Joker podemos ser todos!
(Santana Castilho, Púbico, 2020/02/05)
Que sociedade estamos a criar? A democracia não pode ser tolerante com aqueles que a querem destruir.
1. Um vídeo mostrando um rosto limpo, antes da imobilização feita com brutalidade inaceitável por um polícia, um rosto deformado por hematomas, feridas com sangue pisado, olhos e lábios inchados, depois, a mulher acusando o polícia e o polícia acusando a mulher no fim, foi tema de muitas análises. Não vi nenhuma sobre o que terá ficado gravado na psique da criança de oito anos, que assistiu à brutalidade exercida sobre a mãe. Mas desejo que um dia, já adulta, esteja livre de qualquer trauma, provocado pela sociedade em que começou a viver. Como o palhaço triste de Gotham, metaforicamente afundada no lixo moral que o transformou no vilão do Joker.
2. O fenómeno da penetração da extrema-direita nas nossas forças de segurança (foi o Conselho da Europa que o disse) deve ser encarado com urgência, porque as repetidas suspeitas sobre a actuação de alguns dos seus membros degradam o Estado de direito.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2020/02/05
2019/11/08
Subsidiodependente é a iniciativa privada!
A subsidiodependência do capital
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
2019/05/13
Os Professores. Ainda os Professores e os Factos.
Manifesto – Pela Verdade dos Factos
(Aventar, 06/05/2019)
Como Professores, membros da comunidade educativa e autores de diversos espaços de discussão sobre educação, temos opiniões livres e diversificadas.
Porém, não podemos ficar indiferentes quando está a ser orquestrada uma tão vil e manipuladora campanha de intoxicação da opinião pública, atacando os professores com base em falsidades.
Tais falsidades, proferidas sem o devido contraditório, por membros do Governo e comentadores, deveriam ser desmontadas com factos e não cobertas ou reforçadas pelo silêncio da comunicação social, que deveria estar mais bem preparada para que a opinião pública fosse informada e não sujeita a manobras de propaganda.
Serve este manifesto para repor a verdade dos factos:
(Aventar, 06/05/2019)
Como Professores, membros da comunidade educativa e autores de diversos espaços de discussão sobre educação, temos opiniões livres e diversificadas.
Porém, não podemos ficar indiferentes quando está a ser orquestrada uma tão vil e manipuladora campanha de intoxicação da opinião pública, atacando os professores com base em falsidades.
Tais falsidades, proferidas sem o devido contraditório, por membros do Governo e comentadores, deveriam ser desmontadas com factos e não cobertas ou reforçadas pelo silêncio da comunicação social, que deveria estar mais bem preparada para que a opinião pública fosse informada e não sujeita a manobras de propaganda.
Serve este manifesto para repor a verdade dos factos:
2019/05/05
PS - Sempre sempre ao lado do capital, da banca e da finança
Mais uma vez o PS não surpreendeu. Quando teve de escolher entre a finança e o Trabalho o ps voltou a escolher o lado direito da barricada, do capital, do psd e do cds.
Admirado? Eu? Nem por isso. Escandalizado? Sim, muito, muito escandalizado com o nível de pulhice, de canalhice a que desceu a já muito emporcalhada política burguesa. A pulhice está-lhes entranhada no sangue, nas guelras, nos genes. Só sabem roubar e deixar roubar. Andaram a gozar com quem trabalha, com quem lhes ensina os filhos, quem os põe a ler, a escrever, a fazer contas.
Sois um bando de desenvergonhados canalhas!
Ao longo destes 4 anos muitas vezes me perguntei como é que um bilderberguista podia viver de orçamentos aprovados com votos das esquerdas e acabei sempre a concluir serem orçamentos onde a profunda ganância de classe do capital não sofria dores de parto.
Quando poderia sofrer, como na legislação laboral, o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP quis repor o princípio de melhor tratamento, roubado ao trabalho pela troika pafista, o princípio que impunha como regra aplicável, sempre, o tratamento mais favorável ao trabalho, o PS recusou-se votando com o PSD e o CDS,
Quando poderia ir contra os interesses do capital ganancioso o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP propôs o fim da caducidade dos contratos coletivos imposta pela troika pafista em anos de crise, o PS votou ao lado do PSD e do CDS para manter a lei do merceeiro holandês que quer uma fatia das reformas do trabalho.
