2019/01/31

Venezuela: para a história da vigarice 2

Por volta das 8 da noite de hoje, um senhor, com uma granda lata e que não morreu a rir, dizia no telejornal da RTP1 que "milhares de manifestantes apoiaram hoje nas ruas de Caracas" o pró-consul norte-americano para a Venezuela, enquanto as imagens por trás dele mostravam meia dúzia de maduros incluindo jornalistas em volta da tal marioneta trumpista.

Ao mesmo tempo, na TVI, uma senhora que apanhou o avião para Caracaras, afirmava em direto, numa rua com árvores e uns transeuntes a passearem-lhe por trás, e sem se partir toda a rir, que, segundo as fontes dela, o sr. silva dos negócios estrangeiros teria dito que Portugal poderia enviar tropas para a Venezuela para proteger os seus cidadãos, se bem que tal ainda não estivesse em cima da mesa. Mas alguém diz à tal senhora o que é que está e não está em cima da mesa?

No dia do golpe pudemos ouvir o Rogeiro-pra-todo-o-serviço, na SIC a dizer que tinha estado pouca gente na manifestação chavista enquanto as imagens da manifestação chavista, ainda a decorrer, mostravam em direto centenas de milhares de "pouca gente".

Mas eles julgam que são todos broncos? Ou só estão mesmo interessados em enganar tolos?

2019/01/26

Não São Fake News é Mesmo Pura Vigarice

A operação de vigarização desinformativa em curso sobre a Venezuela é um exemplo paradigmático da completa ausência de credibilidade dos media corporativos.

Não, não era "pouca gente"
No dia do golpe foi possível ouvir o Nuno Rogeiro a afirmar na sic noticias que a manifestação chavista teria "pouca gente" enquanto as imagens de fundo, com a hashtag #LasCallesSonChavistas mostravam a manifestação chavista com centenas de milhares de pessoas.

Não, não basta autoproclamar-se
A constituição venezuelana estabelece que em caso de vacância de poder presidencial o Presidente da Assembleia Nacional pode ser convidado pelo Supremo Tribunal a assumir interinamente a presidência. O Supremo Tribunal não convidou o golpista a assumir rigorosamente nada. Pelo contrário o Supremo Tribunal de Justiça declarou "inconstitucional" e "usurpadora" a iniciativa do golpista.

Não, a OEA não reconheceu o golpista
De acordo com o regimento da Organização de Estados Americanos, para que uma proposta de um dos países membros se transforme numa resolução da OEA são necessários 2/3 de votos, num total de 23 dos 34 países representados. A proposta do Macri teve 16 votos, menos de metade e muito menos do que os 23 necessários, pelo que o escrito do Macri não passa de uma proposta rejeitada pela OEA.

Sim as Eleições Foram Livres e Democráticas
Maduro foi eleito com 67% de votos numa eleição com 54% de abstenção. Para contextualizar estes números lembremos que Piñera, um discipulo e seguidor de Pinochet, foi eleito no Chile com 55% e uma abstenção de 55% e que trump foi eleito com 46% e uma abstenção a rondar os 50%. Não houve fraude tal como certificam várias instituições, incluindo a insuspeita fundação Carter. Tal como se pode ler n'O Lado Oculto «As eleições de 20 de Maio de 2018, que definiram o mandato para o qual Maduro foi empossado em 10 de Janeiro último foram livres, abertas e democráticas, conforme comprovaram 14 comissões técnicas eleitorais enviadas de oito países e duas missões técnicas eleitorais. Apresentaram-se seis candidatos à presidência em eleições que mobilizaram 26 partidos políticos. O acto eleitoral decorreu segundo a mesma legislação e as mesmas condições técnicas das eleições para a Assembleia Nacional de Dezembro de 2015, ganhas pela oposição que agora pretende derrubar o presidente. Nicolás Maduro ganhou as eleições com 67% dos votos, seguido por Henri Falcón, com 20,93%. Efectuaram-se 18 auditorias do sistema automatizado, públicas e transmitidas pelos meios de comunicação social; representantes do candidato Henri Falcón participaram em todas as reuniões relacionadas com o processo eleitoral e assinaram todas as actas. Nenhum candidato impugnou os resultados e não foi apresentada qualquer acusação ou qualquer prova de fraude.»

