Perante o brutal assalto do capital aos direitos do Trabalho, a central sindical portuguesa decidiu fazer do dia do trabalhador um dia de luta pelo trabalho digno e com direitos.
Acordou com a Direcção Geral de Saúde as normas de segurança sanitária, chamou 800 activistas sindicais, transportou-os aos grupos de 16 em autocarros de 60 lugares, com máscaras e dispensadores de gel desinfectante e, ordeira e organizadamente, os 800 activistas colocaram-se a 4-5 metros uns dos outros com a bandeira do seu sindicato a representar o trabalho que paga a crise. Em Lisboa, Porto e mais 16 capitais de distrito o trabalho esteve na rua graças à coragem dos seus activistas sindicais.
E sim, os activistas sindicais deslocaram-se dos conselhos limítrofes até à Alameda cumprindo as regras de distanciamento social e ao abrigo da lei que permite deslocações por motivos laborais, e de facto eles foram trabalhar em prol dos nosso direitos.
Cumpriram-se as regras de distanciamento social e mostrou-se ao país o crescente número de desempregados, a precariedade a justificar desemprego, os despedimentos abusivos e fora da lei, os recursos ao lay-off por empresas que distribuem lucros, as necessidades de quem já nem trabalho tem, a fome mais mal do que bem escondida,
É dever de cada um de nós reconhecer o valor de quem ali esteve, por nós, a fazer ver ao capital que não é por termos de ficar em casa, que nos vamos deixar roubar sem dar luta.
E ela vai ser necessária para reverter o big brother que se agigantou a reboque da pandemia.
Aqui ficam outras opiniões à revelia da ideologia dominante e dominada pelas aChegas ben-turristas.
Os indignados
(Anabela Fino, Avante!, 2020/05/07)
«É inaceitável.» «É uma pouca vergonha.» «Assim não!» A ruidosa indignação, revolta, fúria, ira, raiva de Rui Rio, logo secundada pela opinião publicada de uns quantos cães de guarda do establishment e replicada por quantos, no seu profundo reaccionarismo ou infinita ignorância não atinam em distinguir emergência sanitária de emergência totalitária, é digna de registo.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/11/08
Subsidiodependente é a iniciativa privada!
A subsidiodependência do capital
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
(André Solha, Manifesto74, 2019/10/28)
Na rádio, um representante da patronal dos transportes de passageiros (ANTROP) diz que a medida dos passes intermodais não foi bem pensada e não levou em conta a incapacidade dos operadores de transportes públicos de responder ao aumento da procura, queixando-se em seguida da falta de financiamento público à aquisição de frota.
No dia seguinte às eleições, em pleno Prós & Contras, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) acusava o governo PS de ter cortado no investimento público.
2019/10/21
As #NoNews do Jornaleirismo Corporativo
O jornaleirismo corporativo impõe um regime de corporativismo censório a tudo o que não obedeça à agenda da (des)informação imposta pelas Agências de Informação Centralizadas. Cabe-nos a nós, insurrectos e insurreccionais cobrir o mundo com as noticias que eles censuram. Compare-se o que na América Latina está hoje a acontecer com as imagens que os caneiros televisivos usarão hoje mesmo para pintar o mundo com os tons da ideologia dominante.
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
Venezuela - Eleita para o Conselho e Direitos Humanos da ONU apesar da candidatura estado-unidense da Costa-Rica imposta pelo Grupo Da Lima.
Bolívia - Evo Morales pode ser eleito Presidente ainda hoje. Pelo sim pelo não o norte imperialista já está a organizar um golpe de estado e a criar incidentes violentos que possam vir a servir de pretexto para outro venezuelanço.
Chile - Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o exército voltou a ocupar as ruas e praças do Chile. Desta vez à ordem do presidente liberalista e éféméista Sebastián Piñera, que vê a população rechaçar as suas medidas neoliberais.
Equador - indígenas revoltam-se contra imposições do FMI. Telecaneiros "apercebem-se" da revolta ao 8º dia quando Quito já está a ferro e fogo e o governo fugiu para o litoral.
Peru - A revolta dos mineiros lavra nas ruas. Telecaneiros nacionais não dão por nada.
Haiti - Há 5 (cinco) semanas que as ruas estão ocupadas com os protestos contra o enviado pró-consular norte-americano, empossado presidente. Telecaneiros nacionais não sabem de nada.
Colômbia - Estudantes mobilizam-se em defesa do ensimo superior público. Telecaneiros nacionais não sabem o que é isso.
EUA - 48 000 operários da GM em greve desde 15 de Setembro. Os telecaneiros nacionais ainda não deram por isso.
#fakenews? Quem precisa de #fakenews quando o que está a dar são as #nonews
2019/05/05
PS - Sempre sempre ao lado do capital, da banca e da finança
Mais uma vez o PS não surpreendeu. Quando teve de escolher entre a finança e o Trabalho o ps voltou a escolher o lado direito da barricada, do capital, do psd e do cds.
Admirado? Eu? Nem por isso. Escandalizado? Sim, muito, muito escandalizado com o nível de pulhice, de canalhice a que desceu a já muito emporcalhada política burguesa. A pulhice está-lhes entranhada no sangue, nas guelras, nos genes. Só sabem roubar e deixar roubar. Andaram a gozar com quem trabalha, com quem lhes ensina os filhos, quem os põe a ler, a escrever, a fazer contas.
