebral" para assumir a vigarice? Pelintras vigaristas!

Lembram-se dos bombardeamentos que a "comunidade internacional", liderada pelo Trump e pela Theresa May, perpetrou sobre território Sírio em retaliação pelo ataque que nunca existiu? Do bombardeamento com centenas de mísseis? Precisamente, foi real, aconteceu, teve lugar, destruiu, arrasou, matou. Os responsáveis estão agora a ser processados pelo TPI por crimes contra a humanidade. Não estão? Quer dizer, inventaram um ataque com armas químicas para poderem bombardear um país soberano e não são responsabilizados pelas mortes que causaram? Pelintras vigaristas.

Lembram-se das armas de destruição maciça do Saddam? Exatamente, nunca existiram, não havia, eram uma imensa mentira, uma fraude que já custou dezenas de milhares de vidas humanas, miséria, caos, desgraça. Estão a ver a guerra que há 16 anos dura no Iraque? Precisamente, continua, com mais Daesh, menos ISIS, mais abaixo ou mais acima, nunca mais parou desde que os EUA entraram pelo Iraque dentro "para irem destruir" as tais ADM's que, como ficou provado, nunca existiram.

Lembram-se do camião com "ajuda militária" que o malvado governo venezuelano incendiou? Exactamente, o video, cortado pelo governo Colombiano e agora analisado na sua totalidade pelo New York Times, veio agora provar que não foram os chavistas, foi "um" criminoso guarimbista, do lado Colombiano da fronteira, a quem o coktail molotov, que estava a lançar, para o lado venezuelano da fronteira, sobre a Guarda Nacional Bolivariana, "escorregou" da mão e foi aterrar, por engano, em cima do camião com a "ajuda militária" do Trump.

Lembram-se? Viram? Conseguem comparar a campanha de #FakeNews oriunda dos media corporativos: telecaneiros, jornaleiros, opinadeiros e quejandos, com a realidade dos factos?

E depois os media corporativos que andaram semanas e meses a propagar as #FakeNews querem fazer-nos acreditar que o resto gritam à saciedade não são #FakeNews?

O José Goulão é que tem razão ao afirmar que «Os meios de repercussão da mentira são incomensuravelmente mais fortes do que as reposições da verdade. Os fabricantes e mensageiros das falsificações há muito que perderam a vergonha e espezinharam os princípios – se é que alguma vez os tiveram.»

Fica aqui o artigo todo publicado no lado Oculto e no AbrilAbril. Vale a pena ler, comparar, apurar a verdade dos factos.

2019/03/11

Para um Contexto da Primavera Venezuelana

As aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
(Grazia-Tanta, 2019/02/14)

Hoje na Venezuela, ontem na Síria, Líbia, Iraque, Afeganistão. A gula das multinacionais encontra sempre um apoio nos governos dos EUA e na sua propensão para a guerra.

As últimas intervenções militares dos EUA no exterior, nas últimas décadas, prendem-se quase sempre com combustíveis fósseis. Certamente que não é uma coincidência.

É muito longa a lista das intervenções e guerras dos EUA no âmbito do continente americano, desde as guerras contra o México e a absorção do Texas no século XIX e os muitos golpes de estado, sobretudo através de militares aliciados ou subornados para o efeito, no âmbito da doutrina Monroe segundo a qual a América é dos americanos… embora haja uns que se arrogam ao direito de intervir e decidir o que convém aos outros: para além, claro, do esmagamento das nações índias, cujos membros só deixaram de ser considerados formalmente estrangeiros (!) no século XX.

2019 – Venezuela, um apetecível filão

2019/03/07

São eles contra o mundo ou o mundo contra eles?

Actualmente, na ONU, estão representados 193 estados soberanos, 193 países, 193 governos. Há poucos dias, num artigo d'O Lado Oculto, ficámos a saber que os EUA têm 800 bases militares espalhadas por cerca de 80 países. Agora, noutro artigo da mesma newsletter, Stephanie Savell, da Universidade de Brown, compilou 80 países onde os EUA estão actualmente a "intervir" a coberto daquilo a que eles próprios chamam "guerra global ao terrorismo". As "intervenções" são dos mais variados tipos, desde invasões como a do Afeganistão, da Síria ou do Iraque, passando por destacamentos militares ou missões conjuntas, como na Líbia ou no Iémen, bombardeamentos ou ataques com drones, como no Paquistão, na Tunísia, na Somália, no Mali ou no Quénia, até ao mais genérico guarda chuva das missões de "treino e assistência" a decorrerem em 65 países e onde os "treinadores" e "assistentes" são bastas vezes condecorados com medalhas por "Extrema Bravura em Combate", normalmente atribuídas a quem arrisca a vida em combates fora das casernas e dos campos de treino.