Não Resolução da OEA Não Foi Noticia

OEA Não Apoia Golpe na Venezuela
(José Goulão, O Lado Oculto, 2019/07/25)

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu reunir o número de votos necessários para aprovar uma declaração reconhecendo a auto proclamação de Juan Guaidió como “presidente interino” da Venezuela. A moção nesse sentido, apresentada pelo governo argentino fascizante de Maurício Macri, não alcançou sequer o apoio de metade dos 34 membros da organização, apesar das pressões directas do presidente dos Estados Unidos efectuadas através do seu secretário de segurança, Michael Pompeo, presente na reunião.

Segundo os resultados apurados durante a reunião de quinta-feira do Conselho Permanente da OEA, os 16 votos alcançados pela proposta de Macri estão longe dos dois terços necessários para ser transformada em declaração oficial da OEA (23) e ficaram mesmo três votos aquém dos 19 que, há duas semanas, consideraram “ilegítimo” o mandato presidencial de Nicolás Maduro alcançado através das eleições livres e democráticas realizadas em Maio de 2018.

2019/01/25

Eleições Livres? Sim!

Trump Dispara Golpe na Venezuela
(José Goulão, O Lado Oculto, 2029/01/23)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disparou o golpe de Estado na Venezuela ao reconhecer o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como chefe de Estado "interino". O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, Brasil, Colômbia, Peru, Paraguai, Equador e Costa Rica, pronunciaram-se no mesmo sentido logo que Trump fez a declaração. Guaidó autoproclamou-se presidente alegando a "ilegitimidade" de Nicolás Maduro, vencedor das eleições de Maio com 67% dos votos, e afirma que vai nomear um "Conselho de Transição". O Supremo Tribunal de Justiça declarou "inconstitucional" e "usurpadora" a iniciativa de Guaidó. A Venezuela cortou relações com os Estados Unidos.

2019/01/24

De Que Lado Estás?

Governos que renovaram o apoio ao Presidente da República Bolivariana da Venezuela eleito com 67% dos votos expressos:
Bolivia
China
Cuba
Irão
México
Nicarágua
Palestina
Rússia
San Vicente e Las Granadinas
Turquia
Uruguai e mais 173 países que mantêm normais relações diplomáticas com a Venezuela e não viram necessidade de se pronunciarem.

Governos que expressaram apoio ao pró-consul norte americano para a Venezuela
Argentina (neo-liberal eleito c/ 52%)
Brasil (fascista eleito c/ 55%)
Canada
Chile (neo-liberal eleito c/ 55%)
Colombia (Assassinados 387 activistas sociais em 2018)
Costa Rica
Guatemala (neo-liberal acusado de corrupção por um organismo da ONU)
Honduras (neo-liberal "eleito" em fraude eleitoral)
Panama
Peru

2019/01/22

Palestina: Um Trágico Balanço de 2018

2018, mais um ano negro para os palestinos: 295 mortos, 29.000 feridos, 6500 presos
(MPPM, 2018/12/30)

Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas, informa o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) num relatório divulgado no final da semana passada(*).

Trata-se do maior número de mortos num único ano desde a agressão israelita à Faixa de Gaza em 2014 (a chamada «Operação Margem Protectora») e o maior número de feridos registados desde que em 2005 o OCHA começou a documentar as baixas nos territórios palestinos ocupados (TPO).

O Tribunal das Corporações e a Reforma do Capitalismo

A "sociedade civil" que não travou o CETA parece ter acordado para o horror do tribunal das corporações imposto por esse mesmo CETA. Chama-se Investor-State Dispute Settlement (ISDS) em anglo-saxonês e serve para as corporações multarem as democracias quando estas não lhes andarem ao jeito. A par da chantagem com a especulação capitalista sobre as dividas soberanas este é mais um instrumento de sujeição do poder civil democrático ao poder financeiro. Porque interessa pensar neste instrumento neo-liberal-capitalista de sujeição das democracias á luz da reforma do capitalism deixo aqui duas opiniões recentemente vindas a lume no âmbito da luta europeia contra estes tribunais. O problema é que enquanto andamos a lutar contra estes tribunais o capital vai pensando noutra forma de sujeitar as leis dos estado soberanos ás "regras dos mercados". Conintuo a acreditar que a única solução é mesmo acabar com o Capitalismo, t o d o! @Refer&ncia

