De uma cristalinidade absoluta: como atacar o inatacável? É simples. Reduz-se a complexa variedade do arco íris ao universo do preto e branco, esconde-se o branco atrás de uma parede preta e dirigem-se todos os mísseis ao agora negro alvo que ficou a ocupar todo o espaço visível. É esse processo de vigarização social que o José Gabriel nos descreve num post sobre o miserável ataque a que a FENPROF está sujeita há largos anos.
A FENPROF, o Mário e Tudo e Tudo ...
(José Gabriel, Facebook, 2019/05/06)
É curioso observar como as grandes, médias, pequenas e minúsculas ofensivas contra entidades complexas e dotadas de carácter forte - goste-se delas ou não - seguem sempre uma estratégia de redução sucessiva da identidade do seu alvo até que este possa ser percepcionado - por um estupidificante processo de redução - como simples e individualizado até ao mais precatado dos cidadãos.
Assim, em crises internacionais, um país passa a regime, o regime a governo, o governo a governante e este a alvo exclusivo, a uma espécie de epítome de todo o conjunto. Contra ele se concentram os ódios dos todos os mais ou menos imbecis e, se os seus compatriotas caírem na armadilha, o seu acrisolado - e muitas vezes acrítico - amor. Todos nos lembramos: Cuba que se transformou em Fidel, o Iraque que se transformou em Saddam, Líbia que se transformou em Gaddafi, a Venezuela em Maduro e por aí fora, que os exemplos são intermináveis e bem demonstrativos dos eficazes - se bem que pouco criativos - processos de acção psicológica e manipulação de massas.