Mostrar mensagens com a etiqueta #InvasãoDaVenezuela. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta #InvasãoDaVenezuela. Mostrar todas as mensagens

2019/07/03

Uma Resumo da Realidade Factual

O Irão assinou um tratado com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha. O Irão cumpre o tratado como provam os relatórios da agência da ONU responsável pela monitorização do tratado. Os EUA retiraram-se unilateralmente do tratado. Os EUA puseram um drone a sobrevoar, comprovada e reprovadamente, o espaço aéreo iraniano e o Irão "explicou-lhes" de forma contundente que o espaço aéreo iraniano é iraniano não é norte-americano. Os EUA acusam o Irão de ter posto umas minas nuns petroleiros e dizem que têm outras provas além de um vídeo manhoso, mas ainda não as mostraram a ninguém. O Irão, o capitão do navio japonês, o Japão e a Noruega dizem que não, nem foi o Irão, nem foram minas, foi um objecto voador (que os EUA acham ser) não identificado.

A Rússia está a desenvolver um míssil de médio alcance que, segundo afirma a Rússia, não viola o tratado assinado com os EUA, os EUA dizem que não, que viola. Os EUA instalam armamento ofensivo a 50 km das fronteiras da Rússia e a 5 000 km dos EUA. Dizem os EUA que é para se defenderem dos russos. Os EUA instalam bases militares a 50 km da Rússia e a 10 000 km dos EUA, dizem os EUA que é para se defenderem dos russos. Até hoje a Rússia nunca atacou os EUA, pelo contrário, em 1918 os EUA invadiram a Rússia. Quem é que precisa de se defender de quem?

Os EUA mudaram a sua lei de “defesa” para permitir a utilização de armamento nuclear como forma de vencer conflitos de média dimensão. Os critérios editoriais dos media corporativos deixam de fora a desinteressante temática. Afinal, a quem interessa que uma potência com capacidade para destruir o mundo ache que o pode fazer?

O pró-cônsul estado-unidense para a Venezuela e "sus muchachos" meteram ao bolso o dinheiro angariado com o concerto do benfeitor concertante, e mais uns trocos, e mais o dinheiro venezuelano que os EUA e o NovoBanco e os bretões roubaram à Venezuela, e deixaram a apodrecer na Colômbia os três carregos de ajuda militária que os EUA quiseram introduzir à força na Venezuela. Os critérios editoriais dos media corporativos calam a desinteressante temática. Afinal, a quem é que interessa que o pró-consul dos EUA não só não tenha organizado as eleições que se tinha proposto organizar, como esteja a usar o dinheiro venezuelano para pagar as contas dos hotéis e das jantaradas "de sus muchachos" residentes na Colômbia?

São tudo coisas que ficamos a saber no artigo do José Goulão sobre realidades paralelas, e eu tinha de lhe arranjar aqui um cantinho para futura @Refer&ncia.

O mundo em realidade paralela
(José Goulão, AbrilAbril, 2019/06/27)

Por que está o Irão a ser vítima de uma guerra, através de sanções económicas arbitrárias, que pode estender-se à componente militar? Procurem a resposta no mainstream: encontrá-la é como acertar no euromilhões.

2019/04/30

Os EUA e a mudança de regime na Venezuela

Os EUA e a mudança de regime na Venezuela
(Carlos Fazio, in O Diário.info, 2019/04/19)

A conspiração imperialista contra a Venezuela utiliza um amplo leque de meios: militares, económicos, mediáticos, políticos, culturais. É uma guerra de “quarta geração.” Criou e preparou os seus próprios fantoches. Inflige ao povo venezuelano todas as dificuldades e violências. Mas essa constante agressão, que teve início ainda Chávez não tinha assumido o poder, ainda não quebrou a resistência bolivariana, que exige e merece toda a solidariedade do mundo.

No quadro de uma guerra global de classes de expansionista e agressiva nos últimos 20 anos, durante quatro presidências sucessivas de democratas e republicanos na Casa Branca: William Clinton, George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump, a diplomacia de guerra dos EUA tem vindo a impulsionar uma política de mudança de regime na Venezuela contra os governos constitucionais e legítimos de Hugo Chávez e Nicolas Maduro.

2019/02/01

Venezuela: As Verdades Escondidas

Para Entender a Venezuela Hoje É Preciso Saber Como Era Antes da "Revolução-Bolivariana"
(Marcelo Zero, Viomundo, 2017/08/08)

I – Antecedentes

Não é possível se entender a atual crise da Venezuela e tampouco o regime chavista sem se compreender como era esse país antes da “revolução bolivariana” e qual o seu significado geopolítico para os EUA.

A Venezuela está sentada na maior reserva provada de petróleo do mundo. São 298,3 bilhões de barris, ou 17,5% de todo o petróleo do mundo. Este petróleo está a apenas 4 ou 5 dias de navio das grandes refinarias do Texas. Em comparação, o petróleo do Oriente Médio está entre 35 a 40 dias de navio dos EUA, maior consumidor de óleo do planeta.

Essas imensas reservas começaram a ser exploradas no governo de Juan Vicente Gómez (1908-1935).

