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2022/09/24

O pentágono nas redes sociais

Operações psicológicas dos EUA expostas: Washington não está preocupado com a moral, está preocupado em ser apanhado
(Russia Today, 2022/09/24)

Uma investigação bombástica do Washington Post revelou que o Pentágono está a realizar uma “auditoria abrangente sobre a condução da guerra de informação clandestina”, depois de várias contas nas redes sociais, que os seus agentes usaram para atingir públicos estrangeiros em elaborados esforços de guerra psicológica, foram expostas.

As contas violaram as regras da plataforma e acabaram por ser desmascaradas por investigadores e pelas redes sociais que eles usaram como armas.

2022/08/26

São Mil e Quatrocentos Milhões a Espirrar Ao Mesmo Tempo

 São mil e quatrocentos milhões de individuos que estão sossegados na terra deles a fazerem por ser felizes à moda deles.

Convém ter em conta que se metade deles bater com o pé no chão a terra dá um salto e se todos espirrarem temos um tsunami.

Talvez fosse boa ideia deixá-los ser felizes na terra deles como eles bem entenderem em vez de ir lá abanar a colmeia. 

O que é que acham?

Gente com bom senso bem tenta explicar que as abelhas só se tornam agressivas quando tentamos roubar-lhes o mel.

2022/06/01

Só Para Crentes ...

Um Dia Hão-de Acordar! (Hugo Dionisio, Facebroncas, 2020/05/28)

E depois dirão assim: “ninguém esperava por isto”? ao que responderemos: “ninguém”? “Mas nós dissemos que…” e ele responde: “pois, pois…”. “agora disseram tudo”!

Foi assim quando os EUA foram derrotados no Afeganistão e fugiram de mala às costas. Claro que quem lia outras fontes [...] sabia que chamavam a Karzai [...] o “presidente da Câmara de Kabul”. Foi assim com a crise de 2008, quando abundavam artigos económicos sobre a bolha imobiliária nos EUA. [...] O que conta para o cidadão medianamente informado é o que dá na TV!

Depois de assistir a uma pivot (para não lhe chamar jornalista) da CNN Portugal, a qual perante um general do exército, classificou a situação de Azovstal como uma “vitória estratégica” do regime nazovista de Ze… Fiquei tão estupefacto quanto o militar – cujo nome agora não recordo. Contudo, esta situação permitiu-me proceder a um exercício mental, sempre muito útil, e que consiste em tentarmos colocar-nos na cabeça do outro. Neste caso, da outra.

Partindo deste plano, dou apenas alguns exemplos do que pode chegar a ser a forma enviesada como um cidadão medianamente informado na TV e nos órgãos da industria monopolista da comunicação ocidental, olha para a realidade:

2022/03/01

4 Opiniões Sobre a Guerra da Ucrânia e dois epílogos servidos frios

 

Agora, depois de muitos se pronunciarem sobre a catástrofe que se abateu sobre a Europa, tive a oportunidade de encontrar quatro coincidentes olhares de quatro indivíduos. São pessoas com as quais estou geralmente em desacordo, se bem que em graus diversos, porque, se o mundo é a cores, as mentes humanas são universos de cor. Pena é que as queiram reduzir a um mesmo cinzento próprio dos tempos negros que varreram o mundo faz agora uns provectos oitenta anos, quase um século.

Arrisco começar com a perspetiva de um douto constitucionalista da nossa praça, passando em seguida pelo olhar de um perigoso extremista, de onde navegaremos para a visão de um pequeno-burguês com tribuna nos media corporativos, para terminar com um dos oráculos nacionais. Todos eles partilhando a mesma categoria de reais cripto-comunistas mascarados de anti-comunistas ferrenhos ao longo dos últimos 30 anos. Como sobremesa, sirvo os conselhos de Henry Kissinger, envelhecidos em cascos de carvalho desde 2014 e a posição dos comunistas portugueses, a frio, em cima da ceia, como sorvete que pare a digestão de tão lauto banquete, farto de bom senso tardio.

2022/02/23

Sobre o Confronto Rússia vs. EUA

Não sei quem ganhará, mas sei que nós, os pacifistas bem intencionados já somos os principais derrotados. As duas panorâmicas que aqui recolhi não auguram nada de bom para os próximos tempos e ambos os autores têm leituras muito lúcidas da realidade, um sobre o que Putin esteve a explicar durante uma hora e outro sobre a indiscritivel passividade da União Europeia face aos vários desmandos que os EUA lhe têm imposto. Vejamos primeiro que disse Putin.

