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2025/09/04

Sobre o Genocídio do Povo Palestiniano Pelas Mãos do Fundamentalismo Sionista

Uma flotilha maciça como sintoma: o que está a acontecer no Ocidente? 
(Carmen Parejo Rendón, RT 04/09/2025)


Estamos a viver quase dois anos de genocídio televisionado em Gaza. O Ministério da Saúde palestiniano reporta 63.700 mortes, incluindo profissionais de saúde e jornalistas, enquanto outros estudos independentes estimam o número entre 70.000 e mais de 80.000, quando se consideram mortes indirectas por fome ou pelo colapso do sistema de saúde.

Em plena luz do dia, hospitais e escolas são bombardeados, civis são executados e o acesso à ajuda humanitária é bloqueado. A fome é utilizada como ferramenta de guerra: as rotas de abastecimento são destruídas, aqueles que tentam distribuir ou recolher alimentos são mortos e as fronteiras são bloqueadas. O direito internacional classifica estes actos como crimes de guerra e genocídio, mas Israel fez destes critérios o seu guião. Isto não é novidade: já lá vão 70 anos de limpeza étnica na Palestina. Mas hoje, tudo acontece em direto, com câmaras e ecrãs a mostrar mutilações, crianças mortas, hospitais pulverizados. A característica definidora deste momento histórico não é a violência — que sempre existiu —, mas antes a descarada impunidade demonstrada.

Para compreender esta impunidade, é essencial recordar que Israel é, acima de tudo, uma base de operações ocidental no Médio Oriente, construída sobre um projecto colonial. O sionismo, enquanto ideologia política, nunca alcançou a maioria entre os judeus; aliás, durante décadas foi fortemente questionado pelas próprias comunidades judaicas, tanto religiosas como assimiladas, nos seus países de origem.

Só no meio da dor extrema, após a catástrofe do Holocausto, é que as potências coloniais viram uma oportunidade, usando este sofrimento como álibi, para estabelecer um enclave que servisse os seus interesses. A versão mais cínica de um anti-semitismo histórico: expulsar os judeus europeus para os utilizar para os seus próprios fins estratégicos. Em primeiro lugar, foi o Império Britânico, que em 1917 assinou a Declaração de Balfour, prometendo aos sionistas um "lar nacional" na Palestina, ignorando deliberadamente os seus habitantes nativos.

Posteriormente, foram os EUA que assumiram o controle, garantindo o financiamento, as armas, a impunidade diplomática e a cobertura mediática. Neste sentido, devemos deixar claro que Israel não é um actor autónomo, mas um projecto supervisionado e armado pelas potências que necessitam de controlar a região: a sua localização estratégica, a sua indústria militar e o seu papel na vigilância regional explicam porque é que lhe é permitido fazer o que outros enfrentariam com sanções e bombardeamentos. Israel é o cão de ataque do imperialismo numa área-chave para os recursos, a logística e a resiliência global.

Israel não é um actor autónomo, mas um projecto supervisionado e armado pelas potências que necessitam de controlar a região: a sua localização estratégica, a sua indústria militar e o seu papel na vigilância regional explicam porque lhe é permitido fazer o que outros enfrentariam com sanções e bombardeamentos.

Neste contexto, a Flotilha Global Sumud, actualmente a navegar em direcção a Gaza, não é um gesto isolado nem uma improvisação recente. É a continuação de uma iniciativa iniciada em 2008, apenas dois anos depois de Israel ter imposto o seu sufocante bloqueio à Faixa de Gaza como punição colectiva contra o povo que votou no Hamas nas eleições de 2006.

Desde então, várias flotilhas partiram desafiando o cerco marítimo, incluindo uma que incluía o navio turco Mavi Marmara, que, em 2010, foi atacado por comandos israelitas que mataram dez ativistas em águas internacionais. Hoje, em 2025, está a ser organizada a maior missão deste tipo, com embarcações de vários portos do Mediterrâneo e até a participação de figuras conhecidas. Em resposta, o Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, propôs classificar os tripulantes destas embarcações como "terroristas", pois a crescente solidariedade com o povo palestiniano demonstra que as suas estratégias de propaganda e chantagem diplomática já não estão a ter o mesmo efeito e exploram agora directamente o medo.