2018/12/05

Masterstroke - O Plano dos EUA para Destruir a Venezuela

O plano dos EUA para derrubar o governo eleito da Venezuela apareceu publicado na rede Voltaire em fevereiro deste ano e o José Goulão no AbrilAbril já a ele tinha feito referência. Agora, quando está em curso mais uma onda golpista vale a pena relê-lo para compreender que a estratégia golpista dos EUA no mundo evoluiu muito nos últimos vinte anos.

E que afinal a culpa do estado a que a Venezuela chegou é, mais uma vez, do eixo do mal liderado pelos EUA! (Clique nas imagens para ver uma versão mais legível)



Plano para derrubar a ditadura(1) venezuelana
"Masterstroke"

Comando dos Estados Unidos para o Sul
23 de Fevereiro de 2018

(Secreto/20180223)

Situação Actual
(Em tradução)


Chegou o momento de:

Passos a dar para acelerar o derrube definitivo do chavismo e a expulsão dos seus representantes



Minar o decadente(1) apoio popular ao Governo.

* Encorajar a insatisfação popular aumentando a escassez e o aumento do preço dos alimentos, medicamentos e outros ...


... bens essenciais para os habitantes. Aumentando a angústia e a dor da escassez dos principais bens de consumo essenciais.

Assegurar a actual deterioração irreversível do ditador(1)

* Desenvolvendo acções que encorajem o egocentrismo e a incontinência verba do actual ditador(1), levando-o a cometer erros que a nível doméstico gerem desconfiança e rejeição ao mesmo tempo que continuam a minimizar o significado da sua figura pública a nível internacional
* Sitiá-lo, ridicularizá-lo e colocá-lo com símbolo de estranheza e incompetência. Expo-lo como marioneta de Cuba. Exacerbar a divisão entre membros do grupo governante. Revelando as diferenças de condições de vida entre eles e os seus seguidores, e ao mesmo tempo incitá-lo a manter e aumentar essas divergências. Salientar os exemplos de Rafael Ramirez do PDVSA e de Nelson Merentes do BCV.
* Tornar insustentável a sua governação forçando-o a claudicar, negociar e fugir, tal como já fizeram outros colaboradores. ...

* Tomar medidas para deixar uma porta das traseiras ou de serviço, caso finalmente prefira procurar uma saída do país.

Aumentar a instabilidade interna para um nível crítico.

* Intensificar a descapitalização do país, a fuga de divisas e a deterioração da base monetária, forçando a aplicação de medidas inflacionárias que aumentem a deterioração e simultaneamente provoquem os cidadão com menos posses - que suportam os actuais poderes - e os mais favorecidos, por forma sentirem o seu status ameaçado ou afectado. Estabelecer que o uso da bitcoin, Petro, é um elemento chave na deterioração da economia, oq ue é uma manipulação inconstitucional e ilegal da divisa nacional, utilizável para lavagem de dinheiro.
* Obstruir completamente as importações e, ao mesmo tempo, desencorajar potenciais investidores estrangeiros a fim de contribuir para tornar mais crítica a situação da população - especialmente na esfera da gasolina, essencial para qualquer tentativa de recuperação da economia nacional.
* Apelar para aliados domésticos e para outras pessoas inseridas a partir do estrangeiro na cena nacional com o objectivo de gerar protestos, tumultos, roubos, assaltos e sequestros de navios, bem como outros meios de transporte,


com a intenção de desertar este país em crise pelas suas fronteiras e outras possíveis formas, violando a segurança nacional das nações vizinhas com que tenha fronteiras.
* Usar a corrupção generalizada e os lucros provenientes de operações com drogas proibidas para destruir a sua imagem no mundo e entre os seus seguidores internos.
* Promover a fadiga entre os membros do PSUV, incitar ao aborrecimento e inconformidade entre eles para recusarem as medidas e restrições que também os afectem, incitar o aparecimento de fracções politicas internas, dividindo-os nos seus chismos, tornando-o tão fraco como a oposição. Criando fricções entre o PSUV e o "Somos Venezuela".
* Estruturando um plano para uma profusa fuga do país dos mais qualificados profissionais, com o objectivo de  "o deixar sem profissionais absolutamente nenhuns", o que agravará ainda mais a situação interna e ao correr do fio culpar o Governo.

* Estabelecer uma temporização acelerada para evitar que o Ditador continue a ganhar o controlo do cenário interno. Se for necessário, agir antes das eleições planeadas para o próximo Abril.
* Conseguir o apoio da cooperação das autoridades aliadas dos países amigos (Brasil Argentina, Colômbia, Panamá e Guiana).
* Organizar o aprovisionamento, alívio de tropas, apoio médico e logístico do Panamá. Fazer bom uso da vigilância electrónica e espionagem. Os hospitais e suas instalações implantadas em Darien, os aeródromos equipados para o Plano Colombiano, bem como o pertencente à "Rio Hato", além do Centro Humanitário Regional das Nações Unidas, projectado para situações ou catástrofes e emergência humanitária, que tem um aeródromo e seus próprios armazéns.