«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2025/06/29
2022/09/24
O pentágono nas redes sociais
Operações psicológicas dos EUA expostas: Washington não está preocupado com a moral, está preocupado em ser apanhado
(Russia Today, 2022/09/24)
Uma investigação bombástica do Washington Post revelou que o Pentágono está a realizar uma “auditoria abrangente sobre a condução da guerra de informação clandestina”, depois de várias contas nas redes sociais, que os seus agentes usaram para atingir públicos estrangeiros em elaborados esforços de guerra psicológica, foram expostas.
As contas violaram as regras da plataforma e acabaram por ser desmascaradas por investigadores e pelas redes sociais que eles usaram como armas.
Uma investigação bombástica do Washington Post revelou que o Pentágono está a realizar uma “auditoria abrangente sobre a condução da guerra de informação clandestina”, depois de várias contas nas redes sociais, que os seus agentes usaram para atingir públicos estrangeiros em elaborados esforços de guerra psicológica, foram expostas.
As contas violaram as regras da plataforma e acabaram por ser desmascaradas por investigadores e pelas redes sociais que eles usaram como armas.
2022/03/19
As verdades apuradas pelos censurados media russos
Alguém já disse que a verdade é a primeira vitima da guerra. Acrescento eu: a verdade e a liberdade.
Não se trata aqui de defender a Rússia ou de apoiar um dos imperialismos contra o outro imperialismo. Este blog sempre foi um consistente apoiante da Paz e lutador contra todas as guerras imperialistas, invasões ou ocupações, fossem elas mais ou menos declaradas ou mais ou menos hibridas e encapotadas. Fossem elas ocupações ilegais como a do estado terrorista israelita na Palestina, invasões militares como a do Iraque, destruições como as da Jugoslávia ou da Tchetchénia, bloqueios como o que os EUA mantém contra Cuba há mais de 60 anos, ou guerras hibridas como a que movem contra a Venezuela.g Este post vai servir para ir atualizando as inverdades propagadas pelo Ministério da Verdade e para denunciar a censura imposta aos media russos pelos regimes da NATO.
Repito, aqui a questão nem se coloca na vigarice que impera do lado de cá, o que me choca verdadeiramente é que os vigaristas do lado de cá não nos querem deixar ver se há ou não vigarice do lado de lá.
2022/06/27 - Centro comercial de Kremenchuk estava vazio ao lado de depósito de munições - Em 27 de Junho de 2022, o exército russo bombardeou uma fábrica convertida em armazém militar em Kremenchuk, o que provocou o incêndio do shopping center localizado ao lado. Sem surpresa, a Ucrânia e os ocidentais acusaram os militares russos de bombardear directamente o shopping, excepto que os vídeos filmados lá provam que a versão russa é verdadeira.
Apesar das desmistificações sistemáticas e cada vez mais rápidas, a Ucrânia continua a espalhar informações falsas sobre os “crimes de guerra” do exército russo. Depois da enorme mentira de Boucha, depois da estação de Kramatorsk, depois das falsas acusações de violação de menores negadas pelo antigo Provedor de Direitos Humanos ucraniano, eis agora o caso do atentado ao centro comercial Kremenchuk.
Em 27 de Junho de 2022, os militares russos realizaram um ataque aéreo de longo alcance contra armazéns localizados na Fábrica de Máquinas Rodoviárias de Kremenchuk, contendo armas e munições fornecidas à Ucrânia pelos Estados Unidos e vários países europeus. A usina em questão está localizada nas seguintes coordenadas: 49°04’25.1″N 33°25’37.4″E. A explosão de munições no armazém causou um incêndio no centro comercial abandonado nas proximidades.
No mesmo dia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anuncia que mais de mil civis estavam supostamente no shopping no momento do bombardeio e acusa o exército russo de ter deliberadamente visado essa infra-estrutura civil.
Problema, muito rapidamente esta versão leva água como o Titanic. Vídeos divulgados durante o incêndio mostram muito poucos carros no estacionamento, mas também uma completa ausência de mulheres e crianças!
Como pode haver mil pessoas em um shopping com pouquíssimos carros no parque e sem mulheres ou crianças? Era o dia reservado aos homens sem carro?
Em Kremenchug, região de Poltava, foi atingido o centro comercial e de entretenimento Silpo, logo atrás do qual está a fábrica de máquinas rodoviárias de Kremenchug.
A julgar pela destruição das paredes e pilares, a própria explosão estava algures atrás - e então começou um incêndio no próprio shopping. O shopping em si é feito de materiais altamente inflamáveis: o que alguns consideram os sons de munição explodindo pode facilmente revelar-se uma quebra de estruturas deformadas ou o som de vidro estourando.
Agora, por sugestão de Zelensky, toda a mídia mundial escreve sobre um ataque deliberado a um alvo civil, deixando em silêncio a presença de objectivos estrategicamente importantes atrás do próprio shopping.
Por que há tantos militares em uniforme e até mesmo com mochilas perto do tranquilo centro comercial e de entretenimento em Kremenchug?
E por que há tão poucos carros civis no estacionamento, já que mais de 1000 pessoas poderiam ter morrido lá dentro?
No entanto, se olharmos no Google Maps, o shopping e várias lojas estão marcadas como fechadas temporária ou permanentemente, e não há avisos com menos de 4 meses!
Claramente, parece que ninguém vem a este shopping desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, enquanto Kremenchuk não está na linha de frente. Isso explicaria por que quase não havia carros e nem clientes!
2022/05/01 - Piloto que teria abatido 40 aviões russos afinal nunca existiu - Aparentemente a força aerea ucraniana desmentiu hoje a noticia do nyt que as tvs nacionais acritica e prontamente republicaram, segundo a qual teria falecido ontem o piloto super-heroi que teria abatido 40 aviões russos. Segundo o post da fau a personagem é um superheroi inventado.(ver noticia no final do post (1)).
2022/04/27 - As "valas comuns" de Mangush são afinal campas individuais no extremo de um cemitério. As "valas comuns" de Mangush e Starichrim, anunciadas pelas autoridades ucranianas, onde estariam a ser enterrados cerca de 20 000 mortos de Mariupol, e rapidamente propagandeadas pelas televisões do Ministério da Verdade com base em fotografias de satélite, revelaram-se hoje, pelas imagens colhidas no local por um repórter de guerra português, serem afinal cerca de 700 campas individuais, numeradas, com um caixão por campa. Um vídeo apanhado no facebook desmascara mais este embuste dos canais nacionais, mas a reportagem do Bruno de Carvalho aos 10:31 do Jornal da CNN de 27 de Abril ilustra melhor e mais sucintamente o que por lá se pode ver. Depois disto, torna-se ainda mais gritantemente vigarista a punch-line da pivot que introduz a peça do jornalista no local com o seguinte introito: «De Mariupól chegam imagens de satélite que mostram a existência de valas comuns em algumas zonas da cidade, o repórter Bruno Amaral de Carvalho esteve em dois desses locais» ... e diz, uns segundos depois, o tal repórter que esteve em dois desses locais «O que vimos aqui são de facto valas individuais, eaah, túmulos individuais,[...]». Mas a vale a pena ver a peça do repórter no local.
Não se trata aqui de defender a Rússia ou de apoiar um dos imperialismos contra o outro imperialismo. Este blog sempre foi um consistente apoiante da Paz e lutador contra todas as guerras imperialistas, invasões ou ocupações, fossem elas mais ou menos declaradas ou mais ou menos hibridas e encapotadas. Fossem elas ocupações ilegais como a do estado terrorista israelita na Palestina, invasões militares como a do Iraque, destruições como as da Jugoslávia ou da Tchetchénia, bloqueios como o que os EUA mantém contra Cuba há mais de 60 anos, ou guerras hibridas como a que movem contra a Venezuela.g Este post vai servir para ir atualizando as inverdades propagadas pelo Ministério da Verdade e para denunciar a censura imposta aos media russos pelos regimes da NATO.
Repito, aqui a questão nem se coloca na vigarice que impera do lado de cá, o que me choca verdadeiramente é que os vigaristas do lado de cá não nos querem deixar ver se há ou não vigarice do lado de lá.
2022/06/27 - Centro comercial de Kremenchuk estava vazio ao lado de depósito de munições - Em 27 de Junho de 2022, o exército russo bombardeou uma fábrica convertida em armazém militar em Kremenchuk, o que provocou o incêndio do shopping center localizado ao lado. Sem surpresa, a Ucrânia e os ocidentais acusaram os militares russos de bombardear directamente o shopping, excepto que os vídeos filmados lá provam que a versão russa é verdadeira.
Apesar das desmistificações sistemáticas e cada vez mais rápidas, a Ucrânia continua a espalhar informações falsas sobre os “crimes de guerra” do exército russo. Depois da enorme mentira de Boucha, depois da estação de Kramatorsk, depois das falsas acusações de violação de menores negadas pelo antigo Provedor de Direitos Humanos ucraniano, eis agora o caso do atentado ao centro comercial Kremenchuk.
Em 27 de Junho de 2022, os militares russos realizaram um ataque aéreo de longo alcance contra armazéns localizados na Fábrica de Máquinas Rodoviárias de Kremenchuk, contendo armas e munições fornecidas à Ucrânia pelos Estados Unidos e vários países europeus. A usina em questão está localizada nas seguintes coordenadas: 49°04’25.1″N 33°25’37.4″E. A explosão de munições no armazém causou um incêndio no centro comercial abandonado nas proximidades.
No mesmo dia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anuncia que mais de mil civis estavam supostamente no shopping no momento do bombardeio e acusa o exército russo de ter deliberadamente visado essa infra-estrutura civil.
Problema, muito rapidamente esta versão leva água como o Titanic. Vídeos divulgados durante o incêndio mostram muito poucos carros no estacionamento, mas também uma completa ausência de mulheres e crianças!
