A tradição dos campos de concentração nos EUA começou, pelo menos, nos princípios da década de 40 do século passado, quando o governo, democrataduramente eleito em processos sem qualquer proporcionalidade, decidiu criar campos de "internamento" para os nipo-descendentes[1a][1b][1c], não fossem estes virem a revelar-se uma quinta coluna do estado imperial japonês. Ninguém nota aqui a falta de uma acusação? De uma a investigação? De um julgamento? Pois, foi precisamente assim: antes que cometam um crime toca a interná-los, preventivamente, em barracos de madeira cercados de arame farpado, "just in case". Querem melhor exemplo de totalitarismo?
E a tradição criou raizes e desta feita foi a vez dos migrantes, mais das vezes refugiados, fugidos de estados como as Honduras, onde este mesmo estado totalitário patrocinou uma chapelada[2], ou das guatemalas, salvadores e nicaráguas[3] onde os mesmos totalitários EUA mantêm há décadas guerras de baixa intensidade. Mas desta vez a tradição dos campos de concentração vai mais longe e já separa as crianças dos pais[4].
Enfim é mais uma pá de terra em cima de um estado totalitário, com 800 bases militares no estrangeiro[5] e a intervir militarmente em 80 cenários de guerra[5], onde duas versões de um mesmo partido levam a cabo uma mesma politica há mais de 150 anos[6], os presidentes são consecutivamente eleitos com menos votos expressos nas urnas do que os candidatos derrotados[7], em eleições eivadas de fraudes e chapeladas[8].
Com 5% da população mundial os eua são responsáveis por 25% da população prisional em todo o mundo mantendo prisioneiros sem culpa formada há mais de 14 anos[9].
Em cinco meses, entre Janeiro e Maio de 2019 os eua "deixaram morrer" 6 filhos de migrantes, separados dos pais e encarceradas nos "campos de retenção" para menores.[10]
Alguém me explica como é que, por esse mundo fora, um estado totalitário como os EUA continua a conseguir fazer-se passar por uma democracia?
[1a] « (...)C’est maintenant le tour des migrants ; et malgré les protestations féroces de ceux qui commettent ou justifient le crime d’arracher des bébés et des enfants des bras de leurs parents et de les emprisonner dans des cases gelées, ce que les responsables de l’administration Trump ont décrit avec euphémisme comme des « camps de vacances », il ne fait aucun doute que des camps de concentration sont encore une fois opérationnels sur le sol étasunien. La tentative de l’administration Trump de dépeindre l’emprisonnement des enfants comme quelque chose de beaucoup plus heureux rappelle immédiatement les films de propagande de la Seconde Guerre mondiale montrant les prisonniers d’origine japonaise heureux de vivre... derrière des barbelés. L’acteur George Takei, qui a été interné avec sa famille pendant la guerre, était tout sauf content. « Je sais ce que sont les camps de concentration », a-t-il tweeté au milieu de la controverse actuelle. « J’étais interné dans deux d’entre eux. Aux États-Unis. Et oui, nous opérons à nouveau de tels camps ». Takei a noté une grande différence entre hier et aujourd’hui : « Au moins pendant l’internement des Étasuniens d’origine japonaise, nous et les autres enfants n’avons pas été privés de nos parents », a-t-il écrit, ajoutant que « ‘tout au moins pendant l’internement’, sont des mots que je pensais ne jamais plus avoir à prononcer ». Brett Wilkins» https://otempodascerejas2.blogspot.com/2019/07/uma-longa-e-triste-historia.html
[1b] «There are concentration camps at America’s southern border and, increasingly, in its interior as well. Everyone knows this, including the people who say they are not concentration camps.» https://theoutline.com/post/7645/there-are-concentration-camps-in-america?zd=1&zi=6mhy3myy
[1c] https://www.nybooks.com/daily/2019/06/21/some-suburb-of-hell-americas-new-concentration-camp-system/
[2] «Um dia depois das eleições e com cerca de 60% das actas escrutinadas, o candidato da oposição aparecia à frente do actual presidente com 5% de vantagem, mas, dois dias volvidos, depois de alguns «problemas técnicos» na página do STE, já era Orlando Hernández que estava à frente – e nunca mais deixou de estar.» https://www.abrilabril.pt/internacional/fraude-eleitoral-nas-honduras-e-clara-acusa-oposicao. https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_gerais_em_Honduras_em_2017
[3] http://www.fao.org/fao-stories/article/es/c/1106593/; https://books.openedition.org/cemca/690?lang=en; https://pt.wikipedia.org/wiki/Contras
