Os fascistas, racistas e xenófobos deitam as garras ás redes sociais, infiltram-se em grupos regionais e temáticos, usam perfis falsos e bombardeiam o ciberespaço com mentira, raiva e ódio. Vai sendo mais do que tempo de os começar a pôr com dono: fascistas aqui não!
Fascismo à beira-mar plantado
(Ivo Rafael e Lúcia Gomes, Manifesto 74, 2019/10/16)
A eleição de forças de extrema-direita para o parlamento português foi um balão de oxigénio para muito fascista envergonhado e contido. Para além destes, que agora exibem sem pudor a sua vontade de gasear ciganos e expatriar pretos, há também uma cavalgante onda de propaganda fascista a invadir as redes sociais. Não é apenas uma petição, não é só um meme, não é apenas um ou dois comentários, é uma campanha orquestrada que está em toda a parte.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/10/16
2019/07/17
Um Trump ou Vários Iranianos? (Poema!)
O boçal
imperador de serviço
bolsou mais uns racismos,
travestidos
de misoginia variada,
e continua à frente
do império
dos donos disto tudo
Como recompensa
pelas xenofobias
bolsadas
o comentador
eleito presidente
dos portugueses
que nele votaram
reiterou o convite
ao xenófobo misógino
para dormir uma noite
na nossa casa
quando for ali
ao lado
a Madrid,
a compras,
na capital da península
(e se não é
devia ser
digo eu
e o que nós ganhávamos
se ela fosse capital
da nossa ibéria
mas não é
pronto)
Por troca
o cenoura
não quer por cá
iranianos
e o silva
de serviço
rasteja que sim senhor
ninguém me perguntou
mas eu respondo
antes iranianos
que americanos
de merda
O tempo dos monstros
(António Santos, Avante!, 2019/07/20)
«A crise consiste no facto de que o velho morre e o novo não pode nascer: neste interregno verificam-se os mais variados sintomas mórbidos» Da cela onde, há 80 anos, viria a morrer, Gramsci descrevia os nossos tempos com sibilina precisão. Donald Trump, arrais do capitalismo mundial e pontífice das ocidentais democracias à sua imagem criadas, veio a terreiro mandar quatro congressistas democratas «para a terra delas». Literalmente. O mundo, já algo dessensibilizado para os tweets de Trump, lavrou a cita nos rodapés dos noticiários e mandou arquivar, para amnésia futura, sob «Trump a ser politicamente incorrecto». Mas Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley, Rashida Tlaib e Ilhan Omar são, note-se, estado-unidenses: as primeiras três por nascimento, a última por cidadania adquirida em criança. E Trump sabia-o, como também sabia que Obama nascera nos EUA, o que tampouco o impediu de, até hoje, insinuar o contrário. A nacionalidade é a mais importante arma ideológica de Trump, que se declara, aliás, «nacionalista». Na mesma tirada de tweets, Trump descreveu as congressistas como «anti-América», nação que as acusou de «odiar» e prometeu-lhes que «A América nunca será comunista», pelo que «SE NÃO ESTÃO BEM AQUI, VÃO-SE EMBORA» [sic]. Para o magnata, ser «americano» é uma ideologia: rezar ao mesmo deus, odiar os mesmos inimigos, venerar os símbolos nacionais, amar as forças armadas, ter medo da diferença e pertencer à «raça branca». Este, podia tê-lo escrito Gramsci, é, efectivamente, o tempo dos monstros.
A ideologia nacional de Trump não é nova. Foi sendo, durante o último século, visceralmente embutida na consciência popular. Theodore Roosevelt dizia que o «americanismo» é «uma questão de espírito, convicção e dever, e não uma questão de crença ou de nascimento», mas, e Trump percebeu-o, o conceito tão moldável que com ele também se pode dividir a classe trabalhadora, ganhar eleições e construir o fascismo.
Leia-se por este prisma a guerra declarada por Trump aos trabalhadores imigrantes. O Presidente dos EUA chama aos imigrantes «violadores» e «traficantes», refere-se publicamente às suas pátrias como «países de merda», encoraja a delação dos não-documentados e celebra, ufano, «as maiores rusgas de sempre». A Casa Branca, que esta semana declarou o fim do asilo, franqueou o trilho a milhares de actos de violência nas ruas, nas escolas e nos locais de trabalho de todo o país, alargando ainda o vasto sistema de campos de concentração ao longo da fronteira com o México onde crianças são enjauladas, abusadas e, por vezes, «suicidadas».
Há metade de uma América, ideologicamente americana, com cicatrizes da guerra civil, que aceita tudo isto. E é assim que alguém um dia patrioticamente faz notar que nos campos de concentração não cabem só imigrantes
2019/07/08
Há Liberdade de Manifestação! Não há Liberdade de Repressão!