Como pode haver mil pessoas em um shopping com pouquíssimos carros no parque e sem mulheres ou crianças? Era o dia reservado aos homens sem carro?
Em Kremenchug, região de Poltava, foi atingido o centro comercial e de entretenimento Silpo, logo atrás do qual está a fábrica de máquinas rodoviárias de Kremenchug.
A julgar pela destruição das paredes e pilares, a própria explosão estava algures atrás - e então começou um incêndio no próprio shopping. O shopping em si é feito de materiais altamente inflamáveis: o que alguns consideram os sons de munição explodindo pode facilmente revelar-se uma quebra de estruturas deformadas ou o som de vidro estourando.
Agora, por sugestão de Zelensky, toda a mídia mundial escreve sobre um ataque deliberado a um alvo civil, deixando em silêncio a presença de objectivos estrategicamente importantes atrás do próprio shopping.
Por que há tantos militares em uniforme e até mesmo com mochilas perto do tranquilo centro comercial e de entretenimento em Kremenchug?
E por que há tão poucos carros civis no estacionamento, já que mais de 1000 pessoas poderiam ter morrido lá dentro?
No entanto, se olharmos no Google Maps, o shopping e várias lojas estão marcadas como fechadas temporária ou permanentemente, e não há avisos com menos de 4 meses!
Claramente, parece que ninguém vem a este shopping desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, enquanto Kremenchuk não está na linha de frente. Isso explicaria por que quase não havia carros e nem clientes!
2022/05/01 - Piloto que teria abatido 40 aviões russos afinal nunca existiu - Aparentemente a força aerea ucraniana desmentiu hoje a noticia do nyt que as tvs nacionais acritica e prontamente republicaram, segundo a qual teria falecido ontem o piloto super-heroi que teria abatido 40 aviões russos. Segundo o post da fau a personagem é um superheroi inventado.(ver noticia no final do post (1)).
2022/04/27 - As "valas comuns" de Mangush são afinal campas individuais no extremo de um cemitério. As "valas comuns" de Mangush e Starichrim, anunciadas pelas autoridades ucranianas, onde estariam a ser enterrados cerca de 20 000 mortos de Mariupol, e rapidamente propagandeadas pelas televisões do Ministério da Verdade com base em fotografias de satélite, revelaram-se hoje, pelas imagens colhidas no local por um repórter de guerra português, serem afinal cerca de 700 campas individuais, numeradas, com um caixão por campa. Um vídeo apanhado no facebook desmascara mais este embuste dos canais nacionais, mas a reportagem do Bruno de Carvalho aos 10:31 do Jornal da CNN de 27 de Abril ilustra melhor e mais sucintamente o que por lá se pode ver. Depois disto, torna-se ainda mais gritantemente vigarista a punch-line da pivot que introduz a peça do jornalista no local com o seguinte introito: «De Mariupól chegam imagens de satélite que mostram a existência de valas comuns em algumas zonas da cidade, o repórter Bruno Amaral de Carvalho esteve em dois desses locais» ... e diz, uns segundos depois, o tal repórter que esteve em dois desses locais «O que vimos aqui são de facto valas individuais, eaah, túmulos individuais,[...]». Mas a vale a pena ver a peça do repórter no local.
2021/05/24
Morreu um Jornalista
Na morte de Carlos Santos Pereira
Morreu um jornalista de política internacional como já não há
Nazismo e estalinismo : um debate viciado
(Carlos Santos Pereira, 6 de Dezembro de 2019, Público)
A resolução do Parlamento Europeu que há dez anos criou o Dia da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo veio dar uma nova dimensão a uma polémica que se arrasta há décadas, ao apadrinhar as teses que equiparam os dois regimes como expressão do mesmo fenómeno político.
A controvérsia tem um marco fundador na publicação, em 1952, de The Origins of Totalitarism, em que Hannah Arendt identifica os regimes de Adolfo Hitler e de José Estaline como expressão acabada de uma realidade política inteiramente nova e distinta de outros tipos de despotismo ou ditadura: o “totalitarismo". Entre os elementos que identificam o fenómeno totalitário Arendt sublinha a emergência de um líder absoluto e alvo de um culto da personalidade, a propaganda em larga escala para mobilizar e doutrinar as massas, o recurso sistemático à violência, ao terror e em particular aos campos de concentração.
Nazismo e estalinismo : um debate viciado
(Carlos Santos Pereira, 6 de Dezembro de 2019, Público)
A resolução do Parlamento Europeu que há dez anos criou o Dia da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo veio dar uma nova dimensão a uma polémica que se arrasta há décadas, ao apadrinhar as teses que equiparam os dois regimes como expressão do mesmo fenómeno político.
A controvérsia tem um marco fundador na publicação, em 1952, de The Origins of Totalitarism, em que Hannah Arendt identifica os regimes de Adolfo Hitler e de José Estaline como expressão acabada de uma realidade política inteiramente nova e distinta de outros tipos de despotismo ou ditadura: o “totalitarismo". Entre os elementos que identificam o fenómeno totalitário Arendt sublinha a emergência de um líder absoluto e alvo de um culto da personalidade, a propaganda em larga escala para mobilizar e doutrinar as massas, o recurso sistemático à violência, ao terror e em particular aos campos de concentração.
2020/09/05
2020/03/07
Evo Venceu à Primeira Volta diz o WP
Os golpistas do regime de Añez prendem 1400 opositores, fecham rádios, reprimem a contestação e preparam a chapelada que pretendem fazer passar por eleições com a ajuda da OEA que patrocinou o golpe. Ao mesmo tempo, o partido com maior representação parlamentar já nomeou os seu candidatos à presidência e vice-presidência e um novo estudo do MIT revela que não houve fraude eleitoral e Evo Morales foi mesmo eleito à primeira volta.
Entretanto os media corporativos portugueses decretaram que "En Bolivia No Se Pasa Nada", just business as usual, enquanto o governo português assobia para o ar.
A ditadura boliviana continuará no poder devido à pandemia -- O orgão eleitoral boliviano, controlado pelo regime da líder do golpe Jeanine Áñez, decidiu adiar as eleições presidenciais agendadas para 3 de maio sem data, devido à pandemia do coronavírus. O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, Salvador Romero, explicou que a nova data será acordada com as forças políticas do país.
Candidato do MAS à frente na Bolivia -- Luis Arce, candidato do Movimento para o Socialismo (MAS) do presidente deposto Evo Morales, segue distanciado na frente das sondagens para as eleições presidenciais previstas para Maio na Bolívia. O ex-ministro da Economia de Morales e um dos rostos de anos sucessivos de crescimento económico e de redução da pobreza está com 33,3% das intenções de voto, segundo a mais recente sondagem da empresa Ciesmori, uma subida de dois pontos percentuais em relação à consulta anterior. Seguem-no o ex-presidente Carlos Mesa, segundo classificado nas eleições anteriores a mais de 10 pontos de Morales, com 18%; e a usurpadora fascista e “presidente” saída do golpe de Estado, Jeanine Añez, com 16%. (O Lado Oculto 2020/03/17)
Entretanto os media corporativos portugueses decretaram que "En Bolivia No Se Pasa Nada", just business as usual, enquanto o governo português assobia para o ar.
A ditadura boliviana continuará no poder devido à pandemia -- O orgão eleitoral boliviano, controlado pelo regime da líder do golpe Jeanine Áñez, decidiu adiar as eleições presidenciais agendadas para 3 de maio sem data, devido à pandemia do coronavírus. O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, Salvador Romero, explicou que a nova data será acordada com as forças políticas do país.
Candidato do MAS à frente na Bolivia -- Luis Arce, candidato do Movimento para o Socialismo (MAS) do presidente deposto Evo Morales, segue distanciado na frente das sondagens para as eleições presidenciais previstas para Maio na Bolívia. O ex-ministro da Economia de Morales e um dos rostos de anos sucessivos de crescimento económico e de redução da pobreza está com 33,3% das intenções de voto, segundo a mais recente sondagem da empresa Ciesmori, uma subida de dois pontos percentuais em relação à consulta anterior. Seguem-no o ex-presidente Carlos Mesa, segundo classificado nas eleições anteriores a mais de 10 pontos de Morales, com 18%; e a usurpadora fascista e “presidente” saída do golpe de Estado, Jeanine Añez, com 16%. (O Lado Oculto 2020/03/17)
2020/02/21
Colômbia: um estado assassino dos barões da cocaina
Janeiro ainda não acabara e na Colômbia já tinham sido assassinados 27 ativistas sociais, fevereiro chega ao fim com mais de 50 assassinatos. Nesta rolha sul-americana, onde os EUA mantêm 9 bases militares, em três anos foram assassinados 480 ativistas sociais e 173 ex-elementos das extintas FARC. A dualidade de critérios com que os media corporativos noticiam uma agressão num aeroporto venezuelano e omitem mais de 600 assassinatos na Colômbia só tem um nome: censura corporativa paga em cocaina colombiana.
FARC denuncia ameaças contra paz na Colômbia -- O partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) denunciou na segunda-feira, 9, as intenções do governo de desmantelar o Acordo de Paz negociado em Havana e assinado em 2016 pelo Estado colombiano e a ex-guerrilha FARC-EP. «No que concerne à implementação do acordo, reafirmamos a nossa análise com base não só nos incumprimentos por parte do presidente [Iván] Duque mas também nas suas reiteradas pretensões de desmontar ou distorcer o acordado, as quais são disfarçadas mediante uma estratégia de simulação», afirmou o partido.
