Quanto mais os coletes amarelos afirmam exigências de esquerda e ganham consistência organizativa, mais os media corporativos os pintam com as cores da violência, que "por acaso" existe e, não por acaso, é acesa por provocadores infiltrados pelo poder. A segunda Assembleia de Assembleias aprovou uma proposta de manifesto que será agora votada por todas as assembleias locais de ativistas. Após longas e difíceis discussões ficaram lavradas em letra de carta a «condenação unânime da violência das repressões policiais de que são vítimas, da sua obstinada vontade de colocar no coração do movimento a democracia directa, de pensar e reinventar formas autênticas desta última, a partir da base, sem líder autoproclamado ou chefe recuperado, de encontrar o “equilíbrio entre espontaneidade e organização”. É o coletivo que vem em primeiro lugar, na “horizontalidade”». O texto aprovado diz «não à violência imposta por uma minoria de privilegiados contra todo um povo; Diz “sim” à anulação das penas impostas a presos e condenados do movimento dos coletes amarelos. “As violências policiais são um acto de intimidação política, procuram aterrorizar-nos para nos impedir de agir. A repressão judicial vem em seguida para sufocar o movimento. (…) Aquilo que vivemos hoje é o quotidiano dos bairros populares desde há décadas"». O manifesto saído da Assembleia das Assembleias quer «melhorar as nossas condições de vida, (…) reconstruir os nossos direitos e liberdades, (…) fazer desaparecer as formas de desigualdades, de injustiças, de discriminações. Para que finalmente a “solidariedade e a dignidade” cheguem, será necessário mudar de sistema: “conscientes de que temos de lutar contra um sistema global, consideramos que será necessário sair do capitalismo "» Sobre isto e muito mais leia-se o artigo de Remy Herrera saídinho do Diário.info.
Assembleia dos “Coletes Amarelos”: «Será necessário sair do capitalismo»
(Rémy Herrera, in O Diário.info, 2019/04/19)
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2018/12/22
Revolta dos Coletes Amarelos Franceses Continua
A vigarice de Macron não funciona!
(Rémy Herrera, Resistir.info, 2018/12/15)
Num curto discurso televisivo difundido segunda-feira 10 de Dezembro às 20h00, o presidente Emmanuel Macron enunciou as medidas destinadas, segundo ele, a acalmar a cólera popular dos "coletes amarelo": 1) a remuneração dos trabalhadores que recebem o Smic (ou salário mínimo interprofissional de crescimento) aumentaria "em 100 euros por mês" a partir de Janeiro de 2019; 2) um bónus "que não terá nem imposto nem encargo" seria pago no fim do ano de 2018 por "todos os empregadores que o puderem"; 3) o pagamento das horas suplementares seria novamente desfiscalizado": e 4) o aumento da CSG (contribuição social generalizada) seria anulado em 2019 para os reformados que recebem menos de 2000 euros mensais.
(Rémy Herrera, Resistir.info, 2018/12/15)
Num curto discurso televisivo difundido segunda-feira 10 de Dezembro às 20h00, o presidente Emmanuel Macron enunciou as medidas destinadas, segundo ele, a acalmar a cólera popular dos "coletes amarelo": 1) a remuneração dos trabalhadores que recebem o Smic (ou salário mínimo interprofissional de crescimento) aumentaria "em 100 euros por mês" a partir de Janeiro de 2019; 2) um bónus "que não terá nem imposto nem encargo" seria pago no fim do ano de 2018 por "todos os empregadores que o puderem"; 3) o pagamento das horas suplementares seria novamente desfiscalizado": e 4) o aumento da CSG (contribuição social generalizada) seria anulado em 2019 para os reformados que recebem menos de 2000 euros mensais.
Neofascismo 0 - Trabalho 1
Acabou o dia e já se pode fazer o computo geral da amarelândia. Sem exagero, foram mais de 500 tristes a passear o colete, nessa coisa esquisita, sem sindicatos nem organizações, anti os partidos todos - menos o daquele sr. do pênêrê - anti-tudo e o seu contrário, pela pátria marchar, para angola em força, abaixo tudo, tudo pela nação, que eles são todos iguais.
Uns 100 no marquês, mais de 100 no nó de francos, cerca de 100 no algarve, 60 em Coimbra, 50 em Braga e mais uns quantos por aí fora, no total, foram de certeza muito mais de 500, talvez perto de 600.
