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2022/01/03

Doença Privada


Será assim tão dificil de entender que para a iniciativa privada a doença é como um sabonete: só serve para vender e ganhar dinheiro? Será assim tão dificil de perceber que a doença não pode ser entregue a privados?

2020/01/13

A Saúde Pública a Pagar Lucros Privados

SNS – Problemas e soluções
(Isabel do Carmo, Púbico, 2019/12/07)

Qualquer de nós que trabalhou em hospitais sabe que o que deseja a maioria dos recém-especialistas é ser contratada e ficar no SNS. Estará o Estado à espera que lhes aconteça como à menina do Capuchinho Vermelho e que venha um lobo e os coma? É que os lobos estão por aí. É o mercado…

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem aparecido aos olhos do público como sendo um caos, mas não é um caos. Convém ver a quem aproveita esse retrato e claro que se chega facilmente à conclusão que aproveita a quem vive do negócio da saúde: serviços privados e seguros. Não é o caso dos profissionais do SNS, que acreditam que este é um serviço que está na base, a par da Educação e da Segurança Social, do que nos resta na luta pela igualdade. Serviço público baseado no Orçamento Geral do Estado (OGE), o qual vive sobretudo dos impostos, que são progressivos. Um esforço de compensação das desigualdades de rendimentos. É também para isto que servem os nossos impostos. Podemos ter uma doença crónica como a diabetes ou uma doença aguda como um infarto ou um acidente vascular cerebral, sem temermos ficar na miséria, endividados ou morrer sem assistência.

2020/01/12

A Saúde: Factos X Senso Comum Neoliberal

Muito bom. Uma excelente panorâmica que, da minha perspetiva, só peca em dois aspetos. Um é não denunciar o real motivo para o "bom" desempenho mediático do neoliberalismo: os media pertencem às mesmas corporações com participações cruzadas na saúde privada, e são esses media corporativos a impôr a agenda da ideologia dominante. O outro é propor um link para uma opinião neoliberalista sobre o papão da "carga fiscal" que não esclarece sobre quem recai esse alegado aumento, se sobre o trabalho ou o capital, nem sobre a diferença, em Portugal muito clara, entre impostos e contribuições sociais. É que, para quem não saiba, o aumento do emprego e dos salários faz crescer direta e imediatamente as contribuições sociais arrecadadas, e isso é bom porque significa que há mais trabalho e melhores salários.

O “caos” na Saúde, dizem eles
(Isabel do Carmo, Púbico, 2020/01/11)

Este clima atinge algo que é precioso – a relação utente ou doente com os serviços públicos e nomeadamente a relação médico-doente, que deve ir além da mera tecnocracia do diagnóstico e terapêutica.

2020/01/09

A Morte "privada" Que Desapareceu dos Media

A Leonor não cabe na campanha
(Daniel Oliveira, in Espesso, 2020/01/08)

A morte de Leonor vai ficar nos registos do Hospital Garcia de Orta. O hospital público onde teve o tratamento que merecia. Infelizmente, tarde demais. Leonor, com 12 anos, tinha dores fortes e febre. Foi atendida pela primeira vez a 17 de dezembro, fez análises para saber se tinha uma infeção urinária e depois foi medicada para um problema muscular. A 20 de dezembro piorou e no dia seguinte voltou ao hospital. Nem a camisola a mandaram tirar, diz a mãe. Com enormes dores, gritou. A pediatra disse que ela não podia sentir tantas dores depois do medicamento que lhe tinha sido ministrado. Aconselhou uma consultada com um pedopsiquiatra. Estaria a pedir atenção.

2019/12/30

Vacinemo-nos Contra a Ideologia Dominante

A armadilha das "teorias da conspiração" funciona porque algumas delas são tão reais que, na ausência de bases teóricas explicativas bem fundamentadas, muitos de nós acabamos a deixar-nos enredar nas outras que são meras manobras da ideologia dominante.

Um exemplo preocupante é a campanha anti-vacinação que vai ganhando terreno numa esquerda alternativa esvaziada dos fundamentos marxistas, por definição humanistas, adeptos da ciência e do método cientifico e que colocam a luta de classes como motor da história e, portanto, a existência de duas classes com interesses antagónicos, no centro de qualquer análise de qualquer problema socio-económico.

O caso da vacinação não escapa a uma análise classista, mas comecemos por uma argumentação mais cientifica.