[4] «Número de crianças separadas dos pais na fronteira dos EUA pode ser ainda maior, diz auditoria
Milhares de crianças poderiam ter sido separadas durante uma onda migratória que começou em 2017, antes de a Justiça solicitar identificação dos menores ao governo» https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/17/auditoria-revela-que-nao-ha-informacao-exata-sobre-numero-de-criancas-separadas-de-seus-pais-nos-eua.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/criancas-migrantes-ainda-sao-separadas-dos-pais-ao-cruzarem-a-fronteira-dos-eua.shtml
[5] «Actualmente, na ONU, estão representados 193 estados soberanos, 193 países, 193 governos. Há poucos dias, num artigo d'O Lado Oculto, ficámos a saber que os EUA têm 800 bases militares espalhadas por cerca de 80 países. Agora, noutro artigo da mesma newsletter, Stephanie Savell, da Universidade de Brown, compilou 80 países onde os EUA estão actualmente a "intervir" a coberto daquilo a que eles próprios chamam "guerra global ao terrorismo". As "intervenções" são dos mais variados tipos, desde invasões como a do Afeganistão, da Síria ou do Iraque, passando por destacamentos militares ou missões conjuntas, como na Líbia ou no Iémen, bombardeamentos ou ataques com drones, como no Paquistão, na Tunísia, na Somália, no Mali ou no Quénia, até ao mais genérico guarda chuva das missões de "treino e assistência" a decorrerem em 65 países e onde os "treinadores" e "assistentes" são bastas vezes condecorados com medalhas por "Extrema Bravura em Combate", normalmente atribuídas a quem arrisca a vida em combates fora das casernas e dos campos de treino.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/03/sao-eles-contra-o-mundo-ou-o-mundo.html
[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_dos_Estados_Unidos; https://en.wikipedia.org/wiki/President_of_the_United_States
[7] «O ocupante da cadeira da casa branca não é nomeado em resultado de eleições directas "cada-pessoa-um-voto", mas por um colégio eleitoral. Lembram-se do salazarismo? O tal colégio eleitoral emerge de uma eleições em que, tradicionalmente e principalmente pelos métodos valores financeiros envolvidos nas campanhas, só dois candidatos podem almejar à nomeação: o candidato do partido (neoliberal) democrático e o candidato do partido (neoliberal) republicano. O actual ocupante da casa branca, que decretou a necessidade de democratar a Venezuela, teve 46% de votos nas urnas, menos 5% de votos do que a derrotada, do partido neoliberal democrático, mas "conseguiu" a maioria do colégio eleitoral. Os dois últimos ocupantes da casa branca pelo partido neoliberal republicano foram nomeados pelo colégio eleitoral com menos votos nas urnas do que o candidato derrotado do partido neoliberal democrático.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/02/os-eua-como-paradigma-da-democracia.html
[8]«Na primeira votação que conduziu à nomeação do Bush Jr. foram inúmeras as irregularidades e fraudes reportadas, tendo a recontagem dos votos sido suspensa pelo Supremo Tribunal quando o candidato Al Gore estava já prestes a ganhar o decisivo estado da Florida. Algumas das irregularidades passaram pela remoção de milhares de afro-americanos dos cadernos eleitorais milhares nos estados do sul e pela utilização, na Florida, dos famosos boletins borboleta em que o eleitor premia o botão para votar num candidato e o cartão ficava perfurado noutro, de tal forma que num circulo de maioria judaica venceu um candidato neonazi. O Bush Jr. foi nomeado pelo colégio eleitoral com menos 1% de votos e menos 500 000 votos do que o derrotada Al Gore, tendo este ficado conhecido como o primeiro ex-futuro presidente dos EUA.» https://referenciasemmais.blogspot.com/2019/02/os-eua-como-paradigma-da-democracia.html
[9] https://www.facebook.com/photo.php?fbid=113493269977931
[10] «Reporting from Houston — Six migrant children — five from Guatemala and one from El Salvador — have died in federal custody since September. Most of the children died after becoming ill in Border Patrol’s crowded temporary holding areas. On Monday, a 16-year-old died after being diagnosed with the flu; 32 people in the McAllen, Texas, facility where he had been held were later quarantined with the flu.» https://www.latimes.com/nation/la-na-migrant-child-border-deaths-20190524-story.html
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2019/07/27
2019/02/07
Os EUA como Paradigma da Democracia
Após 25 eleições em vinte anos, das quais o chavismo venceu 23, os EUA decidiram que a Venezuela precisa de ser democratada.
