Há 75 anos o Exército Vermelho libertou Auschwitz
(Gustavo Carneiro, Avante!, 2020/01/23)
A reescrita da História é um dos eixos da ofensiva ideológica do grande capital que marca o nosso tempo
Assinala-se na próxima segunda-feira, 27 de Janeiro, 75 anos sobre a libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz. Do muito que já se disse sobre o assunto, e do que seguramente se dirá nos próximos dias nos meios de comunicação social dominados pelo grande capital, não sobressai devidamente a identidade do libertador: a União Soviética e o seu Exército Vermelho.
Só quem andar distraído poderá achar estranho semelhante desvalorização ou mesmo ocultação, tal a dimensão e descaramento das operações de reescrita da História que marcam o nosso tempo. Elas são parte integrante da ofensiva ideológica que acompanha – e enquadra – o brutal e multifacetado ataque do imperialismo contra os direitos dos trabalhadores e dos povos.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
Mostrar mensagens com a etiqueta #URSS. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta #URSS. Mostrar todas as mensagens
2020/01/25
2019/09/02
Sobre Falsificações Históricas ...
OK, primeiro a declaração de interesses: sim, sou ideologicamente anti-estalinista. Sim, responsabilizo o estalinismo pelo colapso do movimento comunista soviético e internacional e também sim, não aceito que a ideologia dominante continue a falsificar a história nem que os "comparatistas" queiram equiparar um Estaline herdeiro dos mais utópicos ideais humanistas a um Hitler carniceiro que destruiu uma Europa e foi responsável pela morte de 60 milhões de homens e mulheres em todos o mundo. Para compreender o pacto de não agressão germano-soviético de 1939 é essencial conhecer o cerco ocidental, montado em redor da URSS após a fracassada tentativa de invasão de 1917, e toda a sequência de negociações cruzadas entre os três eixos: alemanha-itália-japão, frança-inglaterra e URSS, nomeadamente o breve resumo que Fadi Kassem nos dá sobre o comportamento das "potências" ocidentais face ao crescente militarismo do eixo alemanha-itália-japão:
- Ausência de reacção face à invasão japonesa da Manchúria na China a partir de Setembro de 1931, com o Japão a ser visto como um baluarte contra o bolchevismo na Ásia;
- Ausência de reacção à reintrodução do serviço militar obrigatório na Alemanha em Março de 1935, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes de 28 de Junho de 1919;
- O veto franco-britânico contra a “aliança inversa” sem trégua proposta pela URSS desde 1933, depois pelo pretenso “pacto franco-soviético” de Maio de 1935 sabotado do lado francês;
- Acordo anglo-alemão de Junho de 1935, permitindo um poderoso rearmamento naval da Alemanha nazi;
- Contactos mantidos e reforçados entre as elites francesas e britânicas em particular, com as elites alemãs na década de 1930, a ponto de o ex-primeiro-ministro britânico Lloyd George, de visita ao chalé do Führer em Berchtesgaden em Setembro de 1936, declarar acerca deste último: “Hitler não sonha com uma Alemanha que ameace a Europa. Os alemães perderam todo desejo de entrar em conflito connosco";
- Acordo secreto entre a França e o Reino Unido com a Itália fascista [12] para anexar uma grande parte da Etiópia em Maio de 1936 - registar que a Itália não é sancionada pela Liga das Nações (SDN) na altura…;
- Remilitarização da Renânia em Março de 1936 (proibida pelo Tratado de Versalhes …);
- Guerra da Espanha no decurso da qual apenas a URSS e as Brigadas Internacionais vêm em socorro do campo republicano contra Franco e seus aliados fascistas e nazis, operando em total cumplicidade com o Reich e a Itália;
- Obviamente, a criação do pacto anti-Komintern;
- Anschluss (anexação da Áustria pela Alemanha) em Março de 1938, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes;
E, momento alto do espectáculo, entrega da Checoslováquia aos apetites hitlerianos pela França - apesar da sua ligação à Checoslováquia por um tratado desde 1924 … - e Reino Unido no seguimento da assinatura dos vergonhosos acordos de Munique na noite de 29 para 30 de Setembro de 1938 (decisão definitivamente tomada em Londres pelos britânicos e franceses em 29 de Novembro de 1937 [13]). Notar que a URSS estava ausente deste acordo (e por boas razões), ao contrário da Itália fascista que, tal como a Alemanha nazi, a França e o Reino Unido, não desejava a presença dos soviéticos (nem aliás dos checoslovacos …).