Desde Koch e Pasteur a vacinação já conseguiu eliminar uma doença - a varíola - e esteve quase a eliminar outra, a tuberculose que matava essencialmente os sub-alimentados das classes baixas , os que não podiam pagar os prolongados e repetidos tratamentos nas estâncias termais das altas montanhas. Só não a erradicou nos anos 70-80 do século XX porque, subitamente, a OMS deu a doença como "controlada" e acabou com a vacinação mundial massiva.

Num interlúdio político (teoria da conspiração?) importa notar que a decisão da OMS acontece a par da onda neo-liberalizante privatizadora (Reagan-Teatcher-Wojtyła), também na saúde, e que, como resultado dessa decisão, hoje, as várias versões das tuberculoses multiresistentes montadas em cima da sida são campo de investigação e de lucros multimilionários para a big-farma.

Voltemos aos factos. Uma vacina é essencialmente uma pequena porção de "doença" (bacilos, bactérias, vírus) suficientemente "morta" (envenenados, queimados, entoxicados, estraçalhados) para não "infetar" o hospedeiro (o ser humano) mas suficientemente viva para despertar e produzir no organismo humano os anticorpos que possam lutar contra a "doença" quando ela surgir na versão "vivinha-e-pronta-a-matar". É por isso absolutamente natural que se encontrem nas vacinas vestígios de mil e um venenos, tóxicos e lixos. Do pó de talco à soda cáustica vale tudo para enfraquecer até à quase morte a bactéria. Os venenos todos estão lá em quantidade suficiente para manter o agressor "quase-morto" e insuficiente para fazer mal ao organismo humano no seu todo. Esses tóxicos estão lá, não subrepticiamente, mas propositadamente para manter os responsáveis pela doença "quase-mortos" ou mesmo "mortos".

Regressemos então à nossa teoria da conspiração, mas a uma que use a visão classista da sociedade, para deixar algumas perguntas cujas respostas talvez ajudem os adeptos progressistas da não vacinação a compreender porque é que este movimento, nascido no seio das comunidades mais retrógradas e conservadoras dos eua, só recentemente foi empurrado para as portas da "naturalidade" das comunidades alternativas, culturalmente radicalizadas na desconfiança da ciência e social e economicamente alienadas do marxismo.

Na sua inevitável e incessante busca do maior lucro, a big farma prefere as soluções que erradiquem uma doença ou as que "tratem" a doença quando ela surgir?

Quantas vacinas da gripe pode a big farma vender a um cidadão para evitar a gripe e quantas embalagens de comprimidos lhe consegue impingir para a tratar?

Quem estará interessado e quem não estará numa prevenção barata e universal de uma doença até à sua erradicação?

Será razoável deixar nas mãos de uma indústria capitalista a escolha das linhas de investigação no combate ou prevenção da doença? Irá essa indústria guiar-se pelos interesses da humanidade ou pela maximização do lucro quando tiver (e tem!) de escolher entre o doente e o lucro?

Como é que, no contexto de uma já tradicional vacinação contra a gripe, surgiu o pânico da "gripe das aves", de origem asiática, que originou o fabrico apressado e mal atamancado de uma pseudo-vacina para a "gripe-asiática" que salvou um potentado norte-americano da falência? A quem interessou essa "vigarice"? Quem lucrou? Qual o real impacto dessa "vigarice" no movimento antivacinação?

O problema está nas vacinas ou em quem as produz?

Podemos confiar na indústria capitalista para nos tratar da saúde?

Uma indústria que precisa de lucrar com a doença prefere tratamentos, curas ou prevenções?

Os 10% de detentores dos meios de produção preferem uma saúde privada, paga, de onde possam extrair lucros ou uma saúde pública e gratuita com o intuito único de curar?

E para os 90% que não lucram nada, nunca? Qual a escolha mais óbvia?

2019/06/06

Regressaram a Cuba os Médicos que Ajudaram Moçambique

Uma ilha cercada de imperialismo por todos os lados consegue uma sobre produção anual de médicos que exporta(1) como fonte de divisas para onde os podem pagar e gratuitamente sempre que lhos pedem os mais necessitados(2) ou catástrofes ambientais requerem meios excepcionais(3)(4).