Depois de acordar com as esquerdas uma lei de bases que previa o fim das PPP's na saúde, a reposição das carreiras médicas e o financiamento adequado do SNS, o PS traiu mais uma vez e foi procurar os votos do PSD e do CDS para manter o roubo privado dos dinheiros públicos da saúde.
De traição em traição até à canalhice final. Assim que o terror pafista foi afastado do PSD logo pudemos ver o tó costa a fazer rapapé ao Rui Rio, ele foi com o plano de investimento estratégico, ele foi com o plano de estabilidade e crescimento, ele foi com a lei de bases da saúde.
De traição em traição até à pulhice final. Enquanto precisou dos votos das esquerdas para aprovar orçamentos de estado, foi deixando passar a lei que impunha ao governo a devolução do tempo de serviço roubado aos professores pelo socratismo xuxial-vigarista e pela troika pafista. Assim que viu o orçamento do último ano da legislatura aprovado, fez birra, amuou, pegou na bola e disse que aqui ninguém joga mais. A bola é minha, só se marcam golos quando eu digo.
Pode ser que não, pode ser que não. Mais cedo do que mais tarde ainda vamos ver o povo a comer brioches.
#OCostaÉPulha #OCostaÉCanalha #Pulhas #Canalhas #ACristasÉPulha #ACristasÉCanalha #Pulhice #Canalhice #CostaPulha #CostaCanalha #CristasPulha #CristasCanalha #costapulha #costacanalha #cristaspulha #cristascanalha #pspulha #pscanalha #cdspulha #cdscanalha
Admirado? Eu? Nem por isso. Escandalizado? Sim, muito, muito escandalizado com o nível de pulhice, de canalhice a que desceu a já muito emporcalhada política burguesa. A pulhice está-lhes entranhada no sangue, nas guelras, nos genes. Só sabem roubar e deixar roubar. Andaram a gozar com quem trabalha, com quem lhes ensina os filhos, quem os põe a ler, a escrever, a fazer contas.
Sois um bando de desenvergonhados canalhas!
Ao longo destes 4 anos muitas vezes me perguntei como é que um bilderberguista podia viver de orçamentos aprovados com votos das esquerdas e acabei sempre a concluir serem orçamentos onde a profunda ganância de classe do capital não sofria dores de parto.
Quando poderia sofrer, como na legislação laboral, o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP quis repor o princípio de melhor tratamento, roubado ao trabalho pela troika pafista, o princípio que impunha como regra aplicável, sempre, o tratamento mais favorável ao trabalho, o PS recusou-se votando com o PSD e o CDS,
Quando poderia ir contra os interesses do capital ganancioso o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP propôs o fim da caducidade dos contratos coletivos imposta pela troika pafista em anos de crise, o PS votou ao lado do PSD e do CDS para manter a lei do merceeiro holandês que quer uma fatia das reformas do trabalho.
Depois de acordar com as esquerdas uma lei de bases que previa o fim das PPP's na saúde, a reposição das carreiras médicas e o financiamento adequado do SNS, o PS traiu mais uma vez e foi procurar os votos do PSD e do CDS para manter o roubo privado dos dinheiros públicos da saúde.
De traição em traição até à canalhice final. Assim que o terror pafista foi afastado do PSD logo pudemos ver o tó costa a fazer rapapé ao Rui Rio, ele foi com o plano de investimento estratégico, ele foi com o plano de estabilidade e crescimento, ele foi com a lei de bases da saúde.
De traição em traição até à pulhice final. Enquanto precisou dos votos das esquerdas para aprovar orçamentos de estado, foi deixando passar a lei que impunha ao governo a devolução do tempo de serviço roubado aos professores pelo socratismo xuxial-vigarista e pela troika pafista. Assim que viu o orçamento do último ano da legislatura aprovado, fez birra, amuou, pegou na bola e disse que aqui ninguém joga mais. A bola é minha, só se marcam golos quando eu digo.