Esta rutura com a narrativa ocidental reflete-se também nas ruas, universidades e recintos desportivos. Vimos isso ainda ontem, quando a Vuelta a Espanha teve de ser interrompida três quilómetros antes da meta em Bilbau devido aos protestos dos cidadãos contra o genocídio e à participação de uma equipa israelita.

A crescente solidariedade com o povo palestiniano demonstra que a propaganda e as estratégias de chantagem diplomática de Israel já não estão a ter o mesmo efeito e recorrem agora directamente ao medo.

"A Palestina ganhou esta etapa", manchetes de alguns órgãos de comunicação espanhóis, antes de retificar — provavelmente sob pressão — o que era politicamente óbvio. Porque, no meio da falta de subtileza que estamos a viver, cada vez mais pessoas estão também a aperceber-se da insustentabilidade do duplo critério ocidental: a Rússia foi excluída das competições internacionais não por estar em guerra — porque, se esse fosse o critério, os EUA e grande parte da Europa estariam fora durante décadas —, mas por razões estritamente geopolíticas. Os mesmos que hoje permitem a Israel, enquanto perpetra genocídio diante das câmaras, ganhar prémios na Eurovisão, no desporto global e em todas as montras institucionais. Não se trata de legalidade, muito menos de valores ou princípios, mas de propaganda ao serviço do poder, e o povo começa a compreender. Está a começar a ver quem é quem no tabuleiro.

Perante este despertar, a repressão aumenta. O argumentista Paul Laverty foi detido no Reino Unido por usar uma t-shirt antigenocídio e aguarda julgamento por "terrorismo". Nos EUA, estudantes e professores são perseguidos, despedidos e criminalizados por demonstrarem solidariedade para com a Palestina. Assim, o mapa do horror fica completo: a barbárie em Gaza e a ordem de silêncio no Ocidente, duas faces da mesma moeda. Aquilo a que estamos a assistir é muito mais do que uma sucessão de protestos: é o despertar de uma consciência internacional que já não aceita ser cúmplice e que, aos poucos, parece começar a reconhecer o inimigo.

A flotilha por si só não impedirá o genocídio. Não abalará Israel. Mas desafia a retórica que o sustenta e expõe a cisão entre governos cúmplices e pessoas que já não querem participar no crime.

A flotilha é apenas mais uma expressão — visível e mediática — de um profundo descontentamento que se espalha pelo planeta. Em Génova, os estivadores alertaram: se perdermos o contacto com os navios da flotilha, bloquearemos a Europa. Um alerta que ressoa como um eco das lutas operárias do século XX, mas adaptado à urgência de hoje. Já não falamos apenas de direitos laborais, mas de ligar tudo: um sistema que assassina em Gaza com as mesmas mãos que empobrecem e exploram todo o planeta.

A solidariedade com a Palestina já não é um exclusivo dos activistas ou dos militantes: é também a forma como as pessoas expressam, consciente ou inconscientemente, a sua rejeição de uma ordem internacional que viola sistematicamente os direitos e a vida e cuja narrativa, repleta de incoerências, começa a desfazer-se.

A flotilha por si só não irá travar o genocídio. Nem fará tremer Israel. Mas desafia a retórica que a sustenta e expõe a fractura entre governos cúmplices e pessoas que já não querem participar no crime. Revela um fosso cada vez maior entre a impunidade institucionalizada e a dignidade organizada de baixo para cima. Enquanto as elites ocidentais se agarram à sua criação colonial no Médio Oriente, o povo nega que não participará no extermínio.

Esta é a verdadeira ameaça representada pela flotilha: não os navios, mas o crescente questionamento que bate às portas dos lares e se reflete neles. Hoje, a linha vermelha está a ser traçada pelo povo porque as elites ocidentais chegaram a tais extremos que o que está em causa agora é a autodefinição perante a evidência total da barbárie.


