Mostrar mensagens com a etiqueta #Fenprof. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta #Fenprof. Mostrar todas as mensagens

2019/05/08

As Campanhas Negras contra a Fenprof

De uma cristalinidade absoluta: como atacar o inatacável? É simples. Reduz-se a complexa variedade do arco íris ao universo do preto e branco, esconde-se o branco atrás de uma parede preta e dirigem-se todos os mísseis ao agora negro alvo que ficou a ocupar todo o espaço visível. É esse processo de vigarização social que o José Gabriel nos descreve num post sobre o miserável ataque a que a FENPROF está sujeita há largos anos.

A FENPROF, o Mário e Tudo e Tudo ...
(José Gabriel, Facebook, 2019/05/06)

É curioso observar como as grandes, médias, pequenas e minúsculas ofensivas contra entidades complexas e dotadas de carácter forte - goste-se delas ou não - seguem sempre uma estratégia de redução sucessiva da identidade do seu alvo até que este possa ser percepcionado - por um estupidificante processo de redução - como simples e individualizado até ao mais precatado dos cidadãos.

Assim, em crises internacionais, um país passa a regime, o regime a governo, o governo a governante e este a alvo exclusivo, a uma espécie de epítome de todo o conjunto. Contra ele se concentram os ódios dos todos os mais ou menos imbecis e, se os seus compatriotas caírem na armadilha, o seu acrisolado - e muitas vezes acrítico - amor. Todos nos lembramos: Cuba que se transformou em Fidel, o Iraque que se transformou em Saddam, Líbia que se transformou em Gaddafi, a Venezuela em Maduro e por aí fora, que os exemplos são intermináveis e bem demonstrativos dos eficazes - se bem que pouco criativos - processos de acção psicológica e manipulação de massas.

2018/09/12

OCDE: Um Relatório Duas Mentiras

O canhão do neoliberalismo já nos habituou às constantes vigarices, mas desta vez bateu recordes ao conseguir mentir duas vezes num mesmo relatório.

Deste último relatório da OCDE têm sido destacadas duas mentiras que os sindicatos desmentem com números: 1) os professores portugueses ganhariam mais que os outros trabalhadores do país com a mesma qualificação; 2) os professores portugueses trabalhariam menos que os seus colegas dos países da OCDE.

- Os salários dos professores portugueses não são os que o relatório refere!

- Se um docente em início de carreira ganhasse, anualmente, 28.349 euros teria um salário mensal de 2.024. É mentira, o seu salário mensal bruto é de 1.530 euros, auferindo, por ano, 21.420 euros. Uma diferença de 6.929 euros!

- Se um docente com 15 anos de carreira ganhasse, anualmente, 36.663 euros teria um salário mensal de 2.618. É mentira, se o seu tempo de serviço fosse contado integralmente estaria no 4.º escalão e teria um salário mensal bruto de 1.982 euros. Mas como o governo insiste em não contar o tempo de serviço perdido pelos professores este docente está no 1.º escalão e aufere um salário mensal bruto é de 1.530 euros, logo, por ano, 21.420 euros. Uma diferença de 15.243 euros!

- Se um docente no topo da carreira ganhasse, anualmente, 56.401 euros teria um salário mensal de 4.028. É mentira, o seu salário mensal bruto é de 3.364 euros, auferindo, por ano, 47.096 euros. Uma diferença de 9.305 euros!

- Os horários de trabalho dos docentes não são os que o relatório refere!

- Os professores portugueses trabalhariam por ano, se o seu horário fosse apenas aquele que se encontra na lei (35 horas semanais), 1.190 horas e não 920 horas. Como as normas legais de organização do horário são desrespeitadas, na verdade, os professores em Portugal trabalham, anualmente, mais de 1.500 horas (mais de 46 horas semanais)! O que o relatório da OCDE parece fazer é comparar o incomparável: a componente lectiva dos docentes portugueses com o horário completo dos professores dos outros países.

É esta a #fakenewsfactory que os media corporativos aproveitam para malhar enquanto o ferro está quente. Vejamos o desmentido do sindicato dos professores.