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2018/12/01

Noticias do Mundo Real 2018/11/30

Uma pergunta germina a cada assassinato perpetrado pelos donos disto tudo: qual o critério editorial para noticiar todo e cada um dos tiroteios no centro de império e silenciar os assassinatos levados a cabo pelos donos disto tudo por esse mundo fora? Veio-me esta pergunta, novamente, na semana em que mais um dirigente camponês colombiano foi assassinado. Em todo o jornaleirismo português nem uma palavra sobre o quinquacentésimo trigésimo nono ( 5 3 9 º ) assassinato de lideres sociais e defensores de direitos humanos colombianos em menos de um ano. Para quem dizia que a democracia não estava em risco no Brasil assinale-se o aumento da violência sobre os povos indígenas. As outras noticias são sobre eleições no Congo, ataques terroristas com armas químicas na Síria e financiamento alemão do Daesh, ou seja, business as usual. De novo só mesmo a continuação da luta dos coletes amarelos em França.

FRANÇA
A mobilização dos « Coletes Amarelos», nova etapa das lutas em França: O movimento dos «coletes amarelos» em França vai na segunda jornada de mobilização nacional, e convocou já outra para o próximo sábado. Os grandes media fazem o seu papel. Procuram caracterizá-lo por actos de violência, ocultando que na sua maioria surgem por iniciativa da repressão policial. E sobretudo ocultam que se trata de uma enorme expressão de descontentamento popular, reivindicando directamente a demissão de Macron. (Rémy Herrera)

Rumo a uma convergência das lutas? Ao lado dos "coletes amarelos", coletes... vermelhos! As cadeias de televisão de todo o mundo tiveram o prazer de retransmitir os acontecimentos de rua que decorreram em Paris no sábado 24 de Novembro. Mas nem todas elas tiveram o cuidado de fornecer aos progressistas os elementos necessários para ir além de uma impressão de caos e compreender a situação actual. (Rémy Herrera)

“Coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas da capital francesa
1 de Dezembro, 2018 - 12:35h
Os “coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas de Paris após esta sexta-feira o protesto ter chegado a Bruxelas. Este sábado já há registo de largas dezenas de detidos. A polícia está a usar gás lacrimogéneo, granadas de fumo e canhões de água contra os manifestantes.(Esquerda.net)

2018/03/08

Para uma Sociologia das Caixas de Ressonância

É sempre interessante observar fora do laboratório, em plena natureza, o comportamento das caixas de ressonância da ideologia dominante. Notar a forma caricata como transformam em sound-bytes as realidades virtuais que lhes são embutidas no neurónio pelas #fakenewsfactories. Vê-las regurgitar, em três penadas, os falsos factos laboriosamente encrustados nos galináceos lóbulos, sem a mínima capacidade de questionarem se estarão de facto a contestar o que dizem os outros, ou tão só a comentar o que a ideologia dominante os fez crer que os outros teriam dito. Meros crédulos? Não, antes perigosos asnos. A ignorância mata. Cuidado. E se não, vejamos o outro lado de alguns sound-bytes, por aí regurgitados como verdades bíblicas, sobre um partido que recusa o fluxo noticioso ideologizado pelos média corporativos e se opõe consistentemente ao propagar de simplificações da realidade.

Ataques com armas químicas só mesmo os do ISIS e da al-nushra como se provou com o primeiro e a #fakenewsfactory já não deixou provar com os segundo e terceiro auto-rebentamentos de paiós quimicos da al-nushra. Porque um facto é que o governo sirio, já há muito acabou com as armas quimicas, sob supervisão da ONU, como tinha feito o Saddam antes de os ex-amigos lhe limparem o sarampo. Lembram-se das ADMs do Saddam? Exato. Essas que o Collin Powel "fotografou" em directo para a ONU e o mundo. As que o Bush junior usou para invadir o Iraque. Lembram-se? Pois. São iguais às que o imperialismo trumpista tenta agora usar para invadir a Síria. E mais uma vez, quando o imperialismo tentou fazer com a Síria o que já tinha feito no Iraque, houve um partido no parlamento que, novamente, teve a coragem de nos lembrar que também das outras vezes foi mentira, e que também desta vez eram os EUA a inventá-las, os mesmos EUA que estão fartos de democratar por esse mundo fora. Sabem qual foi? Exatamente, esse ao qual os media corporativos apontam o dedo, por se recusar a censurar o governo sirio pelos crimes cometidos pelo governo dos EUA.

Quanto à ideológica censura dos crimes praticados pela mais mortal e aterradora máquina de guerra mundial, incompreensívelmente, ninguém pensa em propor uma moção de censura contra, sei lá, por exemplo, o estado degradante em que o eua mantêm os seus prisioneiros, ou em memória dos inocentes abatidos por uma pena de morte a quem já ninguém no mundo vende o veneno para assassinar legalmente os seus condenados, mas deixemos os condenados e censuremos os assassinios de inocentes afro-americanos por policias caucasianos que acabam inocentados, mesmo quando a pistola encontrada ao lado do abatido só tinha impressões e ADN do caucasiano agente da ordem, ou pelos 12 tiroteios em escolas desde o início do ano, dos quais três acabaram em massacres. Não? Também não são atrocidades cometidas por uma democratadura que nomeia, pela segunda vez neste século, um presidente eleito por menos de 30% da população e com menos votos expressos do que o alegado derrotado? E depois vêm apontar o dedo a quem se recusa a dar pretextos ao imperialismo agressivo, para invadir outra vez um país que já os pôs na rua quatro vezes? Limpem primeiro a casa, lavem-se bem antes de atirar pedras aos telhados de vidro dos outros. Antes de apontar os dedos às monarquias asiáticas, primeiro, censuremos quem semeia pobreza e destruição pelo mundo fora.

Sobre os votos de pesar para ilustres exploradores, porque é que a ideologia dominante passa a vida a engendrar «pantilhões» para os famosos ambrósios e se engalfinha toda se lhe pedirem um voto de pesar pelas 115 vitimas de acidentes de trabalho, pelos 115 inocentes que morreram a trabalhar em 2017, pelos 115 trabalhadores que, num ano, morreram a ser roubados pelos grandes empresários que fazem este país andar para frente com o trabalho dos seus assalariados? Um partido que afirma estar do lado do trabalho não pode, em consciência, fazer de conta que tem pena do explorador que começou a vida empresarial a deitar a mão ao negócio do ex-patrão e manteve as caixas dos caça-niqueis dele a SMN por nove horas de trabalho efetivo com idas vigiadas ao wc..

Sobre a venezuela, já nem digo nada, são os próprios EUA a chamar a sí os louros de mais uma intervenção bem sucedida.

E sim, a crise teve mesmo origem num sistema financeiro terrorista, assassino e predador, enfim, numa classe de empresários totalitaristas para quem vale tudo até tirar olhos. A Goldman-Sachs que provocou e lucrou com a crise, o Lehman Brothers que a GS comprou por um dólar, o Ricardinho do BES que o amigo António do BdP deixou ficar a esmifrar a caixa das esmolas até ao último minuto ... foram mesmo esses que depois nós fomos financiar com a falência dos nossos estados sociais.

Esta irritação toda deve-se a uma caixa de ressonância que pôs por aí a circular uns arrazoados sobre a democraticidade do único partido que se opôs ao salazarismo com sangue, suor e lágrimas. @Refer&ncia