2024/07/23

Israel é um Ocupante

Israel é um Ocupante - Declara o Tribunal Internacional de Justiça da ONU
(Editorial Russian Television, RT, 2024/07/19)

Os 15 juízes do tribunal concordaram na sexta-feira que “a transferência de colonos por Israel para a Cisjordânia e Jerusalém, bem como a manutenção da sua presença por Israel, é contrária ao artigo 49.º da Quarta Convenção de Genebra”.

Uma vista dos colonatos israelitas de Itamar e Elon Moreh a 20 de março de 2024 © AFP/Zain Jaafar


Ao ler o parecer consultivo não vinculativo, o presidente do TIJ, Nawaf Salam, descreveu a construção de colonatos por Israel na Cisjordânia como uma “anexação de facto” do território e declarou que o Estado judaico deveria pôr fim à sua presença “ilegal” na Palestina ocupada.

O TIJ tem investigado as “políticas e práticas” de Israel em relação aos territórios palestinianos ocupados desde o início de 2023, a pedido da Assembleia Geral da ONU. Numa série de audições em Fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Riad Malki, acusou Israel de apartheid e apelou ao tribunal para declarar ilegal a ocupação de terras palestinianas. Israel não enviou representantes legais às audições.

Israel É Um Estado Pária que Desrespeita Consistentemente o Direito Internacional

O Que Significa Para Israel a Decisão do principal tribunal da ONU
(Tarik Cyril Amar(*), RT, 2024/07/21)

Embora não sejam vinculativas, as decisões do TIJ, sobre o massacre que está a decorrer em Gaza, eliminam a capacidade do Estado judeu para camuflar os seus crimes.

Soldado israelense durante operações militares na Faixa de Gaza em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas © Exército israelense / AFP

Os 15 juízes do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o mais alto órgão judicial das Nações Unidas, emitiram o que todos concordam ser uma conclusão histórica. “Consequências legais decorrentes das políticas e práticas de Israel no Território Palestiniano Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”, é, em essência, uma condenação devastadora das políticas e crimes de Israel nos territórios que conquistou há mais de meio século, como um consequência da Guerra dos Seis Dias de 1967, que ainda hoje se mantém.

2019/12/06

Censura sionista no Facebook

O Facebook aderiu à guerra virtual contra o povo palestino
(MPR, Resistir.info, 2019/11/09)

No dia 9 de Outubro o Facebook eliminou a página do Centro Palestino de Informação (PIC) sem sequer contactar seus administradores.

A página contava com quase cinco milhões de seguidores no Facebook e, para os provocadores ao serviço de Israel nas redes sociais, era outro inimigo a abater.

Assim, o Facebook tornou a demonstrar seu servilismo para com o Tel Aviv e o seu apoio ao racismo e ao apartheid.

2019/11/24

Noticias do Mundo Real - 2019/11/22

Numa semana marcada pelas lutas da América Latina contra o imperialismo e o neo-liberalismo, continuamos a dar destaque á resistência e ao contragolpe na Bolívia silenciado nos media corporativos. Aqui fica um apanhado do que os media corporativos ao serviço do capital e dos grandes grupos económicos não noticiaram ao longo da última semana.

Bolívia

Bolívia: a ditadura instala-se - O poder fascista saído do golpe de Estado na Bolívia procura consolidar-se sobretudo na base de uma violentíssima repressão que já provocou dezenas de mortos e centenas de feridos. Os sórdidos pormenores da sua preparação estão a surgir rapidamente, e todos têm em comum os EUA. Ficou a saber-se que o preço da traição das chefias militares e policiais oscila entre meio e um milhão de dólares, quantia insignificante se comparada com a riqueza novamente roubada se o golpe vier a consolidar-se. (2019/11/23)

2019/11/09

Noticias do Mundo Real 2019/11/09

Na semana do 102º aniversário da Revolução de Outubro o imperialismo estado-unidense inicia o golpe na Bolívia e é instado, pelo 28º ano consecutivo, na Assembleia Geral da ONU, com 187 votos a favor, 3 contra e 2 abstenções a levantar o criminoso bloqueio que mantém contra a heróica ilha caribenha há mais de 50 anos e que foi agravado com a chegada do trumpismo.