- Chamberlain (Reino Unido), Daladier (França), Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália) assinam o Acordo de Munique em 30 de Setembro de 1938. Um ano antes de a URSS, por falta de resposta aos seus pedidos de um acordo de defesa com a França e a Inglaterra, se ver reduzida a assinar o pacto germano-soviético.
Em suma, sigamos os factos e argumentação de Fadi Kassem ...
Há oitenta anos, o pacto germano-soviético: um símbolo da história desfigurado pelos reaccionários!
(Fadi Kasem, O Diário.info, 2019/08/30)
As efabulações dogmáticas dos anticomunistas primários
“Porque também se trata do 80º aniversário do «pacto germano-soviético», verdadeiro tratado de aliança com o regime de Hitler (que quase imediatamente levará, para começar, ao desmembramento da Polónia entre os dois predadores) é bom esclarecer esse pacto e as suas implicações “: eis o que se pode ler no blog de Marc Daniel Lévy, no site da Médiapart [1] sobre o pacto germano-soviético assinado em 23 de Agosto de 1939 entre Molotov e Ribbentrop. Para além da argumentação próxima da nulidade - menos de 20 linhas contentando-se com as acusações -, encontramos as efabulações clássicas dignas dos mais ferozes anticomunistas, que o título do artigo (”20 de Agosto de 40: é o grande aliado da Gestapo quem faz matar Trotsky”) ilustra perfeitamente. De facto, desde a assinatura do pacto em 23 de Agosto de 1939, anticomunistas de todos os tipos entoam a plenos pulmões esse refrão de uma suposta “aliança” entre Hitler e Stalin, à imagem de Jean-François Copé: já pouco à vontade para dominar os números – recordemos a sua incapacidade em avaliar o preço de um pão com chocolate [2] ou de seus problemas de contabilidade para a campanha de Sarkozy em 2012 [3] – o homem que obteve 0,3% nas primárias da direita para as presidenciais de 2017 [4] – ou seja menos votos do que Jean-Luc Bennahmias nas primárias do Partido Socialista! - já se tinha ilustrado no decurso da campanha para as eleições europeias ao declarar: “Sim, há 75 anos dia por dia, Stalin e Hitler assinavam um pacto de aliança que levou ao esmagamento da Europa sob a bota nazi: 60 milhões de mortos “[5]. Não poderia ser-se mais inventor do que isto…
- Ausência de reacção face à invasão japonesa da Manchúria na China a partir de Setembro de 1931, com o Japão a ser visto como um baluarte contra o bolchevismo na Ásia;
- Ausência de reacção à reintrodução do serviço militar obrigatório na Alemanha em Março de 1935, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes de 28 de Junho de 1919;
- O veto franco-britânico contra a “aliança inversa” sem trégua proposta pela URSS desde 1933, depois pelo pretenso “pacto franco-soviético” de Maio de 1935 sabotado do lado francês;
- Acordo anglo-alemão de Junho de 1935, permitindo um poderoso rearmamento naval da Alemanha nazi;
- Contactos mantidos e reforçados entre as elites francesas e britânicas em particular, com as elites alemãs na década de 1930, a ponto de o ex-primeiro-ministro britânico Lloyd George, de visita ao chalé do Führer em Berchtesgaden em Setembro de 1936, declarar acerca deste último: “Hitler não sonha com uma Alemanha que ameace a Europa. Os alemães perderam todo desejo de entrar em conflito connosco";
- Acordo secreto entre a França e o Reino Unido com a Itália fascista [12] para anexar uma grande parte da Etiópia em Maio de 1936 - registar que a Itália não é sancionada pela Liga das Nações (SDN) na altura…;
- Remilitarização da Renânia em Março de 1936 (proibida pelo Tratado de Versalhes …);
- Guerra da Espanha no decurso da qual apenas a URSS e as Brigadas Internacionais vêm em socorro do campo republicano contra Franco e seus aliados fascistas e nazis, operando em total cumplicidade com o Reich e a Itália;
- Obviamente, a criação do pacto anti-Komintern;
- Anschluss (anexação da Áustria pela Alemanha) em Março de 1938, apesar de proibida pelo Tratado de Versalhes;
E, momento alto do espectáculo, entrega da Checoslováquia aos apetites hitlerianos pela França - apesar da sua ligação à Checoslováquia por um tratado desde 1924 … - e Reino Unido no seguimento da assinatura dos vergonhosos acordos de Munique na noite de 29 para 30 de Setembro de 1938 (decisão definitivamente tomada em Londres pelos britânicos e franceses em 29 de Novembro de 1937 [13]). Notar que a URSS estava ausente deste acordo (e por boas razões), ao contrário da Itália fascista que, tal como a Alemanha nazi, a França e o Reino Unido, não desejava a presença dos soviéticos (nem aliás dos checoslovacos …).