Não Sejamos Otimistas
(Francisco Seixas da Costa, CNN Portugal, 2022/02/22)

Não tendo uma natural vocação masoquista, dei comigo a pensar, no final da tarde de segunda-feira, por que razão, por quase uma hora, me entretive tanto a ouvir, numa muito profissional interpretação simultânea (num site russo, em espanhol), a integralidade da comunicação que Vladimir Putin fez ao país e ao mundo.

2021/08/28

Afeganistão? Tenham vergonha já que vos falta tudo o resto!

O Grande Jogo de Esmagar Nações
(John Pilger, O Diário.info, 2021/08/28)

Enquanto um tsunami de lágrimas de crocodilo engolfa os políticos ocidentais, a história é suprimida. Há mais de uma geração o Afeganistão conquistou a sua liberdade, que os EUA, a Grã-Bretanha e os seus “aliados” destruíram.

Em 1978, um movimento de libertação liderado pelo Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA) derrubou a ditadura de Mohammad Dawd, primo do rei Zahir Shah. Foi uma revolução imensamente popular que apanhou de surpresa ingleses e norte-americanos.

Jornalistas estrangeiros em Cabul, relatou o The New York Times, ficaram surpresos ao descobrir que “quase todos os afegãos que entrevistavam diziam [estar] encantados com o golpe”. O Wall Street Journal relatou que “150.000 pessoas … marcharam em homenagem à nova bandeira … os participantes pareciam genuinamente entusiasmados.”

O Washington Post relatou que “a lealdade afegã ao governo dificilmente pode ser questionada”. Secular, modernista e, em grau considerável, socialista, o governo declarou um programa de reformas visionárias que incluía direitos iguais para mulheres e minorias. Os presos políticos foram libertados e os arquivos da polícia queimados publicamente.

Sob a monarquia, a esperança de vida era de 35 [anos]; 1 em cada 3 crianças morria na infância. Noventa por cento da população era analfabeta. O novo governo introduziu cuidados médicos gratuitos. Foi lançada uma campanha de alfabetização em massa.

Para as mulheres, os ganhos não tinham precedentes; no final da década de 1980, metade dos estudantes universitários eram mulheres, e as mulheres representavam 40% dos médicos do Afeganistão, 70% dos professores e 30% dos funcionários públicos.

2021/08/17

Afeganistão: em três fotos, uns comentários e uma cronologia

Assim muito rapidamente em duas fotos e uma capa roubadas ao Manifesto74: Os combatentes do Ronald Reagan na casa branca com o Santo Ronald Reagan, as raparigas afegãs que os combatentes do Ronald Reagan foram "libertar" ao Afeganistão e o empresário saudita que o Ronald Reagan contratou para recrutar os combatentes que foram libertar as raparigas afegãs nos anos 80 do século XX. 

Está tudo nas fotos.
Nos anos oitenta do século XX o ator Ronaldo e os contratados pelo empresário saudita Osama Bin Laden, em Washington, na Casa Branca, conversam sobre como é que vão libertar as raparigas afegãs que se passeiam por Cabul na foto abaixo.
As raparigas afegãs que os contratados do Ronald Reagan iam libertar ainda se passeiam por Cabul, em saia e camisa, nos anos oitenta, antes de serem definitivamente libertadas deste mundo pelo Ronald Reagan seus apaniguados & CIA.
Uma reportagem do britânico "The Independent" sobre o empresário saudita Osama Bin Laden que o Ronald Reagan & CIA contrataram para recrutar e treinar os criminosos que foram libertar as raparigas afegãs da foto acima, depois de as ter libertado e de ter começado a pôr os seus contratados no "caminho da paz" que iria, uns anos mais tarde, rebentar com as torres gémeas de quem lhe armou o exército.


E como os comentadeiros e seus patrões mediáticos tentam desesperadamente iludir a História, aqui ficam, quase todos retirados do Manifesto74, alguns marcos essenciais para compreender o último século afegão:

2020/01/22

Não são muitas a oportunidades para partilhar descrições factuais sobre a evolução da guerra de baixa intensidade movida pelos eua contra a nação venezuelana. São ainda menos os canais onde se conseguem divulgar essas descrições e ainda mais raros são os que atingem grandes audiências. Por tudo isso, é importante partilhar entre as nossas amizades os artigos que se opõem às narrativas dos agressores que tentam diabolizar os agredidos. @Refer&ncia

A Novela Das Marionetas de Trump na Venezuela
(João Pedro Stedile*, A Terra é Redonda/O Lado Oculto, 2020/01/20)

De usurpação em usurpação, o homem de mão de Trump na Venezuela, Juan Gaidó, prossegue a sua saga contra as instituições democráticas ao mesmo tempo que vai esfacelando a oposição de direita. Não na sua qualidade de presidente da República “interino” mas na de “presidente” de um parlamento paralelo decidiu nomear um chefe fascista ausente do país para “recuperar” a estação de televisão Telesur, espaço de liberdade de expressão e informação na América Latina. Desconhece-se como se processará o assalto às instalações e fontes de emissão, mas Washington não desiste de agitar Guaidó.

