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2018/12/21

Miséria do Capitalismo - As Dóllar Stores

Por muito que pareça, a proliferação das lojas de 1 dólar nos eua não é fake-news, é uma realidade apresentada pela Bloomberg como oportunidade de negócio. Enquanto muitas das antigas cadeias fecham superfícies para reduzir custos, só as duas principais empresas de «tudo a um dólar», a Dollar General e a Dollar Tree, têm planos para inaugurar mais 20 mil lojas. «As chamadas «dollar stores» que não oferecem fruta, nem vegetais nem comida fresca, vendem hoje mais alimentos do que algumas das principais cadeias de distribuição de alimentos como a Whole Foods». Quem são os clientes? Trabalhadores de baixos salários? Errado! Sem abrigo e desempregados, uma nova sub-classe em franco crescimento nos EUA.

Sub-classe americana permanente
(António Santos, Avante!, 2018/12/19)

Dizer, dos EUA, que há hipermercados mais caros e outros mais baratos é um eufemismo. O que existe é um apartheid, em que a grande distribuição está rigidamente segregada por classe social. É tão improvável encontrar um capitalista a encher o carrinho no Walmart, conhecido pela comida processada, barata e de baixa qualidade, como é inverosímil ver um trabalhador do Walmart a fazer as suas compras no Whole Foods ou no Fresh Market, onde todos os produtos têm etiqueta «orgânico», «biológico», «verde», «vegano», «local» ou «artesanal». As diferenças de preços são tão grandes, e a oferta tão segmentada, que há poucos barómetros sociais tão afinados como a competição entre as cadeias de distribuição. É por isso com iguais medidas de interesse e preocupação que nos devemos debruçar sobre a fabulosa proliferação das lojas de «tudo a um dólar» nos EUA.

2018/09/17

Desigualdade económica: um virus mortal para todos



Se alguém afirmar que a desigualdade económica destrói a qualidade de vida dos mais pobres creio que não surpreenderia ninguém. O interessante deste estudo é verificar que, estatisticamente falando, a desigualdade económica destrói a qualidade de vida de todos: ricos e pobres. Só visto!

2018/06/05

Gato Escondido Com o Rabo de Fora

A propósito de tema mais vasto, diz-nos o Pedro Tadeu no DN «Ah!, também fui fazer as contas e como, afinal, Rui Rio pretende acabar com o abono de família, a conclusão é que as famílias mais pobres com direito a esse subsídio, se esta proposta fosse para a frente, passariam a receber, ao fim de 18 anos, menos seis mil e 700 euros pelo primeiro filho do que agora recebem, enquanto as mais ricas receberão mais 5200 euros... e isto já é um verdadeiro balde de água fria despejado sobre a bondade do articulado tricotado pelo "Conselho Estratégico do PSD", dirigido por David Justino.»

Mas porque é que a direitalha canalha tem sempre de roubar ainda mais aos pobres para dar ainda mais aos ricos?

Mas porque é que a direitalha canalha passou os últimos 44 anos de governos do partido-único-viró-disco-e-toca-o-mesmo a roubar rendimentos aos cidadãos para os rebentar estroinamente com bancos, banqueiros e vigaristas e agora quer que eu acredite que vai dar umas migalhas a-todos-os-portugueses, pobres necessitados e ricos e anafados?

Vigarista no horizonte?

2018/01/22

E em 2017 o Capital Roubou ...

Mais de 80% da riqueza de todo o mundo nas mãos de 1% da população
(Diário de Notícias, 2017/01/22)

Mais de 80 por cento da riqueza criada no mundo em 2017 foi parar às mãos dos mais ricos que representam 1 por cento da população mundial, refere um relatório da organização não-governamental Oxfam hoje divulgado.

No relatório "Recompensem o trabalho, não a riqueza", a Comissão de Combate à Fome de Oxford (Oxfam, no acrónimo em inglês da confederação de 17 organizações não-governamentais) refere que metade da população mundial não ficou com qualquer parcela daquela riqueza.

Segundo a Oxfam, houve um aumento histórico no número de multimilionários no mundo: "atualmente existem 2.043 multimilionários no mundo e 9 em cada 10 são homens".

O estudo calculou que a riqueza dos multimilionários aumentou 13% ao ano em média desde 2010, seis vezes mais do que os aumentos dos salários pagos aos trabalhadores (2% ao ano).

O mesmo relatório indicou que em 2017 a riqueza desse grupo aumentou 762 mil milhões de dólares (622,8 mil milhões de euros), uma verba suficiente para acabar mais de sete vezes com a pobreza extrema no mundo.

Para a organização não-governamental, o crescimento sem precedentes do número de bilionários não é um sinal de uma economia próspera, mas um sintoma de um sistema extremamente problemático já que mais de metade da população mundial tem um rendimento diário entre 2 e 10 dólares (entre 1,6 euros e 8,1 euros).

"Enquanto o 1% mais rico ficou com 27% do crescimento do rendimento global entre 1980 e 2016, a metade mais pobre do mundo ficou com 13%", refere o relatório.