FARC denuncia ameaças contra paz na Colômbia -- O partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) denunciou na segunda-feira, 9, as intenções do governo de desmantelar o Acordo de Paz negociado em Havana e assinado em 2016 pelo Estado colombiano e a ex-guerrilha FARC-EP. «No que concerne à implementação do acordo, reafirmamos a nossa análise com base não só nos incumprimentos por parte do presidente [Iván] Duque mas também nas suas reiteradas pretensões de desmontar ou distorcer o acordado, as quais são disfarçadas mediante uma estratégia de simulação», afirmou o partido.
2020/02/11
Venezuela: Cada Dia Que Resiste É Um Dente Partido ao Imperialismo
Sobre a guerra de baixa intensidade movida pelos EUA contra a Venezuela os media corporativos construiram uma imensa muralha de um estrondoso silêncio. Nesses media ninguém fala, escreve ou mostra o bloqueio financeiro que impede a Venezuela de fazer transações em dólares, os assaltos às embaixadas, o roubo dos ativos venezuelanos no estrangeiro, as tentativas de golpes de estado, as infiltrações de mercenários pela fronteira colombiana. Para os media comprados pelos EUA nada disso existe, sobre tudo isso caiu o muro da censura corporativa. "Et puoro si muove" dizia Galileu há mais de 500 anos.
Trump "enganou-se": A Droga Vem da Colômbia e Não da Venezuela -- Trump, com os seus parceiros francês e britânico, sob os auspícios da NATO, estão a montar um circo de guerra contra a Venezuela a pretexto de uma “operação contra o narcotráfico” alegadamente praticado sobretudo pelo governo de Caracas, com o presidente Maduro à cabeça. Porém, segundo os relatórios da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, a Colômbia é o responsável, praticamente monopolista, pelo tráfico de cocaína na região; e a Venezuela não surge sequer na lista dos países envolvidos. Os registos da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, desmentem rotundamente as inacreditáveis acusações de narcotráfico lançadas por Donald Trump contra o seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro e membros do seu governo. Fica claro que a nova e agressiva investida do magnata do imobiliário contra a Venezuela nada tem a ver com a democracia. Pelo contrário, é uma consequência do absoluto fracasso de todos os planos golpistas e desestabilizadores da sua administração contra o governo constitucional e legítimo do presidente Maduro. É também um desesperado acto eleitoralista para fazer com que os norte-americanos olhem para outro lado perante o quadro dantesco da sua cada vez mais desastrosa e mortífera gestão da pandemia de coronavírus, com um saldo altamente negativo ao nível mundial, superando a notável velocidade o ritmo de contágio e de disfunções de outros países afectados pela doença.[...](Angel Guerra Cabrera, America Latina en Movimiento/O Lado Oculto)
Forças do Pentágono Ameaçam a Venezuela -- Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.(Luís O. Nunes, Caracas, O Lado Oculto)
EUA impede a Venezuela de comprar remédios para tratar o Covid-19 -- O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou hoje que as medidas coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos impedem a aquisição de medicamentos e suprimentos para enfrentar o Covid-19. (2020/03/14 Prensa Latina) - Quando dispararem os mortos e infetados que se saiba que a culpa é dos EUA! O que bolsará agora o ass sobre a protecção dos portugueses residentes na Venezuela? Ou será que o proconsul metedó vai buscar máscaras às fábricas de cocaina da colômbia?
Governo venezuelano desmonta outro «fake» de Guaidó - O governo da Venezuela apresentou provas de mais uma montagem criada pela extrema-direita e apontou as «falsas informações» em torno do atentado «inventado» contra Juan Guaidó na cidade de Barquisimeto. [...] A este propósito, o titular da pasta da Comunicação lembrou que a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) já veio informar que não esteve presente na concentração de dia 29 de Fevereiro convocada por Guaidó em Barquisimeto, desmentindo assim que seja a autora da imagem – que lhe foi facultada pela equipa de Guaidó. Neste sentido, Rodríguez instou a AP e outros meios de comunicação internacionais que fizeram ecoar a montagem a publicar o depoimento de Clímaco Medina e a divulgar a «verdade» dos factos, depois das provas apresentadas. (2020/03/06 - AbrilAbril)
Trump "enganou-se": A Droga Vem da Colômbia e Não da Venezuela -- Trump, com os seus parceiros francês e britânico, sob os auspícios da NATO, estão a montar um circo de guerra contra a Venezuela a pretexto de uma “operação contra o narcotráfico” alegadamente praticado sobretudo pelo governo de Caracas, com o presidente Maduro à cabeça. Porém, segundo os relatórios da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, a Colômbia é o responsável, praticamente monopolista, pelo tráfico de cocaína na região; e a Venezuela não surge sequer na lista dos países envolvidos. Os registos da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, desmentem rotundamente as inacreditáveis acusações de narcotráfico lançadas por Donald Trump contra o seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro e membros do seu governo. Fica claro que a nova e agressiva investida do magnata do imobiliário contra a Venezuela nada tem a ver com a democracia. Pelo contrário, é uma consequência do absoluto fracasso de todos os planos golpistas e desestabilizadores da sua administração contra o governo constitucional e legítimo do presidente Maduro. É também um desesperado acto eleitoralista para fazer com que os norte-americanos olhem para outro lado perante o quadro dantesco da sua cada vez mais desastrosa e mortífera gestão da pandemia de coronavírus, com um saldo altamente negativo ao nível mundial, superando a notável velocidade o ritmo de contágio e de disfunções de outros países afectados pela doença.[...](Angel Guerra Cabrera, America Latina en Movimiento/O Lado Oculto)
Forças do Pentágono Ameaçam a Venezuela -- Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.(Luís O. Nunes, Caracas, O Lado Oculto)
EUA impede a Venezuela de comprar remédios para tratar o Covid-19 -- O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou hoje que as medidas coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos impedem a aquisição de medicamentos e suprimentos para enfrentar o Covid-19. (2020/03/14 Prensa Latina) - Quando dispararem os mortos e infetados que se saiba que a culpa é dos EUA! O que bolsará agora o ass sobre a protecção dos portugueses residentes na Venezuela? Ou será que o proconsul metedó vai buscar máscaras às fábricas de cocaina da colômbia?
Governo venezuelano desmonta outro «fake» de Guaidó - O governo da Venezuela apresentou provas de mais uma montagem criada pela extrema-direita e apontou as «falsas informações» em torno do atentado «inventado» contra Juan Guaidó na cidade de Barquisimeto. [...] A este propósito, o titular da pasta da Comunicação lembrou que a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) já veio informar que não esteve presente na concentração de dia 29 de Fevereiro convocada por Guaidó em Barquisimeto, desmentindo assim que seja a autora da imagem – que lhe foi facultada pela equipa de Guaidó. Neste sentido, Rodríguez instou a AP e outros meios de comunicação internacionais que fizeram ecoar a montagem a publicar o depoimento de Clímaco Medina e a divulgar a «verdade» dos factos, depois das provas apresentadas. (2020/03/06 - AbrilAbril)
2020/02/09
Assange - Preso e Torturado sob Falsas Acusações
O julgamento começou na passada segunda feira e a campanha negra com origem nas Agências de Informação Centralizada já está em campo. Vale tudo até desenterrar falsas acusações, datadas de 2010, em que as alegadas vítimas são agora promovidas a menores de idade e que a justiça sueca já deu como não comprovadas. O importante é extraditá-lo para um país que vive debaixo de um regime totalitário (1)(2)(3). Estaremos nós à altura de defender O Homem que já passou 8 anos preso numa embaixada e mais um em isolamento, numa prisão de alta segurança, por nos mostrar a verdadeira face dos verdadeiros torturadores?
O Relator especial da ONU sobre Tortura revela pela primeira vez as descobertas chocantes que fez durante as investigações do caso Julian Assange. Tortura, prisão e fraude judicial são a regra num caso que pode pôr em risco a liberdade de imprensa.
Violação fabricada e manipulação de provas na Suécia, pressão do Reino Unido sobre a Suécia e tortura psicológica: Nils Melzer, relator especial da ONU para a Tortura fala pela primeira vez das descobertas chocantes que fez durante a sua investigação sobre o caso Assange.
Em entrevista ao jornal alemão Republik, o representante explica que o caso Assange é fundamental para o seu mandato, que consiste em combater a tortura em todas as suas formas. Para ele, apesar das denúncias de torturas sistemáticas contra o jornalista, quem está a ser perseguido é a vítima, e não os torturadores. "Assange denunciou a tortura, ele próprio foi torturado, e pode vir a ser torturado até a morte se for para os Estados Unidos", disse Melzer. Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão.(4)
A defesa do ativista denuncia que Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição -- A defesa do ativista denuncia o tratamento que o fundador do WikiLeaks está a receber durante o julgamento e durante a sua prisão e que existe um "alto risco de suicídio". Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição. Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciaram nesta terça-feira, perante o tribunal, o tratamento excessivamente rigoroso a que o ativista foi submetido no primeiro dia do julgamento sobre a sua extradição para os Estados Unidos. (2020/02/25)
O Relator especial da ONU sobre Tortura revela pela primeira vez as descobertas chocantes que fez durante as investigações do caso Julian Assange. Tortura, prisão e fraude judicial são a regra num caso que pode pôr em risco a liberdade de imprensa.
Violação fabricada e manipulação de provas na Suécia, pressão do Reino Unido sobre a Suécia e tortura psicológica: Nils Melzer, relator especial da ONU para a Tortura fala pela primeira vez das descobertas chocantes que fez durante a sua investigação sobre o caso Assange.