Sois um bando de desenvergonhados canalhas!
Ao longo destes 4 anos muitas vezes me perguntei como é que um bilderberguista podia viver de orçamentos aprovados com votos das esquerdas e acabei sempre a concluir serem orçamentos onde a profunda ganância de classe do capital não sofria dores de parto.
Quando poderia sofrer, como na legislação laboral, o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP quis repor o princípio de melhor tratamento, roubado ao trabalho pela troika pafista, o princípio que impunha como regra aplicável, sempre, o tratamento mais favorável ao trabalho, o PS recusou-se votando com o PSD e o CDS,
Quando poderia ir contra os interesses do capital ganancioso o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP propôs o fim da caducidade dos contratos coletivos imposta pela troika pafista em anos de crise, o PS votou ao lado do PSD e do CDS para manter a lei do merceeiro holandês que quer uma fatia das reformas do trabalho.
Depois de acordar com as esquerdas uma lei de bases que previa o fim das PPP's na saúde, a reposição das carreiras médicas e o financiamento adequado do SNS, o PS traiu mais uma vez e foi procurar os votos do PSD e do CDS para manter o roubo privado dos dinheiros públicos da saúde.
De traição em traição até à canalhice final. Assim que o terror pafista foi afastado do PSD logo pudemos ver o tó costa a fazer rapapé ao Rui Rio, ele foi com o plano de investimento estratégico, ele foi com o plano de estabilidade e crescimento, ele foi com a lei de bases da saúde.
De traição em traição até à pulhice final. Enquanto precisou dos votos das esquerdas para aprovar orçamentos de estado, foi deixando passar a lei que impunha ao governo a devolução do tempo de serviço roubado aos professores pelo socratismo xuxial-vigarista e pela troika pafista. Assim que viu o orçamento do último ano da legislatura aprovado, fez birra, amuou, pegou na bola e disse que aqui ninguém joga mais. A bola é minha, só se marcam golos quando eu digo.
Pode ser que não, pode ser que não. Mais cedo do que mais tarde ainda vamos ver o povo a comer brioches.
#OCostaÉPulha #OCostaÉCanalha #Pulhas #Canalhas #ACristasÉPulha #ACristasÉCanalha #Pulhice #Canalhice #CostaPulha #CostaCanalha #CristasPulha #CristasCanalha #costapulha #costacanalha #cristaspulha #cristascanalha #pspulha #pscanalha #cdspulha #cdscanalha
Admirado? Eu? Nem por isso. Escandalizado? Sim, muito, muito escandalizado com o nível de pulhice, de canalhice a que desceu a já muito emporcalhada política burguesa. A pulhice está-lhes entranhada no sangue, nas guelras, nos genes. Só sabem roubar e deixar roubar. Andaram a gozar com quem trabalha, com quem lhes ensina os filhos, quem os põe a ler, a escrever, a fazer contas.
Sois um bando de desenvergonhados canalhas!
Ao longo destes 4 anos muitas vezes me perguntei como é que um bilderberguista podia viver de orçamentos aprovados com votos das esquerdas e acabei sempre a concluir serem orçamentos onde a profunda ganância de classe do capital não sofria dores de parto.
Quando poderia sofrer, como na legislação laboral, o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP quis repor o princípio de melhor tratamento, roubado ao trabalho pela troika pafista, o princípio que impunha como regra aplicável, sempre, o tratamento mais favorável ao trabalho, o PS recusou-se votando com o PSD e o CDS,
Quando poderia ir contra os interesses do capital ganancioso o PS votou com a direita do PSD e do CDS. Quando o PCP propôs o fim da caducidade dos contratos coletivos imposta pela troika pafista em anos de crise, o PS votou ao lado do PSD e do CDS para manter a lei do merceeiro holandês que quer uma fatia das reformas do trabalho.
Depois de acordar com as esquerdas uma lei de bases que previa o fim das PPP's na saúde, a reposição das carreiras médicas e o financiamento adequado do SNS, o PS traiu mais uma vez e foi procurar os votos do PSD e do CDS para manter o roubo privado dos dinheiros públicos da saúde.
De traição em traição até à canalhice final. Assim que o terror pafista foi afastado do PSD logo pudemos ver o tó costa a fazer rapapé ao Rui Rio, ele foi com o plano de investimento estratégico, ele foi com o plano de estabilidade e crescimento, ele foi com a lei de bases da saúde.
De traição em traição até à pulhice final. Enquanto precisou dos votos das esquerdas para aprovar orçamentos de estado, foi deixando passar a lei que impunha ao governo a devolução do tempo de serviço roubado aos professores pelo socratismo xuxial-vigarista e pela troika pafista. Assim que viu o orçamento do último ano da legislatura aprovado, fez birra, amuou, pegou na bola e disse que aqui ninguém joga mais. A bola é minha, só se marcam golos quando eu digo.
Pode ser que não, pode ser que não. Mais cedo do que mais tarde ainda vamos ver o povo a comer brioches.