- Chamberlain (Reino Unido), Daladier (França), Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália) assinam o Acordo de Munique em 30 de Setembro de 1938. Um ano antes de a URSS, por falta de resposta aos seus pedidos de um acordo de defesa com a França e a Inglaterra, se ver reduzida a assinar o pacto germano-soviético.
Em suma, sigamos os factos e argumentação de Fadi Kassem ...
Há oitenta anos, o pacto germano-soviético: um símbolo da história desfigurado pelos reaccionários!
(Fadi Kasem, O Diário.info, 2019/08/30)
As efabulações dogmáticas dos anticomunistas primários
“Porque também se trata do 80º aniversário do «pacto germano-soviético», verdadeiro tratado de aliança com o regime de Hitler (que quase imediatamente levará, para começar, ao desmembramento da Polónia entre os dois predadores) é bom esclarecer esse pacto e as suas implicações “: eis o que se pode ler no blog de Marc Daniel Lévy, no site da Médiapart [1] sobre o pacto germano-soviético assinado em 23 de Agosto de 1939 entre Molotov e Ribbentrop. Para além da argumentação próxima da nulidade - menos de 20 linhas contentando-se com as acusações -, encontramos as efabulações clássicas dignas dos mais ferozes anticomunistas, que o título do artigo (”20 de Agosto de 40: é o grande aliado da Gestapo quem faz matar Trotsky”) ilustra perfeitamente. De facto, desde a assinatura do pacto em 23 de Agosto de 1939, anticomunistas de todos os tipos entoam a plenos pulmões esse refrão de uma suposta “aliança” entre Hitler e Stalin, à imagem de Jean-François Copé: já pouco à vontade para dominar os números – recordemos a sua incapacidade em avaliar o preço de um pão com chocolate [2] ou de seus problemas de contabilidade para a campanha de Sarkozy em 2012 [3] – o homem que obteve 0,3% nas primárias da direita para as presidenciais de 2017 [4] – ou seja menos votos do que Jean-Luc Bennahmias nas primárias do Partido Socialista! - já se tinha ilustrado no decurso da campanha para as eleições europeias ao declarar: “Sim, há 75 anos dia por dia, Stalin e Hitler assinavam um pacto de aliança que levou ao esmagamento da Europa sob a bota nazi: 60 milhões de mortos “[5]. Não poderia ser-se mais inventor do que isto…
2017/11/15
Mais Factos no Centenário da Revolução de Outubro
Os Primeiros Decretos
(Café Central, in facebook 2017/11/15)
Na noite de 7 de Novembro, os operários armados rodeavam o Palácio De Inverno e o tomavam horas depois. Os operários contemplavam atónitos a riqueza e o luxo com que tinham vivido os czares durante anos. Pela primeira vez na história, a classe operária tomava as rédeas do Estado. Agora faltava levar o poder soviético a cada um dos cantos da Rússia e vencer a feroz resistência dos capitalistas para manter os seus privilégios. Mas, por onde começar? Como se destrói uma máquina estatal para criar outra?
No dia 8 de Novembro iniciava-se a obra legislativa da Grande Revolução Socialista de Outubro.
- O Decreto ao Mundo ou Decreto sobre a Paz
Foi esta a primeira norma do poder soviético. Nele se decreta a Paz sem anexações tal como deseja a imensa maioria da classe trabalhadora de qualquer país. O decreto proclama solenemente a sua vontade de assinar imediatamente um tratado de paz que faça cessar a guerra nas condições indicadas, igualmente equitativas para todos os povos sem excepção. Também elimina as negociações secretas e decreta uma trégua. Era a máxima prioridade naquele momento para a classe operária russa e europeia, acabar com uma guerra em que os operários morriam defendendo os interesses dos capitalistas.