Muito abaixo do que as televisões todas andaram a prometer na véspera. Nem O Organizador da coisa, entrevistado pela sic noticias lhes valeu, nem ele nem o serviço de propaganda da rêtêpê, nem a manha toda do correio nem as vistas de queluz. Os esforços todos dos media corporativos todos, aliados à geringonça de propaganda do pênêrê, arregimentaram meia centena de tristes, para dar corpo à indignação da cristas que tem o marido na uber, a recrutar amarelândios com veiculo para alugar ao metro.
Podemos dormir descansados? Não!
Foi a primeira tentativa dos neofascistas fazerem qualquer coisa. Com o tempo e os calos aprendem a fazê-las.
Se o poder do centro-direita ps-psd-cds continuar a roubar o trabalho, e os media corporativos continuarem a silenciar a esquerda, só têm de esperar. O tempo, a ignorância e o medo jogam a favor deles.
Se nós, comunistas, esquerda, democratas não travarmos o passo a estes 500, enquanto são só 500, não lhes roubarmos o terreno arado com descontentamento, daqui a um ano vão ser bastante mais, quase tantos como os que já gritam cobras e lagartos no facebook, e são todos iguais no tweeter, e fora os pretos no whatshap.
E esta primeira tentativa já lhes encheu as comunidades virtuais com umas centenas de milhar de ouvintes a quem fazer a cabeça e engordar com fake-news. É esperar até às europeias.
Nós, comunistas, esquerda, democratas temos de apostar no proselitismo que nos fez crescer de 1800 a 1900, na esperança e solidariedade que nos fizeram crescer de 1900 a 1950, na discussão sã, aberta, esclarecida que potencia a nossa prática honesta, de classe, sempre sempre com O Trabalho, sempre sempre contra a exploração e o roubo do capital.
Uns 100 no marquês, mais de 100 no nó de francos, cerca de 100 no algarve, 60 em Coimbra, 50 em Braga e mais uns quantos por aí fora, no total, foram de certeza muito mais de 500, talvez perto de 600.
Muito abaixo do que as televisões todas andaram a prometer na véspera. Nem O Organizador da coisa, entrevistado pela sic noticias lhes valeu, nem ele nem o serviço de propaganda da rêtêpê, nem a manha toda do correio nem as vistas de queluz. Os esforços todos dos media corporativos todos, aliados à geringonça de propaganda do pênêrê, arregimentaram meia centena de tristes, para dar corpo à indignação da cristas que tem o marido na uber, a recrutar amarelândios com veiculo para alugar ao metro.
Podemos dormir descansados? Não!
Foi a primeira tentativa dos neofascistas fazerem qualquer coisa. Com o tempo e os calos aprendem a fazê-las.
Se o poder do centro-direita ps-psd-cds continuar a roubar o trabalho, e os media corporativos continuarem a silenciar a esquerda, só têm de esperar. O tempo, a ignorância e o medo jogam a favor deles.
Se nós, comunistas, esquerda, democratas não travarmos o passo a estes 500, enquanto são só 500, não lhes roubarmos o terreno arado com descontentamento, daqui a um ano vão ser bastante mais, quase tantos como os que já gritam cobras e lagartos no facebook, e são todos iguais no tweeter, e fora os pretos no whatshap.
E esta primeira tentativa já lhes encheu as comunidades virtuais com umas centenas de milhar de ouvintes a quem fazer a cabeça e engordar com fake-news. É esperar até às europeias.
Nós, comunistas, esquerda, democratas temos de apostar no proselitismo que nos fez crescer de 1800 a 1900, na esperança e solidariedade que nos fizeram crescer de 1900 a 1950, na discussão sã, aberta, esclarecida que potencia a nossa prática honesta, de classe, sempre sempre com O Trabalho, sempre sempre contra a exploração e o roubo do capital.
2018/12/15
Com redes se pescam votos
A extrema-direita já está a lançar, nas redes sociais nacionalistas, o isco com que pescou os votos trumpistas por esse mundo fora. Foi assim nos EUA, em Itália, no Brasil, e agora, mais recentemente, na espanhola Andaluzia. Sempre com bons resultados.
