2017/07/27

O PCP, a floresta e o silenciamento do PCP sobre a floresta

Foi no foicebook que Agostinho Lopes, deputado do PCP na atual Assembleia da República escreveu sobre o que o PCP tem feito pela floresta ao longo de 43 anos, o que o PCP tem feito e tem sido silenciado pelo Capital e seus serventuários, o que o PCP tem conseguido fazer passar na AR e tem sido olimpicamente ignorado pelos sucessivos centrões governativos.

«A IGNORÂNCIA, A PREGUIÇA E O PRECONCEITO»

«A ignorância pode ser suprida pelo estudo, pela investigação. Mas tal exige algum esforço intectual. Quando se juntam as duas, o resultado para o jornalista e/ou comentador é mortal. Quando se mistura o preconceito, que estabelece a matriz da análise, temos o caldo entornado…

A que propósito vem todo este arrazoado moralista? Ao tratamento de muita Comunicação Social da posição do PCP sobre o dito pacote florestal do Governo PS, votado na quarta-feira, 19 de Julho, e em particular, o seu voto contra, o projecto do Banco de Terras do Governo.

Podiam-se sortear alguns exemplos. Por exemplo, Jorge Coelho, Francisco Louçã, este com o acinte da intriga, e outros. Escolha-se o último lido, Daniel Oliveira, no Expresso Diário de 24 de Julho (poder-se-ia falar do último Eixo do Mal), e o seu sermão ao PCP sob o bonito título “a-terra-ao-proprietário-mesmo-que-a-não-trabalhe”!

A ignorância. O Daniel, não tem que saber de tudo. E logo não tem de conhecer o longo e largo dossier da política florestal no País. E em particular, a relação incêndios florestais/estrutura da propriedade florestal e a sua diversidade. O Daniel não tinha de saber que o problema da pequena propriedade florestal, dita abandonada, é mais velha do que aquilo que nós sabemos…! O Daniel não tinha de saber as posições e propostas do PCP e do que debateu com o Governo e deputados do PS. O Daniel não sabe mesmo, mas a isso não era obrigado, o conjunto de projectos votados, e a história longa, política e parlamentar de algumas dessas questões e temas, como o do cadastro. O Daniel, não estudou, não investigou, não perguntou sequer. Mas isso tem um nome…

A preguiça. O Daniel não se deu ao trabalho de estudar o dossier. Leu as “criticas” (usemos este eufemismo) do BE e o aparente espanto do Ministro Capoulas! Em linguagem popular, emprenhou pelos ouvidos… Podia ter lido, o que muitos especialistas portugueses escreveram por estes dias nos jornais. E não leu. Podia ter lido sucessivas Recomendações de Relatórios da Assembleia da República e não leu. Podia ter lido o que o PCP há muitos anos diz sobre o assunto. Podia até, não lhe ficava mal, ter perguntado ao PCP porque votou assim?

Podia até ter-se interrogado e procurado esclarecer os dois grandes mistérios daquela votação. Porque defendem agora o PS e o Bloco o Banco/Bolsa de Terras e a expropriação da dita “propriedade abandonada” (O BE vai ainda mais longe que o PS, julgo que por pura ignorância). E porque votaram contra a Lei da Bolsa de Terras e a Lei da “Terra sem dono” do Governo PSD/CDS/Cristas?! E porque votaram o PSD e o CDS agora contra esses projectos com os mesmo objectivos dos que aprovaram no seu governo?! E Daniel, feito especialista (demasiado à pressa) na matéria, desatou a asneirar sobre o tema. Só vejo uma explicação, há contrabando na costa…

O preconceito. Pesou forte e feio, o preconceito anticomunista! E este, provoca, até no mais inteligente, uma forte cegueira e turbação no pensamento.

Tentemos responder ao que se julgam ser os eixos centrais da argumentação do Daniel. [...] »

E se chegou aqui tem mesmo de continuar a ler aqui no foicebook sobre o que o Agostinho Lopes escreveu sobre o que o PCP tem feito pela floresta ao longo de 43 anos, o que o PCP tem feito e tem sido silenciado pelo Capital e seus serventuários, o que o PCP tem conseguido fazer passar na AR e tem sido olimpicamente ignorado pelos sucessivos centrões governativos.

2017/07/20

1% de Culpados, 99% de Explorados

Não, não hà turistas a mais!

Nunca hà turistas a mais numa cidade que se pretenda cosmopolita. O turismo é o internacionalismo dos tempos livres e que se saiba, do nosso lado da trincheira, queremos mais tempos livres e mais internacionalismo. 

