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2019/02/04

O que eles escondem

Venezuela: O que eles esquecem
(Romain Migus, Resistir.info, 209/01/28)

O presidente francês, Emmanuel Macron, ordena a Nicolas Maduro que não reprima a oposição MAS ELE ESQUECE as 3 300 prisões e os 2 000 feridos ligados à repressão do movimento dos coletes amarelos.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez, dá oito dias a Nicolas Maduro para organizar eleições MAS ELE ESQUECE que não está no seu posto senão graças a uma moção de censura e não por eleições livres.

2018/10/12

Direita Colombiana Assassina 387 Progressistas em Dois Anos

As FARC Entre a Esperança e a História
(Loic Ramirez, ODiário.info, 2018/10/11)

Diz-se que a História se repete; sem dúvida que é nisso que acreditam a maioria dos membros das FARC. Em 1984, a mais importante das guerrilhas da Colômbia assinava um cessar-fogo com o governo de Belisário Betancur. Nascida em 1964, a organização insurreccional FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) agarrava a possibilidade de participar na vida política do país sem recurso às armas. Esta trégua deu origem à criação da União Patriótica [UP], um partido político legal [N.do T.: 1985] designado como o receptáculo em que deviam entrar os combatentes. E de imediato passou a ser o seu caixão. Reconvertidos em figuras públicas da política local e nacional, os antigos guerrilheiros tornaram-se alvos mais fáceis do que quando viviam nas florestas. E com eles, também um conjunto de militantes, mulheres e homens, que se lhes tinham juntado na UP, comunistas na sua maioria. Primeiro foi um camarada morto. Depois dois, três cinco, dez, cem… Sem se deter, a cruel soma de mortos e desaparecidos asfixia todas as forças da esquerda colombiana. O Estado-Maior da guerrilha dirige-se às suas tropas a partir de 1987, concluindo que toda a tentativa pacífica de conquista do poder se tinha transformado num suicídio. De 1985 a 2002, entre 3.000 e 5.000 vítimas enlutaram a União Patriótica. Do simples simpatizante até ao candidato às eleições presidenciais, todos foram alvo de uma repressão orquestrada pelos círculos mais reaccionários do Estado em colaboração com as Forças Armadas da Colômbia e grupos paramilitares. «Eles não conseguiram destruir politicamente o Partido, mas fizeram-no fisicamente», remata Fernando, quando se recorda deste período [1]. Comunista, este homem era membro da União Patriótica no Departamento de Meta (centro do País), «Nós eramos um grupo de 36 militantes, no nosso grupo, só 3 sobreviveram», assegura. sorrindo, barriga avantajada e os cinquenta anos visivelmente marcados, Fernando não parece um miraculado. No entanto, foi a opção de regressar à guerrilha em meados dos anos 80 o que lhe permitiu escapar das matanças e poder contar hoje as suas recordações.

2018/02/25

A Cuba de um Homem com Coluna Vertebral

Como Cuba revela toda a mediocridade do Ocidente
(Viktor Dedaj in legrandsoir.info, 2018/02/25)

Há assuntos que estão para os jornalistas, como os recifes estão para os marinheiros: são zonas a evitar. Uma vez assinalados e cartografados, as rotas da informação irão sistematicamente contorná-los, sem sequer se questionarem.

E se por acaso um viajante imprudente se decidir a entrar numa dessas zonas, ignorando os sinais de aviso, com as simbólicas caveiras, e regressar indemne, será dito que simplesmente teve sorte, ou que é maluco, ou as duas coisas em simultâneo. Para esse viajante não haverá desfiles comemorativos pelo seu regresso, nem lançamento de serpentinas, nem serões à volta da lareira com o narrador a manter em suspenso um público cativado.

E pouco importa que ele tenha feito a travessia uma, duas, ou vinte vezes, que tenha regressado com os braços carregados de amostras, de episódios vividos, de especiarias ou de peças em ouro, afirmar-se-á que ele divaga com as suas histórias de dragões e de sereias, mesmo que fale sobretudo de mares azuis, de ilhas paradisíacas e de povos acolhedores (mas também de dragões e de sereias).

Mas, se estiverem na disposição, ponham mais umas achas no fogo e juntem-se a mim. Não temam, não tenho nada para vender e não vos pedirei nada em troca.

Se tiverem um pequeno cálice de rum para a minha garganta seca, não recusarei.