Primeiro lança o isco, sob a forma de eventos e polémicas que atraiam potenciais incautos para a zona onde serão lançadas as redes. Já por aí anda uma convocatória para um protesto amarelo que, mesmo trazendo pouca gente para a rua, vai certamente atrair muito mais para os grupos, páginas e comunidades que se multiplicam por essas redes social-nacionalistas. É isso que eles querem.
Lançado o isco é pescar, com as redes sociais, potenciais seguidores que possam, mais tarde, antes e durante as campanhas eleitorais, ser alvo de lavagens ao cérebro com maior ou menor grau de toxicidade.
Para perceber ao que vêm os coletes nacionalistas, vejam-se algumas das propagadas reivindicações. Cabe lá tudo e o seu contrário, da Lua a Vénus, do populista ao muito mau:
- Aumento de 80% do salário mínimo. Digo eu: venha ele! Mas a sério? 480 euros de aumento? Até eu gostava.
- Diminuição da taxação dos estrangeiros ricos. E aqui as coisas começam a entortar. Porquê "dos ricos"?
- Aumento do IVA da cultura. De facto! Cultura para quê? Faz falta a alguém? Mata a fome? Quem quiser teatro que o pague. Certo? Errado! Uma cultura cara é uma cultura dos e para os ricos. Já está tudo entornado.
- Quatro deputados por distrito. Os 32 000 habitantes de Évora elegeriam 4 deputados e o milhão de eleitores de Lisboa os mesmos 4. A sério? 8000 votos com o mesmo peso de 250 000? Ou é só para capitalizar nos amigos do botas que se deram tão bem durante os 48 anos de partido único? Partidos para quê? Afinal "os políticos" não "são todos iguais"? Basta um gauleiter para governar isto tudo. Ou não?
Resumindo, até eles sabem que dia 21 vão pôr meia dúzia de tristes na rua. O que eles querem são as redes, os contactos, os likes, a adesão aos grupos, às comunidades, às páginas. O que a extrema direita quer é pescar seguidores para mais tarde lhes fazer a cabeça.
E nós? Vamos deixar ou vamos começar já a denunciá-los? A cercá-los? A expô-los? A denunciar os discursos de ódio? Xenofobia? Anti-cultura? Do ódio aos "políticos que são todos iguais"? Até eles virem com o bolo-ventura deles!
Primeiro lança o isco, sob a forma de eventos e polémicas que atraiam potenciais incautos para a zona onde serão lançadas as redes. Já por aí anda uma convocatória para um protesto amarelo que, mesmo trazendo pouca gente para a rua, vai certamente atrair muito mais para os grupos, páginas e comunidades que se multiplicam por essas redes social-nacionalistas. É isso que eles querem.
Lançado o isco é pescar, com as redes sociais, potenciais seguidores que possam, mais tarde, antes e durante as campanhas eleitorais, ser alvo de lavagens ao cérebro com maior ou menor grau de toxicidade.
Para perceber ao que vêm os coletes nacionalistas, vejam-se algumas das propagadas reivindicações. Cabe lá tudo e o seu contrário, da Lua a Vénus, do populista ao muito mau:
- Aumento de 80% do salário mínimo. Digo eu: venha ele! Mas a sério? 480 euros de aumento? Até eu gostava.
- Diminuição da taxação dos estrangeiros ricos. E aqui as coisas começam a entortar. Porquê "dos ricos"?
- Aumento do IVA da cultura. De facto! Cultura para quê? Faz falta a alguém? Mata a fome? Quem quiser teatro que o pague. Certo? Errado! Uma cultura cara é uma cultura dos e para os ricos. Já está tudo entornado.
- Quatro deputados por distrito. Os 32 000 habitantes de Évora elegeriam 4 deputados e o milhão de eleitores de Lisboa os mesmos 4. A sério? 8000 votos com o mesmo peso de 250 000? Ou é só para capitalizar nos amigos do botas que se deram tão bem durante os 48 anos de partido único? Partidos para quê? Afinal "os políticos" não "são todos iguais"? Basta um gauleiter para governar isto tudo. Ou não?
Resumindo, até eles sabem que dia 21 vão pôr meia dúzia de tristes na rua. O que eles querem são as redes, os contactos, os likes, a adesão aos grupos, às comunidades, às páginas. O que a extrema direita quer é pescar seguidores para mais tarde lhes fazer a cabeça.