#OCostaÉPulha #OCostaÉCanalha #Pulhas #Canalhas #ACristasÉPulha #ACristasÉCanalha #Pulhice #Canalhice #CostaPulha #CostaCanalha #CristasPulha #CristasCanalha #costapulha #costacanalha #cristaspulha #cristascanalha #pspulha #pscanalha #cdspulha #cdscanalha
2019/05/01
Viva o Primeiro de Maio Dia do Trabalhador!
Hoje é um dia especialmente bonito, um Primeiro de Maio especialmente bonito.
Porque é Primeiro de Maio, porque é o nosso dia, o dia do Trabalhador, o dia de quem trabalha, de quem cria, dos criadores, dos trabalhadores, dos que criam a riqueza toda deste mundo, as cores, a felicidade, a alegria, mas também todas as casas, todas as coisas, a arte, a beleza, a escrita.
E porque faz hoje um dia que o povo venezuelano partiu os dentes todos aos invasores americanos. Trump! Not Today!
Porque é Primeiro de Maio, porque é o nosso dia, o dia do Trabalhador, o dia de quem trabalha, de quem cria, dos criadores, dos trabalhadores, dos que criam a riqueza toda deste mundo, as cores, a felicidade, a alegria, mas também todas as casas, todas as coisas, a arte, a beleza, a escrita.
E porque faz hoje um dia que o povo venezuelano partiu os dentes todos aos invasores americanos. Trump! Not Today!
2019/03/10
Censura, Censuradas Ocultadas Pelos Media Corporativos
«Ontem estive numa manifestação com uns largos milhares de pessoas, mulheres, homens, novas e velhos, velhas e novos, jovens e menos jovens, destas e daqueles, descemos todos juntos dos Restauradores ao Cais das Colunas a festejar o Dia Internacional da Mulher, por um mundo de liberdade, igualdade e fraternidade, contra as discriminações todas, pelos direitos todos, pelos deveres todos, contra a violência doméstica e as outras violências todas, incluindo as dos patrões que voltaram a despedir a Cristina Tavares, pela Paz, pelo Pão pelo Trabalho. Durante o trajecto, quando passávamos no Terreiro do Paço, olhei para a esquerda e vi um molhinho com umas cem, talvez duzentas pessoas, reunidas contra a violência doméstica. Achei bem, fiquei contente, achei bem que se manifestassem apenas contra uma parte do problema já que (ainda?) não conseguiam ver todas as outras faces do mesmo problema, e segui em frente, continuei com os milhares de homens e mulheres que desceram dos Restauradores ao Cais das Colunas a lutar por tudo e por todas. Há minutos vi a abertura de um telejornal de um canal da família balsemão. Vi a cobertura da reunião das 100 pessoas e não vi nada, rigorosamente nada, nem uma imagem, nem uma palavra, nada, sobre a manifestação de uns largos milhares de Mulheres e Homens que desceram dos Restauradores ao Cais da Colunas. A negra censura voltou a abater-se sobre o Portugal que já viu Abril. Agora sem lápis azul, agora feita pelos jornaleiros que se atascam nas produtoras de conteúdos dos balsemões deste mundo.»
E depois reúnem-se nuns restaurantes e nuns palácios para discutirem, com semblante de grande preocupação, a propagação de #fakeNews que eles próprios produzem?
Quem é que esses vermes querem enganar?
Poderia dar outros exemplos de um silenciamento que tem anos, mas seria chover no molhado, entretanto fica aqui a opinião de Fernanda Mateus, da Comissão Politica do PCP, sobre o silenciamento selectivo que se abateu sobre a manifestação do MDM, só para futura @Refer&ncia.
Registos sobre a luta pelos direitos das mulheres
(Fernada Mateus, Avante!, 2019/03/14)
Muitos milhares de mulheres compreenderam e responderam positivamente ao convite do MDM para comemorar o Dia Internacional da Mulher na Manifestação Nacional de Mulheres realizada no passado sábado, 9 de Março.
E depois reúnem-se nuns restaurantes e nuns palácios para discutirem, com semblante de grande preocupação, a propagação de #fakeNews que eles próprios produzem?
Quem é que esses vermes querem enganar?
Poderia dar outros exemplos de um silenciamento que tem anos, mas seria chover no molhado, entretanto fica aqui a opinião de Fernanda Mateus, da Comissão Politica do PCP, sobre o silenciamento selectivo que se abateu sobre a manifestação do MDM, só para futura @Refer&ncia.
Registos sobre a luta pelos direitos das mulheres
(Fernada Mateus, Avante!, 2019/03/14)
Muitos milhares de mulheres compreenderam e responderam positivamente ao convite do MDM para comemorar o Dia Internacional da Mulher na Manifestação Nacional de Mulheres realizada no passado sábado, 9 de Março.
2019/01/07
Mais-valia
Mais-valia
(António Vilarigues, O Castendo, 2018/12/14)
A jornada de trabalho divide-se em duas partes: trabalho necessário e sobretrabalho.
Na parte chamada trabalho necessário o trabalhador produz para si próprio, isto é, produz uma quantidade de valor correspondente ao valor dos seus meios de subsistência.
No sobretrabalho o trabalhador produz a mais-valia, ou seja, um valor a mais, que antes não existia e que, através da sua apropriação privada pelo capitalista, forma o lucro.