Temos Pena: A Culpa É Dos EUA

Será possível ver como se comporta um país que deixe de obedecer aos EUA sem que os EUA o boicotem, bloqueiem, sancionem, subvertam e pirateiem?

Veja-se o exemplo português. Os EUA nunca sancionaram o botas, nunca bloquearam o regime do botas, deixaram o botas sossegado e até o aceitaram na NATO e nós só levámos 48 anos a ver-nos livre do botismo, mas pusemos-lhe um fim.

Veja-se o exemplo da Arábia Saudita, regime mais democrático não há e, tal como o do botas, nunca os EUA os sancionaram, bloquearam ou boicotaram, nem mesmo quando o Príncipe saudita cortou ás postas o jornalista do New York Times na embaixada da Arábia Saudita em Istambul ...

Veja-se o exemplo do Iraque. Bastou o parlamento iraquiano aprovar uma lei a pedir para tropas estrangeiras abandonarem o país, para os EUA o ameaçarem com as "mais terríveis sanções e o bloqueio da conta que o Iraque tem nos EUA por onde passa o dinheiro todo da venda de petróleo" ...

Deixem os venezuelanos tratar deles mesmos e veremos o que acontece, mas enquanto os EUA continuarem a nomear um Metedó, a organizar golpes e a roubar o dinheiro da Venezuela temos pena: a culpa é dos EUA 😎

2020/01/10

Mas ninguém os põe no lugar?

Estou cansado.

Vejo o país com a maior divida externa do mundo, a maior divida externa per capita do mundo, um país que vive do papel que imprime e impinge ao mundo como coisa de valor colocar-se na mais completa ilegalidade, praticar a mais abjeta pirataria, bombardear, invadir, ocupar, roubar, matar, torturar, trair e enganar, sem que o mundo o faça calar-se e remeter-se ao seu lugar de estado pária, terrorista, renegado a quem a comunidade internacional tem de socorrer para impor um governo que respeite o resto do mundo na sua legitima diversidade.

Olho para o mundo e vejo os eua a assassinarem um general de um país de que não gostam porque sim, porque não gostam. Vejo-os a manter tropas de ocupação na Síria, impunemente, apesar de o governo sirio já os ter mandado para a terra deles inúmeras vezes. Vejo-os a ocuparem militarmente o Iraque porque querem ver paga em petróleo a guerra que aí mantêm desde 2003, mesmo depois de o parlamento e o governo os terem finalmente mandado para casa. Vejo-os apoiar entusiásticamente um golpe de estado na Bolivia e o governo golpista que se lhe seguiu. Vejo-os intervir descaradamente na Venezuela, estrafegando o país com sanções ilegais, nomeando um pró-consul que mete dó, roubando e vilipendiando, organizando golpes e financiando golpistas. Vejo-os a apoiar a ocupação israelita de jerusalém à revelia de todas as resoluções e votações da ONU. Continuo a assistir a um bloqueio de 59 anos que não conseguiu dobrar um povo de Vencedores do Impossível.

E tenho de ver um miserável capacho, careca, verde bilioso, afirmar perante as câmaras que está e estará ao lado desse estado terrorista.

Estou cansado.

2020/01/06

A Guerra Vigarista

Acabo de ouvir um opinadeiro na TSF afirmar que o Irão ameaça os interesses norte-americanos no médio oriente.

Vejamos se consigo compreender a coisa.

O médio oriente fica a uns 5000 km do território norte americano.

O Irão fica a uns 5000 km dos EUA, mais coisa menos coisa.

O Irão não tem bases militares no estrangeiro.

Os EUA têm mais de 20 bases militares em redor do Irão.

E o Irão é que ameaça os interesses dos EUA?

Ninguém mais nota um certo facciosismo na opinião do opinadeiro?

2020/01/03

As #fakenews da RTP (II)

Sobre a utilização da "voz off" para manipular o conteúdo das imagens.

Acabo de ver, na rtp 3 16:00, uma "peça" onde se pode ouvir uma voz off afirmar que o assassínio do general iraniano é festejado nas ruas (tendo por fundo um vídeo de telemóvel de uma longa bandeira iraquiana transportada por aquilo que parecem 1 dezena de pessoas aos saltos) e condenado pelo governo (tendo por fundo uns milhares de pessoas enlutadas).