E nós? Vamos deixar ou vamos começar já a denunciá-los? A cercá-los? A expô-los? A denunciar os discursos de ódio? Xenofobia? Anti-cultura? Do ódio aos "políticos que são todos iguais"? Até eles virem com o bolo-ventura deles!
2018/12/09
Provocações e Provocadores Infiltrados nas Lutas
Gato Escondido
(Filipe Diniz, Avante!, 2018/12/09)
Francesco Cossiga, um homem de direita, foi ministro do Interior, primeiro-ministro e Presidente da República Italiana. Foi uma figura central na reestruturação da polícia, da protecção civil e dos serviços secretos italianos nos anos 70 do século passado. Estava em funções quando do assassínio de Aldo Moro e do atentado terrorista em Bolonha. Esteve associado à criação do «Gládio», braço terrorista da NATO.
(Filipe Diniz, Avante!, 2018/12/09)
Francesco Cossiga, um homem de direita, foi ministro do Interior, primeiro-ministro e Presidente da República Italiana. Foi uma figura central na reestruturação da polícia, da protecção civil e dos serviços secretos italianos nos anos 70 do século passado. Estava em funções quando do assassínio de Aldo Moro e do atentado terrorista em Bolonha. Esteve associado à criação do «Gládio», braço terrorista da NATO.
2018/12/08
Estou tão feliz
A França, isto é uma revolução?
(Raquel Varela, 2018/12/07)
Vou contar-vos as coisas magnificas que aconteceram em França nestes dias.
Extraordinárias. Polícias que retiraram capacetes e cantaram com os manifestantes a Marselhesa; bombeiros que numa homenagem em frente à prefeitura viraram as costas aos políticos vestidos com cores da França e abandonaram a homenagem; manifestantes de extrema-direita expulsos das manifestações por coletes amarelos; portagens ocupadas pelos manifestantes que impedem que se cobre passagem; há sindicatos da polícia que aderiram já à manifestação de amanhã, e sindicatos ferroviários que decidiram não cobrar bilhete aos manifestante que se dirigem amanhã a Paris. Greves e assembleias gerais de estudantes. As centrais sindicais do status quo pedem recuo nos protestos, mas representam no total menos de 7% dos trabalhadores franceses. A França vive uma revolta – não sei se é uma revolução, mas não é um movimento social como outros. É, na minha opinião, a primeira batalha perdida pelo neoliberalismo, depois da sua grande vitória, marcada pela derrota dos mineiros nos anos 80 por Margaret Thatcher. Um novo processo histórico nasceu este mês na França. Tudo pode acontecer – a história acelera agora a uma velocidade que nos parece estonteante. Em 3 dias Macron recuou 2 vezes, não é certo que o seu mandato sobreviva. O movimento já está na Bélgica.
(Raquel Varela, 2018/12/07)
Vou contar-vos as coisas magnificas que aconteceram em França nestes dias.
Extraordinárias. Polícias que retiraram capacetes e cantaram com os manifestantes a Marselhesa; bombeiros que numa homenagem em frente à prefeitura viraram as costas aos políticos vestidos com cores da França e abandonaram a homenagem; manifestantes de extrema-direita expulsos das manifestações por coletes amarelos; portagens ocupadas pelos manifestantes que impedem que se cobre passagem; há sindicatos da polícia que aderiram já à manifestação de amanhã, e sindicatos ferroviários que decidiram não cobrar bilhete aos manifestante que se dirigem amanhã a Paris. Greves e assembleias gerais de estudantes. As centrais sindicais do status quo pedem recuo nos protestos, mas representam no total menos de 7% dos trabalhadores franceses. A França vive uma revolta – não sei se é uma revolução, mas não é um movimento social como outros. É, na minha opinião, a primeira batalha perdida pelo neoliberalismo, depois da sua grande vitória, marcada pela derrota dos mineiros nos anos 80 por Margaret Thatcher. Um novo processo histórico nasceu este mês na França. Tudo pode acontecer – a história acelera agora a uma velocidade que nos parece estonteante. Em 3 dias Macron recuou 2 vezes, não é certo que o seu mandato sobreviva. O movimento já está na Bélgica.
2018/12/07
O Mundo Está a Acordar?
Estará o Trabalho finalmente a acordar de meio século de consumo a crédito?
Compreenderá o Capital que já não pode espremer mais o Trabalho?
Estará o Trabalho preparado para a contra-ofensiva neo-fascista do Capital?