Pergunto-me. A fazerem a guerra, fora de portas, em 80 países, são eles contra o mundo ou é o mundo que não gosta deles?

Guerra dos EUA "Contra o Terrorismo" Trava-se em 80 Países
(Stephanie Savell, TomDispatch/O Lado Oculto, 2019/03/03)

Em Setembro de 2001, a administração de George W. Bush lançou a “Guerra global contra o terrorismo”. Embora o termo “global” há muito tenha desaparecido da designação, eles não estavam a brincar.

2018/04/12

Jornalista Morto no Iraque pelo Exército Invasor

Xosé
(Anabela Fino in Avante!, 2018/04/11)

Todos os lugares e todos os dias têm histórias por contar, e por maioria de razões os locais e os tempos em que por força das circunstâncias se concentram gentes e atenções. Não é segredo que não raras vezes as histórias que passam à História carregam tantos silêncios, tantas omissões, tantos desígnios espúrios que em certas ocasiões se torna indispensável, para um correcto entendimento dos factos, raspar a patine do tempo e resgatar do olvido o que não pode nem deve ser esquecido. É o caso do conjunto formado pelo hotel Palestina, 7 de Abril de 2003 e José Couso, elementos que hoje pouco ou nada dirão à grande maioria das pessoas.

2018/04/11

As Encenações e as Armas Químicas ... dos Terroristas

O despudor é completo. Nunca tinha visto tais apelos à guerra e às invasões de estados soberanos.

Pergunto-me "quem" serão os "anunciantes" que pagam este tipo de jornaleirismo?

Mas façamos um exercício de memória sobre alguns dos "incidentes" inventados pelos EUA/NATO para fazerem a guerra a quem muito bem lhes apetece.

As ADMs do Saddam - ai ai ai que o "terrível e sanguinário" Saddam tem armas de destruição massiva e vai matar-nos a todos no metro e nos aviões, e por acaso está a começar a vender pitrolina em euros e isso é que não pode ser, mas esqueçam isso da pitrolina e dos euros e foquem-se nas ADMs do Sadam! Bora lá invadir aquilo tudo e terraplanar o país da pitrolina, para depois darmos cabo dos aiatolas e do Hassad! Armas químicas? ADMs? Nem vê-las! Nada! Depois de passarem o Iraque a pente fino, não encontraram um litro de nada! O que ficou para trás? Um país que era essencialmente laico, reduzido ao xiismo? Um deserto de estruturas e infraestruturas? Não sei quantas dezenas de milhar de mortos? Não interessa pá, importante é que já lhe passaram as veleidades de vender petróleo em euros! Essas e as outras todas, lá debaixo dos sete palmos de terra onde o enterrámos. Que a terra lhe seja pesada, entoaram os abutres em Washington, Londres e Nova Iorque.

Massacre de Srebrenica - ai ai ai que os "malvados" sérvios massacraram uma data de bósnios em Srebrenica. Bora lá bombardear a Sérvia e estraçalhar aquilo tudo! Passados 20 anos vem um Major-General português, à época observador militar da ONU na Bósnia, dizer o que todos já sabíamos: não houve nenhum massacre de bósnios em Srebrenica, foi tudo encenação [da NATO] para ocidente ver. Por acaso, uns meses depois, os "bons" bósnios massacraram uns milhares de "terríveis" sérvios na kraina, como normalmente fazem os "bons aliados" dos EUA/NATO quando chegam ao poder (talibans no Afganistão, rebeldes na Libia, ISIS na Síria etc, etc, etc.), mas isso foram os bons bósnios, esqueçam, lembrem-se só do que ficou dessa guerra: um mosaico de máfias e mafiosos a traficaram armas, drogas e pessoas de e para a Europa.

Incidente do Golfo de Tomkin - ai ai ai que três lanchas torpedeiras norte-vietnamitas perseguiram o USS qualquer coisa. Bora lá bombardear o Vietname do Norte! Passados 40 anos os documentos foram desclassificados e afinal foi grupo dos EUA. A guerra do vietname com os seus milhões de mortos e feridos já é coisa do passado e o Vietname ficou enterrado em agente laranja, fósforo e outros desfolhantes .. químicos, todos trade mark "Made in USA & air delivered by USAF".