2019/01/21

Noticia de Última Hora Abre Noticiários em Todas as TVs

Não? Não abriu? Não passou? Não aconteceu? Ninguém disse nada? Sobre o roubo e a recuperação das armas roubadas pela Guarda Nacional Bolivariana? Pois! Os donos disto tudo chamam-lhe critérios editoriais.@Refer&ncia

Forças Armadas venezuelanas frustraram «tentativa de atentar contra a paz»
(AbrilAbril, 2019/01/21)

Os militares revelaram ter detido «o grupo reduzido de assaltantes», membros da Guarda Nacional Bolivariana, que roubaram armamento do destacamento de Segurança Urbana em Sucre (estado de Miranda). O armamento roubado no assalto desta madrugada ao destacamento de Segurança Urbana de Petare, em Sucre, já foi recuperado pelas autoridades venezuelanas

2019/01/19

BE Mais Uma Vez Contra as Democracias Latino-Americanas

Já sobre a Nicarágua tive a oportunidade de ler uns escritos no esquerda.net claramente inspirados nas narrativas mais bolorentas do imperialismo estado unidense que pôs no poder brasileiro o fascista bolsonaro. Na altura tentei comentá-los mas a democracia implementada no site do BE não mo permitiu. Desta vez o alvo é a Venezuela. Pergunto-me: estarão os opinadeiros desses escritos a ser financiados com os trinta dinheiros das democratadoras fundações do George Soros? @Refer&ncia

O BE defende um golpe militar na Venezuela?
(Bruno Carvalho, Manifesto74, 2019/01/18)

O Bloco de Esquerda publica um artigo inenarrável contra a Venezuela que defende um golpe militar, assinado por Tomás Marquez, que repete o argumentário utilizado pelos governos, partidos de direita e órgãos de comunicação social alinhados com o imperialismo. Vamos desmontar, ponto por ponto, uma posição que se inscreve na linha histórica do BE de se orientar na sua reflexão sobre política internacional por aquilo que é dito por Washington ou pela União Europeia.

2019/01/18

Mundo Real 2019/01/18

O destaque poderia ser a invasão do Iémene pelas tropas sauditas ou a prisão de uma jornalista americana pelo governo dos EUA, mas, na semana em que a Palestina assume a presidência do Grupo dos 77 e que uma nova força politica de esquerda emerge naquele país ocupado, importa dar-lhe a importância negada pelo silêncio dos media corporativos.

PALESTINA
Palestina assume a presidência do Grupo dos 77 + China: Na cerimónia de assunção da presidência rotativa anual, secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou «a liderança histórica do Estado da Palestina» como novo Presidente do Grupo dos 77. «A Palestina e os seus cidadãos têm experiência em primeira mão de algumas das questões globais mais desafiadoras e dramáticas que enfrentamos», declarou Guterres.

Nasce Alternativa à FATAH e ao HAMAS: Aliança Democrática Palestiniana é a nova força política do povo da Palestina, que pretende quebrar o domínio bipartidário estabelecido pela Fatah e pelo Hamas. Resulta da coligação de cinco organizações da esquerda palestiniana, integra personalidades independentes e tentará conseguir que sejam ultrapassadas as divisões internas enquistadas entre as organizações dominantes.(José Goulão com Edward Barnes)

Pela libertação de Ahmad Sa'adat e demais presos políticos palestinianos: No início da Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa'adat, o MPPM insta todos os que no nosso país «prezam a liberdade e a justiça» a darem voz aos palestinianos presos nas cadeias israelitas.

Palestina rejeita anunciado «acordo de paz» dos EUA sem a totalidade de Jerusalém Oriental como capital: A Autoridade Palestina reagiu a notícias acerca do conteúdo do chamado «acordo do século» dos EUA declarando que «qualquer plano de paz que não inclua um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como capital nas fronteiras de 1967 está destinado a falhar».

Tribunais militares de Israel multam palestinos em 14 milhões de euros em 3 anos: Os tribunais militares de Israel impuseram multas no valor de 60 milhões de shekels (14 milhões de euros) aos palestinos da Cisjordânia ocupada entre 2015 e 2017.

