A Perturbadora Nostalgia da Guerra
(José Goulão, AbrilAbril, 2018/11/08)
Anda por aí uma crescente nostalgia da guerra. O que é perturbador, inquietante, assustador mesmo. Não tanto da parte dos cavalheiros da indústria da morte, que esses estão muito bem servidos de guerras, embora, pela lógica inatacável do mercado, seja conveniente manter acesos os conflitos que se travam e criar alguns outros por precaução; também não será das instâncias internacionais e dos governos, porque esses lidam diariamente com a guerra, acarinham-na até, mesmo aqueles que não gerindo nações vastas em dimensão confundem grandeza e dignidade com a pertença a alianças guerreiras para as quais a liberdade e a democracia se cultivam através de práticas criminosas. Como resultado destas circunstâncias, é no cidadão comum que se pressente, com maior evidência, a nostalgia da guerra.
Como resultado da aliança explosiva entre os discursos oficiais, a vários níveis, a comunicação social de largo consumo e a abastardada indústria do entretenimento – que alguns insistem em confundir com a cultura – a chamada opinião pública está a ser insidiosamente formatada em modo de guerra. Como se devesse preparar-se para algo que não tarda a rebentar por aí. Ou seja, estão a tentar convencer-nos, através de métodos multidisciplinares e convergentes – tanto quanto possível indolores – de que a guerra, na forma de um conflito de dimensão continental ou transcontinental, é inevitável.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2018/11/09
2018/03/18
Isto Sabem Eles Fazer!
Nisto de vender morte é que eles são especialistas. Na venda da morte, exportação de armamento, invasões, intervenções, bombardeamentos, explosões, massacres, disto é que os EUA a sabem toda. E querem aparecer como os bonzinhos? Os libertadores? Os democratadores? Quem? Os gajos que têm 34% do mercado da morte? E querem que eu tenha medo dos outros? @Refer&ncia
2018/03/04
O complexo militar-industrial ataca de novo:
Despesas de guerra levam os EUA à bancarrota
(John W. Whitehead in Information Clearing House, 2018/02/17 [*])
" Para quê gastar dinheiro em despesas militares quando tudo está a ruir em torno de nós?
Será que precisamos de gastar mais dinheiro com as nossas forças armadas (cerca de US$600 mil milhões este ano) do que o conjunto dos sete maiores países seguintes? Precisamos de 1,4 milhões de pessoal militar no activo e 850 mil reservistas quando o inimigo de momento – ISIS – conta escassas dezenas de milhares? Se assim é parece que há algo radicalmente errado na nossa estratégia. Deverão 55% dos gastos discricionários do governo federal irem para despesas militares e apenas 3% para os transportes quando há mais mortos e feridos americanos devido à falta de infraestruturas do que ao terrorismo? Será que a Califórnia necessita quase tantas bases militares ativas (31, de acordo com militarybases.com), como tem de universidades do Estado (33)? E o Estado precisa de mais pessoal militar em serviço ativo (168 mil, segundo a revista Governing ) que professores nas escolas públicas (139 mil)?"
Steve Lopez, Los Angeles Times
Registem as minhas palavras: as despesas militares da América levarão a nação à bancarrota. Mas os gastos da América em guerras já levaram a nação a uma bancarrota de 20 milhões de milhões de dólares.
(John W. Whitehead in Information Clearing House, 2018/02/17 [*])
" Para quê gastar dinheiro em despesas militares quando tudo está a ruir em torno de nós?
Será que precisamos de gastar mais dinheiro com as nossas forças armadas (cerca de US$600 mil milhões este ano) do que o conjunto dos sete maiores países seguintes? Precisamos de 1,4 milhões de pessoal militar no activo e 850 mil reservistas quando o inimigo de momento – ISIS – conta escassas dezenas de milhares? Se assim é parece que há algo radicalmente errado na nossa estratégia. Deverão 55% dos gastos discricionários do governo federal irem para despesas militares e apenas 3% para os transportes quando há mais mortos e feridos americanos devido à falta de infraestruturas do que ao terrorismo? Será que a Califórnia necessita quase tantas bases militares ativas (31, de acordo com militarybases.com), como tem de universidades do Estado (33)? E o Estado precisa de mais pessoal militar em serviço ativo (168 mil, segundo a revista Governing ) que professores nas escolas públicas (139 mil)?"
Steve Lopez, Los Angeles Times
Registem as minhas palavras: as despesas militares da América levarão a nação à bancarrota. Mas os gastos da América em guerras já levaram a nação a uma bancarrota de 20 milhões de milhões de dólares.
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