Incidente da Baía de Cuba - ai ai ai que os espanhóis afundaram o Maine, escreveram os jornais do William Hearst, que estava a precisar de vender papel, faturar uns milhões, e até disse ao jornaleiro dele em Cuba «você escreva que eu arranjo-lhe a guerra», ou isso ou qualquer coisa parecida. Hoje sabemos que de facto aconteceu qualquer coisa ao Maine, mas a Espanha continua a dizer que não teve nada a ver com isso. Terá sido o jornaleiro do Hearst?

As armas químicas do terrível Hassad - ai ai ai que o sanguinário Hassad usou armas químicas contra a oposição moderada (vulgo bons rebeldes). Bora lá ... não? Não foi ele? Em 2013? Não foi o Hassad? Não foi o Exército Árabe Sírio do Hassad? Não foi o exército do estado sirio? Não foram os russos? Foram os "bons rebeldes"? A tal Al-Nuhsra?  Os terroristas bons apoiados pelo trio maravilha "EUA/NATO/UE"? Foram mesmo os aliados do ISIS e da Al-Quaida? Da NATO e do "Ocidente"? Quem disse? A Carla del Ponte da ONU? E a Reuters? E a BBC? E em Aleppo também não foi o Hassad? Pois, eu achei esquisito nunca mais terem aparecido as provas, e os resultados das análises, e essas coisas, mas pensei que fosse atraso do laboratório, ou isso ou greve na companhia aérea, ou uma coisa dessas. Não? Não foi isso?

Agora também já não interessa, agora a esquadra do tio sam já rumou à Síria, ao Hassad e aos Russos. Vou mas é ali à esquina comprar umas conservas e uns litros de leite. Just in case ;-)

Parceria NATO/EUA/UE - a endrominar o mundo desde 1955. Compre já numa tv em sua casa. Deixe-se endrominar pacificamente sentado no sofá! Nós tratamos-lhe da saúde.


Como o escrito já vai longo, vou acabar com um parágrafozinho de um Senhor que sabe muito bem o que diz: «Como disse Harold Pinter, ao receber o Prémio Nobel da Literatura em 2005, «existe uma manipulação do poder à escala mundial, se bem que mascarando-se como uma força para o bem universal, um esperto, mesmo brilhante, acto de hipnose altamente conseguido». É o que contumazmente tem acontecido em dezenas de anos praticando acções que seguem os princípios da Rainha de Copas na Alice no País das Maravilhas: «Condene-se primeiro, investigue-se a seguir». Os resultados são trágicos, com milhões de vitimas inocentes. Como dizia um personagem do filme de João César Monteiro Le Bassin de John Wayne, «hoje, os novos fascistas apresentam-se como democratas».»

2018/04/10

Frescas do Dia: Lembram-se ?

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, justificou a invasão do Iraque com provas fabricadas de que este país dispunha de «armas de destruição massiva», no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 5 de Fevereiro de 2003. Esta noite, os EUA levam uma proposta de resolução sobre o alegado recurso a armas químicas pela Síria a uma reunião de urgência do Conselho de Segurança. Mais aqui no AbrilAbril.

2018/02/18

DAESH: A Marioneta Estado-Unidense

Imagem do post
Daesh: a história escondida
(José Goulão in AbrilAbril, 2018/02/15)

Não restam hoje dúvidas de que a estrutura mercenária do Daesh funciona como um corpo clandestino do Pentágono, da própria NATO, no quadro da privatização crescente das operações militares nos campos de batalha.

o liquidado. O Estado Islâmico ou Daesh, por certo a organização criminosa de maior envergadura montada sob a fachada do «extremismo islâmico» para servir nas guerras de agressão e expansão lançadas este século, capitulou às mãos dos exércitos iraquiano e sírio, reforçados com o apoio de forças militares russas chamadas pelo governo legítimo de Damasco. Não, a chamada «coligação internacional anti-Daesh», comandada pelo Pentágono, nada teve a ver com o desfecho, antes pelo contrário, exceptuando o caso da sangrenta reconquista da cidade de Mossul, no Iraque.

Tornado ineficaz em termos de consolidação dos objectivos que originalmente lhe foram estabelecidos, designadamente o desmembramento do Iraque e da Síria e a remodelação das fronteiras estabelecidas no primeiro quartel do século XX naquela região do Médio Oriente, o Daesh está a ser reciclado para novas funções, definidas de acordo com os interesses transnacionais e globais de quem mais se tem servido dele, em primeiro lugar o Pentágono e a NATO.