A História começou a 23 de maio de 1963 quando cerca de 50 profissionais de saúde foram para a Argélia colmatar as necessidades deixadas pela fuga dos colonos franceses aquando da independência. Hoje Cuba é o país com mais médicos per-capita(5) , isto apesar do boicote e do bloqueio estado-unidense a que nem a união europeia sabe ou quer fazer frente.

Quando lhe falarem de Cuba pergunte-se sempre que outro país exporta médicos? Saúde? Paz? Solidariedade?

Viva Cuba!

2019/05/15

Querem Privado? Paguem!

É um regabofe, um verdadeiro roubo a céu aberto. É fartar vilanagem. Para onde se olhe, só se vêm os privados a comer à mesa do orçamento pago com os nossos impostos.

Privatizaram os correios? Os donos capitalistas fecharam balcões, despediram trabalhadores, estragaram o que funcionava. A tal ponto que nem a neo-liberal governação consegue esconder o regabofe que por ali foi. Dizem que os vão obrigar a reabrir meia dúzia de postos. Dizem... Exige-se a nacionalização, já! Já é tarde? Já! Vamos ficar com um serviço pior do que o vendido pelo cavacal-passismo? Vamos, mas já não há outro remédio. Nacionalize-se enquanto existem correios.

Privatizaram o novo banco? O fundo abutre que viu naquilo um poço de lucros exigiu um acordo do tipo: os lucros são nossos e os prejuízos vossos. O governo neo-liberal seguiu as ordens de Bruxelas e assinou, privatizou. Agora viemos a saber que vamos pagar ao banco do fundo abutre mais 2100 milhões até 2021, pelo menos.

A neo-liberal governação capitalista pagou 450 milhões, aos privados do cavacal-falido BPN/SLN, por um SIRESP que custou 70 milhões, para os mafiosos da Altice "gerirem" a seu gosto? Não chega. À beira da "época de incêndios, os mafiosos avisam que ou o governo paga os 11 milhões, que o Tribunal de (boas) contas se recusa a pagar (porque será?) ou desligamos a coisa. Verdade seja dita que, a julgar pelos anos passados, mesmo ligado, o SIRESP privado não funciona quando faz falta. Até quando meus deus até quando?

Últimas sobre as maravilhas da gestão privada da saúde pública. Parece que o grupo Lusíadas, que gere o hospital de cascais, conseguia "os melhores ratings do país" a falsificar fichas de doentes! Não sou eu que digo, é uma reportagem do canal dos bolsanamão que querem "a piece'a'that" e se posicionam todos ufanos a favor da lei-de-bases-da-maria-de-belém-da-saúde-privada. A sério????

O privado é que é bom? É sim senhor, para os vigaristas que compram jactos e mega-mansões com os nossos impostos.

2019/03/14

Saúde pública é de todos

Enquanto o governo atracado à direita dos negócios chorudos continua a tentar fazer da saúde um negócio privado, há quem recorde os bons exemplos que guindaram o SNS aos melhores lugares dos rankings da saúde, a saber: completa separação entre o SNS e os negócios privados e o estabelecimento de um quadro estável de profissionais dignamente remunerados em dedicação exclusiva. Foi isso que aconteceu, entre 1990 e 2009, quando o SNS floresceu.

Saúde: a nuvem por Juno (I)
(Jorge Seabra, AbrilAbril, 2019/02/21)

Para garantir a fixação dos médicos e de outros profissionais ao SNS, não é preciso nenhuma medida coerciva que os «prenda» ao serviço público, menos ainda sob o falso e demagógico pretexto de estarem a «pagar» uma dívida que contraíram para com o Estado.

2018/11/19

A Verdade Sobre os Médicos Cubanos no Brasil

Na semana em que o presidente eleito do Brasil afirmou pretender mudar as condições de prestação de serviços dos médicos cubanos a trabalhar no país, muito se tem escrito sobre o facto de Cuba exportar médicos para regiões do mundo a quem outros preferem vender armas, miséria e morte.  Oiçamos o que tem a dizer sobre o tema um dos médicos brasileiros desse programa.

Sobre os médicos cubanos
(Roubado a Ana Mateus algures no facebook, 2018/11/17)

1- Salário dos Médicos

A- Cuba faz cooperação com 66 países em todo o globo, inclusive com países europeus. Sabe como isso começou? Com a brigada Henry Reeve criada em 2005 como forma de ajuda humanitária para atender as vítimas do Furacão Katrina nos EUA. Fidel chamou centenas de médicos e pediu que se organizasse a brigada. Os EUA negaram a ajuda. A brigada permaneceu mobilizada pois em pouco tempo haveria uma crise em Angola e um terremoto no Paquistão.