Cuba

A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar o fim do bloqueio a Cuba - A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas.

2019/11/02

Noticias do Mundo Real 2019/11/02

Numa semana cheia de boas noticias que vão da derrota do ultra-liberalismo na Argentina e na Bolívia até à luta chilena contra a sobrevivência do pinochismo são ainda de assinalar as lutas sindicais no epicentro do imperialismo. Aqui fica a semanal panorâmica do que as têvês censuraram pela lente do Jornalismo com J grande.

Chile

Depois da Venezuela, porque será que a imprensa ignora Chile e Equador? - Tanto o Equador como o Chile têm vindo a opor-se às políticas neoliberais de Moreno e Piñera. Em ambos os casos, a imprensa internacional, que apostou na Venezuela, tem passado ao lado dos protestos.

2019/11/01

Israel - Um Estado Terrorista

E Matam e continuam a matar e ninguém os prende. A ONU não denuncia o massacre de palestinianos. O Conselho de Segurança da ONU não propõe uma intervenção pacificadora ou a criação de um corpo de interposição. O TPI para Israel não prende o cabecilha do estado ocupante. O quê? Não existe TPI para os crimes de Israel contra a humanidade? Porquê?

Imaginem por instantes que em quatro sextas feira seguidas o exército assassinava 31, trinta e um manifestantes portugueses, a uma média superior a 7 assassínios por sexta feira, por dia. Aceitava e calava-se?

Façamos como já fizemos na África do Sul: #BDS #BoycottDivestmentSanctions

Republicamos e recomeçamos(*) aqui a contagem das 81 semanas em que Palestinianos, encarcerados em Gaza, no que é já considerado o maior campo de concentração alguma vez construido pela (des)humanidade, enfrentam com pedras e paus as balas de Israelitas. O estado terrorisra israelita já assassinou mais de 310 homens, mulheres e crianças dede 30 de Março de 2018 e já feriu mais de 1700 seres humanos.

Fica um breve apanhado da luta de um povo que todas as sextas-feiras se reúne na Grande Marcha de Retorno para exigir o regresso à sua terra actualmente debaixo de ocupação israelita.

6ª Feira 8 Novembro - As forças israelitas feriram 104 manifestantes palestinos que participavam esta sexta-feira nos protestos da 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza. Mais uma vez, as forças repressivas israelitas usaram uma violência desproporcionada e criminosa contra os manifestantes desarmados: 41 palestinos foram feridos por balas reais — incluindo dois menores que se encontram em estado crítico —, enquanto outros foram feridos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.

5ª Feira 31 Outubro - Israel prende dirigente palestina Khalida Jarrar e dezenas de militantes da FPLP - A dirigente política e ex-deputada palestina Khalida Jarrar foi novamente presa na madrugada desta quinta-feira pelas forças da ocupação israelita. A sua filha Yafa informou através do Twitter que a casa da família, em El Bireh, nos arredores de Ramala, foi assaltada às 3h da madrugada por mais de 70 soldados e 12 veículos militares. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de que Khalida Jarrar é dirigente, informou num comunicado que as forças de ocupação sionistas lançaram hoje uma campanha de prisões em larga escala de militantes seus, incluindo a ex-deputada e o dirigente Ali Jaradat, além de dezenas de quadros de diferentes partes da Cisjordânia ocupada [...]

2019/10/29

Palestina Livre #BDS

Mais de 300 palestinianos mortos desde o início da Grande Marcha do Retorno
(AbrilAbril, 2019/10/19)

Mais de 300 palestinianos foram mortos e cerca de 17 mil foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, desde 30 de Março de 2018.

Esta sexta-feira foram 73 os palestinianos feridos durante os protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) revela num comunicado que os soldados israelitas usaram balas reais e de borracha, bem como bombas de gás lacrimogéneo, contra os milhares de palestinianos desarmados que participavam na 79.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.