2019/01/15

Uma Palestina Mais Forte

Nasceu uma nova realidade politica na Palestina e, na medida em que pode potenciar o fim da ocupação israelita, tal como seria de esperar o facto foi amplamente noticiado nos media corporativos! Não? Ninguém viu nada? Ninguém leu nada? Nem jornais, nem televisões? Nada? De certeza? Nem acredito, felizmente O Lado Oculto fala-nos do facto.@Refer&ncia

Palestina - Nasce Alternativa à FATAH e ao HAMAS
(José Goulão com Edward Barnes, O Lado Oculto, 2018/01/10)

Dirigentes das cinco organizações constituintes e independentes encabeçam uma das primeiras manifestações promovidas pela nova Aliança Democrática Palestiniana.

Aliança Democrática Palestiniana é a nova força política do povo da Palestina, que pretende quebrar o domínio bipartidário estabelecido pela Fatah e pelo Hamas. Resulta da coligação de cinco organizações da esquerda palestiniana, integra personalidades independentes e tentará conseguir que sejam ultrapassadas as divisões internas enquistadas entre as organizações dominantes.

2019/01/12

Por uma Europa dos Trabalhadores e dos Povos

Apelo comum para as eleições para o Parlamento Europeu
(Gabinete de Imprensa do PCP, 2019/01/11)

Apelo comum para as eleições para o Parlamento Europeu «Por uma Europa dos trabalhadores e dos povos»

As eleições para o Parlamento Europeu realizam-se numa conjuntura em que os trabalhadores e os povos dos Estados-membros da União Europeia (UE) enfrentam enormes problemas e impasses. Os trabalhadores são confrontados com a precariedade no trabalho e a fragilização da sua situação social, com as desigualdades, com a pobreza, com os ataques aos salários, às pensões e aos seus direitos. Os povos e, em particular, os jovens são confrontados com o desemprego, a migração económica forçada, o acesso cada vez mais difícil à educação, à saúde e à habitação. Realidade que é reflexo das políticas de intensificação da exploração e de empobrecimento promovidas pela UE.

Aprofundam-se as assimetrias e as desigualdades de desenvolvimento entre os Estados-membros da UE. A própria UE permanece em crise e enfrenta uma séria turbulência.

A UE, as classes dominantes e as forças que as representam já não podem dissimular o descontentamento social provocado pelas suas políticas: o neoliberalismo na economia, a natureza anti-democrática e centralizada do seu funcionamento, o militarismo e o intervencionismo nas relações internacionais. Hoje, alastra o reconhecimento de que as declarações e promessas da UE e das forças que a lideram foram refutadas. A realidade com que os povos dos nossos países estão confrontados é bem diferente.

2019/01/11

Mundo Real 2019/01/11

Quando um patriota social-democrata toma posse na América-Latina, não importa se gostamos ou não dele, importa dar-lhe o destaque que os media corporativos lhe roubam. Maduro foi eleito com 67% dos votos numa eleição em que houve 53% de abstenção. Só como comparação, o Trump foi eleito com 47% numa eleição em que houve 44% de abstenção e o Marcelo num sufrágio com 52% de abstenção. Factos são factos.

VENEZUELA
Maduro: «Estou pronto para levar a Pátria a um futuro melhor»: Nicolás Maduro tomou posse, esta quinta-feira, como presidente da Venezuela. O mandatário comprometeu-se a conduzir o país a «um destino melhor», a defender a paz, a soberania e a integração regional.

«Imperialismo não impedirá Nicolás Maduro de tomar posse»: O governo da Venezuela repudia a «declaração extravagante» do Grupo de Lima e as «acções hostis» promovidas pelos EUA, reafirmando que o imperialismo não impedirá Nicolás Maduro de assumir o cargo.

Nicolas Maduro toma posse entre ameaças e ingerências: O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolas Maduro, toma hoje posse para um novo mandato, que, garante, marcará uma nova etapa na «construção do socialismo» no país.

As Policias do Capital

Polícias eleitorais ou as duas faces da mesma moeda
(José Goulão, O Lado Oculto, 2019/01/10)

As fake news e as novelas das supostas ingerências externas em actos eleitorais são o pretexto para a criação de corpos transnacionais de polícia eleitoral e o reforço do neoliberalismo como fascismo social.