É por isso que do texto do manifesto concordo especialmente com esta passagem:

«Mas até vou concordar consigo, não há turistas a mais, é verdade. Mas há autocarros a menos, metro a menos, limpeza a menos, planeamento a menos, sentido do real a menos. O Fernando tem um gabinete, sai do gabinete vai para os estofos do automóvel, e dos estofos do automóvel para o conforto da casa. Deve chatear-se por vezes com o trânsito, mas este seria menos com transportes a mais...

Enfim, Lisboa está um caos, convença-se disso.

Se quer, como todos queremos, que continuem os estrangeiros a adorar Portugal e Lisboa, pense que a primeira coisa a fazer é mesmo dar melhores condições para quem cá vive, viver melhor, mover-se melhor, desperdiçar menos energias a rogar pragas à enchente de turistas.»

E como vale a pena ler a opinião de quem sofre por Lisboa aqui fica a refer&ncia. Vá, vão lá ler ;-)

Sobre o Racismo: abaixo o cromagnismo

Eu sei, eu sei, os cromagnons até nem eram más pessoas, segundo os paleontólogos seriam vegetarianos e era senso comum que estavam extintos. Afinal, vai-se a ver, são carnívoros, habitam os campos e as periferias das cidades e estão vivinhos da silva, nós homo, descendentes dos neandertais é que andamos distraidinhos ;-)

Facto: não, não vivem de subsidios!

Perante mais um aflorar de cromagnismo deixem-me registar já uma refer&ncia ao tal estudo sobre as comunidades ciganas residentes em Portugal. Mais tarde, com o tempo a ver se me lembro de vir aqui adicionar outras referencias ;-)

2017/07/13

À Conversa sobre patriotismos

Só porque quero ficar com esta conversa surgida na sequência de um excelente inicio de discurso do Secretário Geral do PCP ... para futuras referencias

2017/07/08

Contra os neo fascistas, por uma europa dos povos

A propósito de mais um escrito da rede negra, aqui fica um exemplo de como eles se infiltram reptilineanamente, bem ilustrativo das táticas de mentira usadas para promover as direitas ultramontanas que tão bons resultados deram em inglaterra, em frança ou nos eua.

Propaganda fascizante muito bem feita.

Tudo factos, embrulhados em celofane conspirativo (o marxismo explica isto organicamente sem necessitar de ert's malévolas) até ao momento em que quer lavar os neofascistas, racistas do ukip e da fn com lexivias de "independentes" e perfumes de malcheirosos nacionalismos.

Aí chegados, depois de bem preparado o leitor, nos últimos folegos dos últimos parágrafos, cai-lhes a máscara.

Nunca os fascistas estiveram do lado do trabalho, da liberdade, da solidariedade, de um mundo fraterno e de uma sociedade sustentável.

A memória histórica responsabiliza-os por 50 milhões de mortos no século passado e centenas de milhar de afogados já neste século xxi. As lepenas e os ukips são a tropa de choque da finança (e da ert por consequência) na luta contra a liberdade e a solidariedade e quem não acredite deve ir ver quem financia os neofascistas, o que eles propoem nas instâncias europeias e comparar com quem financia a esquerda e o que ela propoem para a europa: uma europa dos povos e não da finança, uma europa do trabalho e não do capital.

2017/07/06

Neoliberalismo é pagar lucros privados com dinheiros públicos

Consta que a tropa anda a contratar privados para lhe vigiar as instalações, tudo dentro da mais pura cartilha neoliberal do menos estado e mais lucros para as fortunas privadas.

Os três mandamentos da ideologia neoliberal

1. O privado é bom.
2. O que não é privado é mau.
3. Privatize-se tudo o que ainda não o seja.

A prática neoliberal:

1. Se o privado for mau, metralha-se o primeiro mandamento até fazer dele a verdade única e inquestionável enquanto se despejam ainda mais dinheiros públicos em cima das fortunas privadas que vendem maus serviços a quem deles necessita.

2. Se o público for bom, metralha-se o segundo mandamento até fazer dele um dogma de fé e procede-se à sua destruição até o tornar mau. Apresentando-se então esse, anteriormente bom, agora tornado mau serviço público como exemplo da incapacidade da coisa pública fornecer bons serviços.

3. Seja o público bom ou mau, aplique-se o terceiro mandamento e ofereça-se à ganância privada tudo o que possa ser pago com dinheiros públicos que devem, estes sim e também, ser extorquidos a quem menos tenha, libertando as fortunas dos que mais têm para o investimento em areas que possam ser pagas com dinheiros públicos.