Na sequência da crítica literária de Ricardo Santos publicada no Manifesto74, vi-me na necessidade de inserir uma nova entrada no top 100 dos coisificadores de serviço.
Rui Taverneiro
(Ex-bloguista, ex-eurodeputado, ex-independente, ex-toriador, ex-tudo-e-mais-alguma-coisa-e-o-seu-contrário)
- Kautskizinho nacional de pacotilha, tornou-se famoso por continuar a ocupar um sofá-cama euro-paralamentar de 17 000/mês mesmo depois de cortar relações com os camaradas broquistas que lhe estenderam o tapete. Atualmente dedica-se a pedinchar umas migalhas pelas boutades que escrevinha nas tribunas que lhe dão esmola. Por vezes parece acreditar no que escreve personificando o Paradoxo da Mediatização Forçada(1) sob a acção do Impulso "Viktor Dedaj"(2)
(1) O Paradoxo da Mediatização Forçada (aka Paradoxo de Viktor Dedaj) enuncia-se como uma questão do tipo "a galinha ou o ovo" através da pergunta: «É a mediatização que os torna assim ou são mediatizados por serem assim?». Obtendo da parte do filósofo a resposta de que «Provavelmente é as duas coisas ao mesmo tempo: são autorizados a entrar no campo mediático devido à compatibilidade do seu discurso com o quadro pré-estabelecido das expressões toleradas, e a sua presença continuada provoca por sua vez, através de uma espécie de instinto de sobrevivência no sentido de não se ver condenado a uma «morte mediática», uma conformação do seu discurso a esse quadro. Wikipédia (edição 2050)
(2) Impulso Viktor Dedaj - «Todo o corpo intelectual mergulhado num meio mediático amorfo sofre uma força vertical dirigida de cima para baixo, e oposta ao peso dos argumentos desenvolvidos. Esta força é designada Impulso Viktor Dedaj». Wikipédia (edição 2050)
Tarefas Urgentes para Rui Tavares
(Ricardo M Santos in Manifesto74, 2018/06/20)
Rui Tavares acordou estremunhado, banhado em suores frios e percebeu que, afinal, está na hora de pegarmos em armas e combater o fascismo em todas as suas formas. Bem, não todas. Porque temos de escolher bem e combater o fascismo mas defender a UE. Já lá iremos. Um historiador estremunhado e assustado, nas manhãs de calor como as que temos vivido, pode ser um caso alarmante. Ao ponto de ser o próprio a referir que nunca pensou que “a versão atualizada [do fascismo] do século XXI viesse a ser tão caricaturalmente parecida com o original”. Um historiador como Rui Tavares, devia saber que a “História repete-se, pelo menos, duas vezes”, dizia Hegel, “a primeira como tragédia, a segunda como farsa”, disse Marx.
Apanhado de surpresa, Tavares esbraceja, alvoroçado, com o que está a passar-se em Itália, na Hungria, esquece Polónia e Ucrânia, Espanha, a vergonha do Mediterrâneo potenciada pelas intervenções externas a cobro – imagine-se – da UE nos países do Médio Oriente e norte de África, que Rui tavares tão bem conhece dos seus tempos de eurodeputado. Sem esquecer o tratado de extradição de refugiados assinado entre a progressista e europeísta Grécia e a Turquia.