Mostrar mensagens com a etiqueta @Jornal i. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta @Jornal i. Mostrar todas as mensagens

2019/01/22

O Tribunal das Corporações e a Reforma do Capitalismo

A "sociedade civil" que não travou o CETA parece ter acordado para o horror do tribunal das corporações imposto por esse mesmo CETA. Chama-se Investor-State Dispute Settlement (ISDS) em anglo-saxonês e serve para as corporações multarem as democracias quando estas não lhes andarem ao jeito. A par da chantagem com a especulação capitalista sobre as dividas soberanas este é mais um instrumento de sujeição do poder civil democrático ao poder financeiro. Porque interessa pensar neste instrumento neo-liberal-capitalista de sujeição das democracias á luz da reforma do capitalism deixo aqui duas opiniões recentemente vindas a lume no âmbito da luta europeia contra estes tribunais. O problema é que enquanto andamos a lutar contra estes tribunais o capital vai pensando noutra forma de sujeitar as leis dos estado soberanos ás "regras dos mercados". Conintuo a acreditar que a única solução é mesmo acabar com o Capitalismo, t o d o! @Refer&ncia

2018/05/29

Ler Bons Argumentos

Uma vida digna, já agora
(Nuno Ramos de Almeida in Jornal i, 2018/05/28)

É preciso discutir o direito a um fim em condições, que tenha em conta a qualidade de vida, sem cair em simplismos e campanhas imbecis, e não esquecendo que as condições sociais em que se aprovarão um dia estas medidas ditarão se esta decisão será livre

Provavelmente, matar-me-ei. Ou, pelo menos, não descarto a possibilidade de decidir fazê-lo. Esta é uma decisão individual que não depende da crença dos outros. Ela é formada pela vida de cada um. Nunca tinha pensado muito nisso, até porque a morte era uma noite longínqua, até ter tropeçado em linhas, palavras, dias e sentimentos que me acordaram.

2018/04/15

Amarelândia: o Capital travestido de social-democrata

Mais um a querer enganar tolos. Todo muito democrata e muito liberal, vale a pena lê-lo, para ficarmos já a conhecer os sound-bytes da ideologia dominante para a primavera-verão. Que a democracia liberal não está em risco, é só a cultura democrática a ruir. Que os neoliberais andam muito preocupados com a extrema-direita e a esquerda devia aproveitar para conversar com eles, fazer, sei lá,[mais?] umas cedênciazinhas, explicar-lhes que a esquerda, desde que dialogante e domesticada, até lhes faz falta, sei lá. Eles até nem gostom da alt-right, ou que é. Que a tal liberdade económica para estraçalhar a economia não significa nada menos democracia, da dele, da tal liberal do Capital. Que até se vê obrigado a defender o Syriza, bonzinho, que cedeu em toda a linha para defender os pobres. Olha se não os tem defendido, digo eu. E até «o Draghi fez o que tinha de ser feito, apesar de ter sido demasiado lento por estar constrangido pelas regras [europeias ] e pela elite económica alemã». Esquerda ?!? Guru??? De quê?? Guru de quem??? Mas leiam, se não acreditam, leiam o que pensa esta coisa que para o i é de esquerda. Olha se não fosse!

Paul Mason - o novo guru da esquerda
(Jornal i, 2018/04/11)

Veio a Lisboa para participar numa conferência sobre a democracia europeia. Como a vê?

Bom, é uma boa ideia. Não é tanto que a democracia esteja em risco na Europa, apesar de em alguns países estar, mas mais a cultura democrática que sustenta a democracia, que é muito mais frágil do que as pessoas entendem. Temos na Polónia um governo que diz, dia sim dia não, que não quer a democracia liberal, que diz que a “democracia liberal impede que nós, o povo, expressemos os nossos verdadeiros desejos”. Desejos como banir o aborto ou a lei estapafúrdia de que ninguém pode questionar o papel do país no Holocausto. O que temos agora na outra ponta da Europa é um conjunto de elites que dizem que a democracia não é boa. Esta é uma mensagem partilhada pelos movimentos populistas em Itália, a verdadeira direita, a Liga Norte, e uma ala direita no Movimento 5 Estrelas. Tornaram-se cínicos da democracia. Temos de a reavivar pela prática e de fazer as pessoas perceberem que é bastante importante para elas controlarem o governo do qual dependem. A cultura democrática que temos na Europa é única no mundo e está rodeada de pessoas que dizem que é má. Os governos polaco e húngaro são o eco do que a China e a Rússia estão a dizer e, agora, do que os norte-americanos dizem. Em 2008, Peter Till, um empreendedor da alt-right, escreveu um artigo a dizer que a democracia e a liberdade são agora incompatíveis, que liberdade económica significa menos democracia. Desde 2008 que têm tentado chegar a este momento. Felizmente, a Europa tem uma cultura democrática, e a melhor forma de a manter é usando-a.

2018/04/06

A Coragem dos Cobardes: 16 mortos e 1400 feridos

Os cães de guarda
(Nuno Ramos de Almeida in jornal i, 2018/04/02)

A expressão foi criada por Paul Nizan e denunciava uma traição, a mesma traição de uma série de intelectuais cujo compromisso fundamental seria com as instâncias de poder, e não com a verdade. Uma traição que se verifica, em muitos, quando falam da Palestina, dos curdos e da Catalunha: estão sempre prontos a esconder a verdade.

Os intelectuais começaram a sua carreira histórica sendo uma espécie de adornos dos príncipes, acumulando, não poucas vezes, a função de hagiógrafos de serviço com a de bobos da corte. Infelizmente, esse traço genético não está totalmente extirpado. Quando vemos uma série de escritores espanhóis a ajudar a criar o consenso social que justifica a suspensão de facto da democracia, estamos perante um exemplo típico dessa regressão pavloviana que faz determinados intelectuais salivarem sempre que ao poder de turno convém.

2018/03/14

Farmacêuticas Privadas, Públicas Corrupções

Escândalo de corrupção abala sistema político
Alegados subornos a políticos para garantir preços elevados nos medicamentos envolvem antigos governantes
(Jornal i, 2018/03/13)

Para além do futebol, há outra polémica a abalar a Grécia. A Novartis está no centro de um escândalo que envolve dois antigos primeiros-ministros e oito ex-ministros gregos. O Ministério Público investiga corrupção e lavagem de dinheiro num montante que pode ascender a 3000 milhões de euros em prejuízos para o Estado, e as conclusões do inquérito parlamentar aos alegados subornos da multinacional farmacêutica suíça - com o objetivo de ter uma posição dominante no mercado - estão agendadas para o final deste mês ou início do próximo. O parlamento decidirá se os políticos, que estiveram em funções entre 2006 e 2015 e que rejeitam as acusações, devem ser julgados perante um tribunal especial.