Em entrevista ao jornal alemão Republik, o representante explica que o caso Assange é fundamental para o seu mandato, que consiste em combater a tortura em todas as suas formas. Para ele, apesar das denúncias de torturas sistemáticas contra o jornalista, quem está a ser perseguido é a vítima, e não os torturadores. "Assange denunciou a tortura, ele próprio foi torturado, e pode vir a ser torturado até a morte se for para os Estados Unidos", disse Melzer. Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão.(4)
A defesa do ativista denuncia que Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição -- A defesa do ativista denuncia o tratamento que o fundador do WikiLeaks está a receber durante o julgamento e durante a sua prisão e que existe um "alto risco de suicídio". Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição. Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciaram nesta terça-feira, perante o tribunal, o tratamento excessivamente rigoroso a que o ativista foi submetido no primeiro dia do julgamento sobre a sua extradição para os Estados Unidos. (2020/02/25)
2020/01/29
Bolivia: os golpistas atuam como se fossem governo
Os golpistas do regime de Añez prendem 1400 opositores, fecham rádios, reprimem a contestação e preparam a chapelada que pretendem fazer passar por eleições com a ajuda da OEA que patrocinou o golpe. Ao mesmo tempo, o partido com maior representação parlamentar já nomeou os seu candidatos à presidência e vice-presidência e um novo estudo do MIT revela que não houve fraude eleitoral e Evo Morales foi mesmo eleito à primeira volta.
Entretanto os media corporativos portugueses decretaram que "En Bolivia No Se Pasa Nada", just business as usual, enquanto o governo português assobia para o ar.
Polícia boliviana respondeu com repressão a quem exigia justiça em El Alto -- Os agentes lançaram gás lacrimogéneo para dispersar as centenas de pessoas que esta quinta-feira exigiram justiça para as vítimas do massacre de Senkata, durante os protestos contra o golpe de Estado. (2020/03/06 . AbrilAbril)
Não houve fraude, revela estudo do MIT - Media corporativos silenciam o estudo de investigadores do MIT que chegaram à mesma conclusão de outro estudo publicado ainda em novembro: o então presidente boliviano havia sido reeleito à primeira volta. O jornal norte-americano Washington Post publicou uma análise nesta quinta-feira (27/02) que aponta que as eleições de outubro de 2019 na Bolívia, que indicavam a reeleição do hoje ex-presidente Evo Morales, foram legítimas, sem indicativos de fraude. A conclusão é a mesma de um estudo publicado em novembro pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR).(2020/02/27 - Opera Mundi)
Entretanto os media corporativos portugueses decretaram que "En Bolivia No Se Pasa Nada", just business as usual, enquanto o governo português assobia para o ar.
Polícia boliviana respondeu com repressão a quem exigia justiça em El Alto -- Os agentes lançaram gás lacrimogéneo para dispersar as centenas de pessoas que esta quinta-feira exigiram justiça para as vítimas do massacre de Senkata, durante os protestos contra o golpe de Estado. (2020/03/06 . AbrilAbril)
Não houve fraude, revela estudo do MIT - Media corporativos silenciam o estudo de investigadores do MIT que chegaram à mesma conclusão de outro estudo publicado ainda em novembro: o então presidente boliviano havia sido reeleito à primeira volta. O jornal norte-americano Washington Post publicou uma análise nesta quinta-feira (27/02) que aponta que as eleições de outubro de 2019 na Bolívia, que indicavam a reeleição do hoje ex-presidente Evo Morales, foram legítimas, sem indicativos de fraude. A conclusão é a mesma de um estudo publicado em novembro pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR).(2020/02/27 - Opera Mundi)
2020/01/24
As #fakenews da RTP (III)
O substantivo é: vigarice!
(facebroncas, 2020/01/18)
No telejornal das 20:00 de 18/01 mostraram umas imagens às quais sobrepuseram excertos de declarações de uma entrevista telefónica com o presidente da câmara da Loures descontextualizando-as e deturpando-as. Só isso já seria desonesto. Mas desta vez conseguiram ir mais além.
A abertura da peça salienta a preocupação do autarca com o fim de uma PPP omitindo, propositada e desonestamente, que a principal preocupação é com o facto de não ser claro que a esse anunciado fim se venha ou não a seguir uma nova PPP, em lugar da passagem do Hospital para uma gestão pública, tal como defende o partido do autarca e o próprio autarca. Os textos em voz off e as intervenções da pivot, inseridas entre declarações do autarca, mantêm na obscuridade, desonesta e propositadamente, a oposição frontal do autarca à continuação da PPP.
Nunca tinha assistido a coisa tão manhosa.
Agradeço que transmita este texto tal como está aos assalariados que editaram a entrevista telefónica, à assalariada que leu os trechos capciosos, à estagiária que fez de pivot e aos editores do referido programa, com a adjetivação que se segue:
Sois uns vigaristas desonestos. Tende vergonha na cara sua corja fabricantes de #fakenews
sem mais
************************
A continuação do diálogo:
(facebroncas, 2020/01/18)
No telejornal das 20:00 de 18/01 mostraram umas imagens às quais sobrepuseram excertos de declarações de uma entrevista telefónica com o presidente da câmara da Loures descontextualizando-as e deturpando-as. Só isso já seria desonesto. Mas desta vez conseguiram ir mais além.
A abertura da peça salienta a preocupação do autarca com o fim de uma PPP omitindo, propositada e desonestamente, que a principal preocupação é com o facto de não ser claro que a esse anunciado fim se venha ou não a seguir uma nova PPP, em lugar da passagem do Hospital para uma gestão pública, tal como defende o partido do autarca e o próprio autarca. Os textos em voz off e as intervenções da pivot, inseridas entre declarações do autarca, mantêm na obscuridade, desonesta e propositadamente, a oposição frontal do autarca à continuação da PPP.
Nunca tinha assistido a coisa tão manhosa.
Agradeço que transmita este texto tal como está aos assalariados que editaram a entrevista telefónica, à assalariada que leu os trechos capciosos, à estagiária que fez de pivot e aos editores do referido programa, com a adjetivação que se segue:
Sois uns vigaristas desonestos. Tende vergonha na cara sua corja fabricantes de #fakenews
sem mais
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A continuação do diálogo:
2020/01/08
A Estupidificação Da Nova Ordem Capitalista
As modernidades para lá do espelho
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2020/01/07)
Ultrapassado o espelho da «modernidade» assumida por algumas esquerdas, por mais que lapidem a realidade o que se encontra, de facto, é a renúncia a uma sociedade que se oponha à desordem do mundo actual.
A batalha ideológica que se trava desde que Marx estabeleceu as traves mestras de interpretação do mundo, em que a ideia central é a relação entre o capital e o trabalho, a luta de classes, as relações entre infra-estrutura e superestrutura, tem sido intensa e, na actualidade, é polarizada pelo imperialismo norte-americano que persegue dois grandes objectivos consonantes: um económico e outro cultural.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2020/01/07)
Ultrapassado o espelho da «modernidade» assumida por algumas esquerdas, por mais que lapidem a realidade o que se encontra, de facto, é a renúncia a uma sociedade que se oponha à desordem do mundo actual.
A batalha ideológica que se trava desde que Marx estabeleceu as traves mestras de interpretação do mundo, em que a ideia central é a relação entre o capital e o trabalho, a luta de classes, as relações entre infra-estrutura e superestrutura, tem sido intensa e, na actualidade, é polarizada pelo imperialismo norte-americano que persegue dois grandes objectivos consonantes: um económico e outro cultural.
2020/01/03
As #fakenews da RTP (II)

Acabo de ver, na rtp 3 16:00, uma "peça" onde se pode ouvir uma voz off afirmar que o assassínio do general iraniano é festejado nas ruas (tendo por fundo um vídeo de telemóvel de uma longa bandeira iraquiana transportada por aquilo que parecem 1 dezena de pessoas aos saltos) e condenado pelo governo (tendo por fundo uns milhares de pessoas enlutadas).
Recapitulemos. A montagem "mostra" 10 pessoas (20?) aos saltos a comemorar (0k, à revelia do que a rtp nos habitou, acreditemos que) o assassinio do general iraniano e, em seguida, uns milhares de luto (acreditemos que) pelo assassinio do mesmo general iraniano. O texto lido diz: nas ruas comemora-se e o governo condena.
Perguntas: porque é que as primeiras 10 (20?) pessoas são "as ruas" e as segundas milhares de pessoas são "o governo"? Quem é que escreveu o texto que subverte o conteúdo das imagens? Porque é que em lugar de uma informação honesta o "critério editorial" da rtp é dar voz a um texto faccioso e manipulador que não reflete o conteúdos das imagens? Quando é que pensam contratar jornalistas, dos honestos e vertebrados e dispensar os mercenários vigaristas?
2019/12/21
As #fakenews da RTP (I)
Assim se vai reescrevendo a história, ao sabor da propaganda facciosa, paga com dinheiros públicos.
Não podendo já repetir, em programas jornalísticos, a campanha de desinformação que levou a cabo ao longo de dois anos, a televisão pública opta por usar imagens dessa campanha mistificadora e facciosa num separador em que pretende enaltecer as suas alegadas virtudes informativas.
Note-se como o desplante da direcção de informação da televisão pública, chegou ao ponto de usar #fakenews, para enaltecer alegadas qualidades informativas. O problema é quando alguém dá pela mistificação.
Acabaram-se os jornalistas?