Cuba - O País que Exporta Médicos

O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, lançando mão de referências directas, depreciativas e ameaçando a presença dos médicos cubanos no Brasil, disse e reiterou que vai modificar os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito para a Organização Pan-Americana da Saúde. As más acções ficam com quem as pratica.

Reproduz-se abaixo o comunicado do Ministério de Saúde Pública de Cuba que não vamos ver mencionado nos media corporativos nacionais.@Refer&ncia

Declaração do Ministério de Saúde Pública
(Havana, 2018/11/14)

O Ministério da Saúde Pública da República de Cuba, comprometido com os princípios solidários e humanistas que durante 55 anos têm guiado a cooperação médica cubana, participa desde seus começos, em agosto de 2013, no Programa Mais Médicos para o Brasil. A iniciativa de Dilma Rousseff, nessa altura presidenta da República Federativa do Brasil, tinha o nobre propósito de garantir a atenção médica à maior quantidade da população brasileira, em correspondência com o princípio de cobertura sanitária universal promovido pela Organização Mundial da Saúde.

Médicos cubanos: Orgulho da Humanidade

O fascismo brasileiro renunciou à ajuda internacionalista cubana. As más acções ficam com quem as pratica.

Yonner González Infante, um médico cubano até há pouco a trabalhar no Brasil, explica ao fascista brasileiro o que é ser homem com coluna vertebral. Cuba continua de pé, orgulhosa da sua independência e de continuar a exportar médicos para onde o capitalismo exporta armas, miséria e morte.@Refer&ncia

Médico Cubano:
Bolsonaro: “Aprenda o que é amor ao próximo e dignidade”dignidade”.
(Nocaute, 2018/11/18)

Eu respondo: Bolsonaro, meu filho, quando o Sr. diz que Cuba fica com meu salário eu só penso nas seguintes questões:

1-Eu aceitei os termos de um contrato por livre e pessoal determinação.

2-Ciente de que, com esse dinheiro, minha mãe, irmãos, sobrinhos, primos, tios , vizinhos, famílias todas tem garantido o cuidado de sua saúde. Sem pagar nada .

2018/07/17

Só com os valores de Abril Portugal terá futuro

As desigualdades na distribuição do rendimento e as funções constitucionais do Estado
(Miguel Tiago in O Militante, 2018/07)

Estamos perante uma utilização crescente de uma grande parte dos instrumentos formais do Estado – a força, a lei, a fiscalidade, a educação e a cultura – ao serviço da classe dominante e da acumulação e domínio monopolista, com o contributo decisivo dos partidos ao serviço desses interesses. A fiscalidade que constitucionalmente se estabelece como ferramenta para uma das incumbências prioritárias do Estado (Art.º 81.º da CRP) é afinal de contas utilizada como uma ferramenta de concentração de riqueza e de privilégio dos grandes grupos económicos em que se concentram os benefícios fiscais. A política fiscal que devia orientar-se para a distribuição da riqueza, directa e indirectamente, está objectivamente ao serviço das grandes empresas e dos que vivem de rendas, lucros e juros que continuam a ser taxados com uma exigência e uma incidência muito inferior aos rendimentos do trabalho. Ao mesmo tempo, a lei e a força são, não raras vezes, utilizadas para diminuir e conter direitos dos trabalhadores e manter a ordem da grande burguesia, quer no conflito laboral, quer no conflito social. A Educação e a Cultura estão igualmente – e o seu subfinanciamento é um mecanismo para a obtenção desse desígnio – a ser gradual e crescentemente colocadas ao serviço da reprodução da cultura da classe dominante, sendo convertidas em câmaras de ressonância da ideologia burguesa e simultaneamente em mercadorias.

2017/09/07

A Bastoneira Cavaca e a Solidariedade Jornalistica.

Ainda não tinha falado nisto porque até sou dos que considera que os enfermeiros especialistas devem, de facto, usufruir de uma remuneração diferenciada relativamente ao seus colegas sem especialização ... mas ...