Pode ser que não, pode ser que não. Mais cedo do que mais tarde ainda vamos ver o povo a comer brioches.
#OCostaÉPulha #OCostaÉCanalha #Pulhas #Canalhas #ACristasÉPulha #ACristasÉCanalha #Pulhice #Canalhice #CostaPulha #CostaCanalha #CristasPulha #CristasCanalha #costapulha #costacanalha #cristaspulha #cristascanalha #pspulha #pscanalha #cdspulha #cdscanalha
2019/02/06
Os Gostos Discutem-se e Muito
Sem Titulo
(Manuel Rocha, Forum "Pensar a Educação", 2019/02/03)
“Gostos não se discutem”, diz-se por aí como quem profere a mais límpida das verdades. Acontece, porém, que aqui dentro, e porque o tema é “pensar a educação”, os gostos discutem-se e muito, por ser a partir dos gostos que os lugares são assim ou assado, que a nossa relação com os demais é esta ou aquela, que a nossa visão do mundo tem mais ou menos futuro.
Nas notícias da passada semana dava-se conta de que um grupo de jovens portugueses presentes nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, tinha adoptado como hino da sua passagem pelas américas a canção “Toda a Noite". Mau gosto, disse eu para comigo, que sou dos que acham que os gostos se discutem. Mas o pior da notícia viria a seguir, sob a forma de uma declaração do responsável do grupo que referiu que a canção, entretanto depurada do conteúdo brejeiro, “manifesta a alegria de sermos portugueses”.
(Manuel Rocha, Forum "Pensar a Educação", 2019/02/03)
“Gostos não se discutem”, diz-se por aí como quem profere a mais límpida das verdades. Acontece, porém, que aqui dentro, e porque o tema é “pensar a educação”, os gostos discutem-se e muito, por ser a partir dos gostos que os lugares são assim ou assado, que a nossa relação com os demais é esta ou aquela, que a nossa visão do mundo tem mais ou menos futuro.
Nas notícias da passada semana dava-se conta de que um grupo de jovens portugueses presentes nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, tinha adoptado como hino da sua passagem pelas américas a canção “Toda a Noite". Mau gosto, disse eu para comigo, que sou dos que acham que os gostos se discutem. Mas o pior da notícia viria a seguir, sob a forma de uma declaração do responsável do grupo que referiu que a canção, entretanto depurada do conteúdo brejeiro, “manifesta a alegria de sermos portugueses”.
2018/07/17
Só com os valores de Abril Portugal terá futuro
As desigualdades na distribuição do rendimento e as funções constitucionais do Estado
(Miguel Tiago in O Militante, 2018/07)
Estamos perante uma utilização crescente de uma grande parte dos instrumentos formais do Estado – a força, a lei, a fiscalidade, a educação e a cultura – ao serviço da classe dominante e da acumulação e domínio monopolista, com o contributo decisivo dos partidos ao serviço desses interesses. A fiscalidade que constitucionalmente se estabelece como ferramenta para uma das incumbências prioritárias do Estado (Art.º 81.º da CRP) é afinal de contas utilizada como uma ferramenta de concentração de riqueza e de privilégio dos grandes grupos económicos em que se concentram os benefícios fiscais. A política fiscal que devia orientar-se para a distribuição da riqueza, directa e indirectamente, está objectivamente ao serviço das grandes empresas e dos que vivem de rendas, lucros e juros que continuam a ser taxados com uma exigência e uma incidência muito inferior aos rendimentos do trabalho. Ao mesmo tempo, a lei e a força são, não raras vezes, utilizadas para diminuir e conter direitos dos trabalhadores e manter a ordem da grande burguesia, quer no conflito laboral, quer no conflito social. A Educação e a Cultura estão igualmente – e o seu subfinanciamento é um mecanismo para a obtenção desse desígnio – a ser gradual e crescentemente colocadas ao serviço da reprodução da cultura da classe dominante, sendo convertidas em câmaras de ressonância da ideologia burguesa e simultaneamente em mercadorias.