Recapitulemos. A montagem "mostra" 10 pessoas (20?) aos saltos a comemorar (0k, à revelia do que a rtp nos habitou, acreditemos que) o assassinio do general iraniano e, em seguida, uns milhares de luto (acreditemos que) pelo assassinio do mesmo general iraniano. O texto lido diz: nas ruas comemora-se e o governo condena.

Perguntas: porque é que as primeiras 10 (20?) pessoas são "as ruas" e as segundas milhares de pessoas são "o governo"? Quem é que escreveu o texto que subverte o conteúdo das imagens? Porque é que em lugar de uma informação honesta o "critério editorial" da rtp é dar voz a um texto faccioso e manipulador que não reflete o conteúdos das imagens? Quando é que pensam contratar jornalistas, dos honestos e vertebrados e dispensar os mercenários vigaristas?

2019/12/21

As #fakenews da RTP (I)

Assim se vai reescrevendo a história, ao sabor da propaganda facciosa, paga com dinheiros públicos.

Não podendo já repetir, em programas jornalísticos, a campanha de desinformação que levou a cabo ao longo de dois anos, a televisão pública opta por usar imagens dessa campanha mistificadora e facciosa num separador em que pretende enaltecer as suas alegadas virtudes informativas.

Note-se como o desplante da direcção de informação da televisão pública, chegou ao ponto de usar #fakenews, para enaltecer alegadas qualidades informativas. O problema é quando alguém dá pela mistificação.

Acabaram-se os jornalistas?


«Num separador da RTP3 sobre "Estórias com QQC" um assalariado da RTP comenta imagens de um famoso camião, comprovadamente incendiado por guarimbistas do lado colômbiano da fronteira, afirmando que os incendiários recusam ter sido eles a incendiá-lo. Depois de duas semanas de campanha mentirosa, a afirmar que teria sido culpa da guarda nacional bolivariana, o assalariado foi clara e cabalmente desmentido pela análise que o New York Times fez do vídeo onde (cortado pelo regime colombiano) se pode ver claramente o cocktail a resvalar da mão de um guarimbista para cima do camião e a incendiá-lo. Já não discuto o péssimo e faccioso trabalho que o assalariado fez enquanto propagandista de um golpista actualmente atolado em esquemas de corrupção. Já nem falo da ausência de retratação da RTP por ter transmitido durante semanas uma versão absolutamente facciosa dos acontecimentos na Venezuela. Já não falo da completa ausência de profissionalismo de um assalariado que há época jurava a pés juntos que o povo venezuelano estaria prestes a derrubar um regime que, passado quase um ano, continua alegremente a comprar pernil de porco francês para o Natal dos Venezuelanos, pago em cash porque os EUA mantêm um bloqueio e uma depredação dos bens público venezuelanos. Já não discuto o facto de o assalariado não ter, uma única vez, mencionado a guerra híbrida que os EUA conduzem desde 2002 contra a Venezuela. Mas, passados 6 meses continuar a propagandear #fakenews? Vergonha! Acabadinho de enviar para o provedor do espectador.»(*)

Sobre os dias e a operação de guerra híbrida que envolveu a encenação de uma "entrega de ajuda humanitária estado-unidense" à Venezuela, a mais superficial comparação dos comboios de ajuda humanitária da ONU, com dezenas da camiões completamente carregados, para cidades arrasadas por conflitos armados, com os três camiões com quatro paletes cada, na fronteira colombiana e "mais" a meia dúzia de furgonetes, com uns pacotes, do lado brasileiro da fronteira, seria suficiente para qualquer observador isento ver ali uma mera operação de ingerência externa de onde estaria ausente, por manifesta insuficiência, qualquer tentativa de entrega de qualquer que fosse (por inexistente) ajuda humanitária a "Um País Inteiro Carente de Alimentos".

20 paletes de comida para um país? Só com muita desonestidade, facciosismo e burrice se pode tentar fazer passar 20 paletes do que quer que seja por "Ajuda Humanitária a Um País".

Mas púnhamos de lado argumentos baseados em competência, honestidade e profissionalismo já que são categorias estranhas aos tarefeiros que a Direcção de Informação da televisão pública escolhe enviar para operações de desinformação encomendadas sabe deus onde e por quem.

Concentremos a atenção no camião, videográfica e comprovadamente, incendiado por um guarimbista.

Os Factos

- Do lado colombiano da fronteira um guarimbista filmava, com telemóvel, os distúrbios provocados por outros igualmente guarimbistas em redor dos 3 camiões com 4 paletes.

- O video mostra um guarimbista do lado colombiano a arremessar um cocktail molotov sobre a Guarda Nacional Bolivariana no lado colombiano da fronteira que acaba por cair num camião assim incendiado pelo guarimbista.