Se numa jornada de trabalho de 8 horas 2 são de trabalho necessário e 6 sobretrabalho, nesse caso a mais-valia equivale a 6 horas
(António Vilarigues, O Castendo, 2018/12/14)
A jornada de trabalho divide-se em duas partes: trabalho necessário e sobretrabalho.
Na parte chamada trabalho necessário o trabalhador produz para si próprio, isto é, produz uma quantidade de valor correspondente ao valor dos seus meios de subsistência.
No sobretrabalho o trabalhador produz a mais-valia, ou seja, um valor a mais, que antes não existia e que, através da sua apropriação privada pelo capitalista, forma o lucro.
Se numa jornada de trabalho de 8 horas 2 são de trabalho necessário e 6 sobretrabalho, nesse caso a mais-valia equivale a 6 horas
Da emancipação social dos trabalhadores e dos povos
«A defesa da soberania nacional é indissociável do avanço no caminho da emancipação social dos trabalhadores e dos povos»
(João Ferreira, 2028/12/17)
Prezados amigos, estimados camaradas,
A integração de Portugal na União Europeia e no Euro é, desde há décadas, um elemento de suporte da política realizada por sucessivos governos, que influenciou decisiva e crescentemente a estruturação e a acção do Estado em variados domínios. A evolução do processo de integração limitou fortemente a soberania e a independência nacionais, tendo um impacto profundo na economia e na sociedade portuguesas.
(João Ferreira, 2028/12/17)
Prezados amigos, estimados camaradas,
A integração de Portugal na União Europeia e no Euro é, desde há décadas, um elemento de suporte da política realizada por sucessivos governos, que influenciou decisiva e crescentemente a estruturação e a acção do Estado em variados domínios. A evolução do processo de integração limitou fortemente a soberania e a independência nacionais, tendo um impacto profundo na economia e na sociedade portuguesas.
35 Horas é Demasiado!
O patronato mais ultramontano voltou ao discurso dos pobres empresários que não podem explorar à vontade e se vêem obrigados a fechar portas. Desta vez, é, outra vez, a múmia ferraz da costa, morto, enterrado e ressuscitado ao terceiro dia a vir bolsar mais umas enormidades através daquele veiculo do patronato incompetente que dá pelo nome de fórum para não sei o quê à custa de quem trabalha. Ficam aqui uns factos que o contradizem, para futura refer&ncia.
A disputa do tempo é um luxo?
(Vicente Ferreira in Ladrões de Bicicletas, 2019/01/09)
Na nota de conjuntura do último mês, o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa, defendeu que “a semana das 35 horas [em Portugal] é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”. Embora seja verdade que Ferraz da Costa nos tem habituado a declarações polémicas sobre o assunto, que raramente sobrevivem ao confronto com os factos, esta merece alguma atenção.
A disputa do tempo é um luxo?
(Vicente Ferreira in Ladrões de Bicicletas, 2019/01/09)
Na nota de conjuntura do último mês, o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa, defendeu que “a semana das 35 horas [em Portugal] é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”. Embora seja verdade que Ferraz da Costa nos tem habituado a declarações polémicas sobre o assunto, que raramente sobrevivem ao confronto com os factos, esta merece alguma atenção.
2018/12/20
Trabalho Com Direitos no Século XXI
O trabalho do futuro não pode estar no seu passado
(Hugo Dionísio, AbrilAbril, 2018/12/20)
O trabalho da «era digital» que nos querem impor pode parecer sofisticado mas utiliza um modelo ultrapassado, sem direitos laborais e com trabalhadores solitários e desprotegidos.
Olhar para o futuro sem perceber o passado é perder a vantagem que a perspectiva histórica nos permite e de tudo o que vem com ela. Quando olhamos para o passado do direito do trabalho, rapidamente percebemos que este se trata de um ramo de direito que, ao contrário de outros, a origem radica na prática de luta organizada dos trabalhadores, ou seja, dos próprios sujeitos do direito.
Foi a luta organizada, em tempos de enorme repressão sobre qualquer forma de acção colectiva, que nos trouxe o direito do trabalho. Primeiro através da imposição directa às entidades patronais do reconhecimento de um conjunto de direitos – salário, tempo de trabalho, condições de segurança e salubridade – e, mais tarde, com a transposição desta luta de base para um plano político mais vasto, que foi conquistando espaço para que o direito do trabalho se autonomizasse e institucionalizasse.
(ler mais)
(Hugo Dionísio, AbrilAbril, 2018/12/20)
O trabalho da «era digital» que nos querem impor pode parecer sofisticado mas utiliza um modelo ultrapassado, sem direitos laborais e com trabalhadores solitários e desprotegidos.
Olhar para o futuro sem perceber o passado é perder a vantagem que a perspectiva histórica nos permite e de tudo o que vem com ela. Quando olhamos para o passado do direito do trabalho, rapidamente percebemos que este se trata de um ramo de direito que, ao contrário de outros, a origem radica na prática de luta organizada dos trabalhadores, ou seja, dos próprios sujeitos do direito.
Foi a luta organizada, em tempos de enorme repressão sobre qualquer forma de acção colectiva, que nos trouxe o direito do trabalho. Primeiro através da imposição directa às entidades patronais do reconhecimento de um conjunto de direitos – salário, tempo de trabalho, condições de segurança e salubridade – e, mais tarde, com a transposição desta luta de base para um plano político mais vasto, que foi conquistando espaço para que o direito do trabalho se autonomizasse e institucionalizasse.