«Num separador da RTP3 sobre "Estórias com QQC" um assalariado da RTP comenta imagens de um famoso camião, comprovadamente incendiado por guarimbistas do lado colômbiano da fronteira, afirmando que os incendiários recusam ter sido eles a incendiá-lo. Depois de duas semanas de campanha mentirosa, a afirmar que teria sido culpa da guarda nacional bolivariana, o assalariado foi clara e cabalmente desmentido pela análise que o New York Times fez do vídeo onde (cortado pelo regime colombiano) se pode ver claramente o cocktail a resvalar da mão de um guarimbista para cima do camião e a incendiá-lo. Já não discuto o péssimo e faccioso trabalho que o assalariado fez enquanto propagandista de um golpista actualmente atolado em esquemas de corrupção. Já nem falo da ausência de retratação da RTP por ter transmitido durante semanas uma versão absolutamente facciosa dos acontecimentos na Venezuela. Já não falo da completa ausência de profissionalismo de um assalariado que há época jurava a pés juntos que o povo venezuelano estaria prestes a derrubar um regime que, passado quase um ano, continua alegremente a comprar pernil de porco francês para o Natal dos Venezuelanos, pago em cash porque os EUA mantêm um bloqueio e uma depredação dos bens público venezuelanos. Já não discuto o facto de o assalariado não ter, uma única vez, mencionado a guerra híbrida que os EUA conduzem desde 2002 contra a Venezuela. Mas, passados 6 meses continuar a propagandear #fakenews? Vergonha! Acabadinho de enviar para o provedor do espectador.»(*)
Sobre os dias e a operação de guerra híbrida que envolveu a encenação de uma "entrega de ajuda humanitária estado-unidense" à Venezuela, a mais superficial comparação dos comboios de ajuda humanitária da ONU, com dezenas da camiões completamente carregados, para cidades arrasadas por conflitos armados, com os três camiões com quatro paletes cada, na fronteira colombiana e "mais" a meia dúzia de furgonetes, com uns pacotes, do lado brasileiro da fronteira, seria suficiente para qualquer observador isento ver ali uma mera operação de ingerência externa de onde estaria ausente, por manifesta insuficiência, qualquer tentativa de entrega de qualquer que fosse (por inexistente) ajuda humanitária a "Um País Inteiro Carente de Alimentos".
20 paletes de comida para um país? Só com muita desonestidade, facciosismo e burrice se pode tentar fazer passar 20 paletes do que quer que seja por "Ajuda Humanitária a Um País".
Mas púnhamos de lado argumentos baseados em competência, honestidade e profissionalismo já que são categorias estranhas aos tarefeiros que a Direcção de Informação da televisão pública escolhe enviar para operações de desinformação encomendadas sabe deus onde e por quem.
Concentremos a atenção no camião, videográfica e comprovadamente, incendiado por um guarimbista.
Os Factos
- Do lado colombiano da fronteira um guarimbista filmava, com telemóvel, os distúrbios provocados por outros igualmente guarimbistas em redor dos 3 camiões com 4 paletes.
- O video mostra um guarimbista do lado colombiano a arremessar um cocktail molotov sobre a Guarda Nacional Bolivariana no lado colombiano da fronteira que acaba por cair num camião assim incendiado pelo guarimbista.
- O video é difundido em directo na internet.
- O regime colombiano trunca o video, mostra o camião a arder com guarimbistas em cima do camião a "salvarem" o saque, e acusa a GNB de incendiar o camião.
- Os propagandistas, presentes no lado colombiano da fronteira, com o aval dos superiores nos media em que estão avençados, ecoam a versão do regime de Ivan Duque sem sequer visionarem o video original existente no ciberespaço.
- Durante uma semana e meia os media públicos e corporativos propagandeiam o video truncado e a versão engendrada em Langley e distribuida pelo regime de narcotraficantes colombiano atualmente debaixo de pesada contestação popular.
- À vigarice propagandeada pelas Agências de Informação Centralizada, os jornalistas presentes nos três lados das fronteiras (Brasil-Venezuela-Colômbia) contrapôem os factos em media alternativos e redes sociais.
- Aos factos os media ocidentais, públicos e corporativos, contrapõem uma barreira de comentadeiros e opinadeiros que chegam ao cúmulo de defender que o video original, onde se vê o guarimbista a incendiar o camião, seria uma montagem do governo venezuelano, de que é exemplo o comentador da SIC para toda a obra Nuno Rojeiro.
- Passada mais de uma semana de barragem mistificadora, o New York Times faz uma análise forense ao video original e reconhece que foi um guarimbista do lado colombiano da fronteira a incendiar o camião usado na operação estado-unidense de agressão à Venezuela.
- Em Portugal os canais de informação noticiam a conclusão do NYT não lhe dando um relevo sequer comparável à semana de continuada mistificação.
Pós- factos e algumas perguntas
O que aconteceu aos tarefeiros que a SIC, a RTP e a TVI enviaram a Caracas para subscrever a versão previamente acordada sobre o que deveriam ser "os factos"? Advertências? Perda de credibilidade? Vergonha? Processos disciplinares?
Como reagiu a comissão da carteira profissional à mancha inflingida por três assalariados na reputação de uma profissão?
O que é que as direcções de informação aprenderam sobre a credibilidade da informação proveniente das agências estado-unidenses depois desta ocorrência? E da tentativa de "golpe de estado com amplo apoio nas forças armadas" que se lhe seguiu e que não conseguiu tomar uma única base? E da tentativa de golpe de estado de 2002 com amplo apoio de centrais sindicais que, como se apurou mais tarde, eram das mais mafiosas da américa latina, mas cujo caráter os desonestos assalariados das televisões fizeram por ignorar enquanto narravam um suposto levantamento popular contra um "alegado" ditador cujo partido acabou a vencer 23 de 25 eleições entre 2002 e 2019?
Como é que esses mesmos caneiros e avençados "narrariam" hoje, depois da Elsa e do Fabien e da greve dos camionistss de matérias perigosas, uma tentativa espanhola de envio de 20 paletes de ajuda humanitária, rodeada por umas centenas de arruaceiros a arremessarem cocktails molotov de Badajoz sobre o posto de Elvas da Guarda Nacional Republicana?
(*) Encontrado, perdido, numa página de uma rede social
https://www.facebook.com/jose.braz.5680/posts/10157897273119468
Não podendo já repetir, em programas jornalísticos, a campanha de desinformação que levou a cabo ao longo de dois anos, a televisão pública opta por usar imagens dessa campanha mistificadora e facciosa num separador em que pretende enaltecer as suas alegadas virtudes informativas.
Note-se como o desplante da direcção de informação da televisão pública, chegou ao ponto de usar #fakenews, para enaltecer alegadas qualidades informativas. O problema é quando alguém dá pela mistificação.
Acabaram-se os jornalistas?
«Num separador da RTP3 sobre "Estórias com QQC" um assalariado da RTP comenta imagens de um famoso camião, comprovadamente incendiado por guarimbistas do lado colômbiano da fronteira, afirmando que os incendiários recusam ter sido eles a incendiá-lo. Depois de duas semanas de campanha mentirosa, a afirmar que teria sido culpa da guarda nacional bolivariana, o assalariado foi clara e cabalmente desmentido pela análise que o New York Times fez do vídeo onde (cortado pelo regime colombiano) se pode ver claramente o cocktail a resvalar da mão de um guarimbista para cima do camião e a incendiá-lo. Já não discuto o péssimo e faccioso trabalho que o assalariado fez enquanto propagandista de um golpista actualmente atolado em esquemas de corrupção. Já nem falo da ausência de retratação da RTP por ter transmitido durante semanas uma versão absolutamente facciosa dos acontecimentos na Venezuela. Já não falo da completa ausência de profissionalismo de um assalariado que há época jurava a pés juntos que o povo venezuelano estaria prestes a derrubar um regime que, passado quase um ano, continua alegremente a comprar pernil de porco francês para o Natal dos Venezuelanos, pago em cash porque os EUA mantêm um bloqueio e uma depredação dos bens público venezuelanos. Já não discuto o facto de o assalariado não ter, uma única vez, mencionado a guerra híbrida que os EUA conduzem desde 2002 contra a Venezuela. Mas, passados 6 meses continuar a propagandear #fakenews? Vergonha! Acabadinho de enviar para o provedor do espectador.»(*)
Sobre os dias e a operação de guerra híbrida que envolveu a encenação de uma "entrega de ajuda humanitária estado-unidense" à Venezuela, a mais superficial comparação dos comboios de ajuda humanitária da ONU, com dezenas da camiões completamente carregados, para cidades arrasadas por conflitos armados, com os três camiões com quatro paletes cada, na fronteira colombiana e "mais" a meia dúzia de furgonetes, com uns pacotes, do lado brasileiro da fronteira, seria suficiente para qualquer observador isento ver ali uma mera operação de ingerência externa de onde estaria ausente, por manifesta insuficiência, qualquer tentativa de entrega de qualquer que fosse (por inexistente) ajuda humanitária a "Um País Inteiro Carente de Alimentos".
20 paletes de comida para um país? Só com muita desonestidade, facciosismo e burrice se pode tentar fazer passar 20 paletes do que quer que seja por "Ajuda Humanitária a Um País".
Mas púnhamos de lado argumentos baseados em competência, honestidade e profissionalismo já que são categorias estranhas aos tarefeiros que a Direcção de Informação da televisão pública escolhe enviar para operações de desinformação encomendadas sabe deus onde e por quem.
Concentremos a atenção no camião, videográfica e comprovadamente, incendiado por um guarimbista.
Os Factos
- Do lado colombiano da fronteira um guarimbista filmava, com telemóvel, os distúrbios provocados por outros igualmente guarimbistas em redor dos 3 camiões com 4 paletes.
- O video mostra um guarimbista do lado colombiano a arremessar um cocktail molotov sobre a Guarda Nacional Bolivariana no lado colombiano da fronteira que acaba por cair num camião assim incendiado pelo guarimbista.
- O video é difundido em directo na internet.
- O regime colombiano trunca o video, mostra o camião a arder com guarimbistas em cima do camião a "salvarem" o saque, e acusa a GNB de incendiar o camião.
- Os propagandistas, presentes no lado colombiano da fronteira, com o aval dos superiores nos media em que estão avençados, ecoam a versão do regime de Ivan Duque sem sequer visionarem o video original existente no ciberespaço.
- Durante uma semana e meia os media públicos e corporativos propagandeiam o video truncado e a versão engendrada em Langley e distribuida pelo regime de narcotraficantes colombiano atualmente debaixo de pesada contestação popular.