«Segundo informou o Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, 31 pessoas foram feridas por balas reais e 42 com balas de aço revestidas de borracha. Outras dezenas foram tiveram de receber tratamento devido à inalação de gás lacrimogéneo», lê-se no texto.

O movimento afirma que, desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018, já morreram mais de 310 palestinianos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas.

Os manifestantes reclamam o levantamento por Israel do cerco imposto ao pequeno território costeiro palestiniano, onde dois milhões de pessoas vivem em condições humanitárias dramáticas.

Exigem também o direito dos mais de cinco milhões de refugiados palestinianos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

O MPPM recorda que, em Março deste ano, uma missão de investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que, durante a repressão dos manifestantes da Grande Marcha do Retorno, «as forças israelitas cometeram violações de direitos que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade».

2019/05/21

Palestina Livre!

Até ao último dos palestinianos
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/05/16)

A chamada «comunidade internacional» parece disposta a continuar a assistir à Nakba até à extinção do último palestiniano, triunfo supremo do terrorismo militar, político, diplomático e mediático.

O que está em curso há mais de setenta anos contra o povo palestiniano é um genocídio. Bárbaro. Impune. Ignorado. Branqueado por uma «comunidade internacional» que repudia o próprio direito pelo qual deveria guiar-se; e por uma comunicação social absorvente e totalitária que tomou conscientemente o partido dos genocidas, pelo que chega ao comportamento perverso de acusar as vítimas de práticas terroristas.

2019/03/17

Noticias do Mundo Real

Começando pelos casos mais recentes de vigarices fabricadas e difundidas pelos media corporativos, passamos em seguida para o que  esconderam sobre o apagão na Venezuela e a armas químicas que nunca existiram na Síria. Pelo meio ficam os assassínios cometidos esta semana pelas tropas de ocupação israelita nos territórios árabes ocupados. Enfim, uma semana para desmontar ocultações, #fakeNews e vigarices dos média corporativos.

A RTP 1(1) informa que o número de assassinados pelo nazi neozelandês subiu para 50 depois de a policia ter encontrado um novo corpo, já o caneiro da famíglia bolsanamão atribui a 50ª vitima mortal a um ferido que não terá recuperado. Pergunta: qual das redacções não sabe o que está a dizer? Numa coisa estão de acordo, ao fim do dia o nazi já tinha assassinado 51 inocentes.

A RTP 1(1) apresenta imagens, em ângulo fechado, de uma concentração guaidosista em Valência com uns uns "milhares" de manifestantes e de uma manifestação de chavistas com algumas centenas de milhares de manifestantes. Para o jornalista, em voz-off, «largos milhares de apoiantes de Maduro e da Oposição manifestaram-se no Sábado em Caracas». Esqueceu-se de informar que, num caso, em Valência,  "milhares" significa 2, talvez, 3 milhares de guaidosistas e noutro algumas centenas de milhar de chavistas. Imprecisão ou vigarice?
Os 2 ou 3 milhares de guaidosistas em Valência
que o jornalista da rêtêpê multiplicou por dez 

A RTP 1(2) refere-se aos arruaceiros que em Paris destruíram montras e mobiliário urbano no passado sábado como "profissionais da violência" "ultraviolentos" e quem ainda se lembre poderá ouvi-la chamar "estudantes" e "jovens revoltados" aos assassinos guarimbistas que, na Venezuela de 2017, estendiam fios de aço à altura do pescoço para assassinar membros da Guarda Nacional Bolivariana que se deslocavam em motas. Critérios de jornaleiro.

2019/03/04

Israel: A Assassinar Impunemente Palestinianos Desde 1948

Comissão da ONU Acusa Israel de Crimes de Guerra
(Sylvie Moreira, O Lado Oculto, 2019/03/01)

Uma Comissão Independente criada no âmbito da Comissão dos Direitos Humanos da ONU apurou que existem “fundamentos razoáveis” para concluir que o exército de Israel “cometeu crimes de guerra” contra a população da Faixa de Gaza ao reprimir as manifestações pacíficas realizadas todas as sextas-feiras, desde 30 de Março de 2018, no âmbito da “ Grande Marcha do Regresso”.

