A "sociedade civil" que não travou o CETA parece ter acordado para o horror do tribunal das corporações imposto por esse mesmo CETA. Chama-se Investor-State Dispute Settlement (ISDS) em anglo-saxonês e serve para as corporações multarem as democracias quando estas não lhes andarem ao jeito. A par da chantagem com a especulação capitalista sobre as dividas soberanas este é mais um instrumento de sujeição do poder civil democrático ao poder financeiro. Porque interessa pensar neste instrumento neo-liberal-capitalista de sujeição das democracias á luz da reforma do capitalism deixo aqui duas opiniões recentemente vindas a lume no âmbito da luta europeia contra estes tribunais. O problema é que enquanto andamos a lutar contra estes tribunais o capital vai pensando noutra forma de sujeitar as leis dos estado soberanos ás "regras dos mercados". Conintuo a acreditar que a única solução é mesmo acabar com o Capitalismo, t o d o! @Refer&ncia
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/01/22
2018/05/29
Ler Bons Argumentos
Uma vida digna, já agora
(Nuno Ramos de Almeida in Jornal i, 2018/05/28)
É preciso discutir o direito a um fim em condições, que tenha em conta a qualidade de vida, sem cair em simplismos e campanhas imbecis, e não esquecendo que as condições sociais em que se aprovarão um dia estas medidas ditarão se esta decisão será livre
Provavelmente, matar-me-ei. Ou, pelo menos, não descarto a possibilidade de decidir fazê-lo. Esta é uma decisão individual que não depende da crença dos outros. Ela é formada pela vida de cada um. Nunca tinha pensado muito nisso, até porque a morte era uma noite longínqua, até ter tropeçado em linhas, palavras, dias e sentimentos que me acordaram.
(Nuno Ramos de Almeida in Jornal i, 2018/05/28)
É preciso discutir o direito a um fim em condições, que tenha em conta a qualidade de vida, sem cair em simplismos e campanhas imbecis, e não esquecendo que as condições sociais em que se aprovarão um dia estas medidas ditarão se esta decisão será livre
Provavelmente, matar-me-ei. Ou, pelo menos, não descarto a possibilidade de decidir fazê-lo. Esta é uma decisão individual que não depende da crença dos outros. Ela é formada pela vida de cada um. Nunca tinha pensado muito nisso, até porque a morte era uma noite longínqua, até ter tropeçado em linhas, palavras, dias e sentimentos que me acordaram.
2018/04/15
Amarelândia: o Capital travestido de social-democrata
Mais um a querer enganar tolos. Todo muito democrata e muito liberal, vale a pena lê-lo, para ficarmos já a conhecer os sound-bytes da ideologia dominante para a primavera-verão. Que a democracia liberal não está em risco, é só a cultura democrática a ruir. Que os neoliberais andam muito preocupados com a extrema-direita e a esquerda devia aproveitar para conversar com eles, fazer, sei lá,[mais?] umas cedênciazinhas, explicar-lhes que a esquerda, desde que dialogante e domesticada, até lhes faz falta, sei lá. Eles até nem gostom da alt-right, ou que é. Que a tal liberdade económica para estraçalhar a economia não significa nada menos democracia, da dele, da tal liberal do Capital. Que até se vê obrigado a defender o Syriza, bonzinho, que cedeu em toda a linha para defender os pobres. Olha se não os tem defendido, digo eu. E até «o Draghi fez o que tinha de ser feito, apesar de ter sido demasiado lento por estar constrangido pelas regras [europeias ] e pela elite económica alemã». Esquerda ?!? Guru??? De quê?? Guru de quem??? Mas leiam, se não acreditam, leiam o que pensa esta coisa que para o i é de esquerda. Olha se não fosse!
Paul Mason - o novo guru da esquerda
(Jornal i, 2018/04/11)
Veio a Lisboa para participar numa conferência sobre a democracia europeia. Como a vê?
Bom, é uma boa ideia. Não é tanto que a democracia esteja em risco na Europa, apesar de em alguns países estar, mas mais a cultura democrática que sustenta a democracia, que é muito mais frágil do que as pessoas entendem. Temos na Polónia um governo que diz, dia sim dia não, que não quer a democracia liberal, que diz que a “democracia liberal impede que nós, o povo, expressemos os nossos verdadeiros desejos”. Desejos como banir o aborto ou a lei estapafúrdia de que ninguém pode questionar o papel do país no Holocausto. O que temos agora na outra ponta da Europa é um conjunto de elites que dizem que a democracia não é boa. Esta é uma mensagem partilhada pelos movimentos populistas em Itália, a verdadeira direita, a Liga Norte, e uma ala direita no Movimento 5 Estrelas. Tornaram-se cínicos da democracia. Temos de a reavivar pela prática e de fazer as pessoas perceberem que é bastante importante para elas controlarem o governo do qual dependem. A cultura democrática que temos na Europa é única no mundo e está rodeada de pessoas que dizem que é má. Os governos polaco e húngaro são o eco do que a China e a Rússia estão a dizer e, agora, do que os norte-americanos dizem. Em 2008, Peter Till, um empreendedor da alt-right, escreveu um artigo a dizer que a democracia e a liberdade são agora incompatíveis, que liberdade económica significa menos democracia. Desde 2008 que têm tentado chegar a este momento. Felizmente, a Europa tem uma cultura democrática, e a melhor forma de a manter é usando-a.
