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2019/03/15

Para o Capital Tudo, Para o Trabalho Nada

É com esta ideia feita que os sucessivos governos, liderados por sucessivos ministros das finanças neo-liberais, coadjuvados por sucessivos primeiros ministros tipo verbo de encher, decidem que tem de haver dinheiro nosso para dar ao capital financeiro especulativo e que, por isso mesmo, não "sobra" dinheiro, nosso, para recuperar as carreiras dos professores com eles contratualizadas vai para 15 anos, ou para tratar o Serviço Nacional de Saúde de décadas de abandono, ou das rachas na paredes das escolas públicas.

Depois dos governos PSD-CDS-PS enterrarem 16 700 milhões de euros, do nosso dinheiro, na banca privada, o Capital continua a querer mais e mais e mais. Agora foram mais 1 100 milhões "emprestados" ao fundo abutre que chafurda no cadáver do NovoBanco, triste herdeiro do BES/GES do Ricardinho Espírito-Santo-Metralha. Alguém já disse que a banca é demasiado importante para estar nas mãos de privados. Sobre o assunto fica aqui a opinião do Vasco Cardoso, também para futura @Refer&ncia.

2018/12/25

16 mil e 500 Milhões para os Banqueiros

(Alexandre Bravo, O Portugal Que Queremos, 2018/12/14)

É útil ler e saber aquilo que se comenta sobre este inqualificável roubo aos impostos pagos pelo contribuinte. Há uma ideia generalizada que os bancos andam a tapar os buracos que abrem com suas negociatas, vigarices, aventuras financeiras, etc, acusando-os de parasitas e ladrões.

Não estou nem por um segundo a tentar ilibar essa escumalha indecente, que tem praticado actos, alguns deles verdadeiros crimes, mas sim a acusar cada um de nós, cidadãos eleitores, pela nossa irresponsabilidade, estupidez e candura perante os políticos que escolhemos. Que autoridade moral temos em criticar os bancos pela suas tropelias, quando a cobertura lhe é fornecidas por governos por nós eleitos? Não nos iludamos, pois a grande maioria dos políticos que fazem parte do dito " bloco central " , obedece a lógicas e interesses da classe dominante, e neste domínio, tanto importa que seja amarelo, laranja ou rosa, pois as consequências são sempre as mesmas, e o embuste que nos vendem não varia de governo para governo, é o famoso " risco sistémico" para o sector financeiro. No entanto, vejam o que aconteceu na Islândia, prenderem aqueles banqueiros criminosos, não recuperaram bancos e o país não despareceu.

2018/07/17

Só com os valores de Abril Portugal terá futuro

As desigualdades na distribuição do rendimento e as funções constitucionais do Estado
(Miguel Tiago in O Militante, 2018/07)

Estamos perante uma utilização crescente de uma grande parte dos instrumentos formais do Estado – a força, a lei, a fiscalidade, a educação e a cultura – ao serviço da classe dominante e da acumulação e domínio monopolista, com o contributo decisivo dos partidos ao serviço desses interesses. A fiscalidade que constitucionalmente se estabelece como ferramenta para uma das incumbências prioritárias do Estado (Art.º 81.º da CRP) é afinal de contas utilizada como uma ferramenta de concentração de riqueza e de privilégio dos grandes grupos económicos em que se concentram os benefícios fiscais. A política fiscal que devia orientar-se para a distribuição da riqueza, directa e indirectamente, está objectivamente ao serviço das grandes empresas e dos que vivem de rendas, lucros e juros que continuam a ser taxados com uma exigência e uma incidência muito inferior aos rendimentos do trabalho. Ao mesmo tempo, a lei e a força são, não raras vezes, utilizadas para diminuir e conter direitos dos trabalhadores e manter a ordem da grande burguesia, quer no conflito laboral, quer no conflito social. A Educação e a Cultura estão igualmente – e o seu subfinanciamento é um mecanismo para a obtenção desse desígnio – a ser gradual e crescentemente colocadas ao serviço da reprodução da cultura da classe dominante, sendo convertidas em câmaras de ressonância da ideologia burguesa e simultaneamente em mercadorias.

2018/03/27

17 000 milhões para a banca

Não é o estado a gastar mais do que pode, é a banca a roubar o estado-social. RSI's? Quantos? Pensões de 1000 euros? 17 milhões de "meses" d'elas, integrais! Hospitais? Escolas? Infantários? Professores? Médicos? Enfermeiros? Não fosse o que a banca rouba e tínhamos um país que nem a Suécia.

2017/12/06

O Problema da Banca Privada

O problema
O problema da banca privada é que está constantemente a ser assaltada pelos seus próprios grandes accionistas
(Miguel Tiago na Assembleia da República, 2017/11/28)

Sr Presidente
Srs Deputados

A gestão privada do sistema financeiro é tão boa que há anos que andamos a discutir como resolver os problemas que criou. Eis pois as virtudes da privatização da banca de 1992: acumulação de riqueza e constituição de novos monopólios, desvio de quantias colossais da riqueza nacional para o estrangeiro e para fortunas em off-shore, imparidades de crédito de mais de 50 mil milhões de euros e uma despesa pública de mais de 25 mil milhões, tudo isto para tapar os buracos que os banqueiros deixaram no sistema. 30 mil milhões se incluirmos a CGD que foi na verdade gerida como um banco privado nas últimas décadas.

O problema da banca privada é que está constantemente a ser assaltada. Pelos seus próprios grandes accionistas. E o dinheiro que roubam e que lá falta acaba por ser o dos depositantes, a que o Estado é chamado a dar cobertura com recursos públicos numa operação de desvio de capitais do público para o privado sem precedentes. A conversão da dívida dos bancos em dívida pública, privatiza um capital público e socializa o passivo da banca privada. É uma operação obscena que reforça a necessidade de reformular o funcionamento do sistema financeiro, afirmar a necessidade do seu controlo público e de denunciar a natureza predatória e corrupta do sistema capitalista e dos Estados que fazem do capitalismo lei como é o caso dos que aceitam as regras da União Europeia.

É que não raras vezes pedem ao PCP que justifique os motivos por que defende uma banca pública. E explicamos com gosto. Mas o que ninguém nos foi ainda capaz de explicar é qual o benefício da banca privada. O que ganhou o país com a privatização da banca de Soares e Cavaco?