«Porquê umas e não outras?» Perguntava o Vitor Vieira num comentário a um post do Vitor Dias a propósito das declarações do Zapatero antes de o patrão lhos ter apertado. E deixava alguns dados que consultou nas duas CNE:
- O Maduro obteve 67,8% dos votos expressos, o que correspondeu a 31,7% do total de eleitores inscritos, com 54% de abstenção.
- O Marcelo obteve 52% dos votos expressos, o que correspondeu a 24,8% do total de eleitores inscritos, com 51,3% de abstenção
- O primeiro ganha em dois indicadores e até a abstenção foi semelhante, com uma diferença inferior a 3 pontos percentuais.
Qual a diferença? Respondo eu, a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo verificadas do planeta.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
Mostrar mensagens com a etiqueta @OTempoDasCerejas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta @OTempoDasCerejas. Mostrar todas as mensagens
2019/02/08
2018/04/18
O Cerco ao VI Governo Provisório Foi Provocado Pelo Ministro do Trabalho de Então
Uma mentira com 25 anos
(Vítor Dias in Semanário, 2000/11/17)
Sabemos que esta crónica nos vai colocar na situação de alguém que decidiu enfrentar a marcha de um comboio de alta velocidade.
Mas não importa. Ela explica-se porque, desde 1975, raramente se terá passado um ano sem que, tal como a generalidade dos cidadãos, não fossemos bombardeados com a história e as imagens (que não contam toda a verdade !) do alegado “Cerco à Constituinte” ocorrido em 12/13 de Novembro de 1975 e não sentíssemos uma viva indignação face a uma pérfida mentira que, por milhares de vezes repetida, terá sido absorvida por sucessivas gerações de portugueses como uma sólida e cristalina verdade.
De tal modo assim é, que nem nos choca especialmente ver num trabalho no “Público” de 13/11 antigos deputados à Constituinte (do PS, do PSD e do CDS) a tratarem os acontecimentos de 12.11.75 ou como um “ensaio de golpe” ou como uma acção inspirada pelo PCP com vista a paralisar ou acabar com os trabalhos da elaboração da Constituição. Ao fim e ao cabo, há tantos e tantos anos que repetem o mesmo que já não devem conseguir distinguir a verdade histórica da sua útil conveniência em terem baptizado de “cerco da Constituinte” aquilo que, quando muito mas com menos lucro, podiam ter chamado “cerco do Governo”.
(Vítor Dias in Semanário, 2000/11/17)
Sabemos que esta crónica nos vai colocar na situação de alguém que decidiu enfrentar a marcha de um comboio de alta velocidade.
Mas não importa. Ela explica-se porque, desde 1975, raramente se terá passado um ano sem que, tal como a generalidade dos cidadãos, não fossemos bombardeados com a história e as imagens (que não contam toda a verdade !) do alegado “Cerco à Constituinte” ocorrido em 12/13 de Novembro de 1975 e não sentíssemos uma viva indignação face a uma pérfida mentira que, por milhares de vezes repetida, terá sido absorvida por sucessivas gerações de portugueses como uma sólida e cristalina verdade.
De tal modo assim é, que nem nos choca especialmente ver num trabalho no “Público” de 13/11 antigos deputados à Constituinte (do PS, do PSD e do CDS) a tratarem os acontecimentos de 12.11.75 ou como um “ensaio de golpe” ou como uma acção inspirada pelo PCP com vista a paralisar ou acabar com os trabalhos da elaboração da Constituição. Ao fim e ao cabo, há tantos e tantos anos que repetem o mesmo que já não devem conseguir distinguir a verdade histórica da sua útil conveniência em terem baptizado de “cerco da Constituinte” aquilo que, quando muito mas com menos lucro, podiam ter chamado “cerco do Governo”.
2017/08/14
Outro coiso que diz coisas
Não, não vou aqui publicar-lhe o nome, mas vou transcrever o texto d'O Tempo das Cerejas chamando-lhe o que é, um tó birrento.
Apresentando uma factura a certos anticomunistas
Vitor Dias in O Tempo das Cerejas
Em curiosa coincidência temporal com o Portocarrero do «Observador», [Tó Birrento] perpetra hoje no DN o seu 159º julgamento sumário e epitáfio do «comunismo».