- À vigarice propagandeada pelas Agências de Informação Centralizada, os jornalistas presentes nos três lados das fronteiras (Brasil-Venezuela-Colômbia) contrapôem os factos em media alternativos e redes sociais.
- Aos factos os media ocidentais, públicos e corporativos, contrapõem uma barreira de comentadeiros e opinadeiros que chegam ao cúmulo de defender que o video original, onde se vê o guarimbista a incendiar o camião, seria uma montagem do governo venezuelano, de que é exemplo o comentador da SIC para toda a obra Nuno Rojeiro.
- Passada mais de uma semana de barragem mistificadora, o New York Times faz uma análise forense ao video original e reconhece que foi um guarimbista do lado colombiano da fronteira a incendiar o camião usado na operação estado-unidense de agressão à Venezuela.
- Em Portugal os canais de informação noticiam a conclusão do NYT não lhe dando um relevo sequer comparável à semana de continuada mistificação.
Pós- factos e algumas perguntas
O que aconteceu aos tarefeiros que a SIC, a RTP e a TVI enviaram a Caracas para subscrever a versão previamente acordada sobre o que deveriam ser "os factos"? Advertências? Perda de credibilidade? Vergonha? Processos disciplinares?
Como reagiu a comissão da carteira profissional à mancha inflingida por três assalariados na reputação de uma profissão?
O que é que as direcções de informação aprenderam sobre a credibilidade da informação proveniente das agências estado-unidenses depois desta ocorrência? E da tentativa de "golpe de estado com amplo apoio nas forças armadas" que se lhe seguiu e que não conseguiu tomar uma única base? E da tentativa de golpe de estado de 2002 com amplo apoio de centrais sindicais que, como se apurou mais tarde, eram das mais mafiosas da américa latina, mas cujo caráter os desonestos assalariados das televisões fizeram por ignorar enquanto narravam um suposto levantamento popular contra um "alegado" ditador cujo partido acabou a vencer 23 de 25 eleições entre 2002 e 2019?
Como é que esses mesmos caneiros e avençados "narrariam" hoje, depois da Elsa e do Fabien e da greve dos camionistss de matérias perigosas, uma tentativa espanhola de envio de 20 paletes de ajuda humanitária, rodeada por umas centenas de arruaceiros a arremessarem cocktails molotov de Badajoz sobre o posto de Elvas da Guarda Nacional Republicana?
(*) Encontrado, perdido, numa página de uma rede social
https://www.facebook.com/jose.braz.5680/posts/10157897273119468
2019/12/11
Como O Times Fabrica Os Falsos Consentimentos
A longa história do apoio do New York Times a golpes promovidos pelos EUA
(Alan MaCleod, O Diário.info, 2019/12/11)
O presidente boliviano Evo Morales foi deposto por um golpe de Estado apoiado pelos EUA no início deste mês, depois de generais do exército boliviano apareceram na televisão exigindo a sua renúncia. Enquanto Morales fugia para o México, o exército nomeou a senadora de direita Jeanine Añez como sua sucessora. Añez, uma conservadora cristã que tem descrito a maioria indígena da Bolívia como "satânica", chegou ao palácio presidencial segurando uma enorme Bíblia, declarando que a Cristandade estava de regresso ao governo. Anunciou de imediato que iria "tomar todas as medidas necessárias" para "pacificar" a resistência indígena à sua tomada do poder.
(Alan MaCleod, O Diário.info, 2019/12/11)
O presidente boliviano Evo Morales foi deposto por um golpe de Estado apoiado pelos EUA no início deste mês, depois de generais do exército boliviano apareceram na televisão exigindo a sua renúncia. Enquanto Morales fugia para o México, o exército nomeou a senadora de direita Jeanine Añez como sua sucessora. Añez, uma conservadora cristã que tem descrito a maioria indígena da Bolívia como "satânica", chegou ao palácio presidencial segurando uma enorme Bíblia, declarando que a Cristandade estava de regresso ao governo. Anunciou de imediato que iria "tomar todas as medidas necessárias" para "pacificar" a resistência indígena à sua tomada do poder.
2019/11/02
A Desinformação dos Telecaneiros Portugueses
O método
(Gonçalo Carneiro, Avante!, 2019/10/31)
O método nada tem de científico, mas resulta quase sempre: quando se quiser formar uma opinião acerca do que se passa em alguma parte do mundo basta ver o que dizem as televisões portuguesas… e concluir exactamente o contrário.
Este método (não sustentado na ciência, insista-se) teria sido útil a muitos nesse já distante ano de 1999, quando as nossas tv’s apresentaram o UCK, do Kosovo, como baluarte da democracia, muito embora os seus líderes estivessem, como ainda estão, envolvidos em práticas – certamente democráticas – como o tráfico de seres humanos. O tratamento do conflito balcânico foi tudo menos «noticioso». Os sérvios foram diabolizados e todos os outros pintados de tons coloridos: os croatas, responsáveis pela limpeza étnica da Krajina; os bósnios, entre os quais pontificavam fundamentalistas islâmicos que fizeram ali o seu baptismo de fogo; os já referidos kosovares albaneses, cujos chefes eram vulgares criminosos.
(Gonçalo Carneiro, Avante!, 2019/10/31)
O método nada tem de científico, mas resulta quase sempre: quando se quiser formar uma opinião acerca do que se passa em alguma parte do mundo basta ver o que dizem as televisões portuguesas… e concluir exactamente o contrário.
Este método (não sustentado na ciência, insista-se) teria sido útil a muitos nesse já distante ano de 1999, quando as nossas tv’s apresentaram o UCK, do Kosovo, como baluarte da democracia, muito embora os seus líderes estivessem, como ainda estão, envolvidos em práticas – certamente democráticas – como o tráfico de seres humanos. O tratamento do conflito balcânico foi tudo menos «noticioso». Os sérvios foram diabolizados e todos os outros pintados de tons coloridos: os croatas, responsáveis pela limpeza étnica da Krajina; os bósnios, entre os quais pontificavam fundamentalistas islâmicos que fizeram ali o seu baptismo de fogo; os já referidos kosovares albaneses, cujos chefes eram vulgares criminosos.
2019/10/09
Democratações Censuradoras
Quinze dias contra a corrente
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/03)
Um tempo em que se exige às esquerdas coerentes a reinvenção da política e a intensificação da luta de classes em que as lutas eleitorais são uma das suas frentes.
Os períodos eleitorais nas democracias representativas são um interregno controlado na desinformação continuada dos meios de comunicação social, mesmo os de serviço público, sobre a actividade política na sua generalidade e, em particular, na dos partidos políticos que se desenquadram do sistema prevalecente, lutando dentro dele contra ele. Interregno que atenua mas não invalida a deformação comunicacional que, entre eleições para o poder central, poder local, europeias e presidenciais, e mesmo durante esse período, é produzida pelos celebrados critérios editoriais que beneficiam descaradamente uns em detrimento de outros. Vários estudos universitários demonstram, sem margem para quaisquer dúvidas, o enviesamento dos media, ainda que partam de princípios discutíveis como o de colocarem todos os comentadores do Partido Socialista do lado da esquerda – o que, ouvindo-os e lendo-os, é altamente questionável e é ainda mais superlativamente contestável com os supostamente independentes. A conclusão, por mais ginásticas que se pratiquem, é que a direita é francamente maioritária, que a representação parlamentar não se repercute nos tempos de antena concedidos.
(Manuel Augusto Araújo, AbrilAbril, 2019/10/03)
Um tempo em que se exige às esquerdas coerentes a reinvenção da política e a intensificação da luta de classes em que as lutas eleitorais são uma das suas frentes.
Os períodos eleitorais nas democracias representativas são um interregno controlado na desinformação continuada dos meios de comunicação social, mesmo os de serviço público, sobre a actividade política na sua generalidade e, em particular, na dos partidos políticos que se desenquadram do sistema prevalecente, lutando dentro dele contra ele. Interregno que atenua mas não invalida a deformação comunicacional que, entre eleições para o poder central, poder local, europeias e presidenciais, e mesmo durante esse período, é produzida pelos celebrados critérios editoriais que beneficiam descaradamente uns em detrimento de outros. Vários estudos universitários demonstram, sem margem para quaisquer dúvidas, o enviesamento dos media, ainda que partam de princípios discutíveis como o de colocarem todos os comentadores do Partido Socialista do lado da esquerda – o que, ouvindo-os e lendo-os, é altamente questionável e é ainda mais superlativamente contestável com os supostamente independentes. A conclusão, por mais ginásticas que se pratiquem, é que a direita é francamente maioritária, que a representação parlamentar não se repercute nos tempos de antena concedidos.
2019/09/15
1/2 Informação + 1/2 Verdade = 1 Mentira
A censura já é uma realidade e, actualmente, está a ser massivamente exercida na vertente da distribuição da informação, mais do que na sua produção.
A censura é actualmente executada de duas formas, limitando a distribuição de narrativas que possam desmontar a "verdade única" criada pelas "a"gências de "i"informação "c"entralizada e inundando as televisões e o ciberespaço com essa mesma "verdade única", assim diluindo, e por isso censurando, eventuais afloramentos das factuais narrativas que possam contradizer a "verdade única" autorizada com a chancela das ocidentais "a"gências de "i"informação "c"entralizada.
Nas sociedades capitalistas actuais todos somos livres de presenciar factos e de os narrar no circulo mais ou menos restrito da família, dos amigos e dos conhecidos. A barreira coloca-se quando tentamos expor essa informação às ilhas de cidadãos potencialmente interessados mas estranhos ao nosso circulo restrito de contactos directos. É nesse momento, quando tentamos "distribuir" narrativas que ponham em causa a "verdade única", que se erguem as barreiras censórias das redes sociais e dos motores de busca, todos eles submetidos a "contratos" de funcionamento com organismos anti-democráticos construídos à revelia do escrutínio dos cidadãos.
