O julgamento começou na passada segunda feira e a campanha negra com origem nas Agências de Informação Centralizada já está em campo. Vale tudo até desenterrar falsas acusações, datadas de 2010, em que as alegadas vítimas são agora promovidas a menores de idade e que a justiça sueca já deu como não comprovadas. O importante é extraditá-lo para um país que vive debaixo de um regime totalitário (1)(2)(3). Estaremos nós à altura de defender O Homem que já passou 8 anos preso numa embaixada e mais um em isolamento, numa prisão de alta segurança, por nos mostrar a verdadeira face dos verdadeiros torturadores?
O Relator especial da ONU sobre Tortura revela pela primeira vez as descobertas chocantes que fez durante as investigações do caso Julian Assange. Tortura, prisão e fraude judicial são a regra num caso que pode pôr em risco a liberdade de imprensa.
Violação fabricada e manipulação de provas na Suécia, pressão do Reino Unido sobre a Suécia e tortura psicológica: Nils Melzer, relator especial da ONU para a Tortura fala pela primeira vez das descobertas chocantes que fez durante a sua investigação sobre o caso Assange.
Em entrevista ao jornal alemão Republik, o representante explica que o caso Assange é fundamental para o seu mandato, que consiste em combater a tortura em todas as suas formas. Para ele, apesar das denúncias de torturas sistemáticas contra o jornalista, quem está a ser perseguido é a vítima, e não os torturadores. "Assange denunciou a tortura, ele próprio foi torturado, e pode vir a ser torturado até a morte se for para os Estados Unidos", disse Melzer. Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão.(4)
A defesa do ativista denuncia que Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição -- A defesa do ativista denuncia o tratamento que o fundador do WikiLeaks está a receber durante o julgamento e durante a sua prisão e que existe um "alto risco de suicídio". Assange foi algemado 11 vezes, despido e levado para 5 celas diferentes no primeiro dia do julgamento de extradição. Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciaram nesta terça-feira, perante o tribunal, o tratamento excessivamente rigoroso a que o ativista foi submetido no primeiro dia do julgamento sobre a sua extradição para os Estados Unidos. (2020/02/25)