Vale a pena passar em revista a qualidade das "eleições" presidenciais no seio do império que decide quem deve e quem não deve ser democratado.
O ocupante da cadeira da casa branca não é nomeado em resultado de eleições directas "cada-pessoa-um-voto", mas por um colégio eleitoral. Lembram-se do salazarismo?
O tal colégio eleitoral emerge de umas eleições em que, tradicionalmente e principalmente pelos métodos e valores financeiros envolvidos nas campanhas, só dois candidatos podem almejar à nomeação: o candidato do partido (neoliberal) democrático e o candidato do partido (neoliberal) republicano.
O actual ocupante da casa branca, representante do partido (neo-liberal) republicano, que decretou a necessidade de democratar a Venezuela, teve 46% de votos nas urnas, menos 5% de votos do que a derrotada do partido (neoliberal) democrático, mas "conseguiu" a maioria do colégio eleitoral.
Os dois últimos ocupantes da casa branca pelo partido neoliberal republicano foram nomeados pelo colégio eleitoral com menos votos nas urnas do que o candidato derrotado do partido neoliberal democrático.
Na primeira votação que conduziu à nomeação do Bush Jr. foram inúmeras as irregularidades e fraudes reportadas, tendo a recontagem dos votos sido suspensa pelo Supremo Tribunal quando o candidato Al Gore estava já prestes a ganhar o decisivo estado da Florida.
Algumas das irregularidades passaram pela remoção de milhares de afro-americanos dos cadernos eleitorais nos estados do sul e pela utilização, na Florida, dos famosos boletins borboleta em que o eleitor premia o botão para votar num candidato e o cartão ficava perfurado noutro, de tal forma que num circulo de maioria judaica venceu um candidato neonazi.
O Bush Jr. foi nomeado pelo colégio eleitoral com menos 1% de votos e menos 500 000 votos do que o derrotado Al Gore, tendo este ficado conhecido como o primeiro ex-futuro presidente dos EUA.
O candidato do partido neoliberal democrático é nomeado por um colégio eleitoral em que 2/3 dos grandes eleitores são eleitos e 1/3 é nomeado pela nomenclatura do partido neoliberal democrático, o que permitiu que o candidato Bernie Sanders tivesse vencido as "directas" mas perdido a nomeação pelo colégio eleitoral do partido neoliberal democrático a favor de uma outra candidata mais neoliberal.
Alguém vê num regime destes alguma legitimidade para se pronunciar sobre a democraticidade do que quer que seja ou pela necessidade de democratar o que quer que seja?
Vale a pena passar em revista a qualidade das "eleições" presidenciais no seio do império que decide quem deve e quem não deve ser democratado.
O ocupante da cadeira da casa branca não é nomeado em resultado de eleições directas "cada-pessoa-um-voto", mas por um colégio eleitoral. Lembram-se do salazarismo?
O tal colégio eleitoral emerge de umas eleições em que, tradicionalmente e principalmente pelos métodos e valores financeiros envolvidos nas campanhas, só dois candidatos podem almejar à nomeação: o candidato do partido (neoliberal) democrático e o candidato do partido (neoliberal) republicano.
O actual ocupante da casa branca, representante do partido (neo-liberal) republicano, que decretou a necessidade de democratar a Venezuela, teve 46% de votos nas urnas, menos 5% de votos do que a derrotada do partido (neoliberal) democrático, mas "conseguiu" a maioria do colégio eleitoral.
Os dois últimos ocupantes da casa branca pelo partido neoliberal republicano foram nomeados pelo colégio eleitoral com menos votos nas urnas do que o candidato derrotado do partido neoliberal democrático.