(Miguel Tiago in O Militante, 2018/07)
Estamos perante uma utilização crescente de uma grande parte dos instrumentos formais do Estado – a força, a lei, a fiscalidade, a educação e a cultura – ao serviço da classe dominante e da acumulação e domínio monopolista, com o contributo decisivo dos partidos ao serviço desses interesses. A fiscalidade que constitucionalmente se estabelece como ferramenta para uma das incumbências prioritárias do Estado (Art.º 81.º da CRP) é afinal de contas utilizada como uma ferramenta de concentração de riqueza e de privilégio dos grandes grupos económicos em que se concentram os benefícios fiscais. A política fiscal que devia orientar-se para a distribuição da riqueza, directa e indirectamente, está objectivamente ao serviço das grandes empresas e dos que vivem de rendas, lucros e juros que continuam a ser taxados com uma exigência e uma incidência muito inferior aos rendimentos do trabalho. Ao mesmo tempo, a lei e a força são, não raras vezes, utilizadas para diminuir e conter direitos dos trabalhadores e manter a ordem da grande burguesia, quer no conflito laboral, quer no conflito social. A Educação e a Cultura estão igualmente – e o seu subfinanciamento é um mecanismo para a obtenção desse desígnio – a ser gradual e crescentemente colocadas ao serviço da reprodução da cultura da classe dominante, sendo convertidas em câmaras de ressonância da ideologia burguesa e simultaneamente em mercadorias.
2018/06/17
Seríamos um País de Excelência ...
Mas temos a iliteracia estampada na capa do JN.
O que o Editor, e o Director, e o Horror, e o resto dos jornaleiros e dos estagiários mal pagos queriam dizer era: 73% das notas iguais ou superiores a 18 valores foram obtidas por alunos do ensino público.
E sim, claro que devemos contextualizar estes números na realidade nacional em que, números redondos, 1 milhão e seiscentos mil alunos frequentam o ensino público e 400 000 o ensino privado, demonstrando que com 1/5 dos alunos o ensino privado consegue mais de 1/4 das notas de excelência.
Mas se por aqui ficássemos estaríamos a enganar tolos.
Note-se que do ensino privado está excluida a enorme massa de alunos com dificuldades económicas, deixando nele só os economicamente potenciais candidatos a bons desempenhos, ao passo que a escola pública recebe toda a gente com um crescente grau de igualdade e justiça na razão direta da gratuicidade dos manuais e inversamente proporcionais ao volume prescrito de trabalhos de casa.
Depois de introduzido este decisivo fator de desigualdade económica, a leitura certa é que com 4/5 de T O D O S os alunos, a escola pública produz 3/4 das notas de excelência.
Parabéns Escola Pública, parabéns professores, parabéns crianças, jovens e adultos por este desempenho de excelência.
O que o Editor, e o Director, e o Horror, e o resto dos jornaleiros e dos estagiários mal pagos queriam dizer era: 73% das notas iguais ou superiores a 18 valores foram obtidas por alunos do ensino público.
E sim, claro que devemos contextualizar estes números na realidade nacional em que, números redondos, 1 milhão e seiscentos mil alunos frequentam o ensino público e 400 000 o ensino privado, demonstrando que com 1/5 dos alunos o ensino privado consegue mais de 1/4 das notas de excelência.
Mas se por aqui ficássemos estaríamos a enganar tolos.
Note-se que do ensino privado está excluida a enorme massa de alunos com dificuldades económicas, deixando nele só os economicamente potenciais candidatos a bons desempenhos, ao passo que a escola pública recebe toda a gente com um crescente grau de igualdade e justiça na razão direta da gratuicidade dos manuais e inversamente proporcionais ao volume prescrito de trabalhos de casa.
Depois de introduzido este decisivo fator de desigualdade económica, a leitura certa é que com 4/5 de T O D O S os alunos, a escola pública produz 3/4 das notas de excelência.
Parabéns Escola Pública, parabéns professores, parabéns crianças, jovens e adultos por este desempenho de excelência.
2018/06/13
Professores
Eu, Professora Me Confesso
(Paula Coelho Pais, 06/06/2018)
Venho para a escola como num transe. Dormi mal pela enésima vez desde há meses. Estou a passar uma fase menos positiva em termos de saúde, com muitos altos e baixos, mais baixos do que altos. E não consigo alhear-me do que se passa à minha volta.