Ontem na Europa:
Espanha - Girona - Distúrbios quando jovens anarquistas em Girona são dispersados violentamente pela policia ao tentarem impedir um encontro da extrema direita franquista.
Grécia - Atenas - Distúrbios quando jovens anarquistas são agredidos pela policia de choque grega enquanto se manifestavam em memória do jovem estudante morto a tiro pela policia em 2008.
Grécia - Salónica - Distúrbios quando jovens anarquistas são agredidos pela policia de choque grega enquanto se manifestavam em memória do jovem estudante morto a tiro pela policia em 2008.
França - Paris - 3000 estudantes do ensino secundário protestam violentamente contra novas regras de acesso ao ensino superior.
França - Toulouse - O pátio de uma escola foi incendiado por alunos do ensino secundário em protesto contra novas regras de acesso ao ensino superior.
França - Ile de France - Greve dos Comboios (RER) começou a 7 de Dezembro.
França - Occitânia - Gréve dos comboio (SNCF) desde 3 Dezembro.
França - Nacional - Gréve dos advogados desde 22 de Novembro.
Portugal - Nacional - Enfermeiros em greve aos blocos operatórios
Portugal - Nacional - Juízes em greve
Portugal - Setúbal - Estivadores em greve pela contratação colectiva
Amanhã em França:
Coletes amarelos não desmobilizam e mantém concentrações para o fim de semana. Governo apela à "razoabilidade" do povo enquanto continua a governar para o capital.
Compreenderá o Capital que já não pode espremer mais o Trabalho?
Estará o Trabalho preparado para a contra-ofensiva neo-fascista do Capital?
Ontem na Europa:
Espanha - Girona - Distúrbios quando jovens anarquistas em Girona são dispersados violentamente pela policia ao tentarem impedir um encontro da extrema direita franquista.
Grécia - Atenas - Distúrbios quando jovens anarquistas são agredidos pela policia de choque grega enquanto se manifestavam em memória do jovem estudante morto a tiro pela policia em 2008.
Grécia - Salónica - Distúrbios quando jovens anarquistas são agredidos pela policia de choque grega enquanto se manifestavam em memória do jovem estudante morto a tiro pela policia em 2008.
França - Paris - 3000 estudantes do ensino secundário protestam violentamente contra novas regras de acesso ao ensino superior.
França - Toulouse - O pátio de uma escola foi incendiado por alunos do ensino secundário em protesto contra novas regras de acesso ao ensino superior.
França - Ile de France - Greve dos Comboios (RER) começou a 7 de Dezembro.
França - Occitânia - Gréve dos comboio (SNCF) desde 3 Dezembro.
França - Nacional - Gréve dos advogados desde 22 de Novembro.
Portugal - Nacional - Enfermeiros em greve aos blocos operatórios
Portugal - Nacional - Juízes em greve
Portugal - Setúbal - Estivadores em greve pela contratação colectiva
Amanhã em França:
Coletes amarelos não desmobilizam e mantém concentrações para o fim de semana. Governo apela à "razoabilidade" do povo enquanto continua a governar para o capital.
2018/12/02
Maio em Dezembro? Pintado com o Amarelo dos Coletes ...
Vamos mesmo deixar passar? Outra vez? Olhar para o lado? Ficar a ver do passeio?
Em 68 levámos mais de uma semana a perceber os estudantes. Em 2018 ainda não percebemos bem o que se passa. Continuamos a olhar, a ver passar, a deixar andar. Até quando?
Diz-nos o Remy Herrera em directo de Paris «Muito mais preocupante é o facto de as direcções dos partidos e dos sindicatos de esquerda se terem – até ao momento ainda, e muito amplamente – mantido à distância desta rebelião popular. Não compreendem elas que, com a revolta dos «coletes amarelos», se abre a segunda etapa das lutas do povo francês contra a tirania neoliberal e pela justiça social? Não se apercebem de que se trata da continuação, sob uma forma inovadora, combativa, viva, e a uma escala extraordinariamente ampliada, do mesmo processo de generalização das mobilizações que lançaram em greves e manifestações milhares de camaradas sindicalizados na última primavera? Não vêm elas que os «coletes amarelos», à sua maneira (mas não sem coragem, nem risco e perigo) estão decididos a ocupar o enorme vazio deixado desde há décadas pela esquerda institucionalizada, de defender os interesses de classe de todos os trabalhadores e o internacionalismo em relação a todos os povos do mundo? Não sabem que é a luta de classes que faz a história?»