- O Decreto da terra
Este decreto elimina a propriedade privada da terra. As grandes propriedades privadas, assim como as terras da Coroa, os conventos, a igreja, com todo o seu gado e utensílios, os seus edifícios e todas as dependências, passam a depender dos comités de terras das comarcas e dos sovietes de deputados camponeses do distrito. A única propriedade privada que este decreto mantém são as terras dos camponeses. Um fundo nacional de terras é criado para colocar à disposição dos camponeses. Proíbe-se a contratação, a terra é de quem a trabalha.
(Café Central, in facebook 2017/11/15)
Na noite de 7 de Novembro, os operários armados rodeavam o Palácio De Inverno e o tomavam horas depois. Os operários contemplavam atónitos a riqueza e o luxo com que tinham vivido os czares durante anos. Pela primeira vez na história, a classe operária tomava as rédeas do Estado. Agora faltava levar o poder soviético a cada um dos cantos da Rússia e vencer a feroz resistência dos capitalistas para manter os seus privilégios. Mas, por onde começar? Como se destrói uma máquina estatal para criar outra?
No dia 8 de Novembro iniciava-se a obra legislativa da Grande Revolução Socialista de Outubro.
- O Decreto ao Mundo ou Decreto sobre a Paz
Foi esta a primeira norma do poder soviético. Nele se decreta a Paz sem anexações tal como deseja a imensa maioria da classe trabalhadora de qualquer país. O decreto proclama solenemente a sua vontade de assinar imediatamente um tratado de paz que faça cessar a guerra nas condições indicadas, igualmente equitativas para todos os povos sem excepção. Também elimina as negociações secretas e decreta uma trégua. Era a máxima prioridade naquele momento para a classe operária russa e europeia, acabar com uma guerra em que os operários morriam defendendo os interesses dos capitalistas.
- O Decreto da terra
Este decreto elimina a propriedade privada da terra. As grandes propriedades privadas, assim como as terras da Coroa, os conventos, a igreja, com todo o seu gado e utensílios, os seus edifícios e todas as dependências, passam a depender dos comités de terras das comarcas e dos sovietes de deputados camponeses do distrito. A única propriedade privada que este decreto mantém são as terras dos camponeses. Um fundo nacional de terras é criado para colocar à disposição dos camponeses. Proíbe-se a contratação, a terra é de quem a trabalha.
2017/11/12
Mais Factos no Centenário da Revolução de Outubro
Outubro
(Jorge Cadima, in Avante! 2017/11/09)
É impossível falar do último século sem falar da grande Revolução Socialista de Outubro, o maior acontecimento libertador da História. Mesmo os seus inimigos o sabem. Por isso a denigrem e falsificam. Porque a odeiam, mas também porque dela continuam a ter medo.
A Revolução de Outubro mostrou que é possível uma sociedade diferente, que é mentira que tenha de ‘ser sempre assim’. Mostrou que a Humanidade não precisa de banqueiros, de grandes capitalistas ou latifundiários para viver e progredir. Mostrou que quando a sociedade humana deixa de alimentar os apetites insaciáveis das classes parasitárias, cai por terra a tese do ‘não há dinheiro’ para despesas sociais.
Apesar do atraso da Rússia czarista e da hostilidade permanente das classes exploradoras de todo o mundo, a União Soviética socialista assegurou ‘dinheiro’ para alfabetizar e educar todo o povo, com ensino gratuito e de qualidade. ‘Houve dinheiro’ para assegurar cuidados de saúde gratuitos, férias, descanso, cultura, ciência e desporto para todos. ‘Houve dinheiro’ para, sem esmolas caritativas, assegurar direitos laborais, segurança na terceira idade e perante os infortúnios da vida, direitos das mulheres e das crianças.
(Jorge Cadima, in Avante! 2017/11/09)
É impossível falar do último século sem falar da grande Revolução Socialista de Outubro, o maior acontecimento libertador da História. Mesmo os seus inimigos o sabem. Por isso a denigrem e falsificam. Porque a odeiam, mas também porque dela continuam a ter medo.
A Revolução de Outubro mostrou que é possível uma sociedade diferente, que é mentira que tenha de ‘ser sempre assim’. Mostrou que a Humanidade não precisa de banqueiros, de grandes capitalistas ou latifundiários para viver e progredir. Mostrou que quando a sociedade humana deixa de alimentar os apetites insaciáveis das classes parasitárias, cai por terra a tese do ‘não há dinheiro’ para despesas sociais.