A par da convergência dos populismos e neofascismos para as muitas campanhas eleitorais que aí vêm no plano internacional, está também em campo uma variante aglutinadora que contribui para replicar, mais coisa menos coisa, as eleições presidenciais norte-americanas de 2016. Incluindo aquilo a que o mainstream parece reduzir a política de hoje: as fake news e as novelas das supostas ingerências externas em actos eleitorais. Tudo a funcionar como nevoeiro para disfarçar o grande objectivo em jogo: reforçar o neoliberalismo como fascismo social – com mais ou menos fascismo político.

2019/01/10

Venezuela - A Tomada de Posse que o Capital Censurou (1)

Do muito que tenho aqui visto sobre a tomada de posse de Nicolas Maduro,há algumas coisas que me saltam à vista :

A imprensa do capital diz que Nicolas Maduro está isolado,no entanto 98 países enviaram delegações à sua tomada de posse.

Jair Bolsonaro foi contemplado com 46 delegações,entre elas,para vergonha nossa,a portuguesa.

Marcelo disse que se recusou a ir à tomada de posse de Maduro porque a sua eleição não representa a vontade da maioria dos venezuelanos,recordo que Maduro ganhou as presidenciais de Maio com 67% dos votos expressos,já Marcelo ganhou a sua presidência com 52% dos votos expressos.No entanto Marcelo diz que a eleição não vincula os venezuelanos pois só 47% votaram,é curioso que pela narrativa de Marcelo a sua própria eleição também não vincula os portugueses pois "apenas" votaram 48,66% dos portugueses em 2016.

O hilariante aconteceu no Uruguai,uma manifestação com milhares de pessoas de apoio ao mandatário venezuelano,teve o mesmo impacto que a manifestação dum anormal em frente à embaixada da Venezuela em Montevideu.

No fim de contas,estou-me nas tintas para tudo isto pois aquilo que mais dou valor é ao Povo venezuelano,e esse está nas ruas de Caracas apoiando o seu mandatário presidencial.

Por fim,recordo as palavras de Hugo Chávez para esta trupe política reaccionária :
"¡Váyanse al carajo, yanquis de mierda, que aquí hay un pueblo digno".
Agora é só trocar o "ianques" por "capitalistas"!
Para nota mesmo final,eu não sou apoiante de Maduro,sou apoiante do Povo venezuelano e se eles gritam "Viva Maduro",então eu grito com eles!
Texto de : Rui Miguel torres.

O Euro É Um Instrumento Neoliberal ao Serviço do Capital

20 Anos do Euro
(Miguel Viegas, Café Central, 2019/01/08)

Assinala-se neste momento 20 anos sobre a criação do euro. A moeda única foi apresentada na altura como o instrumento fundamental que iria acelerar a convergência social e territorial dentro da União Europeia. A realidade das últimas duas décadas demonstra que o euro, longe de cumprir com as expectativas, promoveu a divergência social e económica, convertendo-se num instrumento de domínio que impôs aos Estados nacionais as receitas neoliberais prescritas pela União Europeia. Neste sentido, a libertação dos constrangimentos que decorrem da presença de Portugal na União Económica e Monetária é hoje mais do que nunca indissociável do nosso projecto de uma política patriótica de esquerda.

A Privatização como Roubo Instituido

O esbulho da propriedade estatal tem sido constante e seguido sempre o mesmo guião. Degradar a empresa para criar mau estar, descapitalizar a empresa para lhe baixar o preço, retirar-lhe os setores improdutivos ou menos lucrativos para a tornar atraente e finalmente vender aos amigos ao preço da banana. Repescamos aqui mais um artigo sobre o golpe em preparação na CP.

Respostas aos afãs da Direita
(Manuel Carvalho da Silva in JN, 2018/09/01)

Os trabalhadores da CP e forças de Esquerda há muitos anos denunciam o crescendo de bloqueios à manutenção da capacidade operacional e à modernização desta empresa, e de outras que com ela se articulam, no contexto da afirmação da ferrovia como excelente solução para o transporte em geral e para a mobilidade das pessoas em particular.

2019/01/08

Não é populismo, é fascismo

Não é populismo, é fascismo
(Carvalho da Silva, DN, 2019/01/06)

É surpreendente que sociedades carregadas de injustiças e desigualdades, polarizadas em guetos, se tornem perigosas? Sociedades onde uma ínfima minoria é muita rica e manipula todos os poderes, uma grande parte é extremamente pobre e não tem voz, e no meio fica um enorme massa de seres humanos a deslizar para o lado da privação e da desesperança são sociedades em perigo. Neste contexto, será surpresa surgirem messias providenciais que, prometendo autoridade e segurança, encontram um público disponível para os apoiar e até para lhes propiciar vitórias eleitorais? Não, não é. Está a acontecer hoje o que já aconteceu no passado.