- O video é difundido em directo na internet.

- O regime colombiano trunca o video, mostra o camião a arder com guarimbistas em cima do camião a "salvarem" o saque, e acusa a GNB de incendiar o camião.

- Os propagandistas, presentes no lado colombiano da fronteira, com o aval dos superiores nos media em que estão avençados, ecoam a versão do regime de Ivan Duque sem sequer visionarem o video original existente no ciberespaço.

- Durante uma semana e meia os media públicos e corporativos propagandeiam o video truncado e a versão engendrada em Langley e distribuida pelo regime de narcotraficantes colombiano atualmente debaixo de pesada contestação popular.

- À vigarice propagandeada pelas Agências de Informação Centralizada, os jornalistas presentes nos três lados das fronteiras (Brasil-Venezuela-Colômbia) contrapôem os factos em media alternativos e redes sociais.

- Aos factos os media ocidentais, públicos e corporativos, contrapõem uma barreira de comentadeiros e opinadeiros que chegam ao cúmulo de defender que o video original, onde se vê o guarimbista a incendiar o camião, seria uma montagem do governo venezuelano, de que é exemplo o comentador da SIC para toda a obra Nuno Rojeiro.

- Passada mais de uma semana de barragem mistificadora, o New York Times faz uma análise forense ao video original e reconhece que foi um guarimbista do lado colombiano da fronteira a incendiar o camião usado na operação estado-unidense de agressão à Venezuela.

- Em Portugal os canais de informação noticiam a conclusão do NYT não lhe dando um relevo sequer comparável à semana de continuada mistificação.

Pós- factos e algumas perguntas

O que aconteceu aos tarefeiros que a SIC, a RTP e a TVI enviaram a Caracas para subscrever a versão previamente acordada sobre o que deveriam ser "os factos"? Advertências? Perda de credibilidade? Vergonha? Processos disciplinares?

Como reagiu a comissão da carteira profissional à mancha inflingida por três assalariados na reputação de uma profissão?

O que é que as direcções de informação aprenderam sobre a credibilidade da informação proveniente das agências estado-unidenses depois desta ocorrência? E da tentativa de "golpe de estado com amplo apoio nas forças armadas" que se lhe seguiu e que não conseguiu tomar uma única base? E da tentativa de golpe de estado de 2002 com amplo apoio de centrais sindicais que, como se apurou mais tarde, eram das mais mafiosas da américa latina, mas cujo caráter os desonestos assalariados das televisões fizeram por ignorar enquanto narravam um suposto levantamento popular contra um "alegado" ditador cujo partido acabou a vencer 23 de 25 eleições entre 2002 e 2019?

Como é que esses mesmos caneiros e avençados "narrariam" hoje, depois da Elsa e do Fabien e da greve dos camionistss de matérias perigosas, uma tentativa espanhola de envio de 20 paletes de ajuda humanitária, rodeada por umas centenas de arruaceiros a arremessarem cocktails molotov de Badajoz sobre o posto de Elvas da Guarda Nacional Republicana?


(*) Encontrado, perdido, numa página de uma rede social
https://www.facebook.com/jose.braz.5680/posts/10157897273119468

2019/12/02

As Provas de que a Bolivia Foi Vitima de Um Golpe Fascista

Golpe de Washington na Bolívia: As Provas
(W.T. Whitney Jr., Global Research/O Lado Oculto, 2019/12/01)

O general Kaliman, que “sugeriu” a demissão de Morales, vive agora nos Estados Unidos e foi agraciado com um milhão de dólares; a CIA, a Embaixada norte-americana em La Paz e empresas contratadas minaram as redes sociais com vagas de fake news para provocarem a agitação social; dinheiro e armas com origem em Washington choveram em Santa Cruz, o epicentro fascista da conspiração; funcionários da Embaixada compraram votos rurais e coordenaram a acção com colegas do Brasil, Paraguai e Argentina; os conspiradores estiveram em contacto directo com os mesmos senadores dos Estados Unidos envolvidos nos golpes de Guaidó contra a Venezuela. Estes e outros factos, designadamente o papel da OEA, comprovam a condução norte-americana do recente golpe de Estado fascista na Bolívia.

