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2020/01/13

A Saúde Pública a Pagar Lucros Privados

SNS – Problemas e soluções
(Isabel do Carmo, Púbico, 2019/12/07)

Qualquer de nós que trabalhou em hospitais sabe que o que deseja a maioria dos recém-especialistas é ser contratada e ficar no SNS. Estará o Estado à espera que lhes aconteça como à menina do Capuchinho Vermelho e que venha um lobo e os coma? É que os lobos estão por aí. É o mercado…

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem aparecido aos olhos do público como sendo um caos, mas não é um caos. Convém ver a quem aproveita esse retrato e claro que se chega facilmente à conclusão que aproveita a quem vive do negócio da saúde: serviços privados e seguros. Não é o caso dos profissionais do SNS, que acreditam que este é um serviço que está na base, a par da Educação e da Segurança Social, do que nos resta na luta pela igualdade. Serviço público baseado no Orçamento Geral do Estado (OGE), o qual vive sobretudo dos impostos, que são progressivos. Um esforço de compensação das desigualdades de rendimentos. É também para isto que servem os nossos impostos. Podemos ter uma doença crónica como a diabetes ou uma doença aguda como um infarto ou um acidente vascular cerebral, sem temermos ficar na miséria, endividados ou morrer sem assistência.

2020/01/12

A Saúde: Factos X Senso Comum Neoliberal

Muito bom. Uma excelente panorâmica que, da minha perspetiva, só peca em dois aspetos. Um é não denunciar o real motivo para o "bom" desempenho mediático do neoliberalismo: os media pertencem às mesmas corporações com participações cruzadas na saúde privada, e são esses media corporativos a impôr a agenda da ideologia dominante. O outro é propor um link para uma opinião neoliberalista sobre o papão da "carga fiscal" que não esclarece sobre quem recai esse alegado aumento, se sobre o trabalho ou o capital, nem sobre a diferença, em Portugal muito clara, entre impostos e contribuições sociais. É que, para quem não saiba, o aumento do emprego e dos salários faz crescer direta e imediatamente as contribuições sociais arrecadadas, e isso é bom porque significa que há mais trabalho e melhores salários.

O “caos” na Saúde, dizem eles
(Isabel do Carmo, Púbico, 2020/01/11)

Este clima atinge algo que é precioso – a relação utente ou doente com os serviços públicos e nomeadamente a relação médico-doente, que deve ir além da mera tecnocracia do diagnóstico e terapêutica.