Na primeira votação que conduziu à nomeação do Bush Jr. foram inúmeras as irregularidades e fraudes reportadas, tendo a recontagem dos votos sido suspensa pelo Supremo Tribunal quando o candidato Al Gore estava já prestes a ganhar o decisivo estado da Florida.
Algumas das irregularidades passaram pela remoção de milhares de afro-americanos dos cadernos eleitorais nos estados do sul e pela utilização, na Florida, dos famosos boletins borboleta em que o eleitor premia o botão para votar num candidato e o cartão ficava perfurado noutro, de tal forma que num circulo de maioria judaica venceu um candidato neonazi.
O Bush Jr. foi nomeado pelo colégio eleitoral com menos 1% de votos e menos 500 000 votos do que o derrotado Al Gore, tendo este ficado conhecido como o primeiro ex-futuro presidente dos EUA.
O candidato do partido neoliberal democrático é nomeado por um colégio eleitoral em que 2/3 dos grandes eleitores são eleitos e 1/3 é nomeado pela nomenclatura do partido neoliberal democrático, o que permitiu que o candidato Bernie Sanders tivesse vencido as "directas" mas perdido a nomeação pelo colégio eleitoral do partido neoliberal democrático a favor de uma outra candidata mais neoliberal.
Alguém vê num regime destes alguma legitimidade para se pronunciar sobre a democraticidade do que quer que seja ou pela necessidade de democratar o que quer que seja?
2018/12/05
Voto electrónico até no parlamento dá fraude
Se dúvidas havia, os deputados do PSD acabam de as tirar: o voto electrónico até no parlamento dá lugar a fraudes.
Com um grupo parlamentar extremamente reduzido os deputados do PSD têm de partilhar as palavras de passe para conseguirem fazer todo o trabalho a que são obrigados, é por isso natural que naquela bancada "marquem o ponto" uns aos outros. O que ainda não tínhamos visto era uns deputados a votar pelos outros. Nada de estranho se nos lembrarmos que nos tempos do botas até os mortos votavam ... por interposto legionário. Convinha lembrar este caso quando nos vierem vender o voto electrónico, pela minha parte, já estou a imaginar o cacique de serviço a arrebanhar cartões do cidadão para facilitar a vida aos fregueses emigrados na Suiça.
PSD: Feliciano Barreiras Duarte não estava no Parlamento, mas votou contra o Orçamento do Estado.
(Sapo 24, 2018/11/27)
O antigo secretário-geral do PSD esteve na sessão de votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, mas ausentou-se antes da votação. Ainda assim votou, tendo o nome inscrito nos votos “contra” o orçamento apresentado pelo governo para 2019. Depois de José Silvano, José Matos Rosa e Duarte Marques, com falsas presenças no parlamento, Feliciano Barreiras Duarte protagoniza um caso de voto "fantasma". [...]
Com um grupo parlamentar extremamente reduzido os deputados do PSD têm de partilhar as palavras de passe para conseguirem fazer todo o trabalho a que são obrigados, é por isso natural que naquela bancada "marquem o ponto" uns aos outros. O que ainda não tínhamos visto era uns deputados a votar pelos outros. Nada de estranho se nos lembrarmos que nos tempos do botas até os mortos votavam ... por interposto legionário. Convinha lembrar este caso quando nos vierem vender o voto electrónico, pela minha parte, já estou a imaginar o cacique de serviço a arrebanhar cartões do cidadão para facilitar a vida aos fregueses emigrados na Suiça.
PSD: Feliciano Barreiras Duarte não estava no Parlamento, mas votou contra o Orçamento do Estado.
(Sapo 24, 2018/11/27)
O antigo secretário-geral do PSD esteve na sessão de votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, mas ausentou-se antes da votação. Ainda assim votou, tendo o nome inscrito nos votos “contra” o orçamento apresentado pelo governo para 2019. Depois de José Silvano, José Matos Rosa e Duarte Marques, com falsas presenças no parlamento, Feliciano Barreiras Duarte protagoniza um caso de voto "fantasma". [...]
2018/11/09
Voto Electrónico ou Fraude Instituida?
Alguém aqui tem consciência de que entre a tecla que prime no teclado e o sitio onde fica guardado o valor da tecla premida existe um programa informático, denominado controlador do teclado (keyboard driver) que define o valor da tecla premida?
