O Irão assinou um tratado com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha. O Irão cumpre o tratado como provam os relatórios da agência da ONU responsável pela monitorização do tratado. Os EUA retiraram-se unilateralmente do tratado. Os EUA puseram um drone a sobrevoar, comprovada e reprovadamente, o espaço aéreo iraniano e o Irão "explicou-lhes" de forma contundente que o espaço aéreo iraniano é iraniano não é norte-americano. Os EUA acusam o Irão de ter posto umas minas nuns petroleiros e dizem que têm outras provas além de um vídeo manhoso, mas ainda não as mostraram a ninguém. O Irão, o capitão do navio japonês, o Japão e a Noruega dizem que não, nem foi o Irão, nem foram minas, foi um objecto voador (que os EUA acham ser) não identificado.
A Rússia está a desenvolver um míssil de médio alcance que, segundo afirma a Rússia, não viola o tratado assinado com os EUA, os EUA dizem que não, que viola. Os EUA instalam armamento ofensivo a 50 km das fronteiras da Rússia e a 5 000 km dos EUA. Dizem os EUA que é para se defenderem dos russos. Os EUA instalam bases militares a 50 km da Rússia e a 10 000 km dos EUA, dizem os EUA que é para se defenderem dos russos. Até hoje a Rússia nunca atacou os EUA, pelo contrário, em 1918 os EUA invadiram a Rússia. Quem é que precisa de se defender de quem?
Os EUA mudaram a sua lei de “defesa” para permitir a utilização de armamento nuclear como forma de vencer conflitos de média dimensão. Os critérios editoriais dos media corporativos deixam de fora a desinteressante temática. Afinal, a quem interessa que uma potência com capacidade para destruir o mundo ache que o pode fazer?
O pró-cônsul estado-unidense para a Venezuela e "sus muchachos" meteram ao bolso o dinheiro angariado com o concerto do benfeitor concertante, e mais uns trocos, e mais o dinheiro venezuelano que os EUA e o NovoBanco e os bretões roubaram à Venezuela, e deixaram a apodrecer na Colômbia os três carregos de ajuda militária que os EUA quiseram introduzir à força na Venezuela. Os critérios editoriais dos media corporativos calam a desinteressante temática. Afinal, a quem é que interessa que o pró-consul dos EUA não só não tenha organizado as eleições que se tinha proposto organizar, como esteja a usar o dinheiro venezuelano para pagar as contas dos hotéis e das jantaradas "de sus muchachos" residentes na Colômbia?
São tudo coisas que ficamos a saber no artigo do José Goulão sobre realidades paralelas, e eu tinha de lhe arranjar aqui um cantinho para futura @Refer&ncia.
O mundo em realidade paralela
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/06/27)
Por que está o Irão a ser vítima de uma guerra, através de sanções económicas arbitrárias, que pode estender-se à componente militar? Procurem a resposta no mainstream: encontrá-la é como acertar no euromilhões.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/07/03
2019/03/07
São eles contra o mundo ou o mundo contra eles?
Actualmente, na ONU, estão representados 193 estados soberanos, 193 países, 193 governos. Há poucos dias, num artigo d'O Lado Oculto, ficámos a saber que os EUA têm 800 bases militares espalhadas por cerca de 80 países. Agora, noutro artigo da mesma newsletter, Stephanie Savell, da Universidade de Brown, compilou 80 países onde os EUA estão actualmente a "intervir" a coberto daquilo a que eles próprios chamam "guerra global ao terrorismo". As "intervenções" são dos mais variados tipos, desde invasões como a do Afeganistão, da Síria ou do Iraque, passando por destacamentos militares ou missões conjuntas, como na Líbia ou no Iémen, bombardeamentos ou ataques com drones, como no Paquistão, na Tunísia, na Somália, no Mali ou no Quénia, até ao mais genérico guarda chuva das missões de "treino e assistência" a decorrerem em 65 países e onde os "treinadores" e "assistentes" são bastas vezes condecorados com medalhas por "Extrema Bravura em Combate", normalmente atribuídas a quem arrisca a vida em combates fora das casernas e dos campos de treino.
Pergunto-me. A fazerem a guerra, fora de portas, em 80 países, são eles contra o mundo ou é o mundo que não gosta deles?
Guerra dos EUA "Contra o Terrorismo" Trava-se em 80 Países
(Stephanie Savell, TomDispatch/O Lado Oculto, 2019/03/03)
Em Setembro de 2001, a administração de George W. Bush lançou a “Guerra global contra o terrorismo”. Embora o termo “global” há muito tenha desaparecido da designação, eles não estavam a brincar.
Pergunto-me. A fazerem a guerra, fora de portas, em 80 países, são eles contra o mundo ou é o mundo que não gosta deles?
Guerra dos EUA "Contra o Terrorismo" Trava-se em 80 Países
(Stephanie Savell, TomDispatch/O Lado Oculto, 2019/03/03)
Em Setembro de 2001, a administração de George W. Bush lançou a “Guerra global contra o terrorismo”. Embora o termo “global” há muito tenha desaparecido da designação, eles não estavam a brincar.
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