A Agressão Imperialista em Curso

EUA Assumem ataque a Venezuela
Confirmado: os EUA reconhecem que as sanções visam o colapso da Venezuela
(Missão Verdade in ODiario.info, 2018/02/09)

O Estado profundo no confessionário

[...] O chefe da CIA, Mike Pompeo, confessou num fórum do think-tank neoconservador American Enterprises Institute que o aparelho de informações que dirige trabalhou lado a lado com Trump as componentes operacionais das sanções contra a Venezuela.

Os media internacionais que registaram a declaração extraíram dela a parte mais rentável para as suas conveniências, encobrindo os detalhes que durante quase uma hora Pompeo expôs sobre o trajecto que deu lugar à institucionalização de sanções financeiras mediante uma Ordem Executiva (13692) e várias suspensões de reconhecimento por parte da OFAC/Departamento do Tesouro a mais de 30 funcionários de alto nível do Estado venezuelano.

2019/01/07

Mais-valia

Mais-valia
(António Vilarigues, O Castendo, 2018/12/14)

A jornada de trabalho divide-se em duas partes: trabalho necessário e sobretrabalho.

Na parte chamada trabalho necessário o trabalhador produz para si próprio, isto é, produz uma quantidade de valor correspondente ao valor dos seus meios de subsistência.

No sobretrabalho o trabalhador produz a mais-valia, ou seja, um valor a mais, que antes não existia e que, através da sua apropriação privada pelo capitalista, forma o lucro.

Se numa jornada de trabalho de 8 horas 2 são de trabalho necessário e 6 sobretrabalho, nesse caso a mais-valia equivale a 6 horas

Da emancipação social dos trabalhadores e dos povos

«A defesa da soberania nacional é indissociável do avanço no caminho da emancipação social dos trabalhadores e dos povos»
(João Ferreira, 2028/12/17)

Prezados amigos, estimados camaradas,

A integração de Portugal na União Europeia e no Euro é, desde há décadas, um elemento de suporte da política realizada por sucessivos governos, que influenciou decisiva e crescentemente a estruturação e a acção do Estado em variados domínios. A evolução do processo de integração limitou fortemente a soberania e a independência nacionais, tendo um impacto profundo na economia e na sociedade portuguesas.

35 Horas é Demasiado!

O patronato mais ultramontano voltou ao discurso dos pobres empresários que não podem explorar à vontade e se vêem obrigados a fechar portas. Desta vez, é, outra vez, a múmia ferraz da costa, morto, enterrado e ressuscitado ao terceiro dia a vir bolsar mais umas enormidades através daquele veiculo do patronato incompetente que dá pelo nome de fórum para não sei o quê à custa de quem trabalha. Ficam aqui uns factos que o contradizem, para futura refer&ncia.


A disputa do tempo é um luxo?
(Vicente Ferreira in Ladrões de Bicicletas, 2019/01/09)

Na nota de conjuntura do último mês, o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa, defendeu que “a semana das 35 horas [em Portugal] é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”. Embora seja verdade que Ferraz da Costa nos tem habituado a declarações polémicas sobre o assunto, que raramente sobrevivem ao confronto com os factos, esta merece alguma atenção.

2019/01/05

A Ucrânia Nazi Sem os "filtros" dos Media Corporativos

Pai Natal de Washington Recompensa Nazis
(Finian Cunningham, Strategic Culture/O Lado Oculto, 2019/01/04)

Que grande saco com prendas chegou há dias ao regime de Kiev, remetido directamente de Washington! E mesmo a tempo do Natal, apenas algumas semanas depois de o presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, ter tentado iniciar uma guerra com a Rússia através de uma provocação naval no Estreito de Kerch.

Em primeiro lugar, o enviado do governo norte-americano, Kurt Volker, anunciou que o Congresso estava a empacotar mais armas de guerra, no valor de 250 milhões de dólares, com destino à Ucrânia. Logo a seguir, instituições financeiras internacionais com sede em Washington, o FMI e o Banco Mundial, assinaram empréstimos no valor de milhares de milhões de dólares ao regime de Poroshenko.