Já não tenho vinte anos. Com efeito os sessenta aproximam-se a passos largos e portanto, como se diz habitualmente, “já não vou para nova”.
No meu local de trabalho, esta é uma realidade que se avoluma. Muitos, tantos dos professores que conheço e que conhecem quem eu conheço, também andam por estas idades. Há mesmo escolas em que a média etária está acima dos sessenta. O desgaste é notório e agrava-se, de modo galopante, a cada novo ano.
(Paula Coelho Pais, 06/06/2018)
Venho para a escola como num transe. Dormi mal pela enésima vez desde há meses. Estou a passar uma fase menos positiva em termos de saúde, com muitos altos e baixos, mais baixos do que altos. E não consigo alhear-me do que se passa à minha volta.
Já não tenho vinte anos. Com efeito os sessenta aproximam-se a passos largos e portanto, como se diz habitualmente, “já não vou para nova”.
No meu local de trabalho, esta é uma realidade que se avoluma. Muitos, tantos dos professores que conheço e que conhecem quem eu conheço, também andam por estas idades. Há mesmo escolas em que a média etária está acima dos sessenta. O desgaste é notório e agrava-se, de modo galopante, a cada novo ano.
2018/05/10
Maio'68 - Realidade á Revelia dos Mitos
Maio de 68: «Tous ensemble, dix ans, ça suffit!»
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/05/07)
Ao Maio de 68, a todos os acontecimentos desse ano em todo o mundo, ninguém ficou indiferente. Gostasse ou não deles. Passar do sonho e da utopia à realidade deu força a outros movimentos, mesmo os da intimidade, dos costumes, da igualdade de sexos e da «revolução sexual», que não ficando concluídos, contribuíram para novos comportamentos, novas ideias, para o carácter do ensino e a atitude dos professores, para a confiança na força da contestação do que parecia imutável e da sua capacidade de transformar.
Mas os media dominantes também criaram mitos, uma interpretação própria das causas e consequências, valorizaram aspectos marginais, desprezando o essencial do que se passou.
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/05/07)
Ao Maio de 68, a todos os acontecimentos desse ano em todo o mundo, ninguém ficou indiferente. Gostasse ou não deles. Passar do sonho e da utopia à realidade deu força a outros movimentos, mesmo os da intimidade, dos costumes, da igualdade de sexos e da «revolução sexual», que não ficando concluídos, contribuíram para novos comportamentos, novas ideias, para o carácter do ensino e a atitude dos professores, para a confiança na força da contestação do que parecia imutável e da sua capacidade de transformar.
Mas os media dominantes também criaram mitos, uma interpretação própria das causas e consequências, valorizaram aspectos marginais, desprezando o essencial do que se passou.
2018/03/29
Escolas Privadas Públicas Vigarices
O privado é que é bom, principalmente se for com dinheiros públicos.
Lembram-se das escolas privadas, vestidas de amarelo, que iam deixar professores sem emprego e crianças sem escola, se o estado não renovasse os contratos que tinham ... para os administradores comprarem carros?
Não eram contratos para os donos das escolas privadas comprarem carros? De certeza? Mas foi isso que os donos privados das escolas privadas fizeram: compraram carros. E compraram os carros "deles" com o nosso dinheiro, o dinheiro dos nossos impostos.
Pegaram nos nossos impostos, dinheiro que deveria ter servido para tapar telhados de escolas públicas, para contratar mais professores para a escola pública, para contratar pessoal auxiliar para as nossas escolas públicas, e usaram-no para comprar carros e subornar funcionários públicos do PSD. Alegadamente! Segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.
Tudo isto, claro está, alegadamente. Alegadamente porque ainda está tudo a ser investigado e até transitar em julgado, in dubio pro reo. Tudo alegadamente, que fique claro, não vão os donos das escolas privadas que, alegadamente, compraram carros com o nosso dinheiro e subornaram, alegadamente, dois ex-governantes menores do PSD, inspirar-se no fascismo espanhol e processar-me por atentado ao bom nome dos empresários que, alegadamente, terão comprado carros e subornado dois ex-governantes menores do PSD. Ou mesmo estes dois ex-governantes menores do PSD, alegadamente subornados pelo donos das escolas privadas que, alegadamente, compraram carros com o nosso dinheiro, sentir-se atingidos na sua reputação pelos meus escritos e toma lá processo a ver se te calas.
