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2020/01/09

A Morte "privada" Que Desapareceu dos Media

A Leonor não cabe na campanha
(Daniel Oliveira, in Espesso, 2020/01/08)

A morte de Leonor vai ficar nos registos do Hospital Garcia de Orta. O hospital público onde teve o tratamento que merecia. Infelizmente, tarde demais. Leonor, com 12 anos, tinha dores fortes e febre. Foi atendida pela primeira vez a 17 de dezembro, fez análises para saber se tinha uma infeção urinária e depois foi medicada para um problema muscular. A 20 de dezembro piorou e no dia seguinte voltou ao hospital. Nem a camisola a mandaram tirar, diz a mãe. Com enormes dores, gritou. A pediatra disse que ela não podia sentir tantas dores depois do medicamento que lhe tinha sido ministrado. Aconselhou uma consultada com um pedopsiquiatra. Estaria a pedir atenção.

2018/10/26

Sobre a desinformação, suas forma e efeitos

Brasil: a destruição do espaço público é o triunfo do poder absoluto do mais forte
(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 26/10/2018)

Por andar a escrever bastante sobre o Brasil e por Gregório Duvivier (“Porta dos Fundos”) ter partilhado uma entrevista que lhe fiz nas redes sociais, tenho tido muitas reações de brasileiros que vivem em Portugal e no Brasil. Por essa via tive, há uns tempos, uma experiência antropológica interessante. Um brasileiro enviou-me um conjunto de “notícias” sobre a esquerda brasileira. Desde leis apresentadas no Congresso, com links não acessíveis por se tratarem de fotografias e com resumos onde se fala de “promoção do ateísmo” ou do ensino de que “ninguém nasce homem ou mulher”, até o já famoso “kit gay”. De forma pedagógica e paciente, fui enviando os links para as propostas de lei referidas, para que o meu interlocutor verificasse que os resumos eram falsos, e links para notícias que desmentiam o vídeo que ele me enviava da TV Record (da IURD).

2018/10/07

Haddad 13 : Está no Segundo Turno

A pouca horas de abrirem as urnas mantenho a esperança no grande povo brasileiro e no seu candidato natural, o democrata, honesto competente e socialmente preocupado Fernando Haddad.

Espero bem que o titulo da opinião abaixo não se verifique uma professia.

Como se elege um fascista
(Daniel Oliveira, in Expresso, 05/10/2018)

O erro da ditadura foi torturar e não matar.” “O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um cobarde.” “Deveriam ter sido fuzilados uns 30 mil corruptos, a começar pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso.” “Seria incapaz de amar um filho homossexual.” Dirigindo-se a uma deputada: “Não te estupro porque você não merece.” “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida.” “Nem para procriador o afrodescendente serve mais.” “Parlamentar não deve andar de ónibus.” Como ficaram os brasileiros anestesiados, a ponto de poderem eleger como presidente o autor destas alarvidades?

2018/03/24

Ai Ai Ai Que o Facebroncas Faz Concorrência aos Media Corporativos

E sim, de facto gosto mais do Daniel escrito do que do Daniel falado.

Citizen Mercer
(Daniel Oliveira in Expresso, 2018/03/24)
Há muito tempo que o nosso rasto nas redes sociais é abusivamente utilizado para nos manipularem. Enquanto serviu o comércio estava tudo bem. Só quando governos começaram a cair porque, em vez de roupa e jogos, o Facebook nos vendeu partidos e candidatos, os políticos acordaram. E anunciam-se impostos, regulações, multas. Robert Mercer, o milionário que fez fortuna em fundos de investimento altamente especulativos e investiu na Cambridge Analytica, é a besta negra do momento. Mercer foi mecenas de Stephen Bannon, que colocou na Casa Branca, e financiou Ted Cruz, primeiro, e Donald Trump, depois. O informático libertário representa na perfeição o casamento entre as novas tecnologias e o poder financeiro. Está nos antípodas da retórica dos movimentos de direita que resistem à globalização. Porque anda metido com a Liga italiana e Trump, o ‘Brexit’ e a Rússia? O objetivo não é seguramente impor governos protecionistas. Além de ganhar dinheiro, o mais provável é que queira ajudar a criar o caos, enfraquecendo a democracia e o Estado. Na tradição do liberalismo radical, pessoas como Mercer desconfiam do sufrágio universal, que dá ao povo o direito de eleger quem lhes vai cobrar impostos e limitar o poder. Nada têm contra o sistema, que está nas suas mãos, ou contra a globalização, de que são um motor essencial. O seu problema é mesmo com a democracia.

2018/02/21

RBI - Se os moedas arrojas & cia são a favor ...

... Eu sou contra.

Confesso que sempre estranhei algum consenso neo-liberalizante em redor do apadrinhado ovo de colombo, confesso que hà muito venho argumentando em prol da justa e óbvia redistribuição das mais valias produzidas pelo trabalho, através de uma justa e óbvia redução dos horários de trabalho, reduzindo assim a expropriação privada da mais valia que socialmente produzimos.

Deixo aqui um texto do Daniel Oliveira sobre o assunto porque em três pazadas arruma com o neo-liberal pacote «fim da progressividade fiscal-rendimento básico universal-flexibilidade laboral».@Refer&ncia

RBI: matar a serpente ainda dentro do ovo
(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 2018/02/21)

Carlos Moedas e Pedro Duarte apresentaram uma moção ao último congresso do PSD onde defenderam “um novo contrato social que assegure sustentabilidade ao sistema e eficácia ao modelo”. Eles explicam: “O debate deve questionar a justiça da atual progressividade fiscal, deve estudar formatos inovadores como o rendimento básico universal e deve equacionar novas políticas ativas de emprego, dando a flexibilidade que a nova economia exige, sem pôr em causa a segurança que legitimamente os cidadãos anseiam.”