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2019/11/09

Noticias do Mundo Real 2019/11/09

Na semana do 102º aniversário da Revolução de Outubro o imperialismo estado-unidense inicia o golpe na Bolívia e é instado, pelo 28º ano consecutivo, na Assembleia Geral da ONU, com 187 votos a favor, 3 contra e 2 abstenções a levantar o criminoso bloqueio que mantém contra a heróica ilha caribenha há mais de 50 anos e que foi agravado com a chegada do trumpismo.

Cuba

A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar o fim do bloqueio a Cuba - A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas.

2019/11/08

Tribunal de Haia iliba Milošević

Quando o tema volta a ganhar relevância com o Nobel atribuído a Peter Handke, importava lembrar que o hostil tribunal penal internacional ilibou Milošević de todas as acusações ... 10 anos depois da sua morte na prisão.

Tribunal de Haia iliba Milošević
(AbrilAbril, 2016/08/10)

As considerações sobre Milošević foram feitas num extenso relatório em que o acusado é Karadžić. Depois de uma intensa campanha contra a Jugoslávia, para a qual o próprio Tribunal de Haia contribuiu, a ilibação tem sido silenciada.

2019/11/07

Peter Handke e as #fakenews dos críticos literários

O Nobel e o fel
(Jorge Seabra, AbrilAbril, 2019/11/05)

Como hesitar e não defender Handke e a sua corajosa denúncia da intervenção dos EUA e aliados na Jugoslávia, que aí despejaram 23 mil toneladas de bombas e mísseis?

Na foto, Peter Handke assiste ao funeral do ex-presidente sérvio Slobodan Milošević, em Março de 2006. Handke foi uma das vozes críticas da guerra de agressão levada a cabo em 1999 pelos EUA e pela NATO contra a Sérvia. O escritor, dramaturgo, ensaísta e realizador austríaco foi recentemente galardoado com o Prémio Nobel de 2019.

2019/11/02

A Desinformação dos Telecaneiros Portugueses

O método
(Gonçalo Carneiro, Avante!, 2019/10/31)

O método nada tem de científico, mas resulta quase sempre: quando se quiser formar uma opinião acerca do que se passa em alguma parte do mundo basta ver o que dizem as televisões portuguesas… e concluir exactamente o contrário.

Este método (não sustentado na ciência, insista-se) teria sido útil a muitos nesse já distante ano de 1999, quando as nossas tv’s apresentaram o UCK, do Kosovo, como baluarte da democracia, muito embora os seus líderes estivessem, como ainda estão, envolvidos em práticas – certamente democráticas – como o tráfico de seres humanos. O tratamento do conflito balcânico foi tudo menos «noticioso». Os sérvios foram diabolizados e todos os outros pintados de tons coloridos: os croatas, responsáveis pela limpeza étnica da Krajina; os bósnios, entre os quais pontificavam fundamentalistas islâmicos que fizeram ali o seu baptismo de fogo; os já referidos kosovares albaneses, cujos chefes eram vulgares criminosos.

2018/02/21

A Sérvia, ainda e sempre a Sérvia, uma e outra vez

Não conheço o sr. major-general, e até hoje só simpatizei com um outro, um de engenharia que foi primeiro-ministro durante os mais fantásticos meses da minha vida, mas este sr. general esteve lá, viu e presenciou. Não fala por ouvir dizer, por ver na têvê, ou ler nos jornais, fala com base no que viu.

O que conta lembra-me que Slobodan Milošević acabou fulgurantemente suicidado com um enfarte de miocárdio, na prisão do tribunal que o ilibou discretamente, depois de os mediáticos produtores de fake-news o terem condenado publicamente, em lume brando, durante os muitos anos em que a sra. Del Ponte recolhia provas e testemunhos das limpezas étnicas que, vimos hoje a saber, terão sido levadas a cabo pelos aliados dos alemães e dos estado-unidenses.

A verdade é como o azeite, mas por vezes vem tarde de mais, só chega depois de os vencedores reescreverem a história com «factos-alternativos» @Refer&ncia

Uma tese polémica: “O grande genocídio aconteceu na Krajina, não em Srebrenica”
(Entrevista com o Major-general na reserva Carlos Branco in Expresso 2016/11/23)

Esta será, muito provavelmente, uma das teses mais polémicas do livro que o major-general Carlos Branco lança esta quinta-feira em Lisboa. Duas décadas depois de ter sido alcançada a paz, o antigo observador militar ao serviço da ONU na Bósnia critica ainda os media internacionais por terem coberto conflito nos Balcãs alinhados com os interesses das grandes potências e a forma pouco isenta como os crimes de guerra foram julgados pelo Tribunal Internacional Penal para a Antiga Jugoslávia.

2018/02/05

A (in) Justiça dos Democratadores

TPIJ, braço «judicial» da destruição da Jugoslávia
(Gustavo Carneiro in Avante!, 2018/01/18)

Em Fevereiro de 1933, poucos dias após assumirem a chefia do governo alemão, os nazi-fascistas incendiaram o edifício do parlamento germânico, o Reichstag, e responsabilizaram os comunistas pelo crime. Nos dias seguintes, militantes e eleitos do Partido Comunista Alemão foram presos e acusados da autoria do incêndio, juntamente com três comunistas búlgaros, entre os quais o dirigente da Internacional Comunista Georgui Dimitrov. A encenação de julgamento realizada em Leipzig, com transmissão via rádio, tinha tudo para se transformar num auto de fé anticomunista e na definitiva consagração do poder nazi, não fosse a vibrante e corajosa defesa de Dimitrov ter deixado claro aos olhos do mundo que tinham sido os fascistas e não os comunistas a atear o fogo.

Sessenta anos depois, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia teve objectivos semelhantes, ao pretender conceder uma aparência jurídica ao criminoso processo de desmantelamento da Jugoslávia e de alargamento para Leste da NATO e da União Europeia, promovido sobretudo pelos EUA e Alemanha. Ao mesmo tempo, procurava legitimar a agressão externa ao país balcânico, que muito embora tenha tido nos bombardeamentos da NATO de 1999 o seu ponto alto se encontrava já nessa altura em marcha acelerada: o Estado federal multinacional e os seus principais defensores, os sérvios, foram os alvos principais; as vítimas, essas, foram aos milhares, de praticamente todas as nacionalidades e grupos étnicos.