(ler mais)
2018/12/19
É Preciso um Partido Forte à Frente do Proletariado
As nossas forças!
(João Frazão, Avante!, 2018/12/13)
Três ou quatro exemplos recentes revelam o quão decisivas são as forças próprias, a organização dos trabalhadores, no movimento sindical e no Partido, independente dos interesses do capital, com capacidade de realização e intervenção.
No dia 8 de Novembro, a Confederação Nacional da Agricultura trouxe centenas de agricultores à Assembleia da República, reclamando outra política que defenda a agricultura familiar e a produção nacional. A dia 15 de Novembro, a CGTP-IN promoveu uma grandiosa manifestação, que revelou uma grande determinação e combatividade dos trabalhadores, fazendo convergir na Avenida da Liberdade os protestos, as denúncias, as reivindicações de centenas de empresas concretas e de todos os sectores de actividade.
(João Frazão, Avante!, 2018/12/13)
Três ou quatro exemplos recentes revelam o quão decisivas são as forças próprias, a organização dos trabalhadores, no movimento sindical e no Partido, independente dos interesses do capital, com capacidade de realização e intervenção.
No dia 8 de Novembro, a Confederação Nacional da Agricultura trouxe centenas de agricultores à Assembleia da República, reclamando outra política que defenda a agricultura familiar e a produção nacional. A dia 15 de Novembro, a CGTP-IN promoveu uma grandiosa manifestação, que revelou uma grande determinação e combatividade dos trabalhadores, fazendo convergir na Avenida da Liberdade os protestos, as denúncias, as reivindicações de centenas de empresas concretas e de todos os sectores de actividade.
Sobre a luta em desenvolvimento pelos direitos dos trabalhadores
Sobre a luta em desenvolvimento pelos direitos dos trabalhadores
(Francisco Lopes*, PCP, 2018/12/15)
A utilização parcial por parte do «Expresso» do conjunto da avaliação do PCP às lutas em curso, às suas razões, objectivos, dinâmicas e formas de luta suscita que com vantagem o seu conteúdo seja integralmente conhecido.
A luta dos trabalhadores foi factor decisivo dos avanços na defesa, reposição e conquista de direitos alcançados nos últimos anos, após a brutal ofensiva de agravamento da exploração da política dos PEC e do Pacto de Agressão da troika.
(Francisco Lopes*, PCP, 2018/12/15)
A utilização parcial por parte do «Expresso» do conjunto da avaliação do PCP às lutas em curso, às suas razões, objectivos, dinâmicas e formas de luta suscita que com vantagem o seu conteúdo seja integralmente conhecido.
A luta dos trabalhadores foi factor decisivo dos avanços na defesa, reposição e conquista de direitos alcançados nos últimos anos, após a brutal ofensiva de agravamento da exploração da política dos PEC e do Pacto de Agressão da troika.
2018/12/12
As Ministras, O Trabalho e As Declarações das Ministras Sobre o Trabalho
Eu sou muito distraído. Felizmente cá em casa há uma mulher muito mais atenta do que eu para me chamar à atenção para certas invariantes. Todas no mesmo dia, todas a puxar ao patronato, todas chateadas com os chatos dos senhores trabalhadores. Isto já foi há uns dias, aqui "ao atrasado".
Vejamos.
Vai a Srª Ministra da Justiça e ai que chatice, pobres reclusos, que dezembro é um mês muito inconveniente para os senhores guardas prisionais fazerem greve. Vai-se a ver e os senhores guardas prisionais foram notificados pelos senhores funcionários da Srª Ministra da Justiça, no dia 22 de Novembro, de que o acordo a que tinham chegado, após um ano de negociações, deixava de ter o acordo e passava a ter o desacordo do governo. Digo eu: Ó Srª Ministra, o final de novembro é um final de mês muito inconveniente para voltar atrás com a palavra.
Vai a Srª Ministra do Mar e ai que chatice, pobre porto de Setúbal, logo agora que estão quase, quase, quase a chegar a acordo, aquilo vai tornar-se insustentável com a debandada de 70% dos navios. Tudo por causa da inconveniência das greves dos senhores estivadores. Vai-se a ver e os senhores estivadores já concordaram com os 56 contratos, só falta os patrões concordarem com o contrato coletivo, como manda a lei, para pôr fim à maldita precariedade. Digo eu. Se a Srª Ministra do Mar pressionar os patrões para cumprirem a lei, em vez de pressionar os senhores estivadores para aceitarem migalhas nas vésperas de natal, salva-se o porto de Setúbal, diminui-se a precariedade, aumenta-se o pib e a produtividade e as exportações, ganhamos nós, ganha o país, ganha a Srª Ministra, ganham os senhores estivadores, até os patrões ganham em manter o porto a funcionar, só exploram um bocadinho menos.