Paul Mason - o novo guru da esquerda
(Jornal i, 2018/04/11)
Veio a Lisboa para participar numa conferência sobre a democracia europeia. Como a vê?
Bom, é uma boa ideia. Não é tanto que a democracia esteja em risco na Europa, apesar de em alguns países estar, mas mais a cultura democrática que sustenta a democracia, que é muito mais frágil do que as pessoas entendem. Temos na Polónia um governo que diz, dia sim dia não, que não quer a democracia liberal, que diz que a “democracia liberal impede que nós, o povo, expressemos os nossos verdadeiros desejos”. Desejos como banir o aborto ou a lei estapafúrdia de que ninguém pode questionar o papel do país no Holocausto. O que temos agora na outra ponta da Europa é um conjunto de elites que dizem que a democracia não é boa. Esta é uma mensagem partilhada pelos movimentos populistas em Itália, a verdadeira direita, a Liga Norte, e uma ala direita no Movimento 5 Estrelas. Tornaram-se cínicos da democracia. Temos de a reavivar pela prática e de fazer as pessoas perceberem que é bastante importante para elas controlarem o governo do qual dependem. A cultura democrática que temos na Europa é única no mundo e está rodeada de pessoas que dizem que é má. Os governos polaco e húngaro são o eco do que a China e a Rússia estão a dizer e, agora, do que os norte-americanos dizem. Em 2008, Peter Till, um empreendedor da alt-right, escreveu um artigo a dizer que a democracia e a liberdade são agora incompatíveis, que liberdade económica significa menos democracia. Desde 2008 que têm tentado chegar a este momento. Felizmente, a Europa tem uma cultura democrática, e a melhor forma de a manter é usando-a.
2018/04/06
A Coragem dos Cobardes: 16 mortos e 1400 feridos
Os cães de guarda
(Nuno Ramos de Almeida in jornal i, 2018/04/02)
A expressão foi criada por Paul Nizan e denunciava uma traição, a mesma traição de uma série de intelectuais cujo compromisso fundamental seria com as instâncias de poder, e não com a verdade. Uma traição que se verifica, em muitos, quando falam da Palestina, dos curdos e da Catalunha: estão sempre prontos a esconder a verdade.
Os intelectuais começaram a sua carreira histórica sendo uma espécie de adornos dos príncipes, acumulando, não poucas vezes, a função de hagiógrafos de serviço com a de bobos da corte. Infelizmente, esse traço genético não está totalmente extirpado. Quando vemos uma série de escritores espanhóis a ajudar a criar o consenso social que justifica a suspensão de facto da democracia, estamos perante um exemplo típico dessa regressão pavloviana que faz determinados intelectuais salivarem sempre que ao poder de turno convém.
(Nuno Ramos de Almeida in jornal i, 2018/04/02)
A expressão foi criada por Paul Nizan e denunciava uma traição, a mesma traição de uma série de intelectuais cujo compromisso fundamental seria com as instâncias de poder, e não com a verdade. Uma traição que se verifica, em muitos, quando falam da Palestina, dos curdos e da Catalunha: estão sempre prontos a esconder a verdade.
Os intelectuais começaram a sua carreira histórica sendo uma espécie de adornos dos príncipes, acumulando, não poucas vezes, a função de hagiógrafos de serviço com a de bobos da corte. Infelizmente, esse traço genético não está totalmente extirpado. Quando vemos uma série de escritores espanhóis a ajudar a criar o consenso social que justifica a suspensão de facto da democracia, estamos perante um exemplo típico dessa regressão pavloviana que faz determinados intelectuais salivarem sempre que ao poder de turno convém.
2018/03/14
Farmacêuticas Privadas, Públicas Corrupções
Escândalo de corrupção abala sistema político
Alegados subornos a políticos para garantir preços elevados nos medicamentos envolvem antigos governantes
(Jornal i, 2018/03/13)
Para além do futebol, há outra polémica a abalar a Grécia. A Novartis está no centro de um escândalo que envolve dois antigos primeiros-ministros e oito ex-ministros gregos. O Ministério Público investiga corrupção e lavagem de dinheiro num montante que pode ascender a 3000 milhões de euros em prejuízos para o Estado, e as conclusões do inquérito parlamentar aos alegados subornos da multinacional farmacêutica suíça - com o objetivo de ter uma posição dominante no mercado - estão agendadas para o final deste mês ou início do próximo. O parlamento decidirá se os políticos, que estiveram em funções entre 2006 e 2015 e que rejeitam as acusações, devem ser julgados perante um tribunal especial.
Alegados subornos a políticos para garantir preços elevados nos medicamentos envolvem antigos governantes
(Jornal i, 2018/03/13)
Para além do futebol, há outra polémica a abalar a Grécia. A Novartis está no centro de um escândalo que envolve dois antigos primeiros-ministros e oito ex-ministros gregos. O Ministério Público investiga corrupção e lavagem de dinheiro num montante que pode ascender a 3000 milhões de euros em prejuízos para o Estado, e as conclusões do inquérito parlamentar aos alegados subornos da multinacional farmacêutica suíça - com o objetivo de ter uma posição dominante no mercado - estão agendadas para o final deste mês ou início do próximo. O parlamento decidirá se os políticos, que estiveram em funções entre 2006 e 2015 e que rejeitam as acusações, devem ser julgados perante um tribunal especial.
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