Mostrar mensagens com a etiqueta #Guerra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta #Guerra. Mostrar todas as mensagens

2022/09/09

Sobre os Objetivos Russos na Ucrânia

Segundo Dmitry Trenin, aqui chegados e após seis meses de conflito, a Rússia poderá já não se contentar com a Crimeia e o Donbass, como tudo apontava em Fevereiro-Março, mas antes prolongar a guerra até à completa aniquilação do estado ucraniano através de uma divisão com varsóvia, para quem deixaria o noroeste historicamente polaco. Quem o afirma é professor e investigador na Escola Superior de Economia e investigador principal do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais, além de ser membro do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia.
(A Referência )
 
Seis meses de conflicto: O que é exatamente que a Rússia espera alcançar na Ucrânia
Dmitry Trenin, Russia Today, 2022/09/08

Os últimos comentários de Putin revelam que o pensamento de Moscovo mudou e o compromisso não está mais na agenda

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, referiu-se à Ucrânia como um “enclave anti-russo” que deve ser removido. Também afirmou que os soldados russos que participaram da operação militar estavam a lutar pelo seu “próprio país”. Estas declarações comportam importantes implicações.

2022/03/19

Sobre uma autorização dada por uma juiza

Comecemos então pela declaração de não alinhamento: Sou pela paz e contra qualquer guerra imperialista como é o caso da invasão em curso. 

Eu sei que para os agentes do Ministério da Verdade, isto não é suficiente, eu sei que para a grande maioria dos crentes no Ministério da Verdade é imprescindivel denunciar os hereges citando-os nome a nome, país a país, não o faço porque a minha lista seria demasiado longa. Eu sei que por isso me vão, apesar de não o ser, acusar de putinófilo. É o preço a pagar por não me deixar emocionar com a propaganda do Ministério da Verdade. 

Quanto ao escrito do "jornalista", abaixo reproduzido, realço os factos comprovadamente assumidos sem recurso a pressões ou torturas: o nazi foi autorizado por uma juiza a ir combater ao lado de nazis e o nazi, autorizado pela juiza, arrebanhou dinheiro e mais sete nazis para se juntarem, na Ucrânia, a um grupo maior de nazis para combater o invasor russo. Sobre a necessidade, alegada por Putin,de desnazificar a Ucrânia, como motivo para a invasão, não acrescento nada ao escrito do "jornalista".

2022/02/23

Sobre o Confronto Rússia vs. EUA

Não sei quem ganhará, mas sei que nós, os pacifistas bem intencionados já somos os principais derrotados. As duas panorâmicas que aqui recolhi não auguram nada de bom para os próximos tempos e ambos os autores têm leituras muito lúcidas da realidade, um sobre o que Putin esteve a explicar durante uma hora e outro sobre a indiscritivel passividade da União Europeia face aos vários desmandos que os EUA lhe têm imposto. Vejamos primeiro que disse Putin.

Não Sejamos Otimistas
(Francisco Seixas da Costa, CNN Portugal, 2022/02/22)

Não tendo uma natural vocação masoquista, dei comigo a pensar, no final da tarde de segunda-feira, por que razão, por quase uma hora, me entretive tanto a ouvir, numa muito profissional interpretação simultânea (num site russo, em espanhol), a integralidade da comunicação que Vladimir Putin fez ao país e ao mundo.

2022/02/16

Será a Ucrânia outro afeganistão agora no seio da europa?

Acho que compreendi a extensão do maquiavelismo do regime de washingtoNATO.

O objetivo é afastar definitivamente a euro-rússia da europa, empurrando-a para a ásia e cortando-lhe o comércio com o norte rico.

A estratégia passa por criar, na ucrânia, um estado falhado que evolua para um regime neo-nazi e possa vir a desestabilizar a euro-rússia por longos e maus anos, no limite, pela guerra, ou, na pior das hipóteses para o regime de washingtoNATO, servir como desculpa para impôr um bloqueio económico e financeiro que isole a euro-rússia da europa. Depois de vinte anos no afeganistão o regime de washingtonNATO deixou para trás, nas fronteiras da rússia e da china um estado falhado que irá desestabilizar toda a região por longos anos, agora vai fazer o mesmo na fronteira ocidental da rússia, aqui bem no centro da europa e longe da casa branca.