2019/11/15

Para a História de um Estado Totalitário (II)

Cuba apresentou uma proposta que mereceu o apoio massivo da Assembleia Geral da ONU. Com 187 nações a favor, 3 votos contra e 2 abstenções, o mundo disse ao imperialismo estado-unidense que já basta. Chega! Disse-o de forma contundente e massiva. Disse-o pelo 28º ano consecutivo. Sempre de forma crescentemente massiva. O que é que os eua ainda não perceberam? É pura burrice ou medo de ver florescer ali ao lado da miséria de Miami, um paraíso socialista de bem estar e direito sociais e humanos? Direitos Humanos? Sim, importa falar de Direitos Humanos e da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

O discurso de Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, na Assembleia Geral das Nações Unidas, aquando da apresentação da proposta de resolução sobre a «Necessidade de acabar com o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba» é revelador do embrutecimento coletivo alcançado com 50 anos de lixo desinformativo produzido pelo epicentro do imperialismo financeiro.

Mais do que uma defesa das inverdades, mentiras e calúnias com que os eua atacam a heroica ilha caribenha, Cuba contrataca com os factos que ilustram o desrespeito dos eua pelos direitos humanos dentro e fora das suas fronteiras. Importa fazer ver de que lado está a educação, a saúde e a habitação e onde estão a ignorância, a doença maltratada e a miséria dos sem abrigo. É muito interessante ler as palavras de Bruno Parrilla.

2019/09/14

A Guerra à Venezuela segundo o Le Monde Diplomatique

De Buenos Aires a Bogotá, a Ofensiva Conservadora
A geopolítica da crise venezuelana
(Alexandre Main, Le Monde Diplomatique, 2019/07/02)

A ofensiva de Washington contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está apoiada no consentimento dos dirigentes conservadores da região, cada [dia] mais maioritários. Graças a eles, o intervencionismo norte-americano pôde maquilhar-se com uma preocupação humanitária

No início, a Venezuela não figurava na lista de preocupações do presidente norte-americano, Donald Trump. Durante a campanha presidencial, raras vezes ele pronunciou o nome do país e jamais sugeriu a possibilidade de intervenção.

2019/09/12

Ainda a Guerra de Baixa Intensidade dos EUA contra a Venezuela

A campanha que «antecedeu a designação pelos Estados Unidos de Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela, em 21 de Janeiro de 2019, seguida pelas tentativas de golpe em Fevereiro e Abril» tem agora, passados quase dois anos, o completo desmentido. Afinal o êxodo massivo limitou-se a 6,5% das previsões da campanha de #fakenews que a dado ponto engoliu a ONU. Em lugar dos 5,3 milhões previstos pela ONU no Verão de 2018, só 340 mil pessoas abandonaram a Venezuela daí para cá, afinal menos do que o meio milhão de portugueses que emigrados no período da troika. E se compararmos os 10 milhões de portugueses com os 30 milhões de venezuelanos, a vigarice percentual é ainda mais gritante: em quatro anos de troika emigraram cerca 5% de portugueses, em dez anos de guerra híbrida fugiram 1,2% de venezuelanos. Estamos a aguardar que a qualquer momento os telejornaleiros dos telecaneiros abram as noticias com os factos agora apurados ... não?

"Êxodo em Massa" de venezuelanos: Mito Que Cai Por Terra
(Luís O. Nunes, O Lado Oculto, 2019/09/05)

A vaga de informação lançada há um ano sobre o êxodo em massa de venezuelanos, que estariam a fugir “da fome e da ditadura de Nicolás Maduro”, foi uma campanha de desestabilização organizada e inserida no processo de guerra híbrida comandada pelos Estados Unidos, confirmam agora dados divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

2019/08/10

EUA Intensificam Ingerência na Venezuela

Os eua vivem declaradamente à margem do direito internacional. A ONU tarda em impor as sanções devidas a um estado pária que insiste e persiste na agressão como forma de extorquir e rapinar estados soberanos. Os media corporativos encobrem as agressões estado-unidenses e quando de todo já não o conseguem fazer optam pelo seu branqueamento.

Até quando?

Entretanto, a Venezuela reage recusando-se a participar na terceira ronda de negociações com a oposição, a decorrer em Barbados, e alargando as relações internacionais, através de acordos comerciais, com empresas chinesas no campo da extracção de petróleo e fabrico de produtos petrolíferos. Resta saber se ainda vão a tempo de substituir a pirataria norte-americana por relações entre estados soberanos, com outros países que, por esse mundo fora, se opõem ao agressivo imperialismo de um estado totalitário.

Trump impõe "Embargo Económico Total" à Venezuela
(Luís O. Nunes, Caracas; com Missión Verdad/O Lado Oculto, 2019/08/06)

A administração Trump atingiu um novo topo nos seus actos lesivos contra a economia e a sociedade venezuelanas ao ampliar à categoria de embargo as medidas coercivas e unilaterais contra a República Bolivariana. Uma medida que, segundo o jornal norte-americano Washington Post, consiste “num embargo económico total”.