Vai a Srª Secretária de Estado do Ministério da Educação e ai que chatos que já lhes demos dois anos e meio, e eles, teimosos como'um cão, não desatam daquela lenga lenga dos nove anos sete meses e dois dias. Vai-se a ver e já no OE de 2018 estava garantida a tal lenga lenga dos nove anos, sete meses e dois dias, e os senhores professores juram a pés juntos estarem totalmente abertos para negociar a forma e o prazo de contagem do tempo de serviço de facto servido. Digo eu: Ó Srª Secretária de Estado, diga lá ao Sr. Ministro, para explicar ao ronaldo do eurogrupo que basta negociar uns prazos de pagamento da dívida. Os senhores professores, ao contrário dos senhores do FMI e dos senhores do eurogrupo e dos senhores do Banco Mundial, até aceitam negociar prazos para o governo cumprir a lei.
Três pontapés no trabalho, em menos de 24 horas. É canelada a mais na geringonça.
Vejamos.
Vai a Srª Ministra da Justiça e ai que chatice, pobres reclusos, que dezembro é um mês muito inconveniente para os senhores guardas prisionais fazerem greve. Vai-se a ver e os senhores guardas prisionais foram notificados pelos senhores funcionários da Srª Ministra da Justiça, no dia 22 de Novembro, de que o acordo a que tinham chegado, após um ano de negociações, deixava de ter o acordo e passava a ter o desacordo do governo. Digo eu: Ó Srª Ministra, o final de novembro é um final de mês muito inconveniente para voltar atrás com a palavra.
Vai a Srª Ministra do Mar e ai que chatice, pobre porto de Setúbal, logo agora que estão quase, quase, quase a chegar a acordo, aquilo vai tornar-se insustentável com a debandada de 70% dos navios. Tudo por causa da inconveniência das greves dos senhores estivadores. Vai-se a ver e os senhores estivadores já concordaram com os 56 contratos, só falta os patrões concordarem com o contrato coletivo, como manda a lei, para pôr fim à maldita precariedade. Digo eu. Se a Srª Ministra do Mar pressionar os patrões para cumprirem a lei, em vez de pressionar os senhores estivadores para aceitarem migalhas nas vésperas de natal, salva-se o porto de Setúbal, diminui-se a precariedade, aumenta-se o pib e a produtividade e as exportações, ganhamos nós, ganha o país, ganha a Srª Ministra, ganham os senhores estivadores, até os patrões ganham em manter o porto a funcionar, só exploram um bocadinho menos.
Vai a Srª Secretária de Estado do Ministério da Educação e ai que chatos que já lhes demos dois anos e meio, e eles, teimosos como'um cão, não desatam daquela lenga lenga dos nove anos sete meses e dois dias. Vai-se a ver e já no OE de 2018 estava garantida a tal lenga lenga dos nove anos, sete meses e dois dias, e os senhores professores juram a pés juntos estarem totalmente abertos para negociar a forma e o prazo de contagem do tempo de serviço de facto servido. Digo eu: Ó Srª Secretária de Estado, diga lá ao Sr. Ministro, para explicar ao ronaldo do eurogrupo que basta negociar uns prazos de pagamento da dívida. Os senhores professores, ao contrário dos senhores do FMI e dos senhores do eurogrupo e dos senhores do Banco Mundial, até aceitam negociar prazos para o governo cumprir a lei.
Três pontapés no trabalho, em menos de 24 horas. É canelada a mais na geringonça.
2018/12/09
Noticias das Lutas em Portugal 2018/12/09
O Trabalho desapareceu dos noticiários. Nos jornais, há 20 anos, ainda havia uma secção de Trabalho, havia um corpo de jornalistas que cobriam as greves, as lutas, as negociações. Tudo isso era notícia.
Hoje, os "critérios editoriais" são outros. As administrações, dos jornais, legítimas representantes dos accionistas, dos jornais, decidiram que o Trabalho não existe.
Há por aí umas "famílias", essas famílias usufruem de uns rendimentos que aumentam (pouco) ou diminuem (muito) ao sabor das crises financeiras, mas trabalho, trabalhadores ... nada, não há, não interessa, não existe. De onde vêm esses rendimentos das famílias? Do Trabalho não é concerteza, isso já não existe.
E no entanto ele move-se, o trabalho. Concentrações, greves e manifestações dão expressão às exigências e ao protesto dos trabalhadores na Rodoviária do Tejo, na Fico Cables, na Geberit ou na Petrogal. Em força, saíram à rua os bombeiros profissionais e os trabalhadores das IPSS.
Hoje, os "critérios editoriais" são outros. As administrações, dos jornais, legítimas representantes dos accionistas, dos jornais, decidiram que o Trabalho não existe.
Há por aí umas "famílias", essas famílias usufruem de uns rendimentos que aumentam (pouco) ou diminuem (muito) ao sabor das crises financeiras, mas trabalho, trabalhadores ... nada, não há, não interessa, não existe. De onde vêm esses rendimentos das famílias? Do Trabalho não é concerteza, isso já não existe.
E no entanto ele move-se, o trabalho. Concentrações, greves e manifestações dão expressão às exigências e ao protesto dos trabalhadores na Rodoviária do Tejo, na Fico Cables, na Geberit ou na Petrogal. Em força, saíram à rua os bombeiros profissionais e os trabalhadores das IPSS.