Olhando objetivamente para o desenrolar dos acontecimentos importa notar como se processou o jogo:

A) A expansão da nato para leste que hoje deixa fora das suas fronteiras apenas a ucrânia e a bielorússia, devidamente enquadradas por países da NATO.
B) O golpe da praça maidan, orquestrado pelo regime de washingtoNATO, separou definitivamente a ucrânia da rússia e tornou-a dependente da cada vez mais insuficiente ajuda dos países da NATO.
C) A eliminação sistemática da oposição na ucrânia, com a proibição do partido comunista, o fecho sistemático de rádios, jornais e televisões opositores, a legislação ultra-nacionalista e russófoba, empurram a revolta de uma economia falhada para as mãos do neonaziz financiados com dinheiros da NATO.
D) O abandono da ucrânia à sua sorte pelo regime de washingtonNATO, destruindo-a economicamente e remetendo-a para um estado semelhante ao da alemanha no pós primeira guerra, devastada pela guerra e arruinada pela crise mundial de 1921, é o que objetivamente podemos ver desde que o regime de washington começou a propagandear a tese da guerra: pela vertente da destruição do estado, o fim do turismo como fonte de rendimento, a fuga de capitais e o desinvestimento, agudizados agora com o fim dos vôos comerciais e a fuga dos oligarcas ucrânianos, a tal ponto, que é o próprio presidente ucraniano a pedir aos "amigos" para acabarem com a brincadeira, enquanto pela vertente bélica se assiste à venda maciça dos restos de coleção dos arsenais do regime de washingtoNATO.

E nós vamos deixar eclodir o ovo da serpente, outra vez, só porque o capitalismo precisa de destruir o imobilizado, outra vez, para aumentar a taxa de rendimento do capital?

2020/01/25

A História É Uma Arma da Luta de Classes

Há 75 anos o Exército Vermelho libertou Auschwitz
(Gustavo Carneiro, Avante!, 2020/01/23)

A reescrita da História é um dos eixos da ofensiva ideológica do grande capital que marca o nosso tempo

Assinala-se na próxima segunda-feira, 27 de Janeiro, 75 anos sobre a libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz. Do muito que já se disse sobre o assunto, e do que seguramente se dirá nos próximos dias nos meios de comunicação social dominados pelo grande capital, não sobressai devidamente a identidade do libertador: a União Soviética e o seu Exército Vermelho.

Só quem andar distraído poderá achar estranho semelhante desvalorização ou mesmo ocultação, tal a dimensão e descaramento das operações de reescrita da História que marcam o nosso tempo. Elas são parte integrante da ofensiva ideológica que acompanha – e enquadra – o brutal e multifacetado ataque do imperialismo contra os direitos dos trabalhadores e dos povos.

2019/11/03

Para Compreender o Conflito de Faz de Conta

A Rússia e a autodeterminação dos curdos em 26 notas
(Nazanín Armanian, ODiário.info, 2019/11/01)

1. Quem semeia ventos colhe tempestades, insinuou o embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzia, sobre a dramática situação dos curdos após o ataque militar da Turquia de 9 de Outubro no norte da Síria: “Nós incentivámos os curdos a terem um diálogo directo com o Governo sírio, mas eles preferiram outros protectores e agora podem ver o que sucede”. Depois, na votação do Conselho de Segurança, recusou-se a condenar a agressão militar ilegal turca contra a Síria “soberana” e só pediu ao agressor “máxima contenção”. Por outro lado, Donald Trump, para se defender dos que o chamam “traidor dos curdos”, disse que esses “não são anjos” e que alguns líderes do PKK são piores que o Daesh e deveria ser-lhes dado tempo para lutarem entre si para depois ir separá-los, deixando uma porta aberta para reocupar a Síria. Traidor? Não foi uma equipa da CIA e a Mossad quem capturou no Quénia o líder curdo Abdullah Öcalan e o entregou à ditadura turca em 1999?