Alguém aqui tem consciência de que entre a tecla que prime no teclado e a imagem que aparece no ecran existe um programa informático, denominado controlador gráfico (graphic driver) que desenha no ecran a imagem correspondente à tecla premida?
Alguém aqui tem consciência de que eu posso programar o controlador do teclado por forma a fazer corresponder a tecla 1 ao numero 2, por forma a gravar um voto no número 2 sempre que alguém prima a tecla para votar no 1? E que posso programar o controlador gráfico para apresentar no ecran o voto no número 1 enquanto a urna electrónica está a gravar na memória o voto no número 2?
Alguém aqui tem consciência que eu posso programar a urna para gravar na memória um voto no número 2, não sempre que seja premida a tecla do voto no 1, mas apenas uma percentagem de vezes, digamos que igual à anunciada pelas mais fiéis sondagens da véspera? Alguém tem consciência de que eu posso fazê-lo acontecer de forma não deterministica mas aleatoriamente?
Alguém aqui tem consciência de que se a urna estiver ligada a uma qualquer rede informática, incluindo a internet, eu posso carregar a urna com o meu programa de fraude electrónica massiva, em qualquer momento, e apagá-lo, em qualquer momento, tornando impossível determinar se a urna alguma vez foi violada?
Alguém tem consciência de que, mesmo que a urna não esteja ligada a nenhuma rede informática, eu posso carregar a urna com o meu programa de fraude electrónica massiva, quando a urna é ligada e apagá-lo, quando a urna for desligada, ou quando imprimir os resultados, tornando impossível determinar se a urna alguma vez foi violada?
Alguém tem consciência de que com uma urna electrónica nunca mais haverá recontagens de votos pela simples razão de que o único resultado disponível é o que "o meu programa de fraude massiva" gravou na memória electrónica da urna electrónica?
Todas estas questões se tornaram absolutamente criticas no momento em que ouvi um governante ao serviço da classe dominante, do capital que já hoje gasta milhões a enganar eleitores, afirmar aos microfones que a votação electrónica vai ser experimentada em Évora nas eleições de 2019 para o parlamento europeu.
Vai? Quem autoriza? Quem deixou?
Tenham consciência de que no exato momento em que aceitarem premir uma tecla para votar, deixaram de saber em quem de facto terão votado.
**************************************************************
Algumas ligações para quem pretenda aprofundar o problema:
Wikipédia / 2018 - Em Espanhol (não existe ainda página em português).
Argentina / 2017 - CONICET aconselha a não implementar a votação electronica até encontrar formas de garantir o control dos registos da votação.
Portugal / 2018 - Isto é o que se pode ler nas páginas da CNE em Novembro de 2018.
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Alguém aqui tem consciência de que entre a tecla que prime no teclado e a imagem que aparece no ecran existe um programa informático, denominado controlador gráfico (graphic driver) que desenha no ecran a imagem correspondente à tecla premida?
Alguém aqui tem consciência de que eu posso programar o controlador do teclado por forma a fazer corresponder a tecla 1 ao numero 2, por forma a gravar um voto no número 2 sempre que alguém prima a tecla para votar no 1? E que posso programar o controlador gráfico para apresentar no ecran o voto no número 1 enquanto a urna electrónica está a gravar na memória o voto no número 2?
Alguém aqui tem consciência que eu posso programar a urna para gravar na memória um voto no número 2, não sempre que seja premida a tecla do voto no 1, mas apenas uma percentagem de vezes, digamos que igual à anunciada pelas mais fiéis sondagens da véspera? Alguém tem consciência de que eu posso fazê-lo acontecer de forma não deterministica mas aleatoriamente?
Alguém aqui tem consciência de que se a urna estiver ligada a uma qualquer rede informática, incluindo a internet, eu posso carregar a urna com o meu programa de fraude electrónica massiva, em qualquer momento, e apagá-lo, em qualquer momento, tornando impossível determinar se a urna alguma vez foi violada?
Alguém tem consciência de que, mesmo que a urna não esteja ligada a nenhuma rede informática, eu posso carregar a urna com o meu programa de fraude electrónica massiva, quando a urna é ligada e apagá-lo, quando a urna for desligada, ou quando imprimir os resultados, tornando impossível determinar se a urna alguma vez foi violada?