Se estivermos atentos à (des)informação veiculada pelos media corporativos é impossível não notarmos a ausência do contraditório, das imagens do outro lado, das palavras que afinal ficam por dizer. É gritantemente óbvia a forma como os media corporativos se agarram a uma "verdade única" distribuída pelas "a"gências de "i"nformação "c"entralizada, mesmo que para tal tenham de contradizer verbalmente ou por escrito as imagens que mostram uma outra realidade.
Os exemplos são inúmeros e gritantes. O apagão informativo que reduziu o maior evento politico-cultural do país, a Festa do Avante! comunista, a uma "rentrée" com um comício, umas barracas de comes e bebes e uns espectáculos é só o mais recente exemplo, mas a lista poderia continuar com um Nuno Rogeiro a afirmar que "o chavismo está a perder influência", em voz off, enquanto as imagens em directo mostram uma gigantesca manifestação chavista com mais de um milhão de participantes, ou o embuste dos capacetes brancos, especialistas na encenação de "ataques químicos" na Síria a serem promovidos por hollywood como heróicos socorristas. Outro exemplo gritante de como a meia informação sobre meia verdade acaba por constituir uma colossal mentira é o tratamento dado pelos media corporativos à invasão do Iémene pela Arábia Saudita. A invasão do Iémene é exclusivamente apresentada como intervenção a favor de uma das partes, numa guerra civil da qual apenas nos são dadas imagens do lado do invasor saudita. Em três ou quatro anos de guerra ainda não ouvi nenhuma declaração dos alegados "insurrectos" huttis que o exército pago com o petróleo do golfo ainda não conseguiu exterminar.
Nos últimos meses, o José Goulão, um jornalista com um vasto historial de produção informativa fidedigna tem abordado a instauração de organismos censórios tanto na sua newsletter "O Lado Oculto" como no jornal digital Abril Abril. Vamos tentar coligir aqui esses textos. @Refer&ncia
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A NATO como polícia de opinião
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/09/05)
É necessário desarticular a carga de conteúdos verdadeiramente perigosos para a democracia e para a liberdade de expressão que esconde a queixa da NATO de manipulação nas redes sociais.
O Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO queixa-se de manipulação nas redes sociais. E quando o Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO se queixa só há que esperar uma intensificação das acções policiais de censura na internet, com o pretexto de que as redes sociais são incapazes de se regularem a si próprias. O cerco às opiniões divergentes da doutrina oficial atlantista e europeísta aperta-se e a NATO afina mecanismos policiais para que não haja desvios à opinião única.
A censura é actualmente executada de duas formas, limitando a distribuição de narrativas que possam desmontar a "verdade única" criada pelas "a"gências de "i"informação "c"entralizada e inundando as televisões e o ciberespaço com essa mesma "verdade única", assim diluindo, e por isso censurando, eventuais afloramentos das factuais narrativas que possam contradizer a "verdade única" autorizada com a chancela das ocidentais "a"gências de "i"informação "c"entralizada.
Nas sociedades capitalistas actuais todos somos livres de presenciar factos e de os narrar no circulo mais ou menos restrito da família, dos amigos e dos conhecidos. A barreira coloca-se quando tentamos expor essa informação às ilhas de cidadãos potencialmente interessados mas estranhos ao nosso circulo restrito de contactos directos. É nesse momento, quando tentamos "distribuir" narrativas que ponham em causa a "verdade única", que se erguem as barreiras censórias das redes sociais e dos motores de busca, todos eles submetidos a "contratos" de funcionamento com organismos anti-democráticos construídos à revelia do escrutínio dos cidadãos.
Se estivermos atentos à (des)informação veiculada pelos media corporativos é impossível não notarmos a ausência do contraditório, das imagens do outro lado, das palavras que afinal ficam por dizer. É gritantemente óbvia a forma como os media corporativos se agarram a uma "verdade única" distribuída pelas "a"gências de "i"nformação "c"entralizada, mesmo que para tal tenham de contradizer verbalmente ou por escrito as imagens que mostram uma outra realidade.
Os exemplos são inúmeros e gritantes. O apagão informativo que reduziu o maior evento politico-cultural do país, a Festa do Avante! comunista, a uma "rentrée" com um comício, umas barracas de comes e bebes e uns espectáculos é só o mais recente exemplo, mas a lista poderia continuar com um Nuno Rogeiro a afirmar que "o chavismo está a perder influência", em voz off, enquanto as imagens em directo mostram uma gigantesca manifestação chavista com mais de um milhão de participantes, ou o embuste dos capacetes brancos, especialistas na encenação de "ataques químicos" na Síria a serem promovidos por hollywood como heróicos socorristas. Outro exemplo gritante de como a meia informação sobre meia verdade acaba por constituir uma colossal mentira é o tratamento dado pelos media corporativos à invasão do Iémene pela Arábia Saudita. A invasão do Iémene é exclusivamente apresentada como intervenção a favor de uma das partes, numa guerra civil da qual apenas nos são dadas imagens do lado do invasor saudita. Em três ou quatro anos de guerra ainda não ouvi nenhuma declaração dos alegados "insurrectos" huttis que o exército pago com o petróleo do golfo ainda não conseguiu exterminar.
Nos últimos meses, o José Goulão, um jornalista com um vasto historial de produção informativa fidedigna tem abordado a instauração de organismos censórios tanto na sua newsletter "O Lado Oculto" como no jornal digital Abril Abril. Vamos tentar coligir aqui esses textos. @Refer&ncia
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A NATO como polícia de opinião
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/09/05)
É necessário desarticular a carga de conteúdos verdadeiramente perigosos para a democracia e para a liberdade de expressão que esconde a queixa da NATO de manipulação nas redes sociais.
O Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO queixa-se de manipulação nas redes sociais. E quando o Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da NATO se queixa só há que esperar uma intensificação das acções policiais de censura na internet, com o pretexto de que as redes sociais são incapazes de se regularem a si próprias. O cerco às opiniões divergentes da doutrina oficial atlantista e europeísta aperta-se e a NATO afina mecanismos policiais para que não haja desvios à opinião única.
2019/08/16
UE gasta 3 000 milhões a censurar informação independente
Viagem ao mundo da verdade única
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/08/15)
Para aos dirigentes europeus só existem a verdade de Bruxelas e a mentira do Kremlin. É preto ou branco, quem discorda de Bruxelas concorda com o Kremlin e com os terroristas islâmicos.
Uma viagem ao mundo da «estratégia de comunicação» da União Europeia e respectivas emanações é uma experiência indispensável para confirmar os indícios de que os dirigentes europeus convivem cada vez mais desconfortavelmente com a liberdade de opinião. Na verdade, como ilustra essa incursão, já encaram a informação como propaganda, o contraditório como um abuso e a liberdade como um delito. Está aberto o caminho para a imposição da opinião única, em que se baseiam todas as formas de censura, desde a dos coronéis à dos «fact-checkers» contratados a peso de ouro por Bruxelas.
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/08/15)
Para aos dirigentes europeus só existem a verdade de Bruxelas e a mentira do Kremlin. É preto ou branco, quem discorda de Bruxelas concorda com o Kremlin e com os terroristas islâmicos.
Uma viagem ao mundo da «estratégia de comunicação» da União Europeia e respectivas emanações é uma experiência indispensável para confirmar os indícios de que os dirigentes europeus convivem cada vez mais desconfortavelmente com a liberdade de opinião. Na verdade, como ilustra essa incursão, já encaram a informação como propaganda, o contraditório como um abuso e a liberdade como um delito. Está aberto o caminho para a imposição da opinião única, em que se baseiam todas as formas de censura, desde a dos coronéis à dos «fact-checkers» contratados a peso de ouro por Bruxelas.
2019/08/06
Contrato ou Convenção?
Achei estranho o "ativista laboral" dizer que «se andava a falar muito dos mil euros mas que, em cima da mesa, estava toda uma convenção que ultrapassava em muito a questão dos mil euros» ele eram os mil euros e mais isto e mais aquilo. Achei estranho o senhor usar o termo convenção enquanto a FECTRANS anda a negociar com o patronato um Contrato Colectivo de Trabalho, mas a coisa entrou por um, saiu pelo outro, e foi arrumada na gaveta das imbecilidades dos recém chegados ao mundo do trabalho.
Depois vi a capa do público de hoje e percebi que não é uma imbecilidade. É mais um vigaro-neologismo(*) que a ideologia dominante se deve estar a preparar para introduzir no vocabulário dos incautos. Matam dois coelhos com uma cajadada (perdoe-me o PAN): substituem a incómoda sacrossanta obrigatoriedade contratual pela voluntária convencionalização entre amigos e removem o ideologicamente estafado "trabalho", uma chatice que nem se justifica em tempo de férias. Marotos os gajos hem?
Só para refrescar ideias aqui ficam outros exemplos de vígaro-neologismos(*) inventados nestes últimos anos:
«A CIA já não mata ninguém, neutraliza pessoas ou desocupa zonas. O governo já não mente, envolve-se em desinformação. O pentágono mede radiação numa coisa a que chama unidades de brilho solar. Os assassinos israelitas chamam-se comandos e os árabes terroristas».
Não sou eu que o digo, é um tal de George Carlin, comediante e ativista com um humor alegadamente bastante negro. Tomando-o como mote aproveito para listar alguns dos meus favoritos:
[Os] Activistas Laborais - Prova acabada do horror que o BE tem ao trabalho e aos sindicatos de classe é o novo conceito de activismo laboral, mais abrangente, menos proletário, mais intelectual [sei láá!] que serviu de chapéu para reunir as parcas centenas de adeptos do bloco que se ocupam dessas trivialidades. Antes chamávamos-lhes sindicalistas, sei láá!