Através de uma Ordem Executiva assinada pelo presidente norte-americano, irão reforçar-se todas as acções de proibição de qualquer relação com o Estado venezuelano por parte de qualquer empresa em solo dos Estados Unidos ou ligada a este país. A medida impõe o embargo dos bens venezuelanos em solo norte-americano, entre eles a filial CITGO da empresa estatal venezuelana de petróleos PDVSA.

Contra a ONU e o direito internacional

Trata-se de um embargo integral minucioso sobre a economia da Venezuela.

2019/07/27

Para a História de um Estado Totalitário

A tradição dos campos de concentração nos EUA começou, pelo menos, nos princípios da década de 40 do século passado, quando o governo, democrataduramente eleito em processos sem qualquer proporcionalidade, decidiu criar campos de "internamento" para os nipo-descendentes[1a][1b][1c], não fossem estes virem a revelar-se uma quinta coluna do estado imperial japonês. Ninguém nota aqui a falta de uma acusação? De uma a investigação? De um julgamento? Pois, foi precisamente assim: antes que cometam um crime toca a interná-los, preventivamente, em barracos de madeira cercados de arame farpado, "just in case". Querem melhor exemplo de totalitarismo?

E a tradição criou raizes e desta feita foi a vez dos migrantes, mais das vezes refugiados, fugidos de estados como as Honduras, onde este mesmo estado totalitário patrocinou uma chapelada[2], ou das guatemalas, salvadores e nicaráguas[3] onde os mesmos totalitários EUA mantêm há décadas guerras de baixa intensidade. Mas desta vez a tradição dos campos de concentração vai mais longe e já separa as crianças dos pais[4].

Enfim é mais uma pá de terra em cima de um estado totalitário, com 800 bases militares no estrangeiro[5] e a intervir militarmente em 80 cenários de guerra[5], onde duas versões de um mesmo partido levam a cabo uma mesma politica há mais de 150 anos[6], os presidentes são consecutivamente eleitos com menos votos expressos nas urnas do que os candidatos derrotados[7], em eleições eivadas de fraudes e chapeladas[8].

Com 5% da população mundial os eua são responsáveis por 25% da população prisional em todo o mundo mantendo prisioneiros sem culpa formada há mais de 14 anos[9].

Em cinco meses, entre Janeiro e Maio de 2019 os eua "deixaram morrer" 6 filhos de migrantes, separados dos pais e encarceradas nos "campos de retenção" para menores.[10]

Alguém me explica como é que, por esse mundo fora, um estado totalitário como os EUA continua a conseguir fazer-se passar por uma democracia?

[1a] « (...)C’est maintenant le tour des migrants ; et malgré les protestations féroces de ceux qui commettent ou justifient le crime d’arracher des bébés et des enfants des bras de leurs parents et de les emprisonner dans des cases gelées, ce que les responsables de l’administration Trump ont décrit avec euphémisme comme des « camps de vacances », il ne fait aucun doute que des camps de concentration sont encore une fois opérationnels sur le sol étasunien. La tentative de l’administration Trump de dépeindre l’emprisonnement des enfants comme quelque chose de beaucoup plus heureux rappelle immédiatement les films de propagande de la Seconde Guerre mondiale montrant les prisonniers d’origine japonaise heureux de vivre... derrière des barbelés. L’acteur George Takei, qui a été interné avec sa famille pendant la guerre, était tout sauf content. « Je sais ce que sont les camps de concentration », a-t-il tweeté au milieu de la controverse actuelle. « J’étais interné dans deux d’entre eux. Aux États-Unis. Et oui, nous opérons à nouveau de tels camps ». Takei a noté une grande différence entre hier et aujourd’hui : « Au moins pendant l’internement des Étasuniens d’origine japonaise, nous et les autres enfants n’avons pas été privés de nos parents », a-t-il écrit, ajoutant que « ‘tout au moins pendant l’internement’, sont des mots que je pensais ne jamais plus avoir à prononcer ». Brett Wilkins» https://otempodascerejas2.blogspot.com/2019/07/uma-longa-e-triste-historia.html
[1b] «There are concentration camps at America’s southern border and, increasingly, in its interior as well. Everyone knows this, including the people who say they are not concentration camps.» https://theoutline.com/post/7645/there-are-concentration-camps-in-america?zd=1&zi=6mhy3myy
[1c] https://www.nybooks.com/daily/2019/06/21/some-suburb-of-hell-americas-new-concentration-camp-system/

[2] «Um dia depois das eleições e com cerca de 60% das actas escrutinadas, o candidato da oposição aparecia à frente do actual presidente com 5% de vantagem, mas, dois dias volvidos, depois de alguns «problemas técnicos» na página do STE, já era Orlando Hernández que estava à frente – e nunca mais deixou de estar.» https://www.abrilabril.pt/internacional/fraude-eleitoral-nas-honduras-e-clara-acusa-oposicao. https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_gerais_em_Honduras_em_2017