2018/11/29
Policias Alugados ao Capital Portuário
Novos Ratinhos
(Manuel Rocha, N' As Beiras, 2018/11/24)
Setúbal. A guarda chegou na manhã para afastar os trabalhadores portuários que impediam a passagem do autocarro que, literalmente, iria furar a greve por direitos laborais. Não se disseram, mas poderiam ter-se dito - mesmo que outra seja a seara - as falas que José Saramago deixou escritas em Levantado do Chão: "Estão agora dois grupos de trabalhadores frente a frente, dez passos cortados os separam. Dizem os do norte, Há leis, fomos contratados e queremos trabalhar. Dizem os do sul, Sujeitam-se a ganhar menos, vêm aqui fazer-nos mal, voltem para a vossa terra, ratinhos. Dizem os do norte, Na nossa terra não há trabalho, tudo é pedra e tojo, somos beirões, não nos chamem ratinhos, que é ofensa. Dizem os do sul, São ratinhos, são ratos, vêm aqui para roer o nosso pão. Dizem os do norte, Temos fome. Dizem os do sul, Também nós, mas não queremos sujeitar-nos a esta miséria, se aceitarem trabalhar por esse jornal, ficamos nós sem ganhar. Dizem os do norte, A culpa é vossa, não sejais soberbos, aceitai o que o patrão oferece, antes menos que coisa nenhuma, e haverá trabalho para todos, porque sois poucos e nós vimos ajudar. Dizem os do sul, É um engano, querem enganar-nos a todos, nós não temos que consentir neste salário, juntem-se a nós e o patrão terá de pagar melhor jorna a toda a gente”.
(Manuel Rocha, N' As Beiras, 2018/11/24)
Setúbal. A guarda chegou na manhã para afastar os trabalhadores portuários que impediam a passagem do autocarro que, literalmente, iria furar a greve por direitos laborais. Não se disseram, mas poderiam ter-se dito - mesmo que outra seja a seara - as falas que José Saramago deixou escritas em Levantado do Chão: "Estão agora dois grupos de trabalhadores frente a frente, dez passos cortados os separam. Dizem os do norte, Há leis, fomos contratados e queremos trabalhar. Dizem os do sul, Sujeitam-se a ganhar menos, vêm aqui fazer-nos mal, voltem para a vossa terra, ratinhos. Dizem os do norte, Na nossa terra não há trabalho, tudo é pedra e tojo, somos beirões, não nos chamem ratinhos, que é ofensa. Dizem os do sul, São ratinhos, são ratos, vêm aqui para roer o nosso pão. Dizem os do norte, Temos fome. Dizem os do sul, Também nós, mas não queremos sujeitar-nos a esta miséria, se aceitarem trabalhar por esse jornal, ficamos nós sem ganhar. Dizem os do norte, A culpa é vossa, não sejais soberbos, aceitai o que o patrão oferece, antes menos que coisa nenhuma, e haverá trabalho para todos, porque sois poucos e nós vimos ajudar. Dizem os do sul, É um engano, querem enganar-nos a todos, nós não temos que consentir neste salário, juntem-se a nós e o patrão terá de pagar melhor jorna a toda a gente”.
2018/07/17
2018/07/10
A Ofensiva do Capital Contra o Trabalho
Acabou finalmente o fim de semana em que um outro assunto marcou a ordem do dia e as acaloradas discussões nas redes sociais versaram outras animalidades.
Eu ainda não fiz as pazes com os apoiantes das «expressões de cultura popular» muito pouco populares e ainda não percebi bem se e quando virei a fazê-las, mas é tempo de olhar para o que, não fora a atitude impensada de alguns, deveria ter sido o tema dos debates deste último fim de semana: as formas de por termo à ofensiva anti-laboral do capital.
O Armando Farias descreve-a, a nós compete-nos combatê-los por todos os meios ao nosso alcance: a ofensiva anti-laboral do Capital está a ser feita «articulando quatro eixos principais:
- a precarização da relação laboral, por via da liberalização e embaratecimento do despedimento individual, da generalização das formas precárias de trabalho e do alargamento do período experimental;
- a desregulação da organização do trabalho e a desregulamentação dos horários, a par da introdução dos bancos de horas e de outros regimes incluídos no pacote das chamadas flexibilidades e adaptabilidades;
- a diminuição dos rendimentos do trabalho, seja pela contenção salarial, seja por outras vias de aumentar a exploração dos trabalhadores, como o aumento do trabalho não remunerado;
- a imposição de regras que visam fragilizar o direito à contratação colectiva, nomeadamente o regime da caducidade, a possibilidade de adesão individual às convenções colectivas de trabalho; a eliminação do principio do tratamento mais favorável aos trabalhadores, a generalização do contrato individual de trabalho, a redução do direito de greve, através do alargamento dos serviços mínimos a vários sectores de actividade.
Não surpreende, portanto, que a apreciação da CIP tenha, também ela, um mesmo fio condutor. Se o anterior presidente daquela organização patronal se regozijava por Vieira da Silva fazer melhor trabalho que um governo de direita, o actual presidente, António Saraiva, não se mostrou menos agradado com a escolha do mesmo homem para Ministro do Trabalho no actual Governo do PS/António Costa.»
Quem neles votar é porque se deixou enganar ;-) @Refer&ncia
Eu ainda não fiz as pazes com os apoiantes das «expressões de cultura popular» muito pouco populares e ainda não percebi bem se e quando virei a fazê-las, mas é tempo de olhar para o que, não fora a atitude impensada de alguns, deveria ter sido o tema dos debates deste último fim de semana: as formas de por termo à ofensiva anti-laboral do capital.