Lembram-se da cristas e do passos muito preocupados com a liberdade de escolha dos modelos de automóvel topo de gama que os donos privados das escolas privadas poderiam ou não comprar? Não era com essa liberdade de escolha que eles estavam preocupados? De certeza? Mas foi para isso que os donos privados das escolas privadas usaram a sua liberdade: para escolher os carros. Não foi? Alegadamente?
Lembram-se das escolas privadas, vestidas de amarelo, que iam deixar professores sem emprego e crianças sem escola, se o estado não renovasse os contratos que tinham ... para os administradores comprarem carros?
Não eram contratos para os donos das escolas privadas comprarem carros? De certeza? Mas foi isso que os donos privados das escolas privadas fizeram: compraram carros. E compraram os carros "deles" com o nosso dinheiro, o dinheiro dos nossos impostos.
Pegaram nos nossos impostos, dinheiro que deveria ter servido para tapar telhados de escolas públicas, para contratar mais professores para a escola pública, para contratar pessoal auxiliar para as nossas escolas públicas, e usaram-no para comprar carros e subornar funcionários públicos do PSD. Alegadamente! Segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.
Tudo isto, claro está, alegadamente. Alegadamente porque ainda está tudo a ser investigado e até transitar em julgado, in dubio pro reo. Tudo alegadamente, que fique claro, não vão os donos das escolas privadas que, alegadamente, compraram carros com o nosso dinheiro e subornaram, alegadamente, dois ex-governantes menores do PSD, inspirar-se no fascismo espanhol e processar-me por atentado ao bom nome dos empresários que, alegadamente, terão comprado carros e subornado dois ex-governantes menores do PSD. Ou mesmo estes dois ex-governantes menores do PSD, alegadamente subornados pelo donos das escolas privadas que, alegadamente, compraram carros com o nosso dinheiro, sentir-se atingidos na sua reputação pelos meus escritos e toma lá processo a ver se te calas.
Lembram-se da cristas e do passos muito preocupados com a liberdade de escolha dos modelos de automóvel topo de gama que os donos privados das escolas privadas poderiam ou não comprar? Não era com essa liberdade de escolha que eles estavam preocupados? De certeza? Mas foi para isso que os donos privados das escolas privadas usaram a sua liberdade: para escolher os carros. Não foi? Alegadamente?
2018/03/25
A Escola Pública do PCP
Sem Titulo
(Manuel Rocha in Encontro Nacional do PCP sobre a escola pública, 2018/03/17)
Se experimentarmos ir à procura de traços que definam a nossa natureza de humanos, encontraremos na Arte um elemento de central significado. Arte é impulso de todos nós, e até os gestores de fortunas, os banqueiros e os correctores da Bolsa sentiram, em algum dia das suas vidas das crianças que já foram, a sensação transformadora de tirar de um lápis de carvão o mundo inteiro, num tempo em que o gesto tinha a forma de uma ideia e da felicidade que pudesse gerar. A opção de classe viria depois e, para esses, o valor da Arte passou a ser directamente indexada ao lucro financeiro que as criações artísticas pudessem gerar.
(Manuel Rocha in Encontro Nacional do PCP sobre a escola pública, 2018/03/17)
Se experimentarmos ir à procura de traços que definam a nossa natureza de humanos, encontraremos na Arte um elemento de central significado. Arte é impulso de todos nós, e até os gestores de fortunas, os banqueiros e os correctores da Bolsa sentiram, em algum dia das suas vidas das crianças que já foram, a sensação transformadora de tirar de um lápis de carvão o mundo inteiro, num tempo em que o gesto tinha a forma de uma ideia e da felicidade que pudesse gerar. A opção de classe viria depois e, para esses, o valor da Arte passou a ser directamente indexada ao lucro financeiro que as criações artísticas pudessem gerar.
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