Apesar do atraso da Rússia czarista e da hostilidade permanente das classes exploradoras de todo o mundo, a União Soviética socialista assegurou ‘dinheiro’ para alfabetizar e educar todo o povo, com ensino gratuito e de qualidade. ‘Houve dinheiro’ para assegurar cuidados de saúde gratuitos, férias, descanso, cultura, ciência e desporto para todos. ‘Houve dinheiro’ para, sem esmolas caritativas, assegurar direitos laborais, segurança na terceira idade e perante os infortúnios da vida, direitos das mulheres e das crianças.
2017/11/03
Aos Cidadãos da Rússia
A 7 de Novembro, pelas 10:00 da manhã, completar-se-ão 100 anos sobre a distribuição deste panfleto* pelas ruas de Petrogrado.
Dirigindo-se «aos cidadãos da Rússia», o «Comité Militar Revolucionário do Soviete de Deputados Operários e Soldados de Petrogrado» informava que:
1. O governo provisório fora deposto.
2. O poder de estado passara para as mãos do Comité Militar Revolucionário do Soviete de Deputados Operários e Soldados de Petrogrado.
3. As causas pelas quais o povo lutara estavam asseguradas:
- A proposta imediata de uma paz democrática,
- A supressão da propriedade latifundiária da terra,
- O controlo operário sobre a produção,
- A criação de um Governo Soviético
A primeira revolução liderada por um partido comunista acabara de triunfar.
Os anos seguintes seriam de afirmação do poder soviético. O rechaçar de uma invasão por parte das potencias burguesas, uma guerra civil, um «comunismo de guerra», uma revolução agrária, a eliminação da propriedade privada dos meios de produção, uma nova politica económica, uma nova arte, uma nova educação, uma mulher com os mesmos direitos do homem, e mais, muito mais.
Depois, bem, depois muita água correu por baixo das pontes e o mundo nunca mais foi o mesmo. Durante 70 anos várias gerações viram um outro mundo, um mundo onde não havia quem vivesse do trabalho alheio, onde todos podiam trabalhar por um salário honroso, onde tinham direito a um teto, a cuidados médicos, a uma educação de qualidade.
Foi perfeito? Não, não foi. Mas foi só a segunda tentativa. E correu muito melhor e durou muito mais do que os meses da comuna.
Podia ser melhor? Podia. Pode! Tem de ser. Quem fez esta já não faz outra, mas nós temos o dever de aprender com os erros e os sucessos de quem viveu aquela experiência de 70 anos. Até esse dia, importa celebrar aquele 7 de Novembro que há 100 anos abriu os olhos da humanidade para um outro mundo. Um mundo sem amos.
* o cartaz foi roubado ao abrilabril ;-)
Dirigindo-se «aos cidadãos da Rússia», o «Comité Militar Revolucionário do Soviete de Deputados Operários e Soldados de Petrogrado» informava que:
1. O governo provisório fora deposto.
2. O poder de estado passara para as mãos do Comité Militar Revolucionário do Soviete de Deputados Operários e Soldados de Petrogrado.
3. As causas pelas quais o povo lutara estavam asseguradas:
- A proposta imediata de uma paz democrática,
- A supressão da propriedade latifundiária da terra,
- O controlo operário sobre a produção,
- A criação de um Governo Soviético
A primeira revolução liderada por um partido comunista acabara de triunfar.
Os anos seguintes seriam de afirmação do poder soviético. O rechaçar de uma invasão por parte das potencias burguesas, uma guerra civil, um «comunismo de guerra», uma revolução agrária, a eliminação da propriedade privada dos meios de produção, uma nova politica económica, uma nova arte, uma nova educação, uma mulher com os mesmos direitos do homem, e mais, muito mais.
Depois, bem, depois muita água correu por baixo das pontes e o mundo nunca mais foi o mesmo. Durante 70 anos várias gerações viram um outro mundo, um mundo onde não havia quem vivesse do trabalho alheio, onde todos podiam trabalhar por um salário honroso, onde tinham direito a um teto, a cuidados médicos, a uma educação de qualidade.
Foi perfeito? Não, não foi. Mas foi só a segunda tentativa. E correu muito melhor e durou muito mais do que os meses da comuna.
Podia ser melhor? Podia. Pode! Tem de ser. Quem fez esta já não faz outra, mas nós temos o dever de aprender com os erros e os sucessos de quem viveu aquela experiência de 70 anos. Até esse dia, importa celebrar aquele 7 de Novembro que há 100 anos abriu os olhos da humanidade para um outro mundo. Um mundo sem amos.
* o cartaz foi roubado ao abrilabril ;-)
Subscrever:
Mensagens (Atom)