Quanto mais os coletes amarelos afirmam exigências de esquerda e ganham consistência organizativa, mais os media corporativos os pintam com as cores da violência, que "por acaso" existe e, não por acaso, é acesa por provocadores infiltrados pelo poder. A segunda Assembleia de Assembleias aprovou uma proposta de manifesto que será agora votada por todas as assembleias locais de ativistas. Após longas e difíceis discussões ficaram lavradas em letra de carta a «condenação unânime da violência das repressões policiais de que são vítimas, da sua obstinada vontade de colocar no coração do movimento a democracia directa, de pensar e reinventar formas autênticas desta última, a partir da base, sem líder autoproclamado ou chefe recuperado, de encontrar o “equilíbrio entre espontaneidade e organização”. É o coletivo que vem em primeiro lugar, na “horizontalidade”». O texto aprovado diz «não à violência imposta por uma minoria de privilegiados contra todo um povo; Diz “sim” à anulação das penas impostas a presos e condenados do movimento dos coletes amarelos. “As violências policiais são um acto de intimidação política, procuram aterrorizar-nos para nos impedir de agir. A repressão judicial vem em seguida para sufocar o movimento. (…) Aquilo que vivemos hoje é o quotidiano dos bairros populares desde há décadas"». O manifesto saído da Assembleia das Assembleias quer «melhorar as nossas condições de vida, (…) reconstruir os nossos direitos e liberdades, (…) fazer desaparecer as formas de desigualdades, de injustiças, de discriminações. Para que finalmente a “solidariedade e a dignidade” cheguem, será necessário mudar de sistema: “conscientes de que temos de lutar contra um sistema global, consideramos que será necessário sair do capitalismo "» Sobre isto e muito mais leia-se o artigo de Remy Herrera saídinho do Diário.info.
Assembleia dos “Coletes Amarelos”: «Será necessário sair do capitalismo»
(Rémy Herrera, in O Diário.info, 2019/04/19)