Ninguém corre! Ninguém corre!
(Lúcia Gomes, Manifesto 74, 2019/06/11)
NINGUÉM CORRE! Esta foi a expressão que aprendi ser dita por qualquer negro de um bairro periférico quando aparece a polícia. Serão já as décadas em que participo em manifestações e jamais me lembro de ter ouvido semelhante expressão. Aliás, ponto de ordem: ali, ninguém pode correr. Seja no Pendão, seja no Alto da Cova da Moura, seja no 6 de Maio, seja na Avenida da Liberdade. A negritude dita-lhes a regra: se corres, vão achar que fizeste alguma coisa. Vão apanhar-te, vão levar-te para a esquadra. E a verdade é que, dependendo da esquadra a que fores parar, não saberás exactamente como regressarás a casa.
(Lúcia Gomes, Manifesto 74, 2019/06/11)
NINGUÉM CORRE! Esta foi a expressão que aprendi ser dita por qualquer negro de um bairro periférico quando aparece a polícia. Serão já as décadas em que participo em manifestações e jamais me lembro de ter ouvido semelhante expressão. Aliás, ponto de ordem: ali, ninguém pode correr. Seja no Pendão, seja no Alto da Cova da Moura, seja no 6 de Maio, seja na Avenida da Liberdade. A negritude dita-lhes a regra: se corres, vão achar que fizeste alguma coisa. Vão apanhar-te, vão levar-te para a esquadra. E a verdade é que, dependendo da esquadra a que fores parar, não saberás exactamente como regressarás a casa.
2017/07/20
Sobre o Racismo: abaixo o cromagnismo
Eu sei, eu sei, os cromagnons até nem eram más pessoas, segundo os paleontólogos seriam vegetarianos e era senso comum que estavam extintos. Afinal, vai-se a ver, são carnívoros, habitam os campos e as periferias das cidades e estão vivinhos da silva, nós homo, descendentes dos neandertais é que andamos distraidinhos ;-)
Facto: não, não vivem de subsidios!
Perante mais um aflorar de cromagnismo deixem-me registar já uma refer&ncia ao tal estudo sobre as comunidades ciganas residentes em Portugal. Mais tarde, com o tempo a ver se me lembro de vir aqui adicionar outras referencias ;-)
2017/07/19
2017/07/08
Contra os neo fascistas, por uma europa dos povos
A propósito de mais um escrito da rede negra, aqui fica um exemplo de como eles se infiltram reptilineanamente, bem ilustrativo das táticas de mentira usadas para promover as direitas ultramontanas que tão bons resultados deram em inglaterra, em frança ou nos eua.
Propaganda fascizante muito bem feita.
Tudo factos, embrulhados em celofane conspirativo (o marxismo explica isto organicamente sem necessitar de ert's malévolas) até ao momento em que quer lavar os neofascistas, racistas do ukip e da fn com lexivias de "independentes" e perfumes de malcheirosos nacionalismos.
Aí chegados, depois de bem preparado o leitor, nos últimos folegos dos últimos parágrafos, cai-lhes a máscara.
Nunca os fascistas estiveram do lado do trabalho, da liberdade, da solidariedade, de um mundo fraterno e de uma sociedade sustentável.
A memória histórica responsabiliza-os por 50 milhões de mortos no século passado e centenas de milhar de afogados já neste século xxi. As lepenas e os ukips são a tropa de choque da finança (e da ert por consequência) na luta contra a liberdade e a solidariedade e quem não acredite deve ir ver quem financia os neofascistas, o que eles propoem nas instâncias europeias e comparar com quem financia a esquerda e o que ela propoem para a europa: uma europa dos povos e não da finança, uma europa do trabalho e não do capital.
Propaganda fascizante muito bem feita.
Tudo factos, embrulhados em celofane conspirativo (o marxismo explica isto organicamente sem necessitar de ert's malévolas) até ao momento em que quer lavar os neofascistas, racistas do ukip e da fn com lexivias de "independentes" e perfumes de malcheirosos nacionalismos.
Aí chegados, depois de bem preparado o leitor, nos últimos folegos dos últimos parágrafos, cai-lhes a máscara.
Nunca os fascistas estiveram do lado do trabalho, da liberdade, da solidariedade, de um mundo fraterno e de uma sociedade sustentável.
A memória histórica responsabiliza-os por 50 milhões de mortos no século passado e centenas de milhar de afogados já neste século xxi. As lepenas e os ukips são a tropa de choque da finança (e da ert por consequência) na luta contra a liberdade e a solidariedade e quem não acredite deve ir ver quem financia os neofascistas, o que eles propoem nas instâncias europeias e comparar com quem financia a esquerda e o que ela propoem para a europa: uma europa dos povos e não da finança, uma europa do trabalho e não do capital.
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