Pois, alguém já disse que tudo o que seja dito antes de um "mas" não vale nada ... mas ... acabo de ler o post do 77 colinas sobre a cavacanária dos enfermeiros e, de facto, não me lembro da cara dela quando os enfermeiros estavam a receber 4 euros por hora, nem quando os enfermeiros apareciam na portela a embarcar para a imigração.

Pois, é verdade, nesses idos de 2012, 2013, 2014 e 2015 a cavaqueira era dirigente pafista, e o pafismo estava no poder a esmifrar enfermeiros, e a esmifrar médicos, e a matar pacientes, e a esmifrar saudáveis. Tudo o que auferisse menos de 100 000 anuais era esmifradinho. Lembram-se? Safaram-se os zeinaldos, e os bettencurtes, e os theutónios, e os pereira-coutinho, e o ricardinho, e o esteves, e o relvado, enfim, todos os que empochavam acima dos 100, 200 000.

Pois, não sei se ainda é dirigente pafista nem me interessa porque nem é sobre a cavacacária nem sobre os seus eleitores enfermeiros que venho falar.

Pois, o que de repente me ficou nos olhos, a brilhar tipo grande clarão, foi a abissal diferença entre o solidário tratamento dado pelos media ao original protesto dos enfermeiros por aumentos de 800 euros, protesto que, de acordo com alguns doutos especialistas em direito do trabalho, será, no mínimo, de uma algo duvidosa legalidade, e a escabrosa animosidade com que há menos de uma semana tratou a justíssima, legalíssima e arrasadora greve dos trabalhadores da auto-europa contra a imposição de trabalharem 4 sábados por 175 euros ...

Mais ninguém vê a diferença entre luta de classes e luta da classe?

2009/08/09

A Esconsa Realidade da Saúde Privada

- Dr. estou mal. Mal. Muito mal da cabeça.
- Não, não me dói, não são dores, passo é a vida a discutir com o senso comum, ruídos na cabeça, besouros, murmurios. Desta vez são as estórias das "virtudes" da saúde privada, dos seguros de saúde, das farmacêuticas boazinhas que nos querem tratar da saúde, dessas vigarices todas.
- Pois pois, bem sei que não posso passar a vida a discutir comigo, canso-me muito, mas se não dou vazão à bilis fico com bezouros na cabeça, veja bem esta lista de "virtudes":


E depois quando eles defendem que:
É um imperativo nacional a defesa e o reforço do SNS, como serviço público de saúde geral, universal e gratuito, como garantia de acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente das condições socioeconómicas do indivíduo.
Objectivo que deve ser acompanhado de um conjunto de medidas tais como:
- Promover a humanização, a qualidade e a sustentabilidade do SNS com o pleno aproveitamento da capacidade instalada e o reforço dos seus recursos técnicos e humanos;
- Reintegrar os Hospitais EPE no serviço público administrativo e assegurar criação das unidades de cuidados de saúde em falta [...];
- Defender a implementação de um modelo de gestão pública e democrática, participada, competente e desgovernamentalizada;
- Pôr fim à promiscuidade entre o sector público e o privado;
- Alargar as áreas de actuação do SNS numa linha de convergência no progresso com os subsistemas públicos e retomar o caminho da sua gratuitidade abolindo as taxas moderadoras;
- Avançar para uma verdadeira reforma dos Cuidados de Saúde Primários que aproxime os serviços dos utentes, com um significativo investimento em meios técnicos e humanos que assegure médicos de família a todos os utentes;
- Promover o desenvolvimento da rede de cuidados continuados;
- Promover a produção nacional de medicamentos e a redução do seu custo para o Estado e para os doentes;
- Reforçar o papel fiscalizador e regulador do INFARMED e definir com rigor a intervenção de cada uma das componentes do sector do medicamento, impedindo que alguma das partes possa ter uma intervenção do tipo cartel;
- Defender a criação de um laboratório nacional de medicamentos e a abertura de farmácias públicas nos hospitais e em alguns dos maiores Centros de Saúde;
- Adoptar medidas estratégicas relativas à formação pré e pós graduada de profissionais de saúde, que permitam responder às reais necessidades do país;
- Restabelecer o vínculo público de nomeação, valorizado pela melhoria condições de trabalho e por carreiras e remunerações condignas assentes no princípio de salário igual para trabalho e condições de trabalho iguais;
- Adoptar medidas de emergência para aumentar o número de profissionais de saúde, principalmente de médicos.

Aonde é que vou arranjar desculpas esfarrapadas para não votar neles?