"Mantendo o mesmo nível de desigualdade, a economia global precisaria ser 175 vezes maior para permitir que todos passassem a ganhar mais de 5 dólares (4 euros) por dia", concluiu a análise.

O lançamento do relatório internacional da Oxfam é feito na véspera do Fórum Económico Mundial, que junta os principais líderes políticos e empresariais do mundo na cidade de Davos, na Suíça, entre 23 e 26 de janeiro.

2018/01/13

Da Série: a Miséria do Capitalismo (I)

Estados Unidos tem 40 milhões de pessoas na pobreza ou extrema pobreza
(in Carta Campinas, 2017/12/21)

Os Estados Unidos, um dos países mais ricos do mundo e considerado uma “terra de oportunidades”, está rapidamente se tornando campeão de desigualdades, de acordo com o relator especial das Nações Unidas para a pobreza extrema e os direitos humanos, Philip Alston.

A pobreza consolidada pode piorar ainda mais com as políticas propostas pela administração Trump, alertou o especialista em comunicado após visita de duas semanas a Califórnia, Alabama, Geórgia, Virgínia Ocidental e Washington D. C., assim como Porto Rico.

“O sonho americano está rapidamente se tornando a ilusão americana, enquanto os EUA têm agora a menor taxa de mobilidade social de todos os países ricos”, disse o especialista independente nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para analisar a situação de pobreza e de direitos humanos nos países do mundo.

2017/12/21

O Mundo das Desigualdades Chama-se Capitalismo

Porque os dados objectivos são fundamentais para discutir o imparável crescimento das desigualdades geradas pelo Capitalismo, e este artigo refere alguns dados interessantes, fica já aqui uma cópia para referência futura.

Globalização insustentável
(Marco Capitão Ferreira, in Expresso Diário, 2017/12/19)

A globalização do comércio mundial tem trazido um crescimento generalizado da riqueza. Mas esse crescimento tem tido um preço muito alto: mais desigualdade.

Muito mais.

2017/11/15

PCP ou PSD: Trabalho ou Capital?

Quem paga o extado
«A par da descida do IRS para os rendimentos mais baixos e intermédios, o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) é uma oportunidade para definir como se devem tratar os grandes accionistas e especuladores: menos ou mais impostos?»

Impostos para milionários: quem quer subir, quem quer descer
(AbrilAbril, 2017/11/15)

[...] O PSD apresentou as suas propostas de alteração ao OE2018, onde se destacam as reduções de impostos para as empresas, os grandes grupos económicos e os accionistas e especuladores bolsistas. No caso dos últimos, o partido quer uma redução da taxa dos actuais 28% para 23% até 2020.

Esta taxa é aplicada aos rendimentos de capital (como dividendos ou mais-valias com a venda de acções) e prediais, que fogem assim às taxas normais do IRS: tanto faz que sejam 5 mil ou 50 milhões de euros, a taxa é a mesma.

Também ontem, deu entrada uma outra proposta de alteração ao OE2018, do PCP, em sentido contrário: obrigar o englobamento desses rendimentos quando sejam superiores a 100 mil euros.

O que isso significa?


2017/11/14

O Mundo Deles Onde Nós Por Acaso Sobrevivemos

O Mundo Deles Onde Nós Por Acaso Sobrevivemos
Há mais de cem anos dois jovens barbudos provaram à saciedade que a infraestrutura económica e financeira determina a superestrutura politica, legal, policial, social e cultural, pondo-a ao seu serviço e fazendo desta superestrura o mecanismo de defesa e perpetuação da ordem económica infraestrutural.
 
O texto do Vitor Mareco espelha bem a visão de quem hoje olha para «o mundo deles onde nós por acaso sobrevivemos» e vê como "eles" lá nos vão deixando sobreviver no mundo deles, com os politicos deles, as leis deles, a policia deles, as festas deles, os filmes deles e o mais que eles nos queiram impingir a bem deles e da perpetuação do mundo deles. @Refer&ncia

Sem Titulo
(Vitor Mareco, in facebook 2017/11/14)

Neste momento já não é surpresa para ninguém que os ricos e poderosos desviam os seus capitais para uma economia paralela própria de nome offshore, onde conseguem acumular riqueza longe de qualquer escrutínio estatal. Esta deixou até de ser secreta passando a ser uma nova ordem mundial de desigualdades crescentes em que vivemos. Estes paraísos não são fruto de algum cenário de filme de suspense ou crime onde sinistros capitalistas russos ou mafiosos neo liberais se financiam para governar o mundo. É real e os personagens deixaram de ser exclusivamente os pronunciados, juntando-se o seu actor ou cantor preferido, o seu adorado craque da bola, o seu querido mecenas ou mesmo aquela suposta instituição de caridade onde costuma pôr alguma doação de IRS.

Resumindo: Todos os que tenham dinheiro para isso estão metidos. Os paraísos fiscais revelam ser mesmo uma realidade financeira central. Todos os biliões escondidos funcionam como um planeta onde a sua gravidade atrai os nossos lideres e a nossa economia para um certo rumo - A riqueza extrema de poucos paga com o empobrecimento de muitos vai levar à destruição da classe média e empurrar a maior parte da população mundial para o limiar da pobreza.