Soldados israelitas “cometeram violações dos direitos humanos e das leis humanitárias”, algumas das quais “podem constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade e devem ser imediatamente investigadas por Israel”, declarou o presidente da Comissão, o argentino Santiago Canton, durante a apresentação do relatório em Genebra, no dia 28 de Fevereiro.

2019/01/22

Palestina: Um Trágico Balanço de 2018

2018, mais um ano negro para os palestinos: 295 mortos, 29.000 feridos, 6500 presos
(MPPM, 2018/12/30)

Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas, informa o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) num relatório divulgado no final da semana passada(*).

Trata-se do maior número de mortos num único ano desde a agressão israelita à Faixa de Gaza em 2014 (a chamada «Operação Margem Protectora») e o maior número de feridos registados desde que em 2005 o OCHA começou a documentar as baixas nos territórios palestinos ocupados (TPO).

2019/01/18

Mundo Real 2019/01/18

O destaque poderia ser a invasão do Iémene pelas tropas sauditas ou a prisão de uma jornalista americana pelo governo dos EUA, mas, na semana em que a Palestina assume a presidência do Grupo dos 77 e que uma nova força politica de esquerda emerge naquele país ocupado, importa dar-lhe a importância negada pelo silêncio dos media corporativos.

PALESTINA
Palestina assume a presidência do Grupo dos 77 + China: Na cerimónia de assunção da presidência rotativa anual, secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou «a liderança histórica do Estado da Palestina» como novo Presidente do Grupo dos 77. «A Palestina e os seus cidadãos têm experiência em primeira mão de algumas das questões globais mais desafiadoras e dramáticas que enfrentamos», declarou Guterres.

Nasce Alternativa à FATAH e ao HAMAS: Aliança Democrática Palestiniana é a nova força política do povo da Palestina, que pretende quebrar o domínio bipartidário estabelecido pela Fatah e pelo Hamas. Resulta da coligação de cinco organizações da esquerda palestiniana, integra personalidades independentes e tentará conseguir que sejam ultrapassadas as divisões internas enquistadas entre as organizações dominantes.(José Goulão com Edward Barnes)

Pela libertação de Ahmad Sa'adat e demais presos políticos palestinianos: No início da Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa'adat, o MPPM insta todos os que no nosso país «prezam a liberdade e a justiça» a darem voz aos palestinianos presos nas cadeias israelitas.

Palestina rejeita anunciado «acordo de paz» dos EUA sem a totalidade de Jerusalém Oriental como capital: A Autoridade Palestina reagiu a notícias acerca do conteúdo do chamado «acordo do século» dos EUA declarando que «qualquer plano de paz que não inclua um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como capital nas fronteiras de 1967 está destinado a falhar».

Tribunais militares de Israel multam palestinos em 14 milhões de euros em 3 anos: Os tribunais militares de Israel impuseram multas no valor de 60 milhões de shekels (14 milhões de euros) aos palestinos da Cisjordânia ocupada entre 2015 e 2017.

2019/01/15

Uma Palestina Mais Forte

Nasceu uma nova realidade politica na Palestina e, na medida em que pode potenciar o fim da ocupação israelita, tal como seria de esperar o facto foi amplamente noticiado nos media corporativos! Não? Ninguém viu nada? Ninguém leu nada? Nem jornais, nem televisões? Nada? De certeza? Nem acredito, felizmente O Lado Oculto fala-nos do facto.@Refer&ncia

Palestina - Nasce Alternativa à FATAH e ao HAMAS
(José Goulão com Edward Barnes, O Lado Oculto, 2018/01/10)

Dirigentes das cinco organizações constituintes e independentes encabeçam uma das primeiras manifestações promovidas pela nova Aliança Democrática Palestiniana.