Bairros Precários - Nada disso! Não, não são bairros com contratos a prazo. São os antigos e démodès bairros da lata, agora feitos de plástico, nylon e cartão, rebaptizados na capa do público de 2018/04/06.
Campos de Triagem - ... a criar em países do norte de áfrica ou do médio oriente. Errado! Não, não são campos de tendas brancas rodeados por cercas de madeira, com médicos e enfermeiros, destinados a conter epidemias de ébola ou de cólera. Campos de triagem é o eufemismo inventado pelos governos da UE para campos de tendas amarelas e telheiros, rodeados por arame farpado, destinados a "alojar temporariamente", leia-se, prender enquanto não morrerem, os migrantes resgatados das águas mediterrânicas, até se concluir se são legais por estarem a fugir das guerras que os governos da UE fomentaram nas terras deles, ou se são ilegais, por estarem a fugir da fome que os governos ocidentais fomentam em áfrica.
Campos de Retenção - ... a criar nos países da UE que para tal se voluntarizem. É verdade, a ideia é que sejam campos, não verdejantes campos de golfe rodeados de elevadas sebes, mas campos daqueles com barracos de madeira, ou tendas de campanha, ou uns telheiros de zinco rodeados de arame farpado. Chamávamos-lhes campos de concentração, lembram-se? E serviam para "concentrar" os diferentes a caminho do matadouro. Hoje os governos europeus decidiram abrir campos de concentração, perdão, de retenção, para prender, perdão, reter, migrantes que entrem ilegalmente no espaço da UE. Lembram-se? Nós chamávamos-lhes c a m p o s d e c o n c e n t r a ç ã o.
[Os] Colaboradores - Os trouxas que aceitam ver pago em "Espírito de Equipa" o trabalho que executam para o patrão. Antes chamávamos-lhes trabalhadores.
Convenção Colectiva - está aí para substituir o conhecido Contrato Colectivo de Trabalho. Vejam lá como o que se convencionou chamar modernização vocabular, dá um jeitaço para, de uma penada, remover duas incomodidades vocabulares. Substitui-se a sacrossanta obrigatoriedade de um Contrato por uma feminina modernidade, comum e voluntariamente "convencionada", e remove-se o incómodo e tão ideológico, cruzes canhoto, termo trabalho. O que resta? A bela voluntariedade colectiva, patronato e trabalho juntos na mesma luta até à escravização final de quem produz.
Ditadura Constitucionalizada - é o eufemismo que a lixívia da ideologia dominante encontrou para chamar ao salazarento fascismo, constitucionalizado num plebiscito onde os votos brancos, nulos e abstenções contaram como votos a favor, juntamente com os votos dos mortos, paralíticos e dos ausentes no estrangeiro que votaram pela mão do legionário chefe de quadra.
[As] Famílias - Anteriormente cidadãos contribuintes e trabalhadores, passaram a agora a ser tratados pelo termo a quem se "retira" ou "aumenta" os rendimentos ao sabor do dictat neo-liberal.
Movimento Social - no Aeroporto Paris-Charles De Gaule desapareceram as greves, agora só há movimentos sociais a atrasar voos da AirFrance. Acho que esta ainda não chegou cá.
[As] Reformas Estruturais - As «reformas estruturais» continuam sempre presentes no discurso do PSD e CDS-PP, ainda que os últimos anos tenham revelado o seu real significado: cortes nos salários, nas pensões, nos direitos e nos serviços públicos. Sinónimo desideologizado de recuo civilizacional, liberalização de mercados, desregulamentação legislativa e privatização de direitos.
Remuneração Mínima - a alternativa têvêista ao ideologíssimo Salário Mínimo Nacional, vulgo SMN, o famoso e perigosissimamente marxista salário ... buuuu ... fujam que vêm aí os bolcheviques com os salários deles, as explorações deles e as buuuuu ideológicas mais valias. Vamos acabar com os ultrapassados e passadistas salários do século XIX e substitui-los pelas ultra modernas remunerações high-tech.
(*) vigaro-neologismo - Trata-se de um "substantivo" neologismo inventado pela @Refer&ncia para "adjectivar" os neologismos inventados pelos vigaristas ao serviço do capital com o intuito de aprofundar a vigarização desinformativa :-)
Depois vi a capa do público de hoje e percebi que não é uma imbecilidade. É mais um vigaro-neologismo(*) que a ideologia dominante se deve estar a preparar para introduzir no vocabulário dos incautos. Matam dois coelhos com uma cajadada (perdoe-me o PAN): substituem a incómoda sacrossanta obrigatoriedade contratual pela voluntária convencionalização entre amigos e removem o ideologicamente estafado "trabalho", uma chatice que nem se justifica em tempo de férias. Marotos os gajos hem?
Só para refrescar ideias aqui ficam outros exemplos de vígaro-neologismos(*) inventados nestes últimos anos:
«A CIA já não mata ninguém, neutraliza pessoas ou desocupa zonas. O governo já não mente, envolve-se em desinformação. O pentágono mede radiação numa coisa a que chama unidades de brilho solar. Os assassinos israelitas chamam-se comandos e os árabes terroristas».
Não sou eu que o digo, é um tal de George Carlin, comediante e ativista com um humor alegadamente bastante negro. Tomando-o como mote aproveito para listar alguns dos meus favoritos:
[Os] Activistas Laborais - Prova acabada do horror que o BE tem ao trabalho e aos sindicatos de classe é o novo conceito de activismo laboral, mais abrangente, menos proletário, mais intelectual [sei láá!] que serviu de chapéu para reunir as parcas centenas de adeptos do bloco que se ocupam dessas trivialidades. Antes chamávamos-lhes sindicalistas, sei láá!
Bairros Precários - Nada disso! Não, não são bairros com contratos a prazo. São os antigos e démodès bairros da lata, agora feitos de plástico, nylon e cartão, rebaptizados na capa do público de 2018/04/06.
Campos de Triagem - ... a criar em países do norte de áfrica ou do médio oriente. Errado! Não, não são campos de tendas brancas rodeados por cercas de madeira, com médicos e enfermeiros, destinados a conter epidemias de ébola ou de cólera. Campos de triagem é o eufemismo inventado pelos governos da UE para campos de tendas amarelas e telheiros, rodeados por arame farpado, destinados a "alojar temporariamente", leia-se, prender enquanto não morrerem, os migrantes resgatados das águas mediterrânicas, até se concluir se são legais por estarem a fugir das guerras que os governos da UE fomentaram nas terras deles, ou se são ilegais, por estarem a fugir da fome que os governos ocidentais fomentam em áfrica.
Campos de Retenção - ... a criar nos países da UE que para tal se voluntarizem. É verdade, a ideia é que sejam campos, não verdejantes campos de golfe rodeados de elevadas sebes, mas campos daqueles com barracos de madeira, ou tendas de campanha, ou uns telheiros de zinco rodeados de arame farpado. Chamávamos-lhes campos de concentração, lembram-se? E serviam para "concentrar" os diferentes a caminho do matadouro. Hoje os governos europeus decidiram abrir campos de concentração, perdão, de retenção, para prender, perdão, reter, migrantes que entrem ilegalmente no espaço da UE. Lembram-se? Nós chamávamos-lhes c a m p o s d e c o n c e n t r a ç ã o.
[Os] Colaboradores - Os trouxas que aceitam ver pago em "Espírito de Equipa" o trabalho que executam para o patrão. Antes chamávamos-lhes trabalhadores.
Convenção Colectiva - está aí para substituir o conhecido Contrato Colectivo de Trabalho. Vejam lá como o que se convencionou chamar modernização vocabular, dá um jeitaço para, de uma penada, remover duas incomodidades vocabulares. Substitui-se a sacrossanta obrigatoriedade de um Contrato por uma feminina modernidade, comum e voluntariamente "convencionada", e remove-se o incómodo e tão ideológico, cruzes canhoto, termo trabalho. O que resta? A bela voluntariedade colectiva, patronato e trabalho juntos na mesma luta até à escravização final de quem produz.
Ditadura Constitucionalizada - é o eufemismo que a lixívia da ideologia dominante encontrou para chamar ao salazarento fascismo, constitucionalizado num plebiscito onde os votos brancos, nulos e abstenções contaram como votos a favor, juntamente com os votos dos mortos, paralíticos e dos ausentes no estrangeiro que votaram pela mão do legionário chefe de quadra.
[As] Famílias - Anteriormente cidadãos contribuintes e trabalhadores, passaram a agora a ser tratados pelo termo a quem se "retira" ou "aumenta" os rendimentos ao sabor do dictat neo-liberal.
Movimento Social - no Aeroporto Paris-Charles De Gaule desapareceram as greves, agora só há movimentos sociais a atrasar voos da AirFrance. Acho que esta ainda não chegou cá.
[As] Reformas Estruturais - As «reformas estruturais» continuam sempre presentes no discurso do PSD e CDS-PP, ainda que os últimos anos tenham revelado o seu real significado: cortes nos salários, nas pensões, nos direitos e nos serviços públicos. Sinónimo desideologizado de recuo civilizacional, liberalização de mercados, desregulamentação legislativa e privatização de direitos.
Remuneração Mínima - a alternativa têvêista ao ideologíssimo Salário Mínimo Nacional, vulgo SMN, o famoso e perigosissimamente marxista salário ... buuuu ... fujam que vêm aí os bolcheviques com os salários deles, as explorações deles e as buuuuu ideológicas mais valias. Vamos acabar com os ultrapassados e passadistas salários do século XIX e substitui-los pelas ultra modernas remunerações high-tech.
(*) vigaro-neologismo - Trata-se de um "substantivo" neologismo inventado pela @Refer&ncia para "adjectivar" os neologismos inventados pelos vigaristas ao serviço do capital com o intuito de aprofundar a vigarização desinformativa :-)
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