Fascismo como Face Oculta do Capitalismo

É Matemático
(Hugo Dionisio, Facebook, 2018/01/04)

Começa sempre de mansinho… Uma palavra dita ao acaso, do tipo: “o 25 de Abril foi evolução”. Depois chegaram os “colaboradores”, “o estado ocupa muito espaço na economia”, ou “o estado deve diminuir o peso na economia”, para além de “o capital faz falta, o tempo da luta de classes acabou”. Alguém constatou que estes eram os princípios estampados no Estatuto Nacional do Trabalho de Salazar? Uma cópia quase fiel da Carta Del Lavoro de Mussolini?

2019/01/03

O Fantástico Lado Oculto

As coisas que ficamos a saber pel'O Lado Oculto ainda são mais fantásticas do que a mais imaginativa criatividade poderia projetar num ecran. E não me refiro à extrema agressividade dos EUA, ao estado de "quase" guerra com a China, à imposição de sanções à Rússia, nada disso, sobre esses factos podemos ganhar um olhar mais profundo, mas que diabo, são coisas impossíveis de varrer para baixo do tapete.

Quando trago aqui o universo fantástico abordado pel'O Lado Oculto, refiro-me ao roubo de 21 000 000 000 000, 21 milhões de milhões, 21 triliões de dólaras levado a cabo pelo pentágono. Sim, isso mesmo, a primeira auditoria feita às contas do pentágono não encontra o rasto de 21 triliões de dólaras gastos pelo pentágono. E ainda falam do assalto a Tancos ?!?

Agora fantástico, fantástico, mesmo fantástico. Lembram-se de eleger um germão chamado Martin Selmyr para mandar na comissão europeia? Não? Não votamos na comissão europeia? Mas alguém votou no outro, no presidente, no avião, no junker! Também não? Não interessa! Elegeram um parlamento europeu? Sim? Pronto. OK! Esse parlamento que nós elegemos «chegou agora à conclusão, por esmagadora maioria, de que Martin Selmyr “deve demitir-se” do cargo oficial que desempenha, o de secretário-geral da Comissão Europeia, porque “não respeita os princípios da transparência, da ética e do Estado direito”» Lindo certo? Fantástico, certo? Estão todos sentados? Isso, vamos esperar sentados, porque «Uma coisa é o Parlamento decidir e outra coisa, nesta União Europeia, seria o Parlamento alimentar a ilusão de que a sua exigência irá cumprir-se. Era como acreditar no Pai Natal».

Eu tinha prometido. Fantástico não é? O pentágono "desviou" 21 triliões de dólaras para bolsos profundos e o germão Selmyr manda na comissão europeia toda, ou, como ele gosta de se gabar, "[sem mim], nada disto funcionava”. E ninguém o põe na rua, nem o parlamento que nós elegemos. E ainda falam do Relvas?

2019/01/02

Torturadores pinochistas condenados a 20 anos de prisão

Condenados 53 agentes da ditadura de Pinochet pela morte de 9 comunistas
(DN, 2018/12/03)

A justiça do Chile condenou 53 agentes da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) pela morte de nove opositores do Partido Comunista, executados em 1976. As penas são entre três e 20 anos

A decisão da justiça chilena foi anunciada com um comunicado do Tribunal de Justiça de Santiago do Chile, em que o juiz responsável pelo caso, Miguel Vázques Plaza, decretou a sentença por sequestro qualificado.

As penas dos agentes, todos da Direção de Inteligência Nacional (DINA), a polícia secreta da ditadura entre 1973 e 1977, oscilaram entre três e 20 anos de prisão. Entre eles destaca-se o brigadeiro do exército chileno, Miguel Krassnoff Martchenko - com esta sentença já soma 700 anos de prisão por violações aos direitos humanos. Por outro lado, houve oito investigados que acabaram absolvidos em tribunal.

De acordo com a investigação, as vítimas deste processo foram detidas para serem interrogatório e acabaram torturadas por causa da sua militância política. O objetivo era obter informação sobre as atividades do partido e, especialmente, a a identificação posterior de outros membros na clandestinidade. "Tais constragimentos não cessavam até a obtenção da informação requerida ou até a inconsciência das vítimas", lê-se na decisão judicial.