Aliança Democrática Palestiniana é a nova força política do povo da Palestina, que pretende quebrar o domínio bipartidário estabelecido pela Fatah e pelo Hamas. Resulta da coligação de cinco organizações da esquerda palestiniana, integra personalidades independentes e tentará conseguir que sejam ultrapassadas as divisões internas enquistadas entre as organizações dominantes.

2019/01/11

Mundo Real 2019/01/11

Quando um patriota social-democrata toma posse na América-Latina, não importa se gostamos ou não dele, importa dar-lhe o destaque que os media corporativos lhe roubam. Maduro foi eleito com 67% dos votos numa eleição em que houve 53% de abstenção. Só como comparação, o Trump foi eleito com 47% numa eleição em que houve 44% de abstenção e o Marcelo num sufrágio com 52% de abstenção. Factos são factos.

VENEZUELA
Maduro: «Estou pronto para levar a Pátria a um futuro melhor»: Nicolás Maduro tomou posse, esta quinta-feira, como presidente da Venezuela. O mandatário comprometeu-se a conduzir o país a «um destino melhor», a defender a paz, a soberania e a integração regional.

«Imperialismo não impedirá Nicolás Maduro de tomar posse»: O governo da Venezuela repudia a «declaração extravagante» do Grupo de Lima e as «acções hostis» promovidas pelos EUA, reafirmando que o imperialismo não impedirá Nicolás Maduro de assumir o cargo.

Nicolas Maduro toma posse entre ameaças e ingerências: O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolas Maduro, toma hoje posse para um novo mandato, que, garante, marcará uma nova etapa na «construção do socialismo» no país.

2018/12/30

Noticias Do Mundo 2018/12/28

Nestas vésperas de passagem de ano, o destaque poderia ser para as crianças que morrem nas instalações da guarda fronteiriça dos EUA, ou para os mortos da guerra da Arábia Saudita contra o Iémene, patrocinada pelo EUA, ou para as crianças palestinianas assassinadas pelo regime de Telavive, com o beneplácito dos EUA, ou ainda para a prometida retirada das tropas estado-unidenses da guerra que iniciaram contra a Síria, mas, considerando a urgência do alerta, o destaque desta semana tem mesmo de ser para as milícias que os EUA estão a treinar na fronteira da Colômbia com a Venezuela para dar inicio à, de há muito esperada e preparada, invasão da República Bolivariana da Venezuela, antes que o Maduro tenha tempo de passar a comercializar o petróleo em petros e de distribuir o meio milhão de habitações que irá perfazer os 3 milhões de casas distribuídas pelo chavismo ao povo Venezuelano.

VENEZUELA
O terror amadurece na América Latina: Mercenários estão em fase de treino na base de Tona, na Colômbia, para desencadear um falso ataque da Venezuela contra território colombiano que funcionará como detonador de uma guerra contra Caracas.(José Goulão)

Governo venezuelano aprova verbas para 500 mil novas casas em 2019: O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, aprovou esta quarta-feira a atribuição de novas verbas à Grande Missão Habitação Venezuela, destinadas à construção de mais meio milhão de fogos em 2019.

2018/12/14

Noticias do Mundo 2018/12/14

Na semana em que, a julgar pelas notícias dos media corporativos, não tiveram lugar as eleições municipais na Venezuela que o chavismo venceu de forma arrasadora, foi ainda declarado um cessar fogo no porto iémenita que abastece 80% da população do país invadido pela Arábia Saudita e ficámos a saber que a UE aprovou 16 leis sobre a militarização encapotadamente em curso. De tudo um pouco numa panorâmica dada por alguns media alternativos nacionais.

VENEZUELA
O «chavismo» arrasa nas eleições municipais venezuelanas: Com 92,3% dos resultados conhecidos, os partidos que defendem a Revolução Bolivariana obtêm uma vitória arrasadora nas eleições municipais venezuelanas, que se celebraram este domingo.