Não, não vou discutir um texto que celebra o século das independências coloniais mas se esquece da contribuição da URSS para isso. Não, não vou discutir um texto que, no fundo, equipara nazismo e comunismo mas se esquece de quem deu a maior contribuição militar, e com mais sacrifícios e mortos, para a derrota do primeiro. Não, não vou discutir este bafiento truque de reduzir a luta heróica dos comunistas de todo o mundo, desde logo com as resistências europeias ao fascismo e ao nazismo, à história e percurso da URSS e de outros países de Leste feitos de epopeias e tragédias.
Não, nada disso. Vou sim escrever algo que ando há muito tempo para lembrar por causa deste e de outros Barretos, ou seja, de alguns que foram comunistas e depois (casos há como o de Barreto que até começou por sair pela «esquerda») se tornaram ferozes anticomunistas.
É que ninguém nasce reaccionário ou fascista ou antifascista e democrata. Ora muitos destes Barretos o que nunca contam é como, no Portugal de Salazar, se tornaram democratas. Excluindo os casos de influência familiar directa, o que bem se pode dizer é que muitos deles, com alta probabilidade, se tornaram democratas porque em determinado momento das suas vidas tomaram contacto com uma qualquer ou várias das expressões da radicação e influência do PCP na sociedade portuguesa, seja uma colectividade, uma associação de estudantes, um cineclube, um suplemento literário, uma campanha eleitoral da oposição democrática, etc., etc.
Se não estivessem toldados pela cegueira e ódio anticomunistas, podiam ao menos agradecer ao PCP e ao famoso «comunismo» o facto de, chegado o 25 de Abril, terem podido ser, dizer-se ou apresentar-se como democratas.
Apresentando uma factura a certos anticomunistas
Vitor Dias in O Tempo das Cerejas
"Cem anos. Tantos anos!
"Com a chegada dos dias santos
"Com a chegada dos dias santos
de Setembro a Novembro,
começam as comemorações.
começam as comemorações.
Na Praça Vermelha,
em Moscovo, com pouco lustro
e ainda menos entusiasmo.
Na Praça Kim Il-sung, em Pyonyang,
com aprumo e disciplina.
Na Praça da Revolução, em Habana,
com rum e saudades de Fidel.
Na Quinta da Atalaia, na Festa do Avante!,
com música e bifanas. E pouco mais."
Tó Birrento no "DN"
Em curiosa coincidência temporal com o Portocarrero do «Observador», [Tó Birrento] perpetra hoje no DN o seu 159º julgamento sumário e epitáfio do «comunismo».
Não, não vou discutir um texto que celebra o século das independências coloniais mas se esquece da contribuição da URSS para isso. Não, não vou discutir um texto que, no fundo, equipara nazismo e comunismo mas se esquece de quem deu a maior contribuição militar, e com mais sacrifícios e mortos, para a derrota do primeiro. Não, não vou discutir este bafiento truque de reduzir a luta heróica dos comunistas de todo o mundo, desde logo com as resistências europeias ao fascismo e ao nazismo, à história e percurso da URSS e de outros países de Leste feitos de epopeias e tragédias.
Não, nada disso. Vou sim escrever algo que ando há muito tempo para lembrar por causa deste e de outros Barretos, ou seja, de alguns que foram comunistas e depois (casos há como o de Barreto que até começou por sair pela «esquerda») se tornaram ferozes anticomunistas.
É que ninguém nasce reaccionário ou fascista ou antifascista e democrata. Ora muitos destes Barretos o que nunca contam é como, no Portugal de Salazar, se tornaram democratas. Excluindo os casos de influência familiar directa, o que bem se pode dizer é que muitos deles, com alta probabilidade, se tornaram democratas porque em determinado momento das suas vidas tomaram contacto com uma qualquer ou várias das expressões da radicação e influência do PCP na sociedade portuguesa, seja uma colectividade, uma associação de estudantes, um cineclube, um suplemento literário, uma campanha eleitoral da oposição democrática, etc., etc.
Se não estivessem toldados pela cegueira e ódio anticomunistas, podiam ao menos agradecer ao PCP e ao famoso «comunismo» o facto de, chegado o 25 de Abril, terem podido ser, dizer-se ou apresentar-se como democratas.
2017/07/24
Subscrever:
Mensagens (Atom)