O Armando Farias descreve-a, a nós compete-nos combatê-los por todos os meios ao nosso alcance: a ofensiva anti-laboral do Capital está a ser feita «articulando quatro eixos principais:
- a precarização da relação laboral, por via da liberalização e embaratecimento do despedimento individual, da generalização das formas precárias de trabalho e do alargamento do período experimental;
- a desregulação da organização do trabalho e a desregulamentação dos horários, a par da introdução dos bancos de horas e de outros regimes incluídos no pacote das chamadas flexibilidades e adaptabilidades;
- a diminuição dos rendimentos do trabalho, seja pela contenção salarial, seja por outras vias de aumentar a exploração dos trabalhadores, como o aumento do trabalho não remunerado;
- a imposição de regras que visam fragilizar o direito à contratação colectiva, nomeadamente o regime da caducidade, a possibilidade de adesão individual às convenções colectivas de trabalho; a eliminação do principio do tratamento mais favorável aos trabalhadores, a generalização do contrato individual de trabalho, a redução do direito de greve, através do alargamento dos serviços mínimos a vários sectores de actividade.
Não surpreende, portanto, que a apreciação da CIP tenha, também ela, um mesmo fio condutor. Se o anterior presidente daquela organização patronal se regozijava por Vieira da Silva fazer melhor trabalho que um governo de direita, o actual presidente, António Saraiva, não se mostrou menos agradado com a escolha do mesmo homem para Ministro do Trabalho no actual Governo do PS/António Costa.»
Quem neles votar é porque se deixou enganar ;-) @Refer&ncia
2018/05/10
Maio'68 - Realidade á Revelia dos Mitos
Maio de 68: «Tous ensemble, dix ans, ça suffit!»
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/05/07)
Ao Maio de 68, a todos os acontecimentos desse ano em todo o mundo, ninguém ficou indiferente. Gostasse ou não deles. Passar do sonho e da utopia à realidade deu força a outros movimentos, mesmo os da intimidade, dos costumes, da igualdade de sexos e da «revolução sexual», que não ficando concluídos, contribuíram para novos comportamentos, novas ideias, para o carácter do ensino e a atitude dos professores, para a confiança na força da contestação do que parecia imutável e da sua capacidade de transformar.
Mas os media dominantes também criaram mitos, uma interpretação própria das causas e consequências, valorizaram aspectos marginais, desprezando o essencial do que se passou.
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/05/07)
Ao Maio de 68, a todos os acontecimentos desse ano em todo o mundo, ninguém ficou indiferente. Gostasse ou não deles. Passar do sonho e da utopia à realidade deu força a outros movimentos, mesmo os da intimidade, dos costumes, da igualdade de sexos e da «revolução sexual», que não ficando concluídos, contribuíram para novos comportamentos, novas ideias, para o carácter do ensino e a atitude dos professores, para a confiança na força da contestação do que parecia imutável e da sua capacidade de transformar.
Mas os media dominantes também criaram mitos, uma interpretação própria das causas e consequências, valorizaram aspectos marginais, desprezando o essencial do que se passou.
2018/04/19
O Silenciamento das Lutas
É importante para eles que não se saiba, que não se oiça, que não se veja. É a forma de nos convencer que estamos sozinhos, que somos só nós os descontentes, os recalcitrantes, as mafaldinhas. Sózinhos nos nossos buracos somos alvos fáceis para a ideologia dominante. É por isso que as greves nas prisões dos EUA não dão nos telecaneiros, o motin de nova iorque não existiu para os jornaleiros e a onda de greves que assola a França não passa nos media corporativos. É importante para nós mostrar as lutas, as greves, mostrar que afinal somos muitos, muitos milhões de mafaldinhas recalcitrantes por esse mundo fora. @Referência.
Ferroviários franceses mantêm greves contra reforma no sector
(AbrilAbril, 2018/04/18)
Os trabalhadores do sector ferroviário francês cumprem, esta quarta-feira, uma jornada de greve contra a reforma que o governo de Macron quer impor no sector, visando a «destruição do serviço público»
A vaga de greves teve início nos dias 3 e 4 deste mês, paralisando as ligações ferroviárias, tanto nas linhas de alta velocidade, onde circulou um só comboio em cada sete, como nas linhas regionais, com um só comboio em cada cinco.
Ferroviários franceses mantêm greves contra reforma no sector
(AbrilAbril, 2018/04/18)
Os trabalhadores do sector ferroviário francês cumprem, esta quarta-feira, uma jornada de greve contra a reforma que o governo de Macron quer impor no sector, visando a «destruição do serviço público»
A vaga de greves teve início nos dias 3 e 4 deste mês, paralisando as ligações ferroviárias, tanto nas linhas de alta velocidade, onde circulou um só comboio em cada sete, como nas linhas regionais, com um só comboio em cada cinco.
2018/03/17
O PS, sempre, sempre ao lado do Capital!
«A deputada do PS bem tentou arranjar desculpas para o que viria a fazer pouco depois, votar com a direita contra os direitos dos trabalhadores. No fim, confessou que à oportunidade e à forma se somava um problema: não estava de acordo com o conteúdo»
E mais não digo.
E mais não digo.
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