[3] http://www.fao.org/fao-stories/article/es/c/1106593/; https://books.openedition.org/cemca/690?lang=en; https://pt.wikipedia.org/wiki/Contras

[4] «Número de crianças separadas dos pais na fronteira dos EUA pode ser ainda maior, diz auditoria
Milhares de crianças poderiam ter sido separadas durante uma onda migratória que começou em 2017, antes de a Justiça solicitar identificação dos menores ao governo» https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/17/auditoria-revela-que-nao-ha-informacao-exata-sobre-numero-de-criancas-separadas-de-seus-pais-nos-eua.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/criancas-migrantes-ainda-sao-separadas-dos-pais-ao-cruzarem-a-fronteira-dos-eua.shtml

[5] «Actualmente, na ONU, estão representados 193 estados soberanos, 193 países, 193 governos. Há poucos dias, num artigo d'O Lado Oculto, ficámos a saber que os EUA têm 800 bases militares espalhadas por cerca de 80 países. Agora, noutro artigo da mesma newsletter, Stephanie Savell, da Universidade de Brown, compilou 80 países onde os EUA estão actualmente a "intervir" a coberto daquilo a que eles próprios chamam "guerra global ao terrorismo". As "intervenções" são dos mais variados tipos, desde invasões como a do Afeganistão, da Síria ou do Iraque, passando por destacamentos militares ou missões conjuntas, como na Líbia ou no Iémen, bombardeamentos ou ataques com drones, como no Paquistão, na Tunísia, na Somália, no Mali ou no Quénia, até ao mais genérico guarda chuva das missões de "treino e assistência" a decorrerem em 65 países e onde os "treinadores" e "assistentes" são bastas vezes condecorados com medalhas por "Extrema Bravura em Combate", normalmente atribuídas a quem arrisca a vida em combates fora das casernas e dos campos de treino.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/03/sao-eles-contra-o-mundo-ou-o-mundo.html

[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_dos_Estados_Unidos; https://en.wikipedia.org/wiki/President_of_the_United_States

[7] «O ocupante da cadeira da casa branca não é nomeado em resultado de eleições directas "cada-pessoa-um-voto", mas por um colégio eleitoral. Lembram-se do salazarismo? O tal colégio eleitoral emerge de uma eleições em que, tradicionalmente e principalmente pelos métodos valores financeiros envolvidos nas campanhas, só dois candidatos podem almejar à nomeação: o candidato do partido (neoliberal) democrático e o candidato do partido (neoliberal) republicano. O actual ocupante da casa branca, que decretou a necessidade de democratar a Venezuela, teve 46% de votos nas urnas, menos 5% de votos do que a derrotada, do partido neoliberal democrático, mas "conseguiu" a maioria do colégio eleitoral. Os dois últimos ocupantes da casa branca pelo partido neoliberal republicano foram nomeados pelo colégio eleitoral com menos votos nas urnas do que o candidato derrotado do partido neoliberal democrático.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/02/os-eua-como-paradigma-da-democracia.html

[8]«Na primeira votação que conduziu à nomeação do Bush Jr. foram inúmeras as irregularidades e fraudes reportadas, tendo a recontagem dos votos sido suspensa pelo Supremo Tribunal quando o candidato Al Gore estava já prestes a ganhar o decisivo estado da Florida. Algumas das irregularidades passaram pela remoção de milhares de afro-americanos dos cadernos eleitorais milhares nos estados do sul e pela utilização, na Florida, dos famosos boletins borboleta em que o eleitor premia o botão para votar num candidato e o cartão ficava perfurado noutro, de tal forma que num circulo de maioria judaica venceu um candidato neonazi. O Bush Jr. foi nomeado pelo colégio eleitoral com menos 1% de votos e menos 500 000 votos do que o derrotada Al Gore, tendo este ficado conhecido como o primeiro ex-futuro presidente dos EUA.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/02/os-eua-como-paradigma-da-democracia.html

[9] https://www.facebook.com/photo.php?fbid=113493269977931


[10] «Reporting from Houston — Six migrant children — five from Guatemala and one from El Salvador — have died in federal custody since September. Most of the children died after becoming ill in Border Patrol’s crowded temporary holding areas. On Monday, a 16-year-old died after being diagnosed with the flu; 32 people in the McAllen, Texas, facility where he had been held were later quarantined with the flu.» https://www.latimes.com/nation/la-na-migrant-child-border-deaths-20190524-story.html