Alguém tem consciência de que com uma urna electrónica nunca mais haverá recontagens de votos pela simples razão de que o único resultado disponível é o que "o meu programa de fraude massiva" gravou na memória electrónica da urna electrónica?
Todas estas questões se tornaram absolutamente criticas no momento em que ouvi um governante ao serviço da classe dominante, do capital que já hoje gasta milhões a enganar eleitores, afirmar aos microfones que a votação electrónica vai ser experimentada em Évora nas eleições de 2019 para o parlamento europeu.
Vai? Quem autoriza? Quem deixou?
Tenham consciência de que no exato momento em que aceitarem premir uma tecla para votar, deixaram de saber em quem de facto terão votado.
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Algumas ligações para quem pretenda aprofundar o problema:
Wikipédia / 2018 - Em Espanhol (não existe ainda página em português).
Argentina / 2017 - CONICET aconselha a não implementar a votação electronica até encontrar formas de garantir o control dos registos da votação.
Portugal / 2018 - Isto é o que se pode ler nas páginas da CNE em Novembro de 2018.
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2018/06/03
Colômbia mata 280 opositores nas vésperas das eleições
Petro disputa presidência contra um Duque uribista
(JornalAvante!, 2018/05/30)
No próximo dia 17 de Junho os colombianos voltam às urnas para escolher para presidente Iván Duque ou Gustavo Petro, que passaram à segunda volta depois do sufrágio de domingo, 27.
A escolha, mais do que entre dois candidatos, é entre dois projectos distintos: um que defende o retrocesso no acordo de paz alcançado entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, convertidas no partido político Força Revolucionária Alternativa do Comum, e o governo colombiano liderado por Juan Manuel Santos; e aquele que assenta na viragem de página do conflito a construção de um país novo.
(JornalAvante!, 2018/05/30)
No próximo dia 17 de Junho os colombianos voltam às urnas para escolher para presidente Iván Duque ou Gustavo Petro, que passaram à segunda volta depois do sufrágio de domingo, 27.
A escolha, mais do que entre dois candidatos, é entre dois projectos distintos: um que defende o retrocesso no acordo de paz alcançado entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, convertidas no partido político Força Revolucionária Alternativa do Comum, e o governo colombiano liderado por Juan Manuel Santos; e aquele que assenta na viragem de página do conflito a construção de um país novo.
2018/05/30
As Democráticas Eleições no México
Mais de cem políticos assassinados no México no período eleitoral
(Abril Abril, 2018/05/28)
A consultora de riscos Etellekt dá conta de 313 agressões contra políticos entre 8 de Setembro de 2017 e 26 de Maio de 2018. Mais de uma centena encontram-se sob ameaça e 102 foram assassinados.
A campanha para as eleições que terão lugar a 1 de Julho no México começou a 30 de Março, mas o período eleitoral já se prolonga há oito meses. No mais recente relatório sobre «violência política», apresentado esta segunda-feira, a consultora de análise de riscos Etellekt revela que, entre 8 de Setembro do ano passado e 26 de Maio último, se registaram 357 agressões contra políticos e candidatos às eleições (incluindo neste registo atentados contra familiares).
(Abril Abril, 2018/05/28)
A consultora de riscos Etellekt dá conta de 313 agressões contra políticos entre 8 de Setembro de 2017 e 26 de Maio de 2018. Mais de uma centena encontram-se sob ameaça e 102 foram assassinados.
A campanha para as eleições que terão lugar a 1 de Julho no México começou a 30 de Março, mas o período eleitoral já se prolonga há oito meses. No mais recente relatório sobre «violência política», apresentado esta segunda-feira, a consultora de análise de riscos Etellekt revela que, entre 8 de Setembro do ano passado e 26 de Maio último, se registaram 357 agressões contra políticos e candidatos às eleições (incluindo neste registo atentados contra familiares).
2018/03/21
Os Jotinhas
Começam cedo a carreira, ainda adolescentes, ou nem isso, lá vão até à universidade, nas manhãs de verão, aprender a teoria: "A arte de bem endrominar a freguesia", "Como enganar tolos com bolos" ou "As subtilezas da chapelada" são matérias introduzidas por cavacais figuras e catedráticos-convidados à pressa.