Os media corporativos descobrem extremas-direitas por trás dos coletes. Será assim? Diz-nos o mesmo Remy Herrera em directo do local, sem filtros: «É evidente que a direita e a extrema-direita tentam «recuperar» a mobilização dos «coletes amarelos», desprovida de líderes visíveis. Tal como o é a insistência insidiosa dos grandes media, tentando desacreditar o movimento e lançar gasolina sobre o fogo, em referir (raríssimas) afirmações xenófobas e homofóbicas surgidas nestas acções pela voz de alguns manifestantes (de resto detidas de imediato pelos seus próprios amigos no local). No quadro do capitalismo selvagem e de uma ideologia dominante que atiça ódios e volta uns contra outros tentando salvar as elites, o povo que resiste e sofre é também, infelizmente, feito dessas contradições; mas é precisamente o papel que cabe aos progressistas militantes e esclarecidos o de estarem ao seu lado nas lutas para mostrar aos que se tresmalham o caminho da solidariedade e da fraternidade.»
Quando é que vou começar a ver coletes vermelhos ao lado dos amarelos?
Mais sobre o tema aqui:
A mobilização dos « Coletes Amarelos», nova etapa das lutas em França
Rumo a uma convergência das lutas? Ao lado dos "coletes amarelos", coletes... vermelhos!
Coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas da capital francesa
Manifestações em França contra políticas anti-populares
Protestos em várias cidades francesas, Paris em brasa
Os coletes amarelos na terra queimada de Macron
Em 68 levámos mais de uma semana a perceber os estudantes. Em 2018 ainda não percebemos bem o que se passa. Continuamos a olhar, a ver passar, a deixar andar. Até quando?
Diz-nos o Remy Herrera em directo de Paris «Muito mais preocupante é o facto de as direcções dos partidos e dos sindicatos de esquerda se terem – até ao momento ainda, e muito amplamente – mantido à distância desta rebelião popular. Não compreendem elas que, com a revolta dos «coletes amarelos», se abre a segunda etapa das lutas do povo francês contra a tirania neoliberal e pela justiça social? Não se apercebem de que se trata da continuação, sob uma forma inovadora, combativa, viva, e a uma escala extraordinariamente ampliada, do mesmo processo de generalização das mobilizações que lançaram em greves e manifestações milhares de camaradas sindicalizados na última primavera? Não vêm elas que os «coletes amarelos», à sua maneira (mas não sem coragem, nem risco e perigo) estão decididos a ocupar o enorme vazio deixado desde há décadas pela esquerda institucionalizada, de defender os interesses de classe de todos os trabalhadores e o internacionalismo em relação a todos os povos do mundo? Não sabem que é a luta de classes que faz a história?»
Os media corporativos descobrem extremas-direitas por trás dos coletes. Será assim? Diz-nos o mesmo Remy Herrera em directo do local, sem filtros: «É evidente que a direita e a extrema-direita tentam «recuperar» a mobilização dos «coletes amarelos», desprovida de líderes visíveis. Tal como o é a insistência insidiosa dos grandes media, tentando desacreditar o movimento e lançar gasolina sobre o fogo, em referir (raríssimas) afirmações xenófobas e homofóbicas surgidas nestas acções pela voz de alguns manifestantes (de resto detidas de imediato pelos seus próprios amigos no local). No quadro do capitalismo selvagem e de uma ideologia dominante que atiça ódios e volta uns contra outros tentando salvar as elites, o povo que resiste e sofre é também, infelizmente, feito dessas contradições; mas é precisamente o papel que cabe aos progressistas militantes e esclarecidos o de estarem ao seu lado nas lutas para mostrar aos que se tresmalham o caminho da solidariedade e da fraternidade.»
Quando é que vou começar a ver coletes vermelhos ao lado dos amarelos?
Mais sobre o tema aqui:
A mobilização dos « Coletes Amarelos», nova etapa das lutas em França
Rumo a uma convergência das lutas? Ao lado dos "coletes amarelos", coletes... vermelhos!
Coletes amarelos” voltam a ocupar as ruas da capital francesa
Manifestações em França contra políticas anti-populares
Protestos em várias cidades francesas, Paris em brasa
Os coletes amarelos na terra queimada de Macron
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