A Venezuela que eu vi: Nos dias anteriores à minha chegada, dizia-se que a maioria dos semáforos em Caracas estavam avariados. Passaram-se dias até encontrar um que não funcionasse. (Bruno Carvalho)

Sistema eleitoral venezuelano é elogiado por observadores internacionais: Os especialistas eleitorais internacionais sublinharam a «tranquilidade e normalidade» do «clima social e político», numas eleições marcadas pela «transparência» e pelo «elevado nível de organização».

Venezuela perdeu mil milhões de dólares devido a sanções: As sanções impostas à Venezuela pelos EUA e seus aliados provocaram ao país sul-americano perdas no valor de mil milhões de dólares no último ano e meio, segundo informou Delcy Rodríguez.

A Venezuela denuncia um novo plano golpista orquestrado pelos EUA: Nicolás Maduro informou que os EUA e a Colômbia têm em curso um plano intervencionista contra a Venezuela, que envolve «treino de mercenários» e tentativas de suborno a elementos das Forças Armadas.

2018/12/10

A impunidade da potência invasora

Hebron: O Sionismo Anti-Semita em Carne Viva
(Mersiha Gadzo, Al Jazeera News/O Lado Oculto, 2018/12/07)

A casa da família palestiniana Ewaiwe no distrito H2 de Hebron, na Cisjordânia ocupada, foi cuidadosamente fortificada para protegê-la dos colonos israelitas do colonato Avraham Avinu, na porta ao lado da sua. Lixo arremessado pelos colonos pende da rede de arame farpado que protege o pátio descoberto situado no centro da casa, uma obra feita há quatro anos pela Comissão de Reabilitação de Hebron.

Antes disso, os vizinhos colonos da família palestiniana despejavam enormes recipientes com água do telhado do seu prédio de três andares para a escadaria a céu aberto da residência dos Ewaiwe, o que teria morto ou ferido gravemente alguém que ali se encontrasse na ocasião. Outras vezes arremessavam grandes pedras lá do alto; chegaram mesmo a estilhaçar em pedaços o depósito de água.

2018/12/09

Noticias das Lutas do Mundo 2018/12/09

A luta dos coletes amarelo em França continua a abrir telejornais, mas, por esse mundo fora, muitos outros movimentos se opõe à ideologia dominante. Na Hungria, a direita no poder enfrenta contestação à "lei do trabalho escravo", na Palestina um povo orgulhoso do seu passado e da sua cultura luta corajosamente contra o invasor por um pedaço de terra a que possa chamar seu, nas Honduras, assassinos foram finalmente condenados pelo assassínio de uma activista e, no México, Lopes Obrador promete governar para o povo. Vamos ver.

FRANÇA
Protestos em várias cidades francesas, Paris em brasa: Violentos confrontos no centro da capital francesa marcaram o terceiro protesto dos «coletes amarelos». A oposição acusa o governo Macron de facilitar as acções de grupos extremistas, em seu proveito.

Governo francês recua na subida dos preços: O governo francês recuou face às manifestações populares nas últimas semanas, de protesto contra a subida dos combustíveis, e anunciou uma moratória de seis meses na alta dos preços.

Os coletes: No sábado, em França, fez-se uma manifestação mobilizada nas redes sociais e conhecida pelos «protestos do colete amarelo», devido aos manifestantes envergarem os coletes em uso nos automóveis. Esta manifestação nacional foi o corolário dum protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, onde os «coletes amarelos» entupiram a França com sucessivos cortes de estrada, decorrendo a semiparalisação do país e a escassez dos produtos nas grandes superfícies.

E Agora, os Aunos dos Liceus: Cena da vida já habitual em França, nestes tempos tormentosos. Quinta-feira 6 de Dezembro, fim da manhã, diante das cercas de um estabelecimento de ensino secundário num comuna muito pacote dos arredores de Paris. Uma centena de alunos de 15, 16 ou 17 anos começa a sair tranquilamente do seu liceu para ir almoçar, discutindo, a brincar, satisfeitos pelo término do período matutino. Curiosamente, em frente aos edifícios escolares, um grupo de polícias bloqueia o acesso à rua que estes jovens costumam seguir para voltarem para casa.