Por aqui se vê onde e como eles aprendem a transportar idosos à saída da missa, a falsificar assinaturas, a inventar apoiantes e a invalidar listas. Começam logo a treinar ainda jotinhas, para quando forem crescidinhos e se candidatarem a primeiro qualquer coisa de uma coisa qualquer. Está aqui na visão dos amigos bolsanamão. Será que as teórico-práticas foram na universidade de verão? Será que o Leitor foi a cavacal figura ou o novel catedrático-convidado?
Por aqui se vê onde e como eles aprendem a transportar idosos à saída da missa, a falsificar assinaturas, a inventar apoiantes e a invalidar listas. Começam logo a treinar ainda jotinhas, para quando forem crescidinhos e se candidatarem a primeiro qualquer coisa de uma coisa qualquer. Está aqui na visão dos amigos bolsanamão. Será que as teórico-práticas foram na universidade de verão? Será que o Leitor foi a cavacal figura ou o novel catedrático-convidado?
2018/01/15
A Arte da Chapelada
Cada directa cada vigarice. Desta feita foram uns quantos militantes com morada numa casa inexistente. Isso. Eu explico. Diz o espesso de sábado passado que há militantes do PSD com cotas em dia a viver na Rua dos Pescadores em números de porta que não existem. Isso mesmo. Faz de conta que o Sr Jacinto Leite do PSD vive na Rua dos Pescadores nº 21 e vai-se a ver, não existe nº 21 na Rua dos Pescadores. Melhor ainda, na secção do PSD de Ovar há 17 militantes a viver na Av. Infante D. Henrique nº 79 onde só habitam 8 pessoas, nenhuma delas militante. Isso. Há 17 militantes inscritos numa morada e vai-se a ver só lá vivem 8 pessoas e nenhuma delas é do PSD.
Não haja dúvida, até a feijões a direita dá chapeladas. Resta-nos rir com as parvoices do RAP.
Não haja dúvida, até a feijões a direita dá chapeladas. Resta-nos rir com as parvoices do RAP.
2017/12/28
América Latina (I)
América Latina: o pêndulo desloca-se para a direita
(James Petras, in O Diário.info, 207/12/27)
É evidente que na América Latina o pêndulo se deslocou nos últimos anos para a direita. Desta observação surgem numerosas perguntas. De que tipo de direita estamos a falar? Por que prospera? São sustentáveis os regimes direitistas? Quem são os seus aliados e os seus adversários internacionais? Uma vez no poder, como lhes têm corrido as coisas e quais são os critérios porque se mede o seu êxito ou o seu fracasso?
Embora a esquerda esteja em retrocesso, retem o poder em alguns estados. Surgem perguntas como: Quais são as características da esquerda actual? Porque se mantêm alguns regimes enquanto outros estão em decadência ou foram derrotados? Poderá a esquerda recuperar a sua influência? Que condições são necessárias para isso? Que programa deve elaborar para atrair o eleitorado?
Começamos por examinar o carácter e as políticas da direita e da esquerda e para onde se dirigem, para concluir analisando as dinâmicas dos seus programas, alianças e perspectivas futuras.
(James Petras, in O Diário.info, 207/12/27)
É evidente que na América Latina o pêndulo se deslocou nos últimos anos para a direita. Desta observação surgem numerosas perguntas. De que tipo de direita estamos a falar? Por que prospera? São sustentáveis os regimes direitistas? Quem são os seus aliados e os seus adversários internacionais? Uma vez no poder, como lhes têm corrido as coisas e quais são os critérios porque se mede o seu êxito ou o seu fracasso?
Embora a esquerda esteja em retrocesso, retem o poder em alguns estados. Surgem perguntas como: Quais são as características da esquerda actual? Porque se mantêm alguns regimes enquanto outros estão em decadência ou foram derrotados? Poderá a esquerda recuperar a sua influência? Que condições são necessárias para isso? Que programa deve elaborar para atrair o eleitorado?
Começamos por examinar o carácter e as políticas da direita e da esquerda e para onde se dirigem, para concluir analisando as dinâmicas